Aula 1 PSICOTERAPIA COGNITVA Apresentacao

Prévia do material em texto

PSICOTERAPIA COGNITIVA
Prof. Rose Carvalho
6º/7º sem.
APRESENTAÇÃO:
Profa. Roseane Carvalho- CRP 06/43719
• CV: http://lattes.cnpq.br/5925577316717021
EMENTA DA DISCIPLINA:
• Pressupostos fundamentais que historicamente direcionaram
o desenvolvimento e a aplicação da Psicologia Cognitiva
criada por Aaron T. Beck. Temas atuais em Psicologia
Cognitiva e suas principais contribuições para a compreensão
da atividade mental humana.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA:
• Proporcionar a compreensão dos conceitos históricos e atuais
da Psicologia Cognitiva;
• Ampliar o repertório de conhecimentos dos alunos no que se
refere à visão e atuação da Psicologia cognitiva, preparando-
os para os princípios teóricos da sua prática;
• Oferecer instrumentos teóricos que permitam a análise do
campo de atuação que a Psicologia Cognitiva tem,
juntamente com seus desafios contemporâneos;
• Reconhecer os conceitos teóricos centrais da Psicologia
Cognitiva.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
• Apresentação do panorama histórico da terapia cognitivo-
comportamental, origem , desenvolvimento e princípios. 
• Teoria e Metateoria da Terapia Cognitiva.
• Bases metodológicas e conceituação cognitiva;
• Identificação, avaliação e modificação de crenças;
• Terapia Cognitiva da Depressão;
• Terapia Cognitiva da Ansiedade.
ESTRATÉGIA DE TRABALHO:
• Leitura dos textos da bibliografia básica;
• Aula expositiva dialogada, recursos audiovisuais;
• Role-play que promova a problematização e discussão dos 
textos;
• Discussão de casos clínicos.
AVALIAÇÃO:
• Questões objetivas e dissertativas;
• A atividade semestral será uma prova, individual escrita, sem 
consulta.
• Prova: 12 questões, sendo 10 objetivas e 2 dissertativas.
• O valor de cada uma das 10 questões objetivas é 0,6 pontos e 
o valor das dissertativas, 2,0 pontos cada.
• Valor total de cada prova: Zero ( 0,00) a Dez (10,0).
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BECK, J. Terapia Cognitivo- Comportamental- teoria e prática, 2ª 
ed. Artmed- Porto Alegre, 2013.
-WRIGHT, J-BASCO,M.R; THASE, M.E. - Aprendendo a terapia 
cognitivo-comportamental- um guia ilustrado, 2ª ed.- Artmed-
Porto Alegre, 2008.
-LEAHY, R.L. -Técnicas de terapia cognitiva: manual do terapeuta 
. Porto Alegre, Artmed, 2016
Aula 1: INTRODUÇÃO AO PANORAMA HISTÓRICO DA 
PSICOLOGIA COGNTIVA
Terapia Cognitiva: Origem, Desenvolvimento e 
Princípios:
• Surgem ao final dos anos 60, 
• Resultado de um movimento de insatisfação com 
os modelos estritamente comportamentais (S-R), 
estes não reconheciam a importância dos 
processos cognitivos mediando o comportamento;
• O surgimento das terapias cognitivas também foi 
decorrente de uma rejeição aos modelos 
psicodinâmicos e ao questionamento de sua 
eficácia. 
Fundamentos históricos e filosóficos:
• Aaron Beck – Filadélfia (1956)
• Questionamentos sobre a teoria psicanalítica.
• Origens filosóficas: Zenão de Citium (séc. 4 a.C.), Crisipo, Cícero, 
Sêneca, Marco Aurélio.
• Epiteto (Séc. I a.C.): “Os homens são perturbados não pelas coisas, 
mas pelas opiniões que extraem delas”.
• Teoria dos constructos pessoais de George Kelly (1955).
• Terapia Racional Emotiva de Albert Ellis (1955)
• Teoria de Alfred Adler (1936)
• Fenomenologia de Heiddeiger, Kant e Husserl
• Contribuição de teóricos comportamentalistas (Mahoney, 
1974; Meichenbaum, 1977).
Psiquiatras e Psicólogos 
cognitivistas
• Aaron Beck
• Albert Ellis
• Michael Mahoney
• Albert Bandura, entre 
outros.
• Albert Bandura (Bandura, 1969;
2008) foi um dos mais
importantes críticos do modelo
operante,
• propõe uma compreensão da
aprendizagem sem tentativa,
conhecida como “modelação”,
Através de demonstrações
empíricas, Bandura mostrou
que, as consequências eram
mediadas cognitivamente.
• Michael Mahoney (1946-2006) foi também um
importante precursor do movimento cognitivista,
enfatizou a importância do processamento
cognitivo, o qual poderia ser inferido e sustentado
cientificamente.
• Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) verificou
que crianças eram bem sucedidas na
aprendizagem de regras gramaticais,
independente de reforçamento. O surgimento das
terapias cognitivas também foi decorrente de
uma rejeição aos modelos psicodinâmicos e ao
questionamento de sua eficácia.
• O surgimento das terapias cognitivas também foi decorrente 
de uma rejeição aos modelos psicodinâmicos e ao 
questionamento de sua eficácia. 
• Afirmaram não haver indícios aceitáveis que apoiassem a 
eficácia do tratamento psicanalítico.
• Albert Ellis (1913-2007) também revelou
insatisfações com os resultados práticos do trabalho
psicanalítico (Ellis, 1997). A TREC de Albert Ellis é
uma sigla que significa Terapia Racional Emotiva
Comportamental, a qual foi desenvolvida a partir dos
princípios da psicologia cognitiva. Frente à
ineficiência da terapia comportamental (baseada no
estímulo-resposta) para tratar alguns transtornos
psicológicos, com um corte cognitivo acentuado,
começou-se a trabalhar em uma nova perspectiva
que gerasse resultados. Assim, a TREC é um exemplo
de técnicas pioneiras que mostraram grande eficácia
em transtornos como a ansiedade e a depressão.
• No mesmo período em que ocorriam insatisfações com a 
abordagem estritamente comportamental e com o modelo 
psicodinâmico, começou a surgir uma crescente atenção aos 
aspectos cognitivos do comportamento humano, tanto na 
psicologia geral quanto na psicologia experimental.
• Vários eventos científicos aconteceram na década de 50 
enfatizando a teoria do processamento da informação passando a 
ser esta cada vez mais utilizada na compreensão de fenômenos 
clínicos, como por exemplo, na mediação cognitiva da ansiedade.
• Diversos terapeutas e teóricos comportamentais resolveram então 
assumir a identificação cognitivo-comportamental (Dobson & 
Block, 1988; Dobson & Sherrer, 2004). 
• Aaron Temkin Beck (1921- 2021)
• Psiquiatra norte-americano e professor
emérito do departamento de psiquiatria
na Universidade da Pensilvânia, relata
que os seus questionamentos à
psicanálise tiveram início em 1956, na
Filadélfia, quando verificou que a
hipótese da raiva retrofletida não se
confirmara em seu estudo com
pacientes deprimidos. Embora vindo de
uma tradição psicanalítica.
A Terapia Cognitivo Comportamental
• A Terapia Cognitiva Comportamental surgiu depois de Aaron Beck
perceber durante sua atuação na University of Pennsylvania, que ele
tinha dificuldade para ajudar depressivos a terem uma melhor
percepção de suas emoções.
• Os estudos de Beck nos mostram que através da abordagem cognitiva,
os indivíduos atribuem significado a acontecimentos, pessoas,
sentimentos e demais aspectos de sua vida, com base nisso
comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes
hipóteses sobre o futuro e sobre sua própria identidade, ou seja, as
pessoas reagem de formas variadas a uma situação específica
podendo chegar a conclusões também variadas.
• Aaron T. Beck (1976), em seus estudos com
pacientes deprimidos, observou a existência de
três principais áreas de distorção cognitiva na
depressão:(tríade cognitiva):
Visão negativa de si mesmo (self), Visão
negativa do ambiente (mundo) e Visão
negativa para o futuro.
Beck propôs o uso de estratégias para corrigir
tais distorções, que se revelaram efetivas.
Posteriormente a terapia cognitiva foi estendida
para diversos outros transtornos, dando especial
ênfase aos processos cognitivos individuais,
comum a todas as terapias cognitivas.
• As abordagens cognitivas partem do
pressuposto de que um processo de cognição
media o comportamento.
• Sendo a TCC uma das orientações da
Psicologia Cognitiva, seu princípio básico é de
que as cognições (pensamentos, crenças,
interpretações) de um indivíduo frente a
situações, influenciam suas emoções e
comportamentos.
• Desse modo, é a interpretação do evento que
gera emoções e comportamentos e não o
evento em si (Knapp, 2004).
Leitura para a próxima Aula 
• Paulo Knapp, Aaron T Beck. Fundamentos, modelos conceituais, 
aplicações e pesquisa da terapia cognitiva.Rev Bras Psiquiatr. 
2008;30(Supl II):S54-64 
• FALCONE, E. As bases teóricas e filosóficas das abordagens
cognitivo-comportamentais. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A.
A. L.; PORTUGAL, F. T. (Orgs.) História da Psicologia: Rumos e
Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (pgs. 195-
214)