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O Conhecimento como Compreensão do Mundo e Fundamentação da Ação

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RESENHA: O CONHECIMENTO COMO COMPREENSÃO DO MUNDO E COMO FUNDAMENTAÇÃO DA AÇÃO
Ramon Matheus da Silva Fernandes – segunda e quarta 10:00 – 12:00
LUCKESI, Cipriano et al. O conhecimento como compreensão do mundo e como fundamentação da ação. IN: - Fazer Universidade: uma proposta metodológica. 6 ed. São Paulo: Cortez, 1991, p 47 – 59.
Cipriano Carlos Luckesi nasceu em 23 de fevereiro de 1943, em Charqueada, São Paulo. Luckesi é Licenciado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Católica do Salvador, Bahia (1970), Bacharel em Teologia pela Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1968), Mestre em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Federal da Bahia (1976) e Doutor em Educação: História, Política, Sociedade pelo Programa de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992). É professor aposentado da Faculdade de Filosofia, da Universidade Federal da Bahia, onde foi professor do Departamento de Filosofia, ensinando na Graduação, de 1971 a 2002, quando se aposentou e trabalhou ainda na Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, vinculado ao Departamento de Ciências Humanas e Filosofia, ensinando Metodologia do Trabalho Científico e Metodologia da Pesquisa, entre os anos de 1976 a 1994, além de ter 14 livros publicados e artigos em revistas especializadas.
Luckesi vai demonstrar no decorrer do capítulo, o conhecimento como forma de compreender a realidade através do enfrentamento do mundo, e que de acordo com essa compreensão, teremos o poder de organizar nosso modo de viver de uma forma melhor e mais fácil.
Segundo o autor, transformamos o mundo de acordo com nossas necessidades, organizando-o segundo o nosso modo de ser, fazendo dele um mundo cultural. Essas transformações ocorrem quando praticamos ações, exercendo o ato de pensar, seja sobre como o mundo vai reagir à nossa ação ou no nosso próprio ato de praticar. Além disso, segundo o autor, para sermos “senhores da situação” e termos conhecimento para isso, precisamos da prática com o mundo, enfrentando os seus desafios e resistências, a fim de não sermos submissos a ele e termos o entendimento e compreensão da realidade, seja por situações simples do dia a dia ou situações complexas em laboratórios.
Para Luckesi (1991), o conhecimento é uma necessidade, funcionando como uma “luz” que ilumina nosso caminho, ou seja, é sempre necessário ter uma explicação para a realidade, mesmo que essa explicação seja algo fantasiosa. Porém o conhecimento necessário para o ser humano é o conhecimento verdadeiro, pois é através dele que ocorre o progresso e desenvolvimento do mundo, como afirma o autor.
O conhecimento pode ter duas funções: libertação ou opressão, como explica o autor. O conhecimento pode ser libertador quando o sujeito atua como “senhor da situação”, de acordo com suas necessidades, lhe proporcionando mais independência e autonomia para a realização das suas tarefas, ou seja, através do conhecimento libertador poderemos sair de situações desconhecidas e não precisaremos alienar nossas necessidades a outros. Já o conhecimento como opressão ocorre quando aqueles que tem conhecimento utilizam dos seus status para tornar os demais dependentes aos seus interesses, como exemplifica o autor, ao citar algumas esferas da sociedade que tem conhecimento e a forma que eles poderão agir que tornarão o conhecimento um mecanismo de opressão.
Nesse sentido, o texto como um todo é de grande importância e muito interessante, pois ele quebra aquele paradigma de que o conhecimento fica limitado ao literário, uma vez que o conhecimento que adquirimos ao realizar a pratica de ações no mundo é uma das formas principais de entendermos a realidade. Além disso, o texto mostra os múltiplos usos do conhecimento, que nos proporciona saber e entender como funciona a sociedade que vivemos, e através disso, nos dar a clareza necessária para sermos independentes nas nossas escolhas, visto que, com conhecimentos não nos tornaremos alienados as ideias dos outros.
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