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In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo na Pediatria Sammy Lopes e Vitória Valois In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Dor abdominal aguda DOR é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou potencial. └ Mecanismo de defesa que pode ser orgânico ou funcional. A dor ocorre por alguma alteração, seja uma lesão física, uma dor referida ou até mesmo emocional. A dor abdominal pode ser: ▪ aguda ou crônica; ▪ contínua ou em surtos. Definições In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Dor abdominal aguda ▪ 10 a 20% das crianças e adolescentes irão ter pelo menos um quadro de dor abdominal na vida. ▪ 4% das queixas pediátricas são sobre dor abdominal (ambulatório e emergência). ▪ As dores funcionais são mais frequente no sexo feminino. Epidemiologia A dor abdominal pode ter a necessidade de sofrer uma avaliação mais imediata ou de se ter uma avaliação contínua. In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Dor abdominal ▪ Os parâmetros para defini-las não se baseia no tempo e sim em um conjunto de características. ▪ Uma dor CRÔNICA é de característica RECORRENTE/PERSISTENTE e uma dor AGUDA é SÚBITA. Abdome agudo apresenta DOR SÚBITA, geralmente é sintoma inicial (primeiro sinal) de que está se desenvolvendo uma doenças de apresentação grave. Aguda x Crônica In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Questão 1 Após um almoço de aniversário num dia quente de verão, a festa continuou com música, dança e brincadeiras no jardim. Uma das crianças presentes começou a apresentar sudorese fria, fortes dores abdominais em cólica e vômitos. Outros convidados passaram a apresentar os mesmos sintomas, vários associados à diarreia. Cerca de 5 horas após o almoço, mais da metade dos presentes à festa encontravam-se no Pronto Socorro. QUAL SUA SUSPEITA? A) Apendicite B) Obstrução intestinal C) Dismenorreia D) Parasitose E) Intoxicação alimentar In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Questão 2 Paciente 5 anos chega ao PS acompanhada da mãe com queixa de vômitos e dor abdominal periumbilical há 6 horas. A dor era tipo aperto, constante, de intensidade moderada. O abdome estava flácido, depressível, sem defesa ou dor à descompressão. Recebeu o diagnóstico de gastrenterite e foi liberada com sintomáticos. Foi orientada a retornar no caso de persistência ou piora dos sintomas e surgimento de febre. Após 24 dias, procurou o médico na Unidade Básica de Saúde devido a persistência de dor abdominal, apesar de os vômitos terem cessado. Continuava afebril e com sinais vitais normais. Apresenta abdômen distendido, rígido, e doloroso a descompressão súbita em FID. Som timpânico a percussão. Ruídos hidroaéreos reduzidos em todo abdome. QUAL SUA SUSPEITA? A) Trauma D) Gastroenterite B) Apendicite E) Infecção urinária C) Pneumonia In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Questão 3 Mãe chega a UPA com criança de 5 meses e relata cólica há 12 horas (diz o que o bebê está “enjoadinho”), afirma que fez uso de dipirona sem melhora. Conta que desde o nascimento a criança apresenta aumento de volume abdominal, há 3 meses evoluiu com piora progressiva de distensão abdominal, associada a dificuldade para evacuar, permanecendo por até 5 dias sem eliminar fezes. QUAL SUA SUSPEITA? A) Obstrução intestinal B) Volvo C) Infecção urinária D) Intussuccepção E) Hérnia In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o └ Idade └ Exame físico minucioso Abdome Agudo In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o └ Idade └ Exame físico minucioso Abdome Agudo In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o └ Idade └ Exame físico minucioso └ Observação clínica Abdome Agudo AUSÊNCIA DE DEJEÇÕES + VÔMITOS BILIOSOS + ABDOME REATIVO (abdome que a palpação tem sinal de apendicite – sinal de Blumberg) 3 sinais de alarme para pacientes cirúrgicos: In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o └ Idade └ Exame físico minucioso └ Observação clínica └ Exames Subsidiários disponíveis └ Características da dor Abdome Agudo In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo └ Idade └ Exame físico minucioso └ Observação clínica └ Exames Subsidiários disponíveis └ Características da dor └ Sintomas gastrointestinais associados └ Sinais/Sintomas de outros sistemas └ Sinais de comprometimento orgânico └ Medicações em uso ou utilizadas └ História Alimentar └ História Familiar └ Antecedentes Pessoais └ Perfil psicológico e comportamental da criança In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo 1. Checar estabilização respiratória e circulatória. └ Em caso de instabilidade pensar em causas cirúrgicas └ Paciente estável colher história clínica e realizar exame físico In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo 1. Checar estabilização respiratória e circulatória. └ Em caso de instabilidade pensar em causas cirúrgicas └ Paciente estável colher história clínica e realizar exame físico In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo 1. Checar estabilização respiratória e circulatória. └ Em caso de instabilidade pensar em causas cirúrgicas └ Paciente estável colher história clínica e realizar exame físico 2. Caso de intervenção cirúrgica imediata acionamos a equipe. In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo Caso de intervenção cirúrgica imediata acionamos a equipe. In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo 1. Checar estabilização respiratória e circulatória. └ Em caso de instabilidade pensar em causas cirúrgicas └ Paciente estável colher história clínica e realizar exame físico 2. Caso de intervenção cirúrgica imediata acionamos a equipe. 3. Exames laboratoriais. In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo 1. AFASTAR EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS 2. DESCARTAR CAUSAS OBSTRUTIVAS 3. AVALIAR POSSIBILIDADE DE AFECÇÃO INFECCIOSA 4. INVESTIGAR DOENÇAS HEPATOBILIARES 5. IDENTIFICAR POSSÍVEIS DOENÇAS FUNCIONAIS In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o D if e re n c ia l T rata m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o D if e re n c ia l T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Gastroenterite É a inflamação do revestimento do estômago e dos intestinos grosso e delgado • DEFINIÇÃO Contato com uma pessoa infectada ou por alimentos ou água contaminados. • TRANSMISSÃO Diarreia, cólicas, náuseas, vômitos e febre baixa são sintomas comuns. • SINAIS • SINTOMAS In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o D if e re n c ia l T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Apendicite É a inflamação do apêndice • DEFINIÇÃO Náuseas, vômitos, falta de apetite, febre e calafrios, apatia, constipação, distensão e rigidez abdominal. • SINAIS • SINTOMAS Cirúrgico • TRATAMENTO In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o D if e re n c ia l T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Constipação Consiste em dificuldades para evacuar, evacuação incompleta ou com fezes petrificadas. • DEFINIÇÃO Má alimentação, baixa ingesta de fibras, uso de medicamentos etc. • ETIOLOGIA Absorção excessiva de água a partir das fezes, em virtude da passagem lenta do bolo fecal pelo cólon. Qualquer alteração ou desvio da rotina normal pode resultar em alteração do hábito intestinal. • CAUSA In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o D if e re n c ia l T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Abdome Agudo De acordo com o diagnóstico. Clínico Cirúrgico Antibioticoterapia Reposição volêmica In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Questão 1 Após um almoço de aniversário num dia quente de verão, a festa continuou com música, dança e brincadeiras no jardim. Uma das crianças presentes começou a apresentar sudorese fria, fortes dores abdominais em cólica e vômitos. Outros convidados passaram a apresentar os mesmos sintomas, vários associados à diarreia. Cerca de 5 horas após o almoço, mais da metade dos presentes à festa encontravam-se no Pronto Socorro. QUAL SUA SUSPEITA? A) Apendicite B) Obstrução intestinal C) Dismenorreia D) Parasitose E) Intoxicação alimentar In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Questão 2 Paciente 5 anos chega ao PS acompanhada da mãe com queixa de vômitos e dor abdominal periumbilical há 6 horas. A dor era tipo aperto, constante, de intensidade moderada. O abdome estava flácido, depressível, sem defesa ou dor à descompressão. Recebeu o diagnóstico de gastrenterite e foi liberada com sintomáticos. Foi orientada a retornar no caso de persistência ou piora dos sintomas e surgimento de febre. Após 2 dias, procurou o médico na Unidade Básica de Saúde devido a persistência de dor abdominal, apesar de os vômitos terem cessado. Continuava afebril e com sinais vitais normais. Apresenta abdômen distendido, rígido, e doloroso a descompressão súbita em FID. Som timpânico a percussão. Ruídos hidroaéreos reduzidos em todo abdome. QUAL SUA SUSPEITA? A) Trauma D) Gastroenterite B) Apendicite E) Infecção urinária C) Pneumonia In tr o d u ç ã o O q u e a va li a r? M e d id a s I n ic ia is D ia g n ó s ti c o T ra ta m e n to C o n c lu s ã o Questão 3 Mãe chega a UPA com criança de 5 meses e relata cólica há 12 horas (diz o que o bebê está “enjoadinho”), afirma que fez uso de dipirona sem melhora. Conta que desde o nascimento a criança apresenta aumento de volume abdominal, há 3 meses evoluiu com piora progressiva de distensão abdominal, associada a dificuldade para evacuar, permanecendo por até 5 dias sem eliminar fezes. QUAL SUA SUSPEITA? A) Obstrução intestinal B) Volvo C) Infecção urinária D) Intuscepção E) Hérnia REFERÊNCIAS: └ Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole,2017. └ Sociedade Brasileira de Pediatria. 4ª Ed. Editora. Manole, 2017. 9. KLIEGMAN, Stanton, St Geme. SECHOR, Behrman Nelson. Textbook of Pediatrics. └ Curso de Pediatria – Jaleko Acadêmicos. Acesso em: 07 setembro. 2020.