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MOLDAGEM DE PRECISÃO - FIXA

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Rayssa Berenguer Odontologia UFPE 
MOLDAGEM DE PRECISÃO EM PRÓTESE 
FIXA 
A partir da moldagem obtém-se a reprodução 
negativa dos preparos dentais e regiões adjacentes. 
Molde: Corresponde à reprodução negativa dos dentes 
e tecidos em uma dada posição, registrada no 
momento da reação final do material moldador. 
Modelo: Reprodução positiva que se obtém após o 
vazamento do molde. 
A execução de uma boa moldagem depende de: 
 Material utilizado 
 Extensão do Preparo 
 Término Cervical 
 Coroas Provisórias corretas 
Materiais de Moldagem 
 Hidrocolóides Reversíveis - Podem perder água 
por evaporação muito facilmente, através do 
processo conhecido por sinérese, o que 
alteraria significantemente sua estabilidade 
dimensional (instabilidade), os moldes devem 
ser vazados imediatamente. 
 Polissulfetos (Mercaptanas) - baixo custo, alta 
resistência ao rasgamento, bom tempo de 
trabalho e boa reprodução de detalhes, fazem 
dos polissulfetos um dos bons materiais à base 
de borracha. 
*Desvantagens - odor desagradável, 
capacidade de manchar e memória elástica 
deficiente. 
 Poliéteres - apresentam uma boa precisão, 
permitem a obtenção de excelentes modelos, 
são mais precisos que polissulfetos e siliconas 
de condensação, possuem um bom adesivo e, 
desde que em ambiente seco, os moldes 
podem ser armazenados, segundo o 
fabricante, por até 7 dias. 
*Desvantagens - por serem hidrofílicos, 
tendem a absorver água e não podem então 
serem trabalhados em ambiente de alta 
umidade, rasgam facilmente, o tempo de 
trabalho é reduzido, o gosto desagradável e 
apresentam dificuldade de desinfecção. Por 
esses motivos, o molde deve ser vazado 
imediatamente. 
 Siliconas de Condensação - facilidade de 
trabalho e técnica de moldagem. 
*Desvantagens - baixa resistência ao 
rasgamento, maior deformação que outros 
elastômeros e distorção exagerada, quando 
armazenada para posterior vazamento. 
 Siliconas de Adição – Grande capacidade de 
reprodução de detalhes e estabilidade, por não 
apresentarem subprodutos durante sua 
reação de polimerização. Por sua pouca 
alteração dimensional (0,05 a 0,016%), é o 
material mais preciso do mercado, com 
excelente resistência ao rasgamento, bom 
tempo de trabalho, ótima recuperação 
elástica, e o molde pode ser vazado até 48 
horas após sua obtenção, sem qualquer tipo de 
alteração 
*Desvantagem- processo de polimerização 
alterado na presença de enxofre. Assim, o 
profissional não pode manipular este tipo de 
silicona quando estiver usando luvas, pois 
ocorrerá alteração de sua consistência rígida 
para borrachóide. 
 Elastômeros Fotopolimerizáveis - não foram 
muito aceitos por sua dificuldade de trabalho e 
custo. Este material tem baixa estabilidade 
dimensional, é muito rígido, rasga facilmente e 
tem preço muito elevado. 
 
 
 
 
 
 
 
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Rayssa Berenguer Odontologia UFPE 
1. Métodos de Retração Gengival 
Como o material de moldagem não promove o 
afastamento do tecido gengival, deve-se usar técnicas 
para expor a região cervical do dente preparado e 
assim a moldagem dos detalhes dessa área. 
1.1 Meios Mecânicos 
- Fios retratores 
- Técnica do casquete 
1.2 Meios Químicos 
1.3 Meios Mecânicos-Químicos 
2. Técnicas de Moldagem 
2.1 Com fio Retrator 
 
 Com Hidrocolóide Reversível – pode ser empregado 
com duas técnicas: a convencional, onde o 
hidrocolóide é usado tanto na moldeira como na 
seringa e a técnica mista (sanduiche), onde o 
hidrocolóide é usado na seringa e o alginato na 
moldeira. 
 Moldagem com Siliconas 
- Técnica Do Reembasamento - Esta técnica consiste 
em realizar uma moldagem preliminar com o material 
pesado para, em seguida, realizar a segunda moldagem 
com o material com consistência mais fluída. 
1. Preenchimento da moldeira (tipo Vernes) e 
colocação na boca, centralizando-a para obter 
uma impressão uniforme dos dentes e áreas 
adjacentes. 
2. Aguardo de 5 a 6 minutos para a polimerização 
do material na boca. 
3. Remoção da moldeira da boca com um único 
movimento, criando uma impressão com 
material pesado como guia. 
4. Preparação para o reembasamento, incluindo 
a criação de espaço na área dos dentes. 
5. Mistura igual das pastas base e catalisadora 
até obter uma mistura homogênea. 
6. Cobertura da área aliviada da moldeira com 
uma fina camada do material. 
7. Injeção do material na região do sulco gengival 
e dentes preparados, seguida da colocação da 
moldeira na posição sem pressão. 
8. Utilização de siliconas especiais com cartuchos 
e dispositivos de mistura para facilitar o 
processo. 
9. Preenchimento da moldeira com o restante do 
material fluido. 
10. Polimerização do material na boca. 
11. Remoção da moldeira de uma só vez após a 
polimerização e lavagem e secagem do molde. 
Com siliconas de condensação, é necessário vazar 
o molde imediatamente, enquanto com siliconas 
de adição, é necessário esperar uma hora antes de 
vazar o molde. 
- Técnica De Dupla Mistura – o material leve é 
colocado n a seringa e aplicado no sulco gengival, e a 
moldeira é preenchida com o pesado e levado a boca, 
forçando o material mais fluido a penetrar dentro do 
sulco gengival. 
1. Remoção dos fios de retração da área. 
2. Preparação e manipulação do material pesado, 
que é colocado na moldeira. 
3. Aplicação de uma fina camada do material leve 
sobre o material pesado e também sobre os 
dentes preparados. 
4. Injeção do material no sulco gengival. 
5. Colocação da moldeira individual, carregada 
com o material pesado, na posição correta. 
6. Após a polimerização do material, a moldeira é 
removida rapidamente para completar o 
processo de moldagem dentária. 
2.2 Sem Fio Retrator 
 Técnica dos Casquetes Individuais 
É um método mecânico de afastamento gengival 
não traumático ao periodonto de proteção. 
Baseia-se na utilização de um casquete de resina 
acrílica com alívio interno e reembasado na região 
cervical, que promove o afastamento gengival por 
ação mecânica imediata sem ação de meios físicos 
(fios) ou químicos (vasoconstritores). 
A técnica de moldagem com casquetes individuais 
é um procedimento odontológico utilizado para 
obter impressões precisas dos dentes e das 
estruturas bucais de um paciente. Essa técnica é 
frequentemente empregada em casos em que a 
moldagem precisa ser altamente detalhada e 
individualizada, como para a confecção de 
coroas, próteses parciais, restaurações estéticas 
ou implantes dentários. 
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Os casquetes individuais de resina acrílica são 
confeccionados diretamente sobre modelos de 
gesso, obtidos a partir de uma moldagem 
preliminar com alginato ou através das coroas 
provisórias. 
 Confecção Dos Casquetes Individuais Em 
Modelos De Gesso 
O gesso é usado para criar um modelo a partir 
dessa moldagem, e muitas vezes sal de cozinha ou 
raspas de gesso são adicionados para acelerar o 
endurecimento do gesso. Isso permite fazer 
correções nos preparos na mesma sessão clínica. 
A partir desse modelo, os casquetes individuais de 
resina são confeccionados da seguinte forma: 
1. Uma linha contínua é marcada com grafite ao 
redor de todos os dentes preparados, 
delimitando a junção do término cervical com 
as paredes axiais. 
2. A partir dessa linha, toda a superfície do dente 
é coberta com uma camada de cera de 
aproximadamente 0,5 mm de espessura, 
criando um alívio uniforme no casquete que 
será preenchido posteriormente com o 
material de moldagem. 
3. O término cervical do dente preparado e toda 
a cera são isolados com vaselina sólida e, em 
seguida, revestidos com resina acrílica ativada 
quimicamente. Uma maior espessura é 
deixada no sentido vestíbulo-lingual para 
facilitar o manuseio do casquete durante os 
procedimentos de reembasamento e 
moldagem. 
4. Após a polimerização da resina, os excessos 
externos são removidos com discos
de lixa e 
pedras montadas, dando ao casquete uma 
forma arredondada. É importante identificar a 
face vestibular dos casquetes com o número 
de cada dente para evitar confusões durante a 
inserção, especialmente quando múltiplos 
casquetes estão envolvidos. 
 Obtenção Dos Casquetes Individuais Através 
Das Coroas Provisórias 
A duplicação das coroas provisórias é uma prática 
eficiente para criar casquetes individuais de resina 
acrílica, eliminando a necessidade de criar um 
modelo de gesso separado, economizando tempo 
e simplificando o processo. Eis como isso é feito: 
1. Após a remoção das coroas provisórias, o 
cimento temporário é completamente 
removido da superfície interna delas. 
2. Um recipiente, como um pote Dappen com 
tamanho suficiente para as coroas, é 
preenchido com alginato. As coroas 
provisórias (sejam de dentes isolados ou de 
uma prótese fixa) são preenchidas com 
alginato e inseridas no recipiente, deixando as 
faces incisais ou oclusais visíveis. 
3. Após o alginato gelificar, as coroas ou 
próteses provisórias são removidas e o molde 
é preenchido com resina, até atingir as faces 
incisais/oclusais, com um ligeiro excesso em 
altura para facilitar o manuseio. 
4. Após a polimerização da resina, as réplicas das 
coroas provisórias são retiradas do molde de 
alginato e os excessos são removidos e o 
acabamento é feito com discos de lixa de 
granulação grossa ou pontas montadas. O 
alívio interno do casquete é realizado com 
uma broca esférica grande, sem, no entanto, 
desgastar as margens. 
 
Essa técnica oferece vantagens, pois permite a 
criação de casquetes precisos, ajustados às 
margens dos dentes preparados, sem a 
necessidade de um modelo de gesso separado, 
agilizando o processo de moldagem e 
reembasamento cervical. 
Descrição geral da técnica de moldagem com 
casquetes individuais: 
1. Preparação do paciente: O paciente é 
preparado para o procedimento, o que pode 
incluir a limpeza da cavidade oral e a remoção 
de qualquer resíduo de alimentos ou placa 
dental. É importante garantir que a boca esteja 
limpa e seca. 
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2. Escolha do material de moldagem: seleciona-
se o material de moldagem adequado para o 
caso específico. Isso pode ser uma silicona de 
adição, silicona de condensação, alginato ou 
outro material compatível com a finalidade da 
moldagem. 
3. Isolamento e retração gengigival: Caso 
necessário, a área a ser moldada é isolada para 
garantir que não haja contaminação com saliva 
ou sangue. Fios de retração gengival podem 
ser usados para afastar suavemente a gengiva 
do dente, criando espaço para o material de 
moldagem. 
4. Moldagem dos casquetes individuais: São 
confeccionados pequenos casquetes 
individuais, geralmente feitos de plástico ou 
metal, que se encaixam precisamente sobre os 
dentes que serão moldados. Esses casquetes 
individuais são personalizados para se 
ajustarem a cada dente. 
5. Aplicação do material de moldagem: O 
material de moldagem é preparado de acordo 
com as instruções do fabricante e, em seguida, 
é colocado nos casquetes individuais. Os 
casquetes são posicionados sobre os dentes a 
serem moldados, garantindo que o material 
cubra completamente as áreas desejadas. 
6. Tempo de polimerização: O material de 
moldagem é deixado a polimerizar por um 
período de tempo especificado, que varia 
dependendo do tipo de material utilizado. 
Durante esse tempo, o material endurece e 
adquire uma forma precisa das estruturas 
dentárias. 
7. Remoção dos casquetes individuais: Após o 
tempo de polimerização, os casquetes 
individuais são cuidadosamente removidos 
dos dentes, garantindo que a impressão seja 
preservada. 
8. Avaliação da qualidade da moldagem: O 
odontologista verifica a qualidade da 
moldagem para garantir que todos os detalhes 
e margens estejam bem definidos. 
9. Envio ao laboratório: A moldagem é enviada 
ao laboratório de prótese dentária, onde será 
usada para criar restaurações, próteses ou 
outros dispositivos personalizados. 
A técnica de moldagem com casquetes individuais 
é uma abordagem precisa e eficaz para obter 
impressões detalhadas e é amplamente utilizada 
na odontologia restauradora e na confecção de 
próteses dentárias. É fundamental que um 
profissional qualificado execute esse 
procedimento para garantir resultados precisos e 
conforto do paciente. 
 Reembasamento 
O afastamento mecânico do tecido gengival é 
conseguido pelo reembasamento, com resina, das 
margens do preparo. O reembasamento deve ser 
realizado com resina de melhor estabilidade 
dimensional para facilitar a visualização dos detalhes 
do término cervical e do sulco gengival. 
1. Isola-se os dentes preparados com vaselina e a 
resina é levada sobre o término cervical 
2. A resina fluída é depositada era toda a volta do 
término cervical, procurando-se introduzi-la 
dentro do sulco gengival 
3. . Após a perda superficial do brilho, o casquete 
é posicionado vagarosamente no dente até 
encontrar resistência. A pressão produz 
afastamento mecânico 
4. Aguarda-se a fase plástica da resina e, com um 
instrumento de ponta romba como a espátula 
de inserção n° 2, pressiona-se o excesso de 
resina para o interior do sulco, buscando maior 
afastamento do tecido gengival e melhor 
reprodução dos detalhes do término cervical 
do dente preparado (movimentar ligeiramente 
o casquete, deslocando-o e retornando-o para 
sua posição original, para evitar que retenções 
mecânicas que possam impedir a remoção do 
casquete) 
5. Após a remoção do casquete, analisa-se todo o 
término cervical reembasado, que irá ter um 
excesso extravasado de no mínimo 0,2mm, 
verificando-se a nitidez de toda a margem do 
preparo. 
6. Após a polimerização da resina, as margens 
externas do casquete e internas são delimitadas 
com grafite 
 Esses procedimentos de reembasamento 
são prejudicados somente quando o tecido 
gengival apresenta-se inflamado. Nesses 
casos, recomenda-se primeiramente a 
recuperação da saúde gengival para 
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depois, proceder-se ao reembasamento 
dos casquetes. 
 A qualidade do reembasamento dos 
casquetes tem influência direta na 
qualidade da moldagem: não existe 
reembasamento deficiente e molde 
preciso 
 Os casquetes não devem estabelecer 
contatos com seus vizinhos, pois isto pode 
dificultar seu posicionamento durante a 
moldagem 
 Moldagem 
Mercaptana é o material mais utilizado, mas os 
poliéteres e siliconas de condensação e adição também 
podem ser empregados 
Mercaptanas e Siliconas não se comportam bem na 
presença de umidade, então a região a ser moldade 
deve estar isolada com rolos de algodão e, na presença 
de fluido sulcular, deve-se controla-lo com substâncias 
hemostáticas como Hemodent, Hemotop, etc. Para 
isso prepara-se fio de algodão embebido na solução, 
acomodando-o no término cervical e sulco gengival. 
1. O casquete é posicionado lentamente sobre o 
dente, assegurando que o material de 
moldagem extravase ao redor dele. 
2. Antes do início da polimerização, os dedos 
umedecidos em saliva são usados para 
pressionar suavemente o excesso de material 
contra o tecido gengival para garantir uma 
superfície regular em torno do casquete. 
3. É importante manter o casquete em posição 
com leve pressão até que o material de 
moldagem polimerize completamente, o que 
leva cerca de 6 minutos. Não é recomendado 
deslocar os casquetes após a polimerização 
para avaliação do molde, pois isso pode causar 
alterações dimensionais e de posicionamento, 
comprometendo a qualidade da moldagem e 
da técnica. Portanto, qualquer correção 
necessária deve ser feita durante o 
procedimento inicial, evitando 
reposicionamentos posteriores. 
 Remoção Dos Casquetes 
- Com Moldeira de estoque – indicada para 
elementos isolados, próteses fixas pequenas, uni 
ou bilaterais,
anterior ou posterior e que não 
envolva todo o arco. A moldeira é preenchida com 
selicona de condensação. Emprega-se a técnica da 
dupla mistura, onde a moldeira é carregada com o 
material pesado e os casquetes e dentes vizinhos 
são cobertos com o material mais fluído, usando-
se uma seringa de moldagem. Em seguida leva-se a 
moldeira em posição na boca. 
 - Com Moldeira Individual – indicada na presença 
de múltiplos dentes preparados. A moldeira é 
confeccionada no mesmo modelo onde foram 
obtidos os casquetes 
1. Com os casquetes em posição, promove-se 
um alívio com uma lâmina de cera 7 
envolvendo os casquetes e os dentes 
vizinhos para promover espaço para o 
material de moldagem. 
2. Após a confecção da moldeira com resina 
acrílica ativada quimicamente, sua 
superfície interna deve receber uma fina 
camada de cera liquefeita para facilitar o 
deslocamento da moldeira no modelo de 
gesso. 
3. Enquanto ocorre a polimerização do 
material de moldagem no interior dos 
casquetes, aplica-se adesivo sobre a cera 
que cobre a superfície interna da moldeira, 
4 a 5mm além de suas bordas. O mesmo 
deve ser feito nas superfícies externas dos 
casquetes. 
4. Após a secagem do adesivo, o material de 
moldagem é manipulado em quantidade 
suficiente para preencher a moldeira que, 
após carregada, é levada à boca. 
5. Ocorrida a polimerização do material, 
remove-se a moldeira e avalia-se 
criteriosamente o molde obtido, 
verificando-se a fidelidade da cópia de 
todos os pormenores dos dentes 
preparados.

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