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fundamentos_de_comunicacoes_por_satelite_e_enlaces_terrestres

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no acrônimo na língua portuguesa, ou 
como é mais conhecida pelo acrônimo ITU (Internacional Telecommunication Union) 
da língua inglesa, dividiu o espaço geoestacionário em 180 posições orbitais, cada uma 
das posições estão separadas uma da outra de um ângulo de 2°. O Brasil pleiteou 19 
posições orbitais junto à ITU, por direito de ser membro participante da Organização 
das Nações Unidas (ONU). Destas, atualmente sete se encontram designadas para uso 
dos operadores brasileiros tais como a Star One, Loral e Hispasat. 
A União Internacional de Telecomunicações (ITU) é o organismo mais importante a 
nível mundial em telecomunicações. Atualmente, é constituído por três setores básicos: 
setor de radiocomunicações (ITU-R) para a alocação e uso do espectro eletromagnético, 
o setor de telecomunicações (ITU-T) para as questões técnicas e recomendações para 
a padronização internacional, e o setor de desenvolvimento (ITU-D) no âmbito de 
desenvolvimento em escala mundial. 
Esta organização que hoje se encontra sediada na cidade de Genebra (Suíça), sofreu uma 
importante reestruturação no ano de 1993, e passando a ser conhecida como a União 
Internacional das Telecomunicações. Antes dessa data, as duas principais organizações 
subsidiárias eram CCITT (International Consultive Committee on Telephone and 
Telegraph) e o CCIR (International Consultive Committee on Radio). Assim após o ano 
de 1993 o CCITT passou a ser o conhecido como ITU-T e o CCIR passou a ser o ITU-R. 
Existem outras organizações e associações que são envolvidas nos processos de 
padronizações recomendadas pela ITU. E outras organizações que podem influenciar 
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UNIDADE I │ INtroDUção À ComUNICAção vIA sAtélItE
diretamente decisões das recomendações feitas, como por exemplo, é o caso da 
FCC (Federal Communications Commission) dos Estados Unidos. As organizações 
mais proeminentes relacionadas a organização ITU nos aspectos regulatórios são: 
ANSI (American National Standards Institute), EIA/TIA (Electronic Industries 
Association/Telecommunications Industry Association), ISO/IEC (International 
Standards Organization/International Eletrotechnical Commission), ETSI (European 
Telecommunication Standards Institute), CEPT (European Conference of Postal and 
Telecommunication Administrations), IEEE (Institute of Electrical and Electronics 
Engineers), UL (Underwriters Laboratories), IETF (Internet engineering Task Force), 
W3C (Word Wide Web Consortioum), 3GPP (3rd Generation Partnership Project), 
ITSO (International Telecommunication Satellite Organization) e conforme ilustrado 
na figura a seguir.
O quadro a seguir lista as séries de documentos (ou recomendações) publicadas pela 
ITU-R para a radiocomunicação, que são os resultados obtidos pelos grupos de estudos 
organizados. De forma análoga a ITU-T também organiza as suas publicações utilizando 
individualmente todas as letras do alfabeto, entretanto, não segue uma designação igual 
e formal ao ITU-R. 
Quadro 1.
Sigla Descrição
BO Distribuição por satélite. 
BR Gravação para produção, arquivos e play-out, filme para televisão.
BS Serviço de radiodifusão sonora.
BT Serviço de radiodifusão televisiva.
F Serviços fixos.
M Serviços móveis de rádio determinação (rádio localização e rádio navegação) amadores e relacionados a serviços de satélites.
P Propagação de ondas de rádio.
RA Radio astronomia.
RS Sistemas de sensoriamento remoto.
S Serviço de satélite fixo.
SA Aplicações espaciais e meteorologia.
SF Compartilhamento de frequências e coordenação entre satélites fixos e sistemas de serviços fixos. 
SM Gerenciamento de espectro.
SNG Coleta e distribuição de material com informação de natureza jornalística televisiva ou não, utilizando satélites.
TF Padrões de emissões de sinais no domínio da frequência e temporal. 
V Vocabulário e assuntos relacionados.
fonte disponível em: <http://www.itu.int/pub/r-reC>, 2017.
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Introdução À ComunICação vIa satélIte │ unIdade I
figura 7. organismos que colaboram com a Itu.
fonte: autor, 2017.
No Brasil, a relação de satélites e operadores de satélites que podem operar no território 
nacional é encontrada no site da ANATEL, que por sua vez segue as Recomendações 
do ITU. Neste documento indica o direito de exploração dos satélites brasileiros e não 
brasileiros em território nacional. Lista de endereços dos operadores. Assim como para 
cada um dos satélites aqui encontrado, seguem os seus respectivos nomes, bandas de 
frequências de operações, as suas posições orbitais, e operadores. Conforme a duas 
seguintes figuras ilustram.
figura 8. lista das operados de satélites no Brasil.
fonte disponíveis: <www.anatel.gov.br>. 2017.
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UNIDADE I │ INtroDUção À ComUNICAção vIA sAtélItE
figura 9. lista das operados de satélites no Brasil.
fonte disponíveis: <www.anatel.gov.br>. 2017.
De muita importância, para complementar o nosso conhecimento nas características 
técnicas dos satélites e a lista de operadores habilitados a operar em território 
brasileiro é importante que você faça o download do arquivo “Relação de Satélites 
Autorizados a Operar no Brasil” no site da Anatel por meio do link, disponível em:
<http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documentoVersionado.
asp?numeroPublicacao=288211&documentoPath=&Pub=&URL=/Portal/
verificaDocumentos/documento.asp>.
ou
<http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numer
oPublicacao=347246&assuntoPublicacao=null&caminhoRel=null&filtro=1&doc
umentoPath=347246.pdf>;
Este arquivo foi atualizado em 14/7/2017 pela ANATEL.
A sociedade cada vez mais vem demandando por tecnologias que dependem diretamente 
ou indiretamente da utilização de radiofrequências para se comunicarem. Para grande 
parte dos usuários finais somente é percebido com limitações nas utilizações de telefones 
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Introdução À ComunICação vIa satélIte │ unIdade I
celulares e sinais de televisão ou rádios. Entretanto, as utilizações vão muito além dessas 
aplicações finais, tais como alguns poucos exemplos: conexões de chamadas telefônicas 
entre grandes centrais telefônicas, interligações entre os provedores de internet, 
comunicação entre os continentes via satélites. Ou seja, para o desenvolvimento social 
e tecnológico da sociedade destaca-se a enorme importância de se gerenciar o espectro 
eletromagnético nos processos nacionais e internacionais de comunicação em todos 
os âmbitos e sentidos. E assim com a finalidade de acomodar todos os usuários que 
buscam a utilização do espectro de radiofrequências. 
Para uma utilização eficiente e por questões administrativas do espectro de 
radiofrequências a ITU dividiu o mundo em três grandes regiões para as alocações 
das bandas de frequências de acordo com a tecnologia empregada. A Figura a seguir 
indica essas três grandes regiões feitas pela ITU. Outra grande importância de se 
ter dividido o mundo em três grandes regiões é para evitar as interferências entre 
os sistemas de telecomunicações. Contudo, isso não necessariamente irá implicar 
uma incompatibilidade de tecnologias ou frequências nos sistemas de comunicação 
existentes entre as regiões. 
No Brasil a responsabilidade de gerenciar o espectro de frequência é da ANATEL, 
seguindo as convenções e os tratados e acordos firmados internacionalmente, ou seja, 
seguindo as recomendações da ITU. A figura que segue ilustra como está dividido o 
espectro de radiofrequências no Brasil e no Quadro a seguir como se dá a nomenclatura 
para cada faixa de frequência. Entretanto, de origem dos equipamentos norte 
americanos, e após a segunda grande guerra, o próximo Quadro a seguir realiza outra 
nomenclatura que também é muito utilizada nos dias atuais para designar a divisão do 
espectro de radiofrequências. 
figura 10.
fonte: autor, 2017.
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UNIDADE I │ INtroDUção À ComUNICAção vIA sAtélItE
Quadro 2.
Limites de frequências Denominação oficial Denominação popular
30 Hz – 300 Hz ELF --
300 Hz – 3 kHz VF Frequências de voz
3 kHz – 30 kHz VLF Ondas muito
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