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Os tratados internacionais de direitos humanos no Brasil

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Os tratados internacionais de direitos humanos no Brasil
Os tratados internacionais de direitos humanos ganharam significativa importância no pós 2º guerra mundial, atualmente devido o caráter humanístico das relações internacionais entre os Estados este tema ainda é de grande importância. Os direitos humanos foram positivados nos tratados internacionais para trazer maior segurança e efetividade a esses direitos. Nesse entendimento.
Atualmente, os tratados são considerados a fonte mais importante do Direito Internacional, não apenas por força da sua multiplicidade, mas também porque, em regra, os assuntos mais importantes da ordem jurídica internacional são por eles regulados. Ademais, diz-se que o tratado é a mais democrática das fontes do Direito Internacional, uma vez que os Estados participam diretamente da sua elaboração.
O primeiro tratado de direito internacional de que se tem registro ocorreu por volta de 1280 e 1272 a. C. Entre o Faraó Egípcio Ramsés II e o Rei dos Hititas Hattusil III contudo, foi os com a globalização que tratados internacionais ganharam maior relevância. Após a Segunda Guerra Mundial a formação da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados regulamentou de forma sistemática as regras a respeito dos tratados. Ao codificar o direito dos tratados a Convenção de Viena de 1969 foi de tamanha importância que já era utilizada pelo Estado brasileiro e por diversos outros Estados mesmo antes de ter sido promulgada; aliás a Convenção de Viena foi promulgada no Brasil apenas em 2009 com ressalva dos artigos 25 e 66.
Sempre se discutiu a posição hierárquica, no ordenamento jurídico interno, dos tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil, a Emenda Constitucional n. 45 de 2004 tentou resolver o problema ao introduzir o § 3º do Art. 5º da Constituição Federal de 1988, todavia a emenda cuidou apenas dos tratados de direitos humanos quando estes forem equivalentes a emendas constitucionais, ou seja, aprovados por maioria absoluta dos membros do Congresso; deixando assim a Constituição de versar com clareza a respeito da hierarquia dos tratados comuns e dos tratados de direitos humanos aprovados por maioria relativa, cabendo desta forma a doutrina e jurisprudência consolidar entendimento a respeito do tema.
Haja vista a importância e a solenidade dos tratados internacionais, é necessário, haver um método procedimental para que esses tratados sejam devidamente celebrados e válidos tanto no âmbito interno quanto internacional. Quatro são as etapas procedimentais: negociações, assinatura, referendo parlamentar, ratificação e promulgação e publicação; sendo duas dessas fases, negociação e assinatura e referendo parlamentar, previstas na Constituição Federal.
Conforme todo exposto acima, concluímos que os tratados internacionais de direitos humanos poderão reformar a Constituição Federal desde que tragam normas que melhor resguardam os direitos humanos (princípio da primazia da norma mais favorável ao ser humano). Ademais tais tratados não poderão ser denunciados, mesmo que previsto em seu texto, haja vista que ao integrarem o bloco de constitucionalidade, e desta forma são cláusulas pétreas da Constituição além de que sua denúncia ofenderia ao princípio do não retrocesso.

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