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MBA – GFCAC – Controladoria, Auditoria e Compliance Módulo: Gestão das Relações Obrigacionais Professor: Fábio Lopes Soares Estudo de caso: Empresa Compra e Negocia de Tudo Desde a década de 80, a família Soprano, vinda dos Estados Unidos, constituiu empresas no Brasil, para vendas de bens de consumo duráveis. Com o tempo, suas pequenas vendas transformaram-se em grandes lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. O Sr. Soprano, principal executivo, mantinha empresas que auxiliavam na logística de entregas locais e realizavam a prospecção de novos clientes, sempre com a ideia de que poderia ganhar mais dinheiro, com o menor custo. Em seus contratos, sempre colocou cláusulas com multas acima de 35%, a fim de evitar perdas financeiras. Além disso, por acreditar que os consumidores não procurariam o poder judiciário, em caso de produtos com defeitos aparentes, passou a comprar grandes quantidades em países distantes, inclusive na R.P.C., sem um processo de atendimento no pós-venda com produtos que tinham registros em outros país como defeituosos e muitas vezes, sem contratos. Após a década de 90, com o nascimento de seu filho, Tribunianus Soprano Neto, passou a vender a prazo e constituiu parceria comercial com outra empresa: uma empresa que vendia seus produtos pela Internet, em um site de vendas conhecido como Mercado de Peixe. Contudo não emitia notas fiscais e não tinha pontos de atendimento de pós-venda, apenas o canal da internet para reclamações, com contatos de adesão onde o art. 49 da Lei 8078/90 não era respeitado. Empolgado com as perspectivas da economia brasileira, encaminhou seu filho para estudar um MBA sobre GFCA, a fim de evitar um passivo judicial e profissionalizar a operação. Contudo, não esperou o aperfeiçoamento dos estudos de seu filho e se associou a outros investidores para realizar além da venda de seus produtos pela internet, também o financiamento dos seus produtos, em conjunto com um Banco chamado Creditudo. Os produtos eram vendidos pela internet e após grandes compras das empresas na R.P.C, consumidores passaram a reclamar que os eletrodomésticos apresentavam problemas logo após o recebimento, por não funcionar e, alguns, após 91 dias de uso, explodirem. Além disso, consumidores que nunca compraram no Mercado de Peixe, alguns com mais de 80 anos, passaram a ter seus nomes incluídos no SCPC Serasa, devido ao não pagamento de compras realizadas pelo Banco Creditudo, de produtos que nunca adquiriam, sem qualquer vínculo contratual. Se não bastasse, o Bancos que fomentavam as operações das empresas, exigiram demonstração de Governança Corporativa e dos contratos com seus parceiros comerciais, a fim de oferecer manutenção as taxas de juros ou rever o risco integrado da operação. Você como filho (a) do Sr. Soprano, ao retornar de seus estudos, deverá: a) analisar o ocorrido e propor soluções contratuais societária e contratual (B2B e B2C), com vistas a análise econômica do direito; b) com base nos fundamentos das relações obrigacionais e na Lei 8078/90, justifique as consequências para cada ação empresarial realizada; c) indique as falhas previstas na Lei, proponha soluções imediatas e ações de mudança nos negócios da empresa sob o prisma do direito contratual, do consumidor e preventivo, a fim de diminuir risco de imagem, perdas financeiras, intervenção nos negócios, desconsideração da pessoa jurídica e desjudicialização. Estudo de Caso aplicado a disciplina Gestão de Relações Obrigacionais, no curso de GCAC – Controladoria, Auditoria e Compliance, desenvolvido por Fábio Lopes Soares, docente da FGV – Fundação Getúlio Vargas
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