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Transtornos do Espectro Autista

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Transtornos do Espectro Autista - TEA
Epidemiologia
1. Classificados como transtornos do neurodesenvolvimento
2. Sinais e sintomas manifestos ainda na primeira infância (0 a 4 anos)
3. Prevalência: 1-1,5%
a) Está em aumento, muito pela capacidade de diagnosticar mais cedo, provavelmente não é um aumento real
4. Meninos > Meninas => 4-5:1 
Meninas precisam de uma carga genética maior
Genética
1. Maior herdabilidade entre os transtornos mentais: ~ 80%
2. Associação Sd. Down x Autismo
Alterações ambientais:
1. Gestação
a) Deficiência de Zn
b) Medimanetos: ácido valpróico, por exemplo
c) Infecções: influenza, CMV, rubéola
d) Asfixia, hipóxia, prematuridade
e) Idade avançada dos pais (> 35 anos)
Fisiopatologia
1. Acometimento das áreas cerebrais sociais: sulco temporal superior, giro fusiforme e outras áreas
2. Alteração do volume cerebral, com aumento nos primeiros anos de vida, por um aumento na conectividade
Quadro clínico/DSM-5
1. Obrigatório: prejuízos de comunicação social e padrões estereotipados e restritos de comportamento
2. Critério A - Comunicação social (todos)
a) Déficit de reciprocidade sócio-emocional
· Falta de sorriso social
· Falha na resposta ao nome (“as vezes olha, as vezes não olha”, os pais podem até dizer que “só olha quando quer”)
· Falta de mostrar qual objeto quer
· Déficit na atenção compartilhada (triangular entre olhar para objetos e pessoas)
· Falha na partilha de emoções
· Dificuldades de imitação
· Iniciação social inadequada ou pouco usual (cheirar ou lamber o tempo todo, abraçar muito, arrastar outras crianças, usar como objeto)
· Incapacidade de manter o vai e vem da comunicação
· Incapacidade de fazer interação
b) Déficit em comunicação não verbal e interação social
· Conta visual ausente ou inadequado
· Déficit na compreensão e uso de gestos
· Ausência de muitas expressões faciais ou expressão exagerada
· Incapacidade de compreender expressões faciais
· Ausência de integração das linguagens, entender o sentido literal sem analisar situações
c) Déficit no desenvolvimento, manutenção e compreensão das relações
· Teoria da mente: capacidade de atribuir estados mentais a si mesmo e aos outros (“não compreende situações ou intenções de perigo”; inocente; não desenvolve a habilidade de mentir)
· Dificuldade de perceber os sentimentos e reações no outro, não obedecer à convenções sociais
· Dificuldade partilhar de brincadeiras ou mudar de atividade (“só querer do próprio jeito”)
3. Critério B - Padrões estereotipados e restritos de comportamento (pelo menos 2 sintomas)
a) Padrão estereotipado ou repetitivo de movimentos, uso de objetos ou discurso
· Andar na ponta dos pés
· Se balançar
· Girar em torno de si
· Tampar o ouvido
· Fazer barulhos repetitivos
· Ecolalia
b) Inflexibilidade
· Angústia extrema com pequenas mudanças
· Ficar irritado com mudanças de caminho
c) Fixação
· Gama muito limitada de interesses
· Fixar em partes e não no objeto todo
d) Deficiências sensoriais
· Hiper ou hiporreativa a estímulos sensoriais
· Resposta a adversa a sons, cores, texturas, grupos alimentares, gostos
· Baixa sensibilidade a dor
Tratamento
1. Não existe medicação para tratar os sintomas nucleares do autismo
2. O tratamento é para aliviar os sintomas
3. Avaliar custo-benefícios e sempre iniciar com doses bases
4. Medicações
a) Risperidona e Aripiprazol => Sintoma de irritabilidade e agressividade
b) Andiedade, TOC, depressão => ISRS
c) Sintomas de TDAH => estimulantes (ritalina)
5. Incluir no plano de tratamento: paciente + escola/trabalho + família
a) Família: suporte emocional no momento do diagnóstico, orientar para bons profissionais, esclarecer os sintomas, tirar as dúvidas, deixar claro o plano terapêutico e ajustar as expectativas
b) Escola: avaliar potenciais dificuldades, orientar a escola como estimular a criança, TEACCH, inclusão em escola regular, adaptações de materiais
c) Equipe multiprofissional: terapeuta comportamental (A MAIS INDICADA), fonoaudióloga/o, comunicação alternativa (desenhos para realizar a comunicação), estimular o brincar, terapia de integração sensorial, acompanhante terapêutico (uma pessoa que está no dia a dia com a criança), educador físico, psicopedagogia (adaptação escolar), quadro de rotina com figuras, quadro de escolhas
DANIEL LUCIO WILLING – EPM/UNIFESP
Instagram: @hb.danielwilling

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