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Prof. Dr. José Artur da Silva Emim
Curso de Graduação em Farmácia
Farmacologia
2022/1
Distribuição,
Metabolização e Excreção 
de Medicamentos
(Goodman e Gilman, 2015)
Distribuição de Medicamentos
(Goodman e Gilman, 2015)
I – Conceito
II - Volume de distribuição (V)
O volume de distribuição (V) reflete a medida da
extensão da distribuição além do compartimento
plasmático.
III - Meia-vida (t1/2)
Tempo necessário para as concentrações
plasmáticas do fármaco ou a quantidade do
fármaco presente no organismo serem reduzidas
em 50%.
Adaptado de https://www.infoescola.com/biologia/celula-endotelial/
ALBUMINA
CÉLULAS ENDOTELIAIS
CÉLULAS ENDOTELIAIS
LUZ DO VASO
Medicamento A
Medicamento B
MEDICAMENTO LIVRE
(Pronto para ser distribuído)
Med
MEDICAMENTO
LIGADO
(Preso na 
corrente sanguínea)
MEDICAMENTO
LIGADO
MEDICAMENTO
LIVRE
Volume de Distribuição (V)
Medicamento A (ligado 25% à albumina)
Medicamento B (ligado 90% à albumina)
Problematizações
Com base no quadro abaixo e na distribuição de 
medicamentos, por que a varfarina, um anticoagulante que 
interfere com a vitamina K, pode causar sangramentos 
indevidos no paciente que passa a tomá-lo 
concomitantemente com um outro medicamento X?
Dados Farmacocinéticos Varfarina X
Ligação à albumina plasmática (%) 97 90
I – Conceito
II - Volume de distribuição (V)
O volume de distribuição (V) reflete a medida da
extensão da distribuição além do compartimento
plasmático.
III - Meia-vida (t1/2)
Tempo necessário para as concentrações
plasmáticas do fármaco no organismo serem
reduzidas em 50%.
https://seconline.egasmoniz.edu.pt/moodle/course/index.php?categoryid=21
Via Oral (v.o.) versus Via Endovenosa (e.v.)
(McShane, 2011)
Estado de Equilíbrio
(Concentração Máxima Constante)
Taxa de Eliminação = Taxa de Biodisponibilidade
A meia-vida de eliminação é definida 
como o tempo durante o qual a 
concentração do fármaco no plasma 
diminui para a metade de seu valor 
original. O conhecimento da meia-vida 
de eliminação permite calcular a 
frequência de doses necessária para 
manter a sua concentração plasmática 
dentro da faixa terapêutica.
www.msdmanuals.com
(McShane, 2011)
Estado de Equilíbrio
(Concentração Máxima Constante)
Taxa de Eliminação = Taxa de Biodisponibilidade
IV - Proteínas Plasmáticas
✓ Albumina (natureza básica);
✓ alfa1-glicoproteína ácida;
✓ beta-globulina.
A albumina é uma proteína de síntese hepática, 
responsável pela manutenção da pressão oncótica 
ou pressão osmótica do plasma, bem como pelo 
transporte de algumas substâncias na corrente 
sanguínea como, por exemplo, medicamentos de 
natureza ácida. 
http://ronaldodamasio.blogspot.com.br/2012/01/voce-sabe-qual-importancia-da-albumina.html
(Falcão e Japiassú, 2011)
www.ebah.com.br
http://www.ebah.com.br/
V - Ligação aos tecidos e redistribuição
Tecido adiposo (tecido reservatório)
VI - Fatores que alteram
✓ Taxa de perfusão e de difusão (perfusão sanguínea
e taxa de ligação às proteínas plasmáticas);
✓ Estado Nutricional (desnutrição grave);
✓ Tecido Reservatório;
✓ Barreiras Biológicas;
Barreira Hematoencefálica (BHE), renal e placentária
✓ Idade;
✓ Doenças.
(Filho e col., 2006)
V - Ligação aos tecidos e redistribuição
Tecido adiposo (tecido reservatório)
VI - Fatores que alteram
✓ Taxa de perfusão e de difusão (perfusão sanguínea
e taxa de ligação às proteínas plasmáticas);
✓ Estado Nutricional (desnutrição grave);
✓ Tecido Reservatório;
✓ Barreiras Biológicas;
Barreira Hematoencefálica (BHE), renal e placentária
✓ Idade;
✓ Doenças.
Problematizações
Com base no quadro abaixo e na distribuição de 
medicamentos, qual agente pode causar toxicidade 
em um paciente com desnutrição grave? Qual 
desses medicamentos tem maior volume de 
distribuição (V)? Justifique as suas respostas.
Dados Farmacocinéticos A B
Ligação à albumina plasmática (%) 25 90
Meia-vida plasmática (horas) 40 170
Adaptado de https://www.infoescola.com/biologia/celula-endotelial/
ALBUMINA
CÉLULAS ENDOTELIAIS
CÉLULAS ENDOTELIAIS
LUZ DO VASO
Adaptado de https://www.infoescola.com/biologia/celula-endotelial/
ALBUMINA
CÉLULAS ENDOTELIAIS
CÉLULAS ENDOTELIAIS
LUZ DO VASO
V - Ligação aos tecidos e redistribuição
Tecido adiposo (tecido reservatório)
VI - Fatores que alteram
✓ Taxa de perfusão e de difusão (perfusão sanguínea
e taxa de ligação às proteínas plasmáticas);
✓ Estado Nutricional (desnutrição grave);
✓ Tecido Reservatório;
✓ Barreiras Biológicas;
Barreira Hematoencefálica (BHE), renal e placentária
✓ Idade;
✓ Doenças.
http://neuromed94.blogspot.com.br/2011/11/barreira-hematoencefalica-e-drogas.html
http://www.sistemanervoso.com/neurofisiologia/17_images/17_clip_image015.gif
http://lab-siviero.icb.usp.br/biocel/modulos/interacao-celula-celula/
(Huber, Maruiama e Almeida, 2010)
✓ Ausência de fenestrações;
✓ Vários sistemas de transportes de efluxo (mediados
pela P-glicoproteína ou glicoproteína-P);
✓ Células endoteliais com junções oclusivas ou
junções apertadas/íntimas – JA ou JI (ocludinas e
claudinas) e junções endoteliais aderentes (JEA)
que regulam a permeabilidade celular;
✓ Projeções dos astrócitos – células da glia
(manutenção da BHE);
✓ Pericitos (manutenção da BHE).
Em resumo, são componentes da BHE:
(Ritter e Pizol, 2011; Vieira e Sousa, 2013)
A abertura da barreira hematoencefálica e 
consequentemente a sua disfunção, é um dos 
principais elementos que levam à evolução de 
doenças no SNC. Isso ocorre geralmente 
devido a exposição dessa barreira à 
substâncias nocivas, resultando na abertura 
das JI e perda de sua homeostase, fazendo 
com que ocorra morte celular no SNC. Outro 
fator importante é relacionado às 
metaloproteinases, que degradam a matriz 
neurovascular e participam da formação de 
processos patológicos. 
(2019)
Tratamento de náuseas e vômitos na 
gravidez (NVG)
V - Ligação aos tecidos e redistribuição
Tecido adiposo (tecido reservatório).
VI - Fatores que alteram
✓ Taxa de perfusão e de difusão (perfusão sanguínea
e taxa de ligação às proteínas plasmáticas);
✓ Estado Nutricional (desnutrição grave);
✓ Tecido Reservatório;
✓ Barreiras Biológicas;
Barreira Hematoencefálica (BHE), renal e placentária
✓ Idade;
Aumento da massa gorda e diminuição da magra,
além da diminuição do teor de água corporal.
✓ Doenças.
(Salgado e col., 2010)
V - Ligação aos tecidos e redistribuição
Tecido adiposo (tecido reservatório).
VI - Fatores que alteram
✓ Taxa de perfusão e de difusão (perfusão sanguínea
e taxa de ligação às proteínas plasmáticas);
✓ Estado Nutricional (desnutrição grave);
✓ Tecido Reservatório;
✓ Barreiras Biológicas;
Barreira Hematoencefálica (BHE), renal e placentária
✓ Idade;
✓ Doenças (hepáticas , cardíacas – ICC).
Evento
Inicial
 D.C.
Remodelagem
Hipertrófica
Sistema Renal
Mecanismos
Compensatórios –
Ativação Neurohormonal
Sistema
Hepático
Sistema
RespiratórioMicrocirculação
Metabolização de Medicamentos
(Goodman e Gilman, 2015)
I - Conceito
II - Locais
III - Reações Metabolizadoras
Fase I - reações de funcionalização (oxidação,
redução, hidrólise); importância do citocromo
P450 (CYP; P450; CYP450);
Fase II – reações de biossíntese = conjugação
(glicuronidação, sulfatação, metilação, acetilação
→ acetiladores rápidos ou lentos).
www.sistemanervoso.com
Subfamílias de citocromos P450 (CYP 450)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=ew4KTnz_k02f8M&tbnid=VXKKI7SNoALK3M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.sistemanervoso.com%2Fpagina.php%3Fsecao%3D6%26materia_id%3D40%26materiaver%3D1&ei=Yl0GU8yLM5DxkQfZyIHgCg&bvm=bv.61725948,d.eW0&psig=AFQjCNE0org9wG3iTV90wiXUTQv7HP8n-Q&ust=1393012419857382
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=6&materia_id=40&materiaver=1
(Yacubian, 2017)
Medicamento
MEDICAMENTO METABÓLITO METABÓLITO CONJUGADO
FASE I FASE II
HIDROSSOLUBILIDADE
ATIVIDADE FARMACOLÓGICA
Ativado
Inativado
Inalterado
Inativado
IV- Metabolismo de fármacos em produtos
ativos ou tóxicos
Pró-fármacos ou metabólitos quimicamente
reativos.
Diferentemente dos pró-fármacos clássicos, 
esse tipo de forma latente não apresenta 
transportador. Constituem-se em moléculas 
resultantes de modificação molecular com a 
formação de um novo composto que deve ser 
sofrer metabolização, geralmente, pelo 
sistema redox celular para transformar-se em 
metabólito ativo.
(Chin e Ferreira, 1998)
Bioprecursores
A
B
(Forma Inativa) (Formas Ativas)
(Forma Inativa)
(Forma Ativa)
(Jacob, 2010)
Oxidação via CYP (Fase I)
Conjugação (Fase II) 
Metabólito 
Quimicamente 
Reativo
https://temciencianoteucha.com/2015/10/12/paracetamol-heroi-e-vilao/
http://what-when-how.com/human-drug-metabolism/the-gsh-system-conjugation-and-transport-
processes-human-drug-metabolism/
(Santos e Moraes, 2014)
A base do tratamento para os pacientes que 
tomaram uma dose potencialmente tóxica de 
paracetamol é a N-acetilcisteína (NAC) ou 
Acetilcisteína, que é um doador de grupo sulfidrila, 
substituindo a glutationa hepática e fazendo com 
que uma menor quantidade do metabólito tóxico 
seja produzida. A NAC fornece também cisteína 
para a reposição e manutenção dos estoques de 
glutationa hepática, aumenta a atividade da via de 
eliminação por sulfatação e pode reduzir 
diretamente NAPQI de volta a paracetamol.
(Freitas e col., 2017)
V - Metabolismo de primeira passagem
ou pré-sistêmico
VI - Fatores que alteram
Fatores Ambientais;
Fatores Genéticos (polimorfismo genético);
Indução enzimática e inibição enzimática;
Idade;
Estado Nutricional;
Doenças (cirrose, hepatite, ICC).
(euquerobiologia.com.br)
commons.wikimedia.org
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:V%C3%ADas_de_administraci%C3%B3n_MX.jpg
V - Metabolismo de primeira passagem
ou pré-sistêmico
VI - Fatores que alteram
Fatores Ambientais;
Fatores Genéticos (polimorfismo genético);
Indução enzimática e inibição enzimática;
Idade;
Estado Nutricional;
Doenças (cirrose, hepatite, ICC).
ce.ligahumanista.org.br
http://ce.ligahumanista.org.br/2011/08/o-que-e-farmacogenetica-e-onde-esta-sua.html
V - Metabolismo de primeira passagem
ou pré-sistêmico
VI - Fatores que alteram
Fatores Ambientais;
Fatores Genéticos (polimorfismo genético);
Indução enzimática e inibição enzimática;
Idade;
Estado Nutricional;
Doenças (cirrose, hepatite, ICC).
(Braz e col., 2018)
Entre os 190 pacientes incluídos no estudo verificou-se que 172 (90,5%) utilizaram
pelo menos um fármaco com atividade sobre CYP450. Detectou-se que 157
pacientes (82,6%) utilizaram pelo menos um fármaco com atividade sobre CYP3A4 e
144 (75,8%), sobre CYP2D6. Em relação aos 159 fármacos utilizados, verificou-se
que 94 (59,1%) exerciam atividade sobre enzimas do CYP450, sendo que desses, 79
(49,7%) exerciam atividade sobre CYP3A4 e 47 (29,6%) sobre CYP2D6 (Tabela 2).
Excreção de Medicamentos
(Goodman e Gilman, 2015)
I - Conceito
Locais
II - Excreção Renal
Processos Envolvidos: filtração glomerular,
secreção tubular ativa e reabsorção tubular
passiva (grau de ionização).
Fatores que alteram a excreção renal:
Idade;
Doenças Renais;
Doenças Cardíacas.
http://sobresistemaexcretror.blogspot.com/2010/09/sistema-excretor.html
I - Conceito
Locais
II - Excreção Renal
Processos Envolvidos: filtração glomerular,
secreção tubular ativa e reabsorção tubular
passiva (grau de ionização).
Fatores que alteram a excreção renal:
Idade;
Doenças Renais;
Doenças Cardíacas.
III - Excreção biliar
Forma não-conjugada e forma conjugada
(glicuronídeos)
Circulação ou Recirculação êntero-hepática.
IV - Leite materno
Medicamentos básicos como morfina, codeína
– sequestro ou aprisionamento iônico.
V - Excreção Pulmonar
Fármacos gasosos ou voláteis.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgWtEAH/farmacocinetica
Veia Porta
Circulação êntero-
hepática
III - Excreção biliar
Forma não-conjugada e forma conjugada
(glicuronídeos)
Circulação ou Recirculação êntero-hepática.
IV - Leite materno
Medicamentos básicos como morfina, codeína
– sequestro ou aprisionamento iônico.
V - Excreção Pulmonar
Fármacos gasosos ou voláteis.
Considerações Farmacocinéticas
Finais
www.scielo.br
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732002000200011
QUANTIFICAÇÃO DE BIODISPONIBILIDADE
(Storpirtis, 1999)
https://seconline.egasmoniz.edu.pt/moodle/course/index.php?categoryid=21
(Storpirtis, 1999)
(Goodman e Gilman, 2015)
Problematizações
Com base no quadro abaixo, qual agente demora 
mais tempo para ser eliminado do organismo? 
Justifique a sua resposta com base em dois dados 
apresentados.
Dados Farmacocinéticos A B
Taxa de absorção intestinal (%) 70 100
Ligação à albumina plasmática (%) 25 90
Recirculação êntero-hepática (%) 07 27
Meia-vida plasmática (horas) 40 170
Excreção renal sob a forma inalterada (%) 85 Insignificante
Metabolização hepática (%) Insignificante 100
Com base no quadro abaixo, qual agente é mais 
passível de causar toxicidade em um paciente com 
cirrose? Justifique a sua resposta com base em dois 
dados apresentados.
Dados Farmacocinéticos A B
Taxa de absorção intestinal (%) 70 100
Ligação à albumina plasmática (%) 25 90
Recirculação êntero-hepática (%) 07 27
Meia-vida plasmática (horas) 40 170
Excreção renal sob a forma inalterada (%) 85 Insignificante
Metabolização hepática (%) Insignificante 100
Com base no quadro abaixo, qual agente é mais 
passível de causar toxicidade em um paciente com 
insuficiência renal? Justifique a sua resposta.
Dados Farmacocinéticos A B
Taxa de absorção intestinal (%) 70 100
Ligação à albumina plasmática (%) 25 90
Recirculação êntero-hepática (%) 07 27
Meia-vida plasmática (horas) 40 170
Excreção renal sob a forma inalterada (%) 85 Insignificante
Metabolização hepática (%) Insignificante 100
Com base no quadro abaixo, qual agente poderá 
sofrer alterações farmacocinéticas se ingerido 
conjuntamente com um inibidor enzimático 
(antifúngico)? Justifique a sua resposta.
Dados Farmacocinéticos A B
Taxa de absorção intestinal (%) 70 100
Ligação à albumina plasmática (%) 25 90
Recirculação êntero-hepática (%) 07 27
Meia-vida plasmática (horas) 40 170
Excreção renal sob a forma inalterada (%) 85 Insignificante
Metabolização hepática (%) Insignificante 100
Com base na representação abaixo e nos seus 
conhecimentos, de que maneira um indutor enzimático 
(fenobarbital) poderá influenciar um quadro de intoxicação 
pelo paracetamol? Justifique a sua resposta.
Muito obrigado pela atenção!

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