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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Propedêutica Neurológica PRIMEIRO PAR (NERVO OLFATIVO) Nervo sensitivo. Empregar substâncias com odores conhecidos e o paciente, com olhos fechados, deve reconhecer o aroma que o examinador colocar diante de cada narina. SEGUNDO PAR (NERVO ÓPTICO) Nervo sensitivo. Avaliar: - Acuidade visual (realizado com cada olho separadamente, empregando a Tabela de Snellen); - Campo visual (o examinador desloca um objeto nos sentidos horizontal e vertical e o paciente dirá até que ponto está “percebendo” o objeto nas várias posições – lembrar que a visão temporal decussa e que a nasal não decussa); - Fundo de olho (reflete a condição de toda a microcirculação do organismo - fundo de olho normal é visto como um reflexo vermelho-alaranjado, denominado clarão pupilar). TERCEIRO, QUARTO E SEXTO PARES (NERVOS OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE) Inervam os vários músculos que têm por função a motilidade dos globos oculares. Músculo Oblíquo Superior é inervado pelo 4º par (n. troclear); Músculo Reto Lateral é inervado pelo 6º par (n. abducente); Músculos Reto medial, Reto superior, Reto inferior e Oblíquo inferior são inervados pelo 3º par (n. oculomotor) OS 4 ReLa 6 O resto 3. Avaliação da motilidade extrínseca Ação dos três nervos: o paciente com a cabeça imóvel, o examinador solicita a ele que desloque os olhos em diversos sentidos e o olhar conjugado (curvar os olhos para dentro e para baixo ao mesmo tempo - ficar vesgo – ocorre ao nível do tronco cerebral por informação coerente dos dois lados dos núcleos dos nervos). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Avaliação da motilidade intrínseca Ação do n. oculomotor, que também realiza a inervação parassimpática das pupilas e corpos ciliares, provocando miose pupilar. O examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa resposta nos dois lados. QUINTO PAR (NERVO TRIGÊMEO) É um nervo de natureza mista, apresentando fibras motoras para os músculos da mastigação e fibras sensitivas para a face e parte do crânio. Raiz motora: Responsável pela inervação dos músculos da mastigação masseter; temporal; pterigoideo medial e lateral. Raízes sensitivas: - Ramo Oftálmico Sensibilidade da córnea, porção superior da face (fronte e dorso nasal) e porção antero-superior do couro cabeludo. - Ramo Maxilar Região maxilar, narinas, lábio superior e arcada dentária superior. - Ramo Mandibular Região mandibular, mento, lábio inferior, arcada dentária inferior e dois terços anteriores da lingual. SÉTIMO PAR (NERVO FACIAL) Apresenta funções motoras (musculatura da mímica facial), sensitivas e autonômicas. Para fazer o exame do nervo facial, solicita-se ao paciente enrugar a testa, franzir os supercílios, fechar as pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, assobiar, inflar a boca e contrair o platisma ou músculo cutilar do pescoço. Esse nervo também participa da sensibilidade gustativa dos dois terços anteriores da língua. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Na paralisia facial central, apenas o andar inferior da face contralateral ao lado lesionado está paralisado, pois o andar superior da face recebe dupla inervação. - Na paralisia facial periférica, observa-se paralisia de toda hemiface ipsilateral ao lado da lesão. OITAVO PAR (NERVO VESTIBULOCOCLEAR) Raiz coclear (audição) avaliar: diminuição gradual da intensidade da voz natural e voz cochichada. - Teste de Rinne: Encosta-se o diapasão vibrando no mastóide e pergunta-se ao paciente se ele está escutando um ruído (condução óssea), quando parar de escutar tal ruído, retira-se o diapasão do mastoide, colocando-o próximo, mas não encostado ao ouvido (condução aérea). Se o paciente continuar escutando o som, é normal. - Teste de Weber: Encosta-se o diapasão vibrando no topo do crânio e pergunta-se se está escutando ruído bilateralmente (normal) ou se está escutando lateralizado; se estiver lateralizado para o lado do ouvido “surdo”, a surdez é de condução, se lateralizar para o lado do ouvido sadio, a surdez é neurossensorial. Raiz vestibular (equilíbrio) avaliar: marcha e sinal de Romberg (quando há diferença de equilíbrio com os olhos abertos e fechados – é positivo quando o paciente consegue manter-se em equilíbrio com os olhos abertos, mas apresenta oscilações importantes ou tendência à queda ao fechar os olhos). NONO PAR (NERVO GLOSSOFARÍNGEO) Paladar do terço posterior da língua e sensibilidade tátil e dolorosa da base da língua, amígdalas e faringe; estimula produção de saliva na parótida (parassimpático). DÉCIMO PAR (NERVO VAGO) Principal nervo parassimpático, inervando a musculatura lisa do coração, árvore brônquica e tubo digestivo. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C DÉCIMO PRIMEIRO PAR (NERVO ACESSÓRIO) Nervo essencialmente motor inervando o músculo esternocleidomastóideo e a porção superior do trapézio. Responsável pelos movimentos do pescoço, da cabeça e o movimento de levantar o ombro. DÉCIMO SEGUNDO PAR (NERVO HIPOGLOSSO) Investiga-se pela inspeção da língua, que deve ser movimentada para todos os lados, estando este órgão no interior da boca ou exteriorizado, forçando-a de encontro à bochecha e, por fim, palpando-a para avaliação de sua consistência. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C HOMÚNCULO DE PENFIELD DERMATOMOS C5: Clavícula. C5 e C6: Parte lateral dos membros superiores. C8 e T1: Parte medial dos membros superiores. C6, C7 e C8: Mão. T4: Mamilos. T8: Rebordo costal. T10: Nível do umbigo. L1: Crista ilíaca e região inguinal. L1, L2, L3 e L4: Região medial e anterior dos membros inferiores. L5, S1 e S2: Região posterior e lateral dos membros inferiores. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C SENSIBILIDADE Tato Epicrítico tato fino discriminatório, sistema de posição e vibração. - Ex: Pedir para o paciente fechar os olhos e então desenho uma letra em tamanho pequeno na sua mão. Ele conseguirá distinguir qual letra foi desenhada. Porém, se eu fizer a mesma letra (do mesmo tamanho pequeno) em uma área de sensibilidade menor (como nas costas), o paciente não conseguirá distinguir. Ou seja, em uma área de sensibilidade menor é necessário ampliar o estímulo. Tato Protopático tato grosseiro, sistema de dor e temperatura. Sensibilidade profunda testar com diapasão nos locais de proeminência óssea. Informação via fascículo grácil e cuneiforme Mesmo com os olhos fechados sei em qual posição meu corpo está. MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA E FORÇA MUSCULAR REFLEXOS PROFUNDOS Reflexo patelar percute-se o tendão do quadríceps femoral, observando-se a extensão da perna. Reflexo de aquileu. Reflexo bicipital percute-se o tendão do músculo bíceps braquial, observa-se leve flexão e supinação do antebraço. Reflexo tricipital. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C REFLEXOS SUPERFICIAIS Reflexo cutâneo abdominal. Reflexo cutâneo-plantar. EXAME DA COORDENAÇÃO SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA Rigidez de nuca. Sinal de Kernig. Sinal de Brudzinski. Sinal de Lasegue.
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