Prótese Parcial Fixa (anotação da aula)

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Anotações da Aula de Prótese Parcial Fixa na data 04/05/2022 – UFCG, Patos-PB. 
 
PRÓTESE PARCIAL FIXA 
 
Conceitos: 
Prótese 
É o componente artificial que tem por finalidade suprir necessidades e funções de indivíduos 
sequelados por amputações. 
 
Prótese dentária 
Ciência que trata essencialmente da reposição dos dentes e tecidos bucais faltantes por elementos 
artificias, que devem reproduzir a anatomia, função, devolvendo estética fonética, proporcionando 
saúde e conforto, e acima de tudo, protegendo as estruturas remanescentes (dente e fibromucosa) e 
restabelecendo o equilíbrio do sistema estomatognático. 
 
A prótese parcial fixa 
É a restauração parcial ou total da coroa de um dente ou a substituição de um ou mais dentes 
perdidos, quando se denomina prótese parcial fixa. 
Reabilita função, saúde e estética. 
 
Componentes: 
• Suporte: dentes que sustentam ou suportam a prótese. Situam-se nos extremos da prótese; 
 
• Retentor: elementos da prótese parcial fixa queniano os dentes a parte suspensa da prótese 
e o retém; 
Obs: Deve existir sempre 2 retentores, apenas em cantiléver que existe apenas um retentor. 
Cantiléver: é um termo da engenharia e arquitetura designado para: viga, trave ou qualquer estrutura 
semelhante que se projeta para fora, sustentada apenas em uma das extremidades, podendo servir 
como suporte de marquises, telhados, varandas ou vãos de pontes. 
 
• Ponte: parte suspensa da prótese parcial fixa, que substitui os dentes naturais que foram 
perdidos. 
Obs: O dente ponte pode ser mais de um dente. 
Obs: Não dá pra fazer em apenas um dente, então se faz em 3 dentes, mas o custo biológico 
é muito grande e normalmente fazer o implante do dente específico é mais vantajoso. 
 
• Conector: é a parte de uma prótese parcial fixa que une os retentores aos pônticos, um 
pôntico ao outro ou um retentor ao outro. 
 
 
 
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Retentores intrarradiculares: 
Suporte para a futura coroa; 
Dividido em núcleo (parte coronária) e pino (parte radicular). O núcleo pode ser de vidro ou metálico. 
O término do preparo é um leve batente que circunda todo o dente, construído manualmente com 
brocas específicas para delimitar o preparo. A restauração vai até esse término do preparo. 
 
Materiais da coroa: 
• Metalcerâmica (coping de metal recoberto de porcelana). Material muito resistente, mas 
antiestético, o aspecto óptico de forma geral é meio acinzentado próximo a gengiva do 
paciente e a gengiva pode ficar com aspecto azulado. 
 
• Metalfree ou livre de metal: coping de porcelana e recoberto de porcelana. A porcelana 
central é mais reforçada. O metalfree é mais próximo ao natural. 
 
Tipos de prótese fixa: 
• Preparos parciais: facetas, lentes, laminados. Em dentes posteriores inlay, onlay, overlay. 
 
 
 
• Preparos totais: coroa total (preparo total). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Indicações: 
➢ Substituir um ou mais dentes ausentes, consecutivos ou não, de um arco dental de um 
paciente adulto. 
Contra indicações: 
Relativas: 
 ⁃ Doenças sistemáticas; 
 ⁃ Fatores ortodônticos; 
 ⁃ Fatores periodontais; 
 ⁃ Fonética; 
 ⁃ Aspecto psicológicos. 
Absolutas: 
 ⁃ condição coronária; 
 ⁃ Condição radicular; 
 ⁃ Condição periodontal; 
 ⁃ Condição endodôntico. 
 
Vantagens: 
 ⁃ Adaptação do paciente é facilitada; 
 ⁃ Transmite aos dentes suportes forças funcionais que estimulando o periodonto de 
sustentação; 
 ⁃ Não há deslocamento na mastigação. 
 
Desvantagens: 
 ⁃ Desgate acentuado dos dentes suportes; 
 ⁃ Elevado custo no material empregado; 
 ⁃ Técnica de execução delicada; 
 ⁃ Higienização cuidadosa e trabalhosa. 
 
 
 
 
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Etapas para confecção das PPFS 
1- Planejamento (exame clínico, modelos, radiografias, ASA e enceramento diagnóstico); 
2- Preparo dentais; 
3- Confecção de coroas provisórias (direta ou indireta); 
4- Moldagem de trabalho; 
- Confecção de infraestrutura (enceramento e fundição) - 
5- Prova da infraestrutura, registro oclusal e moldagem de transferência; 
- Aplicação de porcelana - 
6- Ajuste oclusal e cimentação (provisória e definitiva); 
 
Exame clínico e planejamento em prótese parcial fixa 
 
Introdução 
O sucesso dos trabalhos da PPF na clínica diária está diretamente associado a um correto e 
criterioso planejamento que deve ser individualizado e executado de modo a atender às 
necessidades de cada paciente. 
 
Planejamento e plano de tratamento adequado: 
Exame clínico; 
Exame radiográfico; 
Modelos de estudos; 
Enceramento diagnóstico; 
Fotografias. 
 
Exame do paciente 
Anamnese: 
 Determinar o estado de saúde geral do paciente; 
 Histórica clínica: queixa principal, alergia a medicamentos, estado de saúde 
sistêmico (diabetes, problemas cardiovasculares, hemorragias); 
 Hábitos parafuncionais: condição de trabalho, apertamento, bruxismo; 
 Tratamentos odontológicos anteriores: interesse pela saúde bucal, motivação 
(tratamento longo), estado psíquico; 
 Condições socioeconômicas: opções terapêuticas; 
 
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Exame físico: 
 Condições dolorosas agudas “limitantes” tem prioridade no tratamento. 
 
Exame extra-oral: 
 Atrição severa ou perda do suporte posterior levam a uma diminuição da dimensão 
vertical. Redução do terço inferior, intrusão dos lábios, aprofundamento dos sulcos, 
projeção do mento; 
 Altura da linha do sorriso: Alta: término do preparo dentro do sulco, média e baixo; 
 Observar a linha média do paciente; 
 Grande perda de estrutura do rebordo alveolar na região anterior leva à perda de 
suporte do lábio. Aumento cirúrgico, gengival artificial removível (resina acrílica), 
gengiva artificial fixa (porcelana). 
 
Exame intra-oral: 
 Observar os tecidos moles. 
 Observar se há presença de cáries; 
 Seleção de dentes pilares; 
 Identificar o risco de cárie; 
 Observar se o preparo subgengival é possível, reforçar a higienize oral; 
 Manutenção periódicas de 3 em e messes; 
 Expectativa do paciente ou do profissional. 
 
Exame infra-oral Dente: 
 Observar linha média, trauma, fratura, oclusão; 
 Observar a relação cêntrica ou máxima intercuspidação habitual; 
 A disposição é mais importante que o número dos dentes; 
 Inclinação dentária: via de inserção da prótese necessita de pilares paralelos. 
Planeja-se ameloplastia, ortodontia e até endodontia com finalidade protética; 
 Vitalidade pulpar: Teste de vitalidade pulpar, dentes com tratamento endodôntico 
são mais frágeis, devem ser usados com cautela como pilares. 
 
 
Digital smile design: é uma ferramenta para planejamento e comunicação em odontologia 
estética. 
 
 
Linhas de referência horizontal da face 
 Linha da sobrancelha; 
 Linha interpupilar; 
 Linha da comissura labial; 
 Bordas incisais dos dentes ântero-superior; 
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Linhas de referência horizontal do sorriso 
 Borda inferir do lábio superior 
 Margem gengival (zênites) 
 Ameis gengivais 
 As seis linhas horizontais do sorriso: Linha cervical; Linha papilar; Linha dos pontos de 
contato; Linha incisal; Linha do lábio superior e Linha do lábio inferior. 
 
1- Longo eixo do dente 
2- Zênite gengival 
3- Contato interdental 
4- Ameias incisais 
5- Bordas incisais 
6- Forma e proporção 
 
 
Exame intra-oral parte periodontal 
 O tipo de gengiva influencia o planejamento dos tipos do término do preparo e, 
consequentemente, materiais restauradores diferentes. Observar a gengiva 
espessa ou fina; 
 Tipos de término: nível gengival, supra gengival, sua gengival (intrasucular); Periodonto: sondagem, sangramento, recessões gengivais, mobilidade e índice de 
placa; 
 Correção do sorriso gengival. 
 
Exame intra-oral espaço protético 
 Extensão, localização e forma; 
 O espaço pode estar aumentado ou diminuído, tanto na horizontal como na vertical; 
 Espaço interoclusal. 
 
Exame radiográfico: 
Extra oral: panorâmica e tomografia; 
Intra-oral: periapical e interproximal; 
 Altura da crista óssea; 
 Proporção da coroa-raiz; 
 Lesões periapicais; 
 Tratamento endodôntico; 
 Comprimento de núcleo. 
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Considerações biomecânicas 
 ⁃ Relação coroa-raiz ideal: relaciona-se com o tamanho do dente da oclusal à crista 
alveolar e o tamanho da raiz com suporte. 
 ⁃ Configuração da raiz: dentes posteriores com raízes divergentes constituem um melhor 
suporte periodontal melhor do que os dentes com raízes convergentes ou fusionadas. 
 ⁃ Coroas unidas: em situações desfavoráveis pôde-se lançar mão da união da estrutura 
de duas coroas vizinhas, melhorando a estabilidade da prótese. 
 
Modelos de estudo 
Isolados: 
 Forma e volume da coroa; 
 Espaço protético; 
 Facetas de desgaste: 
 Curvatura do arco; 
 Devem ser montados em articuladores. 
 
Modelos de estudo 
Montados em articuladores semi-ajustáveis: 
 Visualização das dificuldades do caso; 
 Espaço protético; 
 Inclinação: 
 Análise da oclusão (RC, MIH); 
 Interferência oclusais; 
 Enceramento diagnóstico; 
 Confecções de coroas provisórias. 
 
Exames completares 
 Laboratoriais; 
 Biópsias; 
 Fotografias: 
o Análise de detalhes sem a presença do paciente; 
o Auxílio na montagem do plano de tratamento; 
o Transmite ao paciente informações sobre os problemas encontrados; 
o Auxiliar na escolha da cor; 
o Comunicação com o laboratório de prótese. 
 
 
 
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Considerações finais 
 ⁃ No planejamento o fator mais importante a ser considerado é o paciente. Saber sua 
expectativa e o que ele está buscando é essencial. 
 ⁃ O ideal é ter a condição de prever o resultado final antes do começar o tratamento 
sabendo seus riscos e limitações.