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APG 20 - SOI II

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APG 20 
 
Compreender a regulação da glicemia (insulina 
e glucagon) 
 
Pâncreas 
O pâncreas é uma glândula tanto endócrina quanto 
exócrina. Aqui, serão discutidas suas funções 
endócrinas e no Capítulo 24, ao abordar o sistema 
digestório, suas funções exócrinas serão incluídas. 
O pâncreas é um órgão achatado que mede cerca de 
12,5 a 15 cm de comprimento. Localiza-se na 
curvatura do duodeno, a primeira parte do intestino 
delgado, e consiste em uma cabeça, um corpo e 
uma cauda. Aproximadamente 99% das células 
exócrinas do pâncreas estão distribuídas em grupos 
chamados ácinos. Os ácinos produzem enzimas que 
fluem para o sistema digestório por uma rede de 
ductos. Espalhados entre os ácinos exócrinos 
existem 1 a 2 milhões de minúsculos grupos de 
tecido endócrino, chamados de ilhotas pancreáticas 
ou ilhotas de Langerhans. Capilares abundantes 
irrigam tanto a parte endócrina quanto a exócrina 
do pâncreas. 
Tipos celulares nas ilhotas pancreáticas 
 Cada ilhota pancreática apresenta quatro tipos de 
células secretoras de hormônio: As células alfa ou 
A constituem cerca de 17% das células das ilhotas 
pancreáticas e secretam glucagon. As células beta 
ou B constituem cerca de 70% das células das 
ilhotas pancreáticas e secretam insulina. As células 
delta ou D constituem cerca de 7% das ilhotas 
pancreáticas e secretam somatostatina. As células F 
constituem o restante das células das ilhotas 
pancreáticas e secretam polipeptídio pancreático. 
As interações dos quatro hormônios pancreáticos 
são complexas e não completamente 
compreendidas. Sabemos que o glucagon eleva o 
nível sanguíneo de glicose e a insulina reduz. A 
somatostatina atua de maneira parácrina para inibir 
a liberação tanto de insulina quanto de glucagon 
das células beta e alfa vizinhas. Além disso, pode 
funcionar como hormônio circulante para retardar 
a absorção de nutrientes do sistema digestório. 
Ademais, a somatostatina inibe a secreção de GH. 
O polipeptídio pancreático inibe a secreção de 
somatostatina, a contração da vesícula biliar e a 
secreção de enzimas digestivas pelo pâncreas. 
Controle da secreção de glucagon e insulina 
A principal ação do glucagon é de elevar o nível 
sanguíneo de glicose que se encontra abaixo do 
normal. A insulina, por outro lado, ajuda a reduzir 
o nível de glicose sanguínea que se encontra muito 
elevado. 
1)O nível de glicose sanguínea controla a secreção 
de glucagon e insulina via feedback negativo: O 
nível sanguíneo baixo de glicose (hipoglicemia) 
estimula a secreção de glucagon pelas células alfa 
das ilhotas pancreáticas. 
2)O glucagon atua nos hepatócitos, acelerando a 
conversão de glicogênio em glicose (glicogenólise) 
e promovendo a formação de glicose a partir do 
ácido láctico e de determinados aminoácidos 
(gliconeogênese). 
3)Consequentemente, os hepatócitos liberam 
glicose no sangue de maneira mais rápida e a 
glicemia se eleva. 
4)Se a glicemia continua subindo, o nível 
sanguíneo elevado de glicose (hiperglicemia) inibe 
a liberação de glucagon (feedback negativo). 
4)A glicose sanguínea alta (hiperglicemia) estimula 
a secreção de insulina pelas células beta das ilhotas 
pancreáticas. 
5)A insulina age em várias células do corpo para 
acelerar a difusão facilitada da glicose para as 
células; para apressar a conversão de glicose em 
glicogênio (glicogênese); para intensificar a 
captação de aminoácidos pelas células e para 
aumentar a síntese de proteína; para acelerar a 
síntese de ácidos graxos (lipogênese); para retardar 
a conversão de glicogênio em glicose 
(glicogenólise) e para tornar mais lenta a formação 
de glicose a partir do ácido láctico e de 
aminoácidos (gliconeogênese). 
6)O resultado disso é a queda do nível de glicose 
do sangue. 
7)Quando o nível sanguíneo de glicose cai para 
abaixo do normal, ocorre inibição da liberação de 
insulina (feedback negativo) e estímulo à liberação 
de glucagon. 
 
Embora o nível sanguíneo de glicose seja o 
regulador mais importante da insulina e do 
glucagon, diversos hormônios e 
neurotransmissores também regulam a liberação 
desses dois hormônios. Além das respostas ao nível 
sanguíneo de glicose descritas anteriormente, o 
glucagon estimula a liberação de insulina de 
maneira direta; a insulina exerce o efeito oposto, 
suprimindo a secreção de glucagon. Conforme o 
nível de glicose no sangue vai declinando e menos 
insulina é secretada, as células alfa do pâncreas são 
liberadas do efeito inibitório da insulina de forma 
que possam secretar mais glucagon. Indiretamente, 
o hormônio do crescimento humano (GH) e o 
ACTH estimulam a secreção de insulina porque 
atuam para elevar a glicose sanguínea. A secreção 
de insulina também é estimulada por: Acetilcolina, 
um neurotransmissor liberado pelos terminais 
axônicos das fibras parassimpáticas do nervo vago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
que inervam as ilhotas pancreáticas. Aminoácidos 
arginina e leucina, presentes no sangue em níveis 
mais elevados depois de uma refeição rica em 
proteína. Peptídio insulinotrópico dependente de 
glicose (GIP), um hormônio liberado pelas células 
enteroendócrinas do intestino delgado em resposta 
à presença de glicose no sistema digestório. Dessa 
maneira, a digestão e a absorção de alimentos 
contendo tanto carboidratos quanto proteínas são 
um forte estímulo à liberação de insulina. 
A secreção do glucagon é estimulada por: 
Atividade mais intensa da parte simpática do SNA, 
como acontece durante o exercício Elevação dos 
aminoácidos sanguíneos quando o nível sanguíneo 
de glicose está baixo, o que pode ocorrer depois de 
uma refeição contendo principalmente proteína. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entender a morfofisiologia do córtex da 
glândula adrenal, enfatizando a produção de 
glicocorticóides 
 
Córtex da glândula suprarrenal 
 O córtex da glândula suprarrenal é subdividido em 
três zonas, e cada uma delas secreta hormônios 
diferentes. A zona mais externa, imediatamente 
profunda à cápsula de tecido conjuntivo, é a zona 
glomerulosa. Suas células, densamente 
acondicionadas e distribuídas em grupos esféricos 
e colunas arqueadas, secretam hormônios 
chamados de mineralocorticoides, pois afetam a 
homeostasia mineral. A zona do meio ou zona 
fasciculada é a mais larga das três zonas e consiste 
em células distribuídas em colunas longas e retas. 
As células da zona fasciculada secretam 
principalmente glicocorticoides, em especial 
cortisol, assim chamados por afetarem a 
homeostasia da glicose. As células da zona mais 
interna, a zona reticular, são distribuídas em 
cordões ramificados. Elas sintetizam pequenas 
quantidades de androgênios fracos, que são 
hormônios esteroides que exercem efeitos 
masculinizantes. 
Mineralocorticoides 
A aldosterona é o principal mineralocorticoide; 
regula a homeostasia de dois íons minerais – íons 
sódio (Na + ) e potássio (K + ) – e ajuda a ajustar a 
pressão arterial e o volume de sangue. A 
aldosterona também promove a excreção de H + na 
urina; essa remoção de ácidos do corpo pode ajudar 
a evitar a acidose (pH abaixo de 7,35) 
Controle da secreção de aldosterona 
A via reninaangiotensinaaldosterona (RAA) 
controla a secreção de aldosterona: 
1)Desidratação, deficiência de Na + e hemorragia 
são estímulos que iniciam a via da renina-
angiotensinaaldosterona. 
2)Essas condições promovem a diminuição do 
volume sanguíneo. 
3)O volume sanguíneo reduzido promove a queda 
da pressão arterial. 
4)A pressão arterial mais baixa estimula certas 
células renais, chamadas de células 
justaglomerulares, a secretar a enzima renina. 
5) O nível de renina no sangue sobe. 
6)A renina converte a angiotensina, uma proteína 
plasmática produzida pelo fígado, em angiotensina 
I. 
7)Sangue contendoníveis mais altos de 
angiotensina I circula pelo corpo. 
8)Conforme o sangue flui pelos capilares, 
sobretudo dos pulmões, a enzima conversora de 
angiotensina (ECA) converte angiotensina I no 
hormônio angiotensina II. 
9)O nível sanguíneo de angiotensina II sobe. 
10)A angiotensina II estimula o córtex da glândula 
suprarrenal a secretar aldosterona. 
11)Sangue contendo níveis mais elevados de 
aldosterona circula para os rins. 
12)Nos rins, a aldosterona aumenta a reabsorção de 
Na + , que, por sua vez, promove a reabsorção de 
água por osmose. Em consequência disso, perde-se 
menos água na urina. A aldosterona também 
estimula os rins a intensificarem a secreção de K + 
e H + na urina. 
13)Com a reabsorção mais intensa de água pelos 
rins, o volume de sangue aumenta. 
14)Na medida em que o volume de sangue 
aumenta, a pressão arterial se eleva ao normal. A 
angiotensina II também estimula a contração da 
musculatura lisa das paredes das arteríolas. A 
constrição resultante das arteríolas aumenta a 
pressão sanguínea e, desse modo, ajuda a elevar a 
pressão de volta ao normal. 
15)Além da angiotensina II, um segundo fator que 
estimula a secreção de aldosterona é uma 
concentração maior de K + no sangue (ou líquido 
intersticial). A diminuição no nível sanguíneo de 
K+ produz o efeito oposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glicocorticoides 
Os glicocorticoides, que regulam o metabolismo e 
a resistência ao estresse, são o cortisol, a 
corticosterona e a cortisona. Desses três hormônios 
secretados pela zona fasciculada, o cortisol é o mais 
abundante, responsável por cerca de 95% da 
atividade glicocorticoide. Os glicocorticoides 
exercem os seguintes efeitos: 
1)Degradação de proteína: Os glicocorticoides 
intensificam a taxa de degradação de proteína, 
principalmente nas fibras musculares e, dessa 
forma, aumentam a liberação de aminoácidos na 
corrente sanguínea. Os aminoácidos podem ser 
usados pelas células corporais na síntese de novas 
proteínas ou na produção de ATP. 
2)Formação de glicose: Ao serem estimulados 
pelos glicocorticoides, os hepatócitos convertem 
determinados aminoácidos ou ácido láctico em 
glicose, que será usada por neurônios e outras 
células para produzir ATP. Tal conversão, de uma 
substância que não seja o glicogênio ou outro 
monossacarídio em glicose, é chamada de 
gliconeogênese. 
3)Lipólise: Os glicocorticoides estimulam a 
lipólise, degradação dos triglicerídios e liberação 
de ácidos graxos do tecido adiposo para o sangue. 
4)Resistência ao estresse. Os glicocorticoides 
trabalham de muitas maneiras para promover a 
resistência ao estresse. A glicose extra fornecida 
pelos hepatócitos oferece aos tecidos uma pronta 
fonte de ATP para combater inúmeros estresses, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
inclusive exercício, jejum, medo, temperaturas 
extremas, altitudes elevadas, sangramento, 
infecção, cirurgia, traumatismo e doença. Uma vez 
que tornam os vasos sanguíneos mais sensíveis a 
outros hormônios que causam vasoconstrição, os 
glicocorticoides elevam a pressão sanguínea. Esse 
efeito é vantajoso nos casos de perda significativa 
de sangue, que faz com que a pressão arterial caia. 
5)Efeitos antiinflamatórios. Os glicocorticoides 
inibem a participação dos leucócitos nas respostas 
inflamatórias. Infelizmente, os glicocorticoides 
também atrasam o reparo tecidual; em 
consequência disso, retardam a cicatrização de 
feridas. Embora em doses elevadas possam 
ocasionar transtornos mentais graves, os 
glicocorticoides são muito úteis no tratamento de 
condições inflamatórias crônicas como artrite 
reumatoide. 
6) Depressão das respostas imunes. Doses elevadas 
de glicocorticoides deprimem as respostas imunes. 
Por esse motivo, os glicocorticoides são prescritos 
para receptores de órgãos transplantados com 
objetivo de retardar a rejeição tecidual promovida 
pelo sistema imune. 
Controle da secreção de glicocorticoide 
 O controle da secreção de glicocorticoide ocorre 
por meio de um sistema de feedback negativo típico 
(Figura 18.17). Níveis sanguíneos baixos de 
glicocorticoides, principalmente cortisol, 
estimulam as células neurossecretoras no 
hipotálamo a secretarem hormônio liberador da 
corticotrofina (CRH). O CRH (junto com a baixa 
concentração de cortisol) promove a liberação de 
 
ACTH da adenohipófise. O ACTH flui no sangue 
para o córtex da glândula suprarrenal onde estimula 
a secreção de glicocorticoide (em grau muito 
menor, o ACTH também estimula a secreção de 
aldosterona). A discussão sobre estresse ao final do 
capítulo aborda como o hipotálamo também 
aumenta a liberação de CRH em resposta a 
inúmeros estresses físicos e emocionais. 
Androgênios 
 Tanto em homens quanto em mulheres, o córtex da 
glândula suprarrenal secreta pequenas quantidades 
de androgênios fracos. O principal androgênio 
secretado pela glândula suprarrenal é a 
desidroepiandrosterona (DHEA). Nos homens, 
depois da puberdade, o androgênio testosterona 
também é liberado, e em quantidade muito maior, 
pelos testículos. Dessa forma, a quantidade de 
androgênios secretada pela glândula suprarrenal 
masculina é normalmente tão baixa que seus efeitos 
são insignificantes. 
Nas mulheres, no entanto, os androgênios 
suprarrenais desempenham funções importantes: 
Eles promovem a libido (desejo sexual) e são 
convertidos em estrogênios (esteroides sexuais 
feminilizantes) por outros tecidos corporais. Após 
a menopausa, quando a secreção ovariana de 
estrogênios cessa, todos os estrogênios femininos 
são provenientes da conversão dos androgênios 
suprarrenais. Os androgênios suprarrenais também 
estimulam o crescimento de pelos axilares e 
púbicos nos meninos e nas meninas e contribuem 
para o estirão de crescimento prépuberal. Embora o 
controle da secreção suprarrenal de androgênio não 
seja totalmente compreendido, o principal 
hormônio que estimula sua secreção é o ACTH. 
 
 
 
 
Entender por que os corticoides promovem 
alterações corporais e a sua relação com doenças 
autoimunes 
Efeitos adversos endocrinológicos 
 A função tireóidea também pode ser afetada pelo 
uso de GC em excesso. Embora os níveis basais de 
TSH geralmente sejam normais, sua síntese e 
liberação são inibidas pelos GC, e a responsividade 
do TSH ao hormônio de liberação da tireotrofina 
(TRH) freqüentemente é subnormal. As 
concentrações séricas totais de tiroxinas (T4) 
geralmente são normais ou baixas devido à 
diminuição da globulina de ligação da tiroxina. As 
concentrações de T3 (triiodotironina) total e livre 
podem ser baixas, pois o excesso de GC diminui a 
conversão de T4 em T3 e aumenta a conversão em 
T3 reverso. Apesar destas alterações, não há 
manifestações de hipotireoidismo. 
Há uma tendência à hiperglicemia, principalmente 
devido ao aumento da gliconeogênese hepática e do 
antagonismo periférico à ação da insulina, 
resultando em diminuição da captação de glicose 
no músculo e tecido gorduroso. Podem induzir o 
aparecimento de diabetes, usualmente sem cetose, 
relacionado com a dose e a duração do tratamento. 
O diabetes, na maioria das vezes é reversível com 
a parada da administração dos GC, embora os 
indivíduos com predisposição genética possam 
permanecer diabéticos. Há diminuição da massa 
muscular por inibição da síntese protéica e aumento 
do catabolismo protéico com balanço nitrogenado 
negativo. 
Ocorre redistribuição da gordura corporal, como na 
Síndrome de Cushing, com um aumento do tecido 
adiposo na região dorso-cervical, face e área 
supraclavicular, juntamente com uma perda de 
tecido adiposo nas extremidades. Uma hipótese 
para este fenômeno é que os adipócitos periféricos 
do tronco difiram em suas sensibilidades relativas 
à insulina e aos efeitos lipolíticos facilitados por 
GC. Os adipócitos da região do tronco 
responderiam predominantemente aos níveis 
elevados de insulinadecorrentes da hiperglicemia 
induzida por GC, enquanto os adipócitos 
periféricos seriam menos sensíveis à insulina e 
responderiam mais aos efeitos de outros hormônios 
lipolíticos facilitados pelos GC[13]. Além disso, os 
GC causam aumento de apetite e retenção de 
líquido, ocasionando edema e aumento de peso. 
Após a retirada do GC em pacientes que usaram a 
droga por muitos meses ou anos, o tempo de 
restauração do eixo HPA (hipotálamo-pituitária-
adrenal) pode ser dividido em: 
 – No 1º mês os níveis de ACTH e cortisol estão 
diminuídos em relação aos valores normais. 
– No 2º mês o ACTH retorna ao normal, mas o 
cortisol permanece baixo. 
– Do 2º ao 4º mês o nível de ACTH se torna 
supranormal, em esforço para aumentar o cortisol, 
que ainda permanece baixo. 
– Do 5º ao 9º mês o cortisol normaliza, mas os 
níveis de ACTH permanecem elevados. 
– Após o 9º mês o cortisol e o ACTH normalizam-
se. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: Tortora e um artigo Uso sistêmico 
de corticosteróides: revisão da literatura.

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