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↪É inegável a relevância da exploração pecuária brasileira a partir de plantas forrageiras como base alimentar. ↪FAO : Pastagens ocupam 3,7 bilhões de hectares no planeta, o que equivale a 30% da superfície terrestre. ↪Pereira e Costa (2015): As áreas de pastagens cultivadas no Brasil ocupam uma extensão territorial correspondente a 115 milhões de hectares. ↪A compreensão dos fatores que levam as pastagens a serem mal utilizadas é de extrema importância nos setores alimentícios do Brasil e do mundo, tendo em vista a crescente demanda por alimento por parte da população mundial. Potencial de produção ↪Representa a capacidade de produção de massa de forragem proporcional as condições inerentes à própria forragem e ao ambiente, bem como interações. ↪Allen et al. (2011): ↳Crescimento de plantas forrageiras é definido como a produção de um novo tecido vegetal; ↳O acúmulo de forragem se caracteriza pelo aumento da massa da forragem/área, em um período, representado pelo equilíbrio entre crescimento, senescência e decomposição de órgãos mortos; ↳O desenvolvimento de uma planta é função do aparecimento dos seus primórdios foliares, e a planta se desenvolve em ritmo determinado geneticamente. ↪O crescimento e desenvolvimento de uma forrageira pode ser representado pelo incremento de tecido ao longo de um período, e este é verificado pelo aumento do índice de área foliar (IAF), da altura e da massa de forragem. Fase inicial ↪Momento em que a forrageira busca restabelecer área foliar após corte ou pastejo da forrageira; ↪Crescimento busca aumentar a interceptação da luz incidente no dossel forrageiro, uma vez que, nessa fase, não existe competição por luz, e a planta está priorizando a produção de folhas; Potencial de produção de forragem Temperatura Radiação solar Disponibilida de de água Solo Regime de chuva Nos fatores não está sendo incluído o componente animal. Importância, potencial de produção e terminologia de pastagens ↪As exigências da planta necessita para manter suas atividades de crescimento provém dos nutrientes metabolizados via fotossíntese; ↪Quanto mais área foliar residual permanecer após pastejo ou corte, mais rápido será o processo de rebrotação da planta forrageira. Fase intermediária ↪Processo de rebrotação da planta, em que a forrageira produz fotoassimilados necessários para que ocorra o crescimento das folhas dos perfilhos existentes e o surgimento de novos perfilhos; ↪Com o aumento das folhas existentes e o surgimento de novos perfilhos, a planta dispõe de um aparato fotossintético (folhas) suficiente para sustentar o desenvolvimento da forrageira; ↪Nessa fase, no decorrer do processo de rebrotação, as folhas se sobrepõem umas às outras. Fase final ↪Ponto em que a forragem já obteve o máximo de acúmulo com balanço positivo entre os tecidos, ou seja, é o momento em que há o máximo de folhas, com o mínimo de colmo e material morto no dossel forrageiro; ↪Após a fase final, caso a forrageira não seja colhida por corte ou pastejo, ocorre aumento da altura da planta, devido à competição intraespecífica dos perfilhos na comunidade vegetal, ocasionando estímulo para busca de luz; ↪Isso faz com que a planta aumente de alongamento de colmo e da senescência de tecidos. Avaliação do potencial de produção de plantas forrageiras Técnica direta Corte ou ceifa com uso de gaiolas Técnica do quadrado Técnica indireta Avaliação visual (Score) Altura do dossel Altura do dossel com avaliação com folha transparência e régua Altura do dossel com tecnologia nacional Rising plate meter Sonda de pastagem Terminologia em forragicultura ↪The Forage and Grazing Terminology Committee (FGTC) – EUA, Nova Zelândia e Austrália RODRIGUES e REIS (1997) e PEDREIRA (2002): Forage (forragem): partes comestíveis das plantas, exceto os grãos, que pode servir na alimentação dos animais em pastejo, ou colhidas e fornecidas. Massa de forragem: massa total de forragem por unidade de área de solo acima de uma altura específica (normalmente, mas não necessariamente, o nível do solo). Estrato A, acima 40 cm ; B, 20-40 cm; e C, 0-20 cm do solo. Herbage (sem tradução técnica adequada): em português é usada como sinônimo de forragem. É a biomassa de plantas herbáceas, exceto os grãos, geralmente acima do nível do solo, mas incluindo raízes e tubérculos comestíveis. Sward (Dossel ou Relvado): população de plantas herbáceas, caracterizadas por um habito e crescimento relativamente baixo, e uma cobertura de solo realtivamente uniforme, incluindo tanto a parte aérea como órgãos subterrâneos. Grazing Method (Método de pastejo): procedimento ou ténica de manejo do pastejo, idealizado para atingir objetivos específicos. Referente à estratégia de desfolha e colheita pelos animais . Grazing System (Sistema de pastejo): combinação integrada entre os componentes, animal, planta, solo e fatores ambientais, mais o método de pastejo, com o objetivo de se atingir metas especificas. Pasture (Pastagem): um tipo de unidade de manejo de pastejo, fechada e separada de outras áreas por cerca ou outra barreira, e destinada à produção de forragem para ser colhida principalmente por pastejo. Paddock (piquete): área de pastejo correspondente a uma sub-divisão de uma unidade de manejo de pastejo (exemplo, uma pastagem), fechada e separada de outras áreas por cerca ou uma outra barreira. Carrying capacity (capacidade de suporte): a máxima taxa de lotação que proporciona um determinado nível de desempenho animal, dentro de um método de pastejo, e que pode ser aplicada por determinado período de tempo sem causar a deterioração do ecossistema. Forage Allowance (oferta de forragem): relação entre o peso (matéria seca) de forragem por unidade de área e o número de unidades animais (ou unidades de consumo de forragem, definidas como um animal com uma taxa de consumo de forragem de 8kg MS/dia). Grazing Pressure (pressão de pastejo): relação entre o número de unidades animais ou unidades de consumo de forragem e o peso (MS) de forragem por unidade de área, em um ponto qualquer no tempo. Stocking Rate (taxa de lotação) relação entre o número de animais ou de unidades animais (UA) e a área da unidade de manejo ocupada durante um período específico de tempo (uma estação de pastejo, um verão etc). Stoching density (densidade de lotação): relação entre o número de animais ou de unidades animais e a área da unidade de manejo ocupada, medida num ponto específico de tempo (portanto, uma medida instantânea). Forage Mass (massa de forragem): quantidade – massa ou peso – total de forragem presente por unidade de área acima do nível do solo (preferencialmente, mas não obrigatoriamente). Medida de caráter pontual, normalmente expressa em kg MS/há Forage accumulation (acúmulo de forragem): aumento na massa de forragem de uma área de pastagem durante um determinado período de tempo. Available Forage (forragem disponível): porção da massa de forragem, expressa como peso ou massa por unidade de área, que está acessível para o consumo dos animais. Contínuos Stocking (lotação contínua): método de pastejo onde os animais têm acesso irrestrito a toda a área pastejada. Rotational Stocking (lotação rotocionada): método de pastejo que utiliza subdivisão de uma área de pastagem em dois ou mais piquetes que são submetidos a períodos controlados de pastejo (ocupação) e descanso. Período de ocupação: período de tempo que uma área especifica é ocupada por um grupo de animaisou por dois ou mais grupos de animais em sucessão. Período de descanso: o período de tempo em que não se permite a utilização de uma a´rea de terra, ou seja, permite-se descanso da área. Ciclo de pastejo: o período de tempo compreendido entre o inicio de um período de pastejo e o início do próximo período de pastejo no mesmo piquete onde a forragem é submetida à pastejo e a descanso regulares. Manejo do pastejo: é a manipulação do animal em pastejo em busca de um objetivo definido. Manejo intensivo do pastejo: manejo do pastejo que procura aumentar a produção ou utilização por unidade de área, ou produção por animal através de aumento relativo nas taxas de lotação, na utilização da forragem, no trabalho, nos recursos, ou no capital.
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