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Diuréticos
O que é?
São fármacos que ↑ o volume de urina excretado. A
maioria dos diuréticos são inibidores dos
transportadores renais de íons e ↓ a reabsorção de Na+
em diferentes partes do néfron.
- São usados mais comumente para o manejo de
retenção anormal de líquido (edema) ou para
controle da hipertensão.
Regulação normal dos líquidos e eletrólitos pelos
rins
❖ Os rins regulam a composição iônica e o
volume da urina por reabsorção ativa ou
secreção de íons e/ou reabsorção passiva de
água em cinco zonas funcionais ao longo do
néfron → 5 partes:
1) túbulo contorcido proximal → local de secreção
de ácidos e bases orgânicas; a maioria dos diuréticos
entra no líquido tubular por esse sistema.
- As propriedades diuréticas são fracas.
2) ramo descendente da alça de Henle → os
diuréticos osmóticos exercem, parte de sua ação nessa
região.
- a osmolaridade ↑ ao longo do ramo
descendente em decorrência do mecanismo de
contracorrente (responsável pela absorção de
água) → a concentração de sal é triplicada.
3) ramo ascendente da alça de Henle → local de
diluição do néfron e o principal de reabsorção de sal.
- fármacos que afetam o local (ex diuréticos de
alça) têm maior efeito diurético.
4) túbulo contorcido distal → difere da alça de
Henle;
- 10% do cloreto de sódio filtrado é reabsorvido.
5) túbulo e ducto coletor → são responsáveis pelo
transporte de Na+, K+ e água.
Tiazídicos e Correlativos
Clorotiazida Indapamida
Clortalidona Metolazona
Hidroclorotiazida
→ São os diuréticos amplamente usados, afetam o
túbulo contorcido distal.
- ↑ da dosagem, acima da dose terapêutica
normal, não promove resposta diurética
adicional.
Mecanismo de ação dos tiazídicos:
Atuam principalmente na região cortical da alça
ascendente de Henle e no túbulo contorcido distal ↓ a
reabsorção de Na+
- Possui efeito menor no túbulo proximal
- ↑ a concentração de Na+ e CL- no líquido
tubular.
- Se a função renal estiver diminuída esses
diuréticos perdem a eficácia.
- Se usado com AINEs a eficácia pode diminuir.
Ações dos tiazídicos
Aumento da excreção de Na+e Cl- → causam diurese
com o aumento da excreção de Na+ e CL-. (tiazídicos
e correlativos)
Perda de K+ → ↑ Na+ no filtrado que chega no túbulo
distal, mais K+ também é trocado por Na+
Perda de Mg2+ → se houver uso crônico de diuréticos
tiazídicos pode ocorrer deficiência de magnésio
(suplementação nesses casos) .
↓ da excreção de urinária de cálcio: ↓ o conteúdo de
ca2+ na urina promovendo sua reabsorção no túbulo
contorcido distal, onde o hormônio paratireóideo
regula a reabsorção. (tiazídicos e correlativos)
↓ da resistência vascular periférica: ocorre ↓ da P.A
em resposta da ↓ do volume sanguíneo e com isso ↓ do
D.C
Uso terapêuticos dos tiazídicos
Hipertensão → principal medicamento para esse
caso, pois são acessíveis e fácil de administrar, ótimo
para hipertensão leve ou moderada.
- Uma dose diária;
- alguns pacientes podem precisar de fármacos
adicional para o controle da P.A
- I.C → os diuréticos de alça são a escolha para
a ↓ do volume extracelular da I.C.
- Tiazídicos podem ser um adicional se for
necessária a diurese. → podem ser
administrado 30 minutos antes do de alça
Hipercalciuria (excesso de calcio na urina) →
inibem e excreção de Ca2+
Diabetes insípido (sede intensa e vontade excessiva de
urinar) → capacidade única de produzir urina
hiperosmolar (desidratação)
Farmacocinética → via oral, geralmente leva de 1 a 3
semanas para ↓ estavelmente a P.A e possui meia-vida
prolongada.
- todos os tiazídicos são secretados pelo sistema
secretor de acordo orgânico renal
Efeitos adversos dos tiazídicos
❖ Depleção de potássio → perda de k+ gerando
nível abaixo do mesmo.
❖ Hiponatremia (baixo nível de sódio no
sangue), nesses casos limitar a ingestão de
água e reduzir a dose do diurético pode evitar
tal problema.
❖ Hiperuricemia → ácido úrico elevado,
podem causar ataque de gota, nesse sentido
devem ser usados com cautela em pacientes
com gotas ou nível elevado de ácido úrico.
❖ Diminuição de volume: Pode causar
hipotensão ortostática ou tonturas leves.
❖ Hipercalcemia → elevação de ca2+ no sangue
devido a inibição da secreção do mesmo.
❖ Hiperglicemia → pode gerar intolerância à
glicose devido ao impedimento de liberação de
insulina e de captação da glicose pelos tecidos.
Pacientes diabéticos devem ser monitorados a
glicemia.
Diuréticos tipo tiazídicos
→ Esses compostos são desprovidos de estrutura
tiazídica, mas, como os tiazídicos, apresentam grupo
sulfonamídico não substituído e por isso compartilham
seu mecanismo de ação.
Clortalidona → se comporta como hidroclorotiazida,
possui ação longa e geralmente usada 1x ao dia para
tratamento da hipertensão.
Metolazona → A metolazona é mais potente do que os
tiazídicos e diferentemente deles, causa excreção de
Na+ na insuficiência renal avançada.
Indapamida → apresenta duração de ação prolongada.
Em doses baixas, ela apresenta ação anti-hipertensiva
significativa com efeitos diuréticos mínimos.
Diuréticos de alça ou potentes
Ácido etacrínico
Bumetanida
Furosemida
Torsemida
→ Tem sua ação diurética principal no ramo
ascendente da alça de henle.
- Produzem a quantidade de urina abundante, a
furosemida é a mais usada no grupo, e o ácido
etacrínico é raramente usado devido seus
efeitos adversos.
Mecanismos de ação dos diuréticos de alça ou
potentes
→ Os diuréticos de alça inibem o co-transporte
de Na+/K+/2Cl– na membrana luminal, no ramo
ascendente da alça de Henle. Dessa forma, a
reabsorção desses íons diminui.
- O ramo ascendente é responsável pela
reabsorção de 25 a 30% do NaCl filtrado.
Ações: atuam rapidamente mesmo em pacientes com
função renal diminuída ou que não responderam a
outras diuréticos
Os diuréticos de alça
podem aumentar o
fluxo de sangue nos
rins, possivelmente
pelo aumento da
síntese de
prostaglandinas.
- AINEs
podem diminuir a
ação diurética.
Usos terapêuticos:
❖ Reduzir edema pulmonar agudo causado por
I.C ou renal
❖ Edema periférico agudo ou crônico causado
por I.C ou renal
❖ Úteis em situações de emergência
(administrados IV)
❖ Acompanhados de hidratação são úteis para
hipercalcemia pois estimula a secreção tubular
de ca2+.
❖ Para tratamento de hiperpotasemia.
Farmacocinética: oral ou parenteral. Sua ação é
relativamente curta (2-4h)
Efeitos adversos:
Ototoxicidade: pode ocorrer perda auditiva
permanente ou reversível ainda mais se forem usados
com (antimicrobianos nos aminoglicosídeos)
- Ácido etacrínico → fármaco mais propenso a
causar surdez.
Hiperuricemia: causa ou agrava os ataques da gota
(furosemida e ácido etacrínico)
Hipovolemia aguda: ↓ rápida e grave do volume
sanguíneo com possibilidade de hipotensão, choque e
arritmias cardíacas.
Depleção de potássio: perda de K+
Hipomagnesemia: o uso crônico + a ingestão
reduzida de mg2+ pode levar a hipomagnesemia
Diuréticos poupadores de potássio
Amilorida
Eplerenona
Espironolactona
Triantereno
→ potássio atuam no túbulo coletor inibindo a re-
absorção de Na+ e a excreção de K+
- O seu maior uso é para o tratamento de
hipertensão (mais frequente em associação
com um tiazídico) e da insuficiência cardíaca
(antagonistas da aldosterona).
- Devem ser evitados em pacientes com
disfunção renal
- os níveis de K+ devem ser monitorados
Antagonistas da aldosterona: espironolactona e
eplerenona
Mecanismo de ação: ele impede translocação do
complexo receptor para o núcleo da célula-alvo,
bloqueando a produção de proteínas mediadoras que
normalmente estimulam os locais de troca Na+/K+
do túbulo coletor.
- evita a reabsorção de Na+ e, por consequência,
a secreção de K+ e H+
Ações: os níveis sanguíneos de aldosterona são ↑
elevados, o que colabora na retenção de Na+.
- vai se ter retenção de K+ e excreção de Na+
Usos terapêuticos:
Diurético: isso ocorre pois geralmente são usados
juntamente ao tiazídicos ou de alça para evitar a
excreção de k+ o que potencializa os efeitos diuréticos.
Hiperaldosteronismo Secundário: A espironolactona
é eficaz em situações clínicasassociadas com
hiperaldosteronismo secundário, como a cirrose
hepática e a síndrome nefrótica.
I.C → ↓ a mortalidade associada com a I.C
particularmente naqueles pacientes com fração de
ejeção reduzida.
Ascites (acúmulo de líquido na cavidade
abdominal): A espironolactona é eficaz nessa
condição.
Síndrome do ovário policístico: Em dosagens
elevadas, ela bloqueia o receptor de androgênio e inibe
a síntese de esteróides, ajudando a parar os níveis
elevados de androgênios encontrados nesse distúrbio
(espironolactona).
Farmacocinética: via oral
Efeitos adversos:
espironolactona → distúrbios gástricos, ginecomastia
(homens), irregularidade menstrual, hiperpotassemia,
náusea, letargia e confusão mental.
- em doses baixas apresenta pouco efeito
colateral
- tomar cuidado ao usar com outras medicação
que pode causar hiperpotassemia
Triantereno e amilorida
→ bloqueiam os canais de transporte de Na+,
resultando em diminuição na troca Na+/K+
- não são diuréticos muito eficazes.
- são usados em associação a outros diuréticos.
Efeitos colaterais: aumento do ácido úrico, cálculos
renais e retenção de K+.
Inibidores da anidrase carbônica
Acetazolamida
A diminuição na capacidade de troca Na+ /H+ na
presença de acetazolamida resulta em uma diurese
leve.
→ eficaz no controle da secreção de fluidos
Usos terapêuticos:
Glaucoma: ↓ a produção de humor aquoso e ↓ a
pressão intraocular de pacientes com glaucoma de
ângulo aberto
Doenças das montanhas → previne fraqueza, falta de
ar, tontura, náuseas e edemas cerebral e pulmonar
característicos da síndrome.
Farmacocinética: oral ou IV;
- É eliminada por via renal por secreção tubular
ativa e reabsorção passiva.
Efeitos adversos: Podem ocorrer acidose metabólica
(leve), depleção de potássio, formação de cálculos
renais, sonolência e parestesia.
- devem ser evitados por pacientes de cirrose
hepática
Diureticos osmoticos
Manitol
Ureia
→ Eles são usados para manter o fluxo urinário após a
ingestão de substâncias tóxicas agudas capazes de
produzir insuficiência renal aguda.
- São o principal tratamento para pacientes com
↑ de pressão intracraniana ou com
insuficiência renal aguda devido a choque,
toxicidade por drogas e traumatismo.
❖ Manitol deve ser administrado por via IV pois
oral ele não é absorvido.
Efeitos adversos: expansão de água extracelular e
desidratação

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