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Carcinoma Mucoepidermoide e Carcinoma Adenoide Cístico

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PATOLOGIA BUCAL – BÁRBARA ALBUQUERQUE AZEVEDO 
 
CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE E 
CARCINOMA ADENOIDE CISTICO 
 
CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE 
o Uma das neoplasias malignas de glândula 
salivar mais comum. 
o Patogênese incerta. 
→ Exposição a radiação pode ser fator 
de risco. 
o 4 a 10% das neoplasias das glândulas 
salivares maiores. 
o 13 a 23% das neoplasias das glândulas 
salivares menores. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
o Ampla variação etária. 
→ Segunda à sétima década de vida. 
o Neoplasia maligna de glândula salivar mais 
comum em crianças. 
→ Raramente é vista em crianças, 
porém quando tem neoplasia maligna, é 
a primeira suspeita. 
o Mais comum na glândula parótida. 
o Aumento de volume assintomático. 
o Pode se desenvolver dor ou paralisia do 
nervo facial (geralmente associadas à lesão de alto 
grau). 
o Glândulas salivares menores são a segunda 
localização preferencial. 
→ Especialmente o palato. 
o Neoplasia de glândula salivar menor: 
algumas vezes são flutuantes e apresentam 
coloração azulada ou vermelha. 
→ Pode ser confundida com mucocele. 
o Lábio inferior, assoalho de boca, língua e 
região retromolar são localizações incomuns. 
o Lesões intraósseas podem se desenvolver 
nos ossos maxilares. 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
o Mistura de células produtoras de muco e 
células epidermoides. 
o Células mucosas: formato variável com 
abundante citoplasma espumoso. 
o Células epidermoides: características de 
células epiteliais, geralmente com formato 
retangular, pontes intercelulares e, raramente, 
ceratinização. 
o Célula intermediária: célula progenitora 
para as células mucosas e epidermoides. 
o Infiltrado linfoide. 
o Baixo grau: proeminente formação cística. 
→ Atipia celular mínima. 
→ Proporção relativamente elevada 
de células mucosas. 
o Alto grau: ilhas sólidas de células 
epidermoides e intermediárias. 
→ Considerável pleomorfismo e 
atividade mitótica. 
→ Escassas células mucosas. 
o Grau intermediário: características que se 
situam entre as de baixo grau e alto grau. 
→ Formação cística. 
→ Todos os tipos celulares podem ser 
observados. 
→ Atipia celular pode ou não ser 
observada. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
o Determinado pela localização, pelo grau 
histopatológico e estágio clínico do tumor. 
o Estágio inicial: parotidectomia subtotal com 
preservação do nervo facial. 
o Neoplasias avançadas: pode necessitar de 
remoção total da glândula parótida com remoção 
do nervo facial. 
o Glândula submandibular: remoção total. 
o Glândula salivar menor: excisão cirúrgica. 
o Neoplasia de baixo grau: pequena remoção 
da margem tecidual normal adjacente. 
o Neoplasia de alto grau ou lesões grandes: 
ampla ressecção. 
o Evidência clínica de metástase: 
esvaziamento cervical radical. 
o Neoplasias mais agressivas: radioterapia 
pós-operatória. 
o Prognóstico depende do grau e do 
estadiamento. 
→ Melhor para neoplasia de baixo 
grau e pior para de alto grau. 
o Neoplasias submandibulares: pior 
prognostico do que as de parótida. 
o Bom prognóstico em glândula salivar 
menor. 
o Em língua e assoalho de boca podem 
apresentar comportamento mais agressivo. 
CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE 
INTRAÓSSEO 
o Podem se originar centralmente nos ossos 
gnáticos. 
o Raras ocasiões. 
o Muitos se desenvolvem em associação a 
um dente impactado ou a um cisto odontogênico. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E 
RADIOLÓGICAS 
o Mais comuns em adultos de meia-idade. 
o Ligeira predileção pelo sexo feminino. 
o Mais comuns na mandíbula do que na 
maxila. 
→ Áreas de molares e de ramo da 
mandíbula. 
o Abaulamento da cortical. 
o Dor, trismo e parestesia (menos 
frequentes). 
o Radiografias revelam tanto radiolucências 
uniloculares quanto multiloculares com bordos 
bem definidos. 
o Pode apresentar também área mais 
irregular e mal definida de destruição óssea. 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
o Semelhante à observada em sua 
contraparte de tecidos moles. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
o Cirurgia. 
o Radioterapia adjuvante se necessário. 
o Bom prognóstico. 
CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E 
RADIOGRÁFICAS 
o Pode ocorrer em qualquer glândula salivar. 
→ 40 a 45% se desenvolvem nas 
glândulas salivares menores. 
o Palato é a localização mais comum. 
o Pode ocorrer também nas glândulas 
parótida (raro) e submandibular (mais comum). 
o Comum em adultos de meia-idade e rara 
em indivíduos com idade abaixo de 20 anos. 
o Geralmente se apresenta como um 
aumento de volume de crescimento lento. 
o Dor é comum. 
→ Geralmente ocorre na fase precoce 
da doença, antes de um aumento de 
volume clinicamente detectável. 
→ Dor incômoda, constante e de baixo 
grau que aumenta de intensidade 
gradativamente. 
o Na parótida, pode causar paralisia do 
nervo facial. 
o Aqueles originados no palato podem 
apresentar superfície lisa ou ulcerada. 
o Geralmente carcinomas no palato ou no 
seio maxilar exibem características radiográficas 
evidentes de destruição óssea. 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
o Mistura de células mioepiteliais e células 
ductais com arranjo variado. 
o Padrão cribiforme: presença de ilhas de 
células epiteliais basaloides com múltiplos espaços 
cilíndricos. 
→ Lembra um queijo suíço. 
→ Espaços cilíndricos contém material 
mucoide hialinizado. 
→ Células neoplásicas pequenas e 
cuboides, núcleo basofílico e citoplasma 
pequeno. 
o Padrão tubular: células neoplásicas se 
arranjam como pequenos ductos ou túbulos dentro 
de um estroma hialinizado. 
o Padrão sólido: grandes ilhas ou lençóis 
celulares com pouca tendencia para a formação 
de ductos ou cistos. 
→ Pode ser observado pleomorfismo 
celular, atividade mitótica e focos 
centrais de necrose. 
o Tendência a invasão perineural. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
o Tende à recidiva local e eventual metástase 
à distância. 
→ Sobrevida em 5 anos não 
representa cura. 
o Excisão cirúrgica. 
o Radioterapia adjuvante se necessário. 
o Padrão sólido tem pior prognóstico. 
o Neoplasias no seio maxilar e na glândula 
submandibular tem pior prognóstico. 
o Metástases geralmente envolvem os 
pulmões, ossos e cérebro.

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