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❖ Histórico - A radiação X foi descoberta em 1895 pelo físico Wilhelm Roentgen. O qual observou, que os raios X possuíam a capacidade de atravessar os corpos, mas não realizava com a mesma facilidade para todos. Uma vez que, materiais mais densos absorviam mais e os materiais menos denso absorvia menos já que a radiação atravessava com mais facilidade. - Em novembro deste mesmo ano, ele radiografou a mão da Sra. Anna Roentgen. - Com essa descoberta, Wilhelm ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1901. ❖ Propriedades dos Raios-X - São ondas eletromagnéticas; - Possuem origem fora do núcleo (Eletrosfera), a partir do deslocamento de elétrons orbitais; - Sua produção não é de origem radioativa; - Possui um grande poder de penetração; - Consiste em uma radiação ionizante; - Apresenta uma capacidade de enegrecer a chapa radiográfica, regiões menos densas ficam mais enegrecidas e as mais densas ficam branquecidas; ❖ Tubo de Raio-X - Também conhecido como ampola de vidro, consiste em um dispositivo que uma vez acionado emite a radiação do tipo x. - Trata-se de um dispositivo presente dentro dos equipamentos utilizados nos exames que necessitam da radiação x. como por exemplo radiografia, tomografia computadorizada, angiografia, entre outros. ✓ Elementos: CABEÇOTE – trata-se de um invólucro fechado onde o ânodo e o cátodo ficam acondicionados no interior. Basicamente, é um sistema de encapsulamento, que envolve o tubo de raio-x. • Funções: isolante elétrico, suporte estrutural para o ânodo e o cátodo, e manter o vácuo no interior do tubo. REFRIGERANTE – consiste em um óleo que envolve toda a ampola e refrigera o sistema. Trata-se de um isolante térmico (impedindo a dissipação do calor para fora, por isso que ao tocar no cabeçote não sente o equipamento quente) e isolante elétrico. ENCAPSULAMENTO A VÁCUO – por não possuir ar, mantém uma eficácia e uma qualidade boa na imagem. CÁTODO - eletrodo negativo do tubo. Constituído de 2 partes principais: o filamento e o corpo focalizador. • Função: emitir elétrons a partir de um circuito elétrico secundário, e focalizá-los em forma de um feixe. (os elétrons sempre caminham do cátodo para o ânodo) ➔ Filamento: normalmente feito de Tungstênio Toriado (usa esse material para fornecer uma resistência maior a altas temperaturas, permitindo que o filamento resista por mais tempo. Possui alto ponto de fusão e não vaporiza facilmente). Esse filamento é semelhante ao filamento das lâmpadas. ➔ Corpo de focagem: serve para focalizar os elétrons. ÂNODO – eletrodo positivo do tubo. Constituído pelo anteparo, rotor (promove a rotação do ânodo rotatório) e estator (segura o anteparo). Pode ser fixo ou rotatório. ➔ Fixo: usado para baixas intensidades, tendo como exemplo raio-x dentário, raio-x portátil, radioterapia, etc. ➔ Rotatório: usado para altas intensidades, onde ocorre maior dissipação do calor. Tem como exemplo o radiodiagnóstico. Esse tipo de ânodo fornece melhor rendimento ao aparelho, porque dissipa o calor o tempo todo. ➔ Anteparo: é a região que possui o alvo. Esse alvo consiste na área de colisão dos elétrons; normalmente feito de Tungstênio (W) mais fótons, boa dissipação no calor. PROPRIEDADE DO ALVO: - Boa Condutividade Térmica: no alvo há uma grande geração de calor que deve ser retirada do mesmo para evitar a sua fusão; - Alto Ponto de Fusão: Em aplicações de alta corrente, associada a grandes tempos de exposição, pode o alvo atingir temperaturas da ordem de 2000ºC. Logo, o material alvo deve suportar altas temperaturas sem fundir ou se danificar. Ex: Tungstênio (Z=74). OBS: Material alvo não influencia na forma do espectro contínuo, apenas na sua intensidade. ❖ Produção de Raios- X - Elétrons acelerados até altas energias chocam-se com um alvo metálico e gera raios-X. - Desaceleração(frenagem) de cargas elétricas devido a interação com os elétrons do alvo gera radiação. - O elétron interage com os átomos do metal e é desacelerado devido a interação Coulombiana; - O elétron tem energia cinética inicial e transfere momento para o núcleo diminuindo energia cinética; - Interação elétron – átomo do alvo gera um fóton; - Cada elétron do feixe pode sofrer diferentes interações antes de atingir o repouso gerando o espectro contínuo de raios-X. - Os raios-X produzidos são ondas eletromagnéticas de várias frequências e intensidades. - 99% da energia cinética dos elétrons é perdida sob a forma de calor e 1% é convertida em raios-X. 09.09.2020 09.09.2020 → Ao conectar esse sistema na tomada (rede elétrica) e em seguida ligar o equipamento apertando o “on”, os elétrons já se encaminho para o filamento. → Quando o botão “start” for acionado, o filamento fica aquecido e os elétrons saem do filamento, para o focalizador que irá direciona-los ao ânodo. → Os elétrons colidem com o alvo (anteparo) do ânodo. → A produção da radiação x, se dá com as seguintes etapas: 1. Há uma aplicação de alta tensão (fornece uma alta enérgica cinética aos elétrons) no sistema. 2. Os elétrons com grande velocidade sarem do cátodo em direção ao ânodo. 3. Quando ocorre o choque dos elétrons no alvo do ânodo, a energia cinética alta dos elétrons é transformada em 99% calor e 1% radiação X. - Logo, a radiação x surge na ampola de vidro a partir de uma aceleração dos elétrons do cátodo em direção ao ânodo. Que após se chocarem, a energia cinética tende ir a zero, só que ocorre a transformação dessa energia em calor (99%) e radiação do tipo X (1%). ❖ Parâmetros Técnicos - Sofrem alterações de acordo com o exame e com a região que será avaliada. • Na Radiografia: Kv – unidade que mede tensão (ddp- diferencia de potencial). ➔ Elétrons com mais energia adquirida por meio de kV mais alto, produzem raios-X mais penetrantes e em maior quantidade. ➔ Quanto maior o Kv, maior a energia da radiação produzida, logo o poder de penetração do feixe de radiação x é maior. ➔ Sofre alteração quanto ao biotipo do paciente, é determinado com um cálculo de espessura. mA – unidade que mede corrente elétrica. ➔ Quanto maior for o mA, maior a quantidade de radiação produzida. ➔ Sofre alteração de acordo com a região de interesse. ➔ Quantidade de elétrons que passam a cada segundo do cátodo para o ânodo. (controlada pelo grau de aquecimento do filamento) S – Tempo de exposição (duração do pulso). ❖ Distancia foco – objeto - Embora a distância foco-objeto deva ser constante, algumas mudanças são necessárias quando se utiliza aparelhos portáteis, e em certos casos de trauma. - Aumento na distância foco-objeto, em geral, melhora a definição da imagem e diminui a exposição do paciente, mas é necessário um aumento no mAs.