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Transporte Maritimo-cabotagem,lomgo curso

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Transporte Marítimo: Cabotagem, 
Longo Curso
APRESENTAÇÃO
O transporte marítimo é uma subdivisão do modal aquaviário e também se divide em transporte 
de longo curso e cabotagem. Enquanto o transporte marítimo de longo curso é o mais utilizado 
no comércio internacional, a cabotagem é a navegação entre portos do mesmo país. 
Ao longo desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as características do transporte 
marítimo e sua contribuição para as relações comerciais. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar a importância do transporte marítimo nas relações comerciais brasileiras.•
Analisar o sistema portuário brasileiro.•
Explicar os fatores que incentivam e aqueles que não incentivam o transporte marítimo no 
Brasil.
•
DESAFIO
O Brasil tem aproximadamente 7367 quilômetros de costa e 80% dos centros urbanos estão 
localizados próximos à costa. Ainda assim, até 2013, a cabotagem era responsável por apenas 
9,6% do transporte de mercadorias, conforme ilustra a matriz modal. Além disso, a figura a 
seguir demonstra a vantagem econômica da adoção da cabotagem, alternativamente a outros 
transportes.
 
Agora, imagine que você, que é engenheiro, foi enviado pela empresa, para a qual trabalha, para 
uma capacitação. O curso reúne profissionais de diversos locais do mundo e promove atividades 
de troca de experiências. Em uma das discussões, seu colega da China informou que em seu país 
a cabotagem tem representatividade de 48%, dadas suas vantagens e a costa navegável do seu 
país de 14.491 quilômetros. 
Como você pode explicar, com ao menos dois argumentos, o que tem contribuído para o lento 
desenvolvimento da cabotagem no Brasil?
INFOGRÁFICO
O transporte marítimo internacional, de longo curso, tem representatividade consolidada no 
Brasil. No entanto, a cabotagem brasileira, que é a navegação entre os portos brasileiros, apesar 
das vantagens ambientais e da alta capacidade, ocupa a terceira posição na matriz de transportes 
nacional. O Infográfico a seguir pode lhe ajudar a compreender a importância do transporte 
marítimo no Brasil.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
No livro "Introdução à Logística Portuária e Noções de Comércio Exterior", inicie seus estudos 
em Infraestrutura e tecnologia portuária e continue lendo até Abertura de novas instalações 
portuárias.
Boa leitura.
LOG
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A partir da globalização da economia, os portos deixaram de ser apenas locais de movimentação, de 
armazenamento e de transbordo de cargas, tornando-se componentes determinantes ao funcionamento da 
cadeia de suprimentos mundial.
Introdução à logística portuária e noções de comércio exterior apresenta os fundamentos da logística portuária, 
bem como noções comerciais e tecnológicas pertinentes à área, introduzindo o aluno ao universo aduaneiro.
Com uma linguagem dinâmica e objetiva, este livro aborda temas como gestão de estoques, comércio 
internacional, sistemas de informações e segurança portuária.
LOGÍSTICA
www.bookman.com.br/tekne
PAB
LO R
OJA
SPABLO ROJAS
Este lançamento da série Tekne é um instrumento pedagógico indispensável para alunos e professores dos 
seguintes cursos previstos pelo Ministério da Educação:
DESTAQUES
 As tecnologias utilizadas pelos
portos nas mais diversas operações.
 Os processos da logística integrada 
combinados com os diferentes tipos de 
mercadorias e serviços.
 A importância econômica 
do desenvolvimento de estratégias 
sustentáveis para as operações 
portuárias.
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INTRODUÇÃO À
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LOGÍSTICA PORTUÁRIA
Estudante:
visite www.bookman.com.br/tekne
para ter acesso a vídeos, quizzes e links
para complementação dos conteúdos.
Professor:
cadastre-se na Área do Professor em
www.bookman.com.br para ter
acesso a apresentações em PowerPoint®
com aulas estruturadas.
Técnico em Logística
Técnico em Comércio Exterior
Técnico em Portos
Técnico em Transporte Aquaviário
Auxiliar de Operações e Logística
INTRODUÇÃO À
LOGÍSTICA
 PORTUÁRIA E NOÇÕES DECOMÉRCIO EXTERIOR
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ÉRC
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Operador de Logística Portuária
Auxiliar de Serviços em Comércio Exterior
Despachante Aduaneiro
Auxiliar de Transporte, Movimentação e Distribuição de Cargas
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Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
R741i Rojas, Pablo. 
 Introdução à logística portuária e noções de comércio 
exterior [recurso eletrônico] / Pablo Rojas. – Dados 
eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2014.
Editado também como livro impresso em 2014.
 ISBN 978-85-8260-194-5
1. Logística portuária. 2. Comércio exterior. I. Título.
CDU 656.615:339.5
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Neste capítulo, serão tratados os principais aspectos pertinentes à infraestrutura portuária e 
à tecnologia utilizada pelos portos em suas operações. Os portos são essenciais à cadeia de 
suprimentos global e possuem um importante papel na integração da economia mundial. 
A globalização da economia transformou os portos, de meros locais de movimentação, 
armazenamento e transbordo de cargas, em um componente fundamental da matriz de 
transporte do país. Para atender seus clientes com qualidade e eficiência, os portos, públicos ou 
privados, estão investindo fortemente na melhoria de sua infraestrutura e na modernização de 
seus equipamentos e de suas tecnologias.
capítulo 2
Infraestrutura e tecnologia 
portuária
Objetivos de aprendizagem
 Conhecer o funcionamento de um porto e como está organizado o sistema 
portuário brasileiro.
 Classificar os tipos de portos.
 Saber as normas de segurança internacional de acordo com o ISPS Code.
 Reconhecer a situação atual da infraestrutura portuária brasileira e a sua 
importância para o comércio exterior do país.
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 Introdução
O sistema portuário brasileiro foi criado em 1808 por D. João VI, quando ele promoveu a abertura 
dos portos e inseriu o país no comércio internacional. Em 1869, foi promulgada a Lei das Concessões, 
a fim de permitir o financiamento privado de obras de expansão nos principais portos da época.
Na década de 1930, o Estado assumiu o papel de financiador e operador dos portos e criou a Por-
tobras para cuidar da exploração do cais comercial (operador portuário) e atuar como autoridade 
portuária nacional (administrava os 35 principais portos comerciais do país). Em 1990, a Portobras 
foi extinta, e o sistema portuário brasileiro passou por uma grave crise, solucionada com a publica-
ção da Lei de Modernização dos Portos, em 1993, a qual redefiniu os papéis da autoridade portuá-
ria, do operador portuário e do próprio Estado na gestão e na regulação do sistema.
 CURIOSIDADE
A Portobras explorava os portos por meio de subsidiárias – companhias docas – e fiscalizava as concessões estaduais 
e os terminais de empresas estatais e privadas.
Em 2013, novamente foram redefinidos os objetivos e a forma de gestão dos portos com a publica-
ção da Lei no 12.815, de 5 de junho de 2013.
 Conceito de porto
O porto é uma área abrigada das ondas e das correntes marítimas e fica localizada, na maioria das 
vezes, à beira de um oceano, lago ou rio, destinada ao atracamento de barcos e de navios. O porto 
é um local para transbordo de mercadorias e produtos de vários tipos, destacando-se: granéis sóli-
dos e líquidos; bens de capital; e contêineres. Este transbordo pode ser de um navio para outro; de 
um trem para um navio; de um caminhão para um navio; e vice-versa. É, portanto, uma estrutura 
intermodal por excelência.
Para que um porto funcione, são necessárias pessoas para executar os serviços de carga e descarga 
e o manuseio e controle de estoque temporário, bemcomo instalações adequadas ao movimen-
to de pessoas e de cargas. No Brasil, prevalece o conceito de porto organizado, definido pela Lei 
no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, em seu artigo 1°, parágrafo 1°, inciso I:
I – Porto organizado: construído e aparelhado para atender às necessidades da navegação e 
da movimentação e armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo 
tráfego e operações portuárias estejam sob a jurisdição de uma autoridade portuária.
Essa definição prevaleceu até o advento da MP 595, de 2012, transformada na Lei no 12.815/2013, 
que revogou a Lei no 8.630/93 e deu a seguinte definição para porto organizado:
Art. 2° Para os fins desta Lei, consideram-se:
I – porto organizado: bem público construído e aparelhado para atender às necessidades de 
navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e armazenagem de merca-
dorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob a jurisdição de autoridade portuária.
 NO SITE
Para conhecer os motivos 
da vinda de D. João VI para 
o Brasil, acesse o ambiente 
virtual de aprendizagem 
www.grupoa.com.br/tekne.
 NO SITE
Para assistir ao vídeo do 
pronunciamento de Pedro Brito, 
Ministro-Chefe da Secretaria 
Especial de Portos (SEP), 
em comemoração aos dois 
séculos de abertura dos portos 
brasileiros, acesse o ambiente 
virtual de aprendizagem.
 DEFINIÇÃO
O porto marítimo é um 
conjunto de terminais 
agrupados que utilizam 
a mesma infraestrutura 
(vias de acesso rodoviário e 
ferroviário e facilidades do 
canal de acesso marítimo).
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Esta lei, ainda em seu artigo 2°, também estabeleceu a área do porto organizado:
II – área do porto organizado: área delimitada por ato do Poder Executivo que compreende as 
instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e de acesso ao porto organizado.
Na seção IV, no artigo 15°, a lei trata da definição da área de porto organizado nos seguintes termos:
Art. 15. Ato do Presidente da República disporá sobre a definição d a área dos portos organiza-
dos, a partir de proposta da Secretaria de Portos da Presidência da República.
Parágrafo único. A delimitação da área deverá considerar a adequação dos acessos marítimos 
e terrestres, os ganhos de eficiência e competitividade decorrente da escala das operações e as 
instalações portuárias já existentes.
Componente importante do modal de transporte aquaviário, o porto organizado depende da 
existência de:
Infraestrutura aquaviária: composta por:
 • Anteporto ou barra: local que demarca a entrada do porto e onde se torna necessária uma 
adequada condição de sinalização. Trata-se da área abrigada antes do canal de acesso e das 
bacias existentes.
 • Bacia de evolução: área fronteiriça às instalações de acostagem, reservada para as evoluções 
necessárias às operações de atracação e desatracação dos navios no porto.
 • Bacia de fundeio ou ancoradouro: local onde a embarcação lança sua âncora e que pode perma-
necer parada por vários dias fazendo reparos ou aguardando atracação no porto. A bacia de fun-
deio é uma área predeterminada pela autoridade marítima local, no caso, a Capitania dos Portos.
 • Canais de acesso e atracagem: caminhos naturalmente mais profundos no leito oceânico, uti-
lizados para a aproximação, a saída ou o fundeamento de embarcações que aguardam vez no 
porto. Permitem o tráfego das embarcações desde a barra até as instalações de acostagem, e 
vice-versa.
 • Berços de atracação: locais de parada para carregar ou descarregar navios por meio manual ou 
mecânico (Figura 2.1).
Figura 2.1 Berço de atracação do Porto de São Sebastião – SP.
Fonte: Acervo do Porto de São Sebastião.
 • Cabeço: equipamento localizado no berço de atracação cuja finalidade é receber as amarras 
das embarcações.
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 • Quebra-mar: construção de concreto que recebe e rechaça o ímpeto das ondas ou das cor-
rentes marítimas, defendendo as embarcações que se recolhem no porto. O quebra-mar 
se diferencia do molhe por não possuir ligação com a terra.
 • Cais ou píer: áreas onde estão localizados os berços de atracação e os equipamentos de 
movimentação de carga e descarga de mercadorias.
 • Docas: parte de um porto de mar ladeada de muros ou cais em que as embarcações rece-
bem ou deixam as cargas.
 • Dolfin: estrutura fora do cais onde se localiza um cabeço para amarração do navio.
A empresa de praticagem possui técnicos altamente qualificados responsáveis por orientar o co-
mandante na manobra de atracação e desatracação do navio no porto. Eles possuem um grande 
conhecimento náutico, pois são, normalmente, Oficiais de Marinha Mercante ou Militares apro-
vados em concurso público realizado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), órgão vinculado ao 
Ministério da Marinha. O uso dos práticos é obrigatório nos portos brasileiros e onera bastante os 
custos operacionais.
Infraestrutura portuária: composta pelos ativos fixos sobre os quais é realizada a movimentação 
de cargas entre os navios e os modais terrestres.
 • Pátios ou armazéns: áreas utilizadas para acomodação das cargas a serem embarcadas ou de-
sembarcadas dos navios.
 • Equipamentos portuários: guindastes, empilhadeiras, transportadoras, correias, tubulações e 
qualquer outro equipamento utilizado na movimentação de carga.
Superestrutura portuária: equipamentos portuários para movimentação e armazenagem de 
mercadorias (Figura 2.2). Estes equipamentos são divididos conforme sua função: para movimen-
tação vertical (entre o porto e o navio, localizados na faixa do cais) e para movimentação horizontal 
(no caso de movimentação de carga entre os pátios e armazéns para o berço de atracação).
Figura 2.2 Equipamentos de superestrutura portuária para a movimentação de carga.
Fonte: Thinkstock.
Terminais: pontos isolados que compartilham pouca ou nenhuma infraestrutura com outros pon-
tos e que, em geral, são especializados na movimentação de cargas de grande volume e baixo valor 
agregado. Os terminais estão situados em área de mar, ao longo da costa e perpendicular a ela. 
 NO SITE
No Brasil, de acordo com a Lei 
no 9.537, de 11 de dezembro 
de 1997, que dispõe sobre 
a segurança do tráfego 
aquaviário em águas sob 
a jurisdição nacional, foi 
instituída a obrigatoriedade 
de utilizar os serviços de 
profissionais conhecidos como 
“práticos” ou de “empresas 
de praticagem”. Para saber 
mais sobre esse assunto, 
acesse o ambiente virtual de 
aprendizagem.
 DICA
A maior parte da 
superestrutura portuária no 
Brasil é operada por empresas 
privadas. Os componentes 
da infraestrutura são 
imobilizados, isto é, não 
podem ser colocados 
facilmente em uso em 
outros lugares ou em outras 
atividades.
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Trata-se de uma plataforma afastada, em ilha artificial longe da costa, com passarela de acesso, em 
forma de bacia interna fechada ou aberta (Figura 2.3).
Figura 2.3 Terminal petrolífero de São Sebastião.
Fonte: Acervo do Porto de São Sebastião.
Infraestrutura terrestre: permite o transporte de bens entre os navios e os limites da área do por-
to, por meio não somente de vias ferroviárias e rodoviárias, dutos e correias transportadoras, mas 
também de pátios de terminais de embarque e desembarque de cargas e passageiros e de pátios 
de áreas de armazenagem.
 • Retroporto: área interna do porto reservada para a instalação de serviços e o estacionamento 
de caminhões.
 • Vias perimetrais rodoviárias e férreas: estruturas de acesso terrestre ao retroporto e à própria 
área do porto localizadas em paralelo ao cais. A Figura 2.4 mostra o projeto de acesso rodoviá-
rio ao porto de São Sebastião, localizado no Estado de São Paulo.
Figura 2.4 Projeto de acesso rodoviárioao porto de São Sebastião.
Fonte: Imagem cedida por DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A.
 • Centros administrativos e operacionais: aparelhado para atender às necessidades de nave-
gação, movimentação e armazenagem de mercadorias.
 NO SITE
A operação da 
superestrutura portuária 
é regulamentada pelo 
Decreto no 6.620, de 29 de 
outubro de 2008, disponível 
no ambiente virtual de 
aprendizagem.
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Figura 2.5 Perspectiva do porto de São Sebastião após ampliação*.
Fonte: Acervo do Porto de São Sebastião.
Sobre a função das instalações dos portos, a Lei no 12.815, de 5 de junho de 2013, em seu artigo 2°, 
define:
III – instalação portuária: instalação localizada dentro ou fora da área do porto organizado e 
utilizada em movimentação de passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercado-
rias, destinadas ou provenientes de transporte aquaviário;
IV – terminal de uso privado: instalação portuária explorada mediante autorização e localizada 
fora da área do porto organizado;
V – estação de transbordo de cargas: instalação portuária explorada mediante autorização, 
localizada fora da área do porto organizado e utilizada exclusivamente para operação de trans-
bordo de mercadorias em embarcações de navegação interior ou cabotagem;
VI – instalação portuária pública de pequeno porte: instalação portuária explorada mediante 
autorização, localizada fora do porto organizado e utilizada em movimentação de passageiros 
ou mercadorias em embarcações de navegação interior;
VII – instalação portuária de turismo: instalação portuária explorada mediante arrendamento 
ou autorização e utilizada em embarque, desembarque e trânsito de passageiros, tripulantes 
e bagagens, e de insumos para o provimento e abastecimento de embarcações de turismo.
 Sistema portuário brasileiro
Segundo a Secretaria Especial de Portos (BRASIL, 2012), o sistema portuário nacional possui 34 por-
tos públicos (administrados pelo Estado) marítimos e fluviais. Entre os 34 portos, existem 16 dele-
gados, concedidos ou administrados, mediante autorização, pelos governos estaduais e municipais.
Os outros 18 marítimos são administrados diretamente pelas Companhias Docas, sociedades de 
economia mista que têm como acionista majoritário o Governo Federal e, portanto, estão direta-
mente vinculadas à Secretaria de Portos.
A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR) é responsável pela formulação de polí-
ticas (formas de conduzir e gerir os portos brasileiros por meio da ANTAQ) e pela execução de me-
didas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura dos portos marítimos. 
Compete a ela a participação no planejamento estratégico e a aprovação dos planos de outorgas, 
* N. de E.: Para visualizar o projeto em cores, acesse o ambiente virtual de aprendizagem.
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buscando garantir a segurança e eficiência no transporte marítimo de cargas e de passageiros. Vin-
culadas à SEP, as Companhias Docas (empresas públicas estaduais) são os atuais administradores 
dos portos públicos organizados por delegação do Ministério dos Transportes. Essas companhias 
assumem o papel de AP nos portos sob sua jurisdição e exercem a gestão dos destinos e da explo-
ração do porto. Elas são responsáveis por administrar as áreas portuárias comuns e aplicar as tarifas 
previstas nos regulamentos, entre outras funções.
Ao todo, são sete Companhias Docas, assim distribuídas:
 • Companhia Docas do Pará (CDP): Portos de Belém, Santarém e Vila do Conde.
 • Companhia Docas do Ceará (CDC): Porto de Fortaleza.
 • Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN): Portos de Natal e Maceió, além do Termi-
nal Salineiro de Areia Branca.
 • Companhia Docas do Estado da Bahia (CODEBA): Portos de Salvador, Ilhéus e Aratu.
 • Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA): Portos de Vitória e Barra do Riacho.
 • Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ): Portos do Rio de Janeiro, Niterói, Angra dos Reis e 
Itaguaí.
 • Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP): Porto de Santos.
Na Figura 2.6, há o mapa com os 34 portos públicos que compõem o sistema de portos brasileiro.
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SC
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Santarém
Vila do Conde
Belém Santana
Itaqui
Fortaleza
Cabedeio
Recife
Suape
Maceió
Salvador
Aratu
Ilhéus
Barra do Riacho
Vitória
Forno
Niterói
Rio de Janeiro
Itaguaí (Sepetiba)
Angra dos Reis
São Sebastião
SantosAntonina
Paranaguá
São Francisco do Sul
Itajaí
Imbituba
Laguna
Areia Branca
Natal
Porto Alegre
Pelotas
Rio Grande
Figura 2.6 Sistema portuário brasileiro.
Fonte: Confederação Nacional do Transporte (2012).
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30
Existem ainda 130 Terminais de Uso Privativo (TUPs), dos quais 73 apresentaram movimentação 
marítima no ano de 2011. Na Figura 2.7, há o mapa com os 130 TUPs que compõem o sistema de 
portos brasileiro.
RR AP
PAAM
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GO
MS
MG
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RJ
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PB
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PR
SC
RS
14 TUPs
16 TUPs
11 TUPs
22 TUPs
13 TUPs
7 TUPs
7 TUPs
6 TUPs
9 TUPs
5 TUPs
1 TUP
8 TUPs
2 TUPs
1 TUPs
2 TUPs
1 TUPs
3 TUPs
2 TUPs
Figura 2.7 TUPs.
Fonte: Confederação Nacional do Transporte (2012).
Existem três complexos portuários que operam sob concessão à iniciativa privada. A partir da Lei 
n° 12.815/2013, deverão ser licitados os arrendamentos de terminais portuários cujos contratos es-
tão vencidos. O processo de licitação obedecerá ao previsto no Capítulo II, que trata da exploração 
dos portos e das instalações portuárias em sua seção I.
 PARA SABER MAIS
O Decreto no 8.033, de 27 de junho de 2013, regulamentou o disposto na Lei n° 12.815, de 5 de junho de 2013, e 
as demais disposições legais que regulam a exploração de portos organizados e de instalações portuárias. O de-
creto determinou a forma como devem ser feitas as licitações em seu Capítulo II – Da exploração dos portos e das 
instalações portuárias localizadas dentro da área do porto organizado – Seção I – Das disposições gerais sobre a 
licitação da concessão e do arrendamento. Para mais informações, acesse o ambiente virtual de aprendizagem.
 Abertura de novas instalações portuárias
O momento econômico que estamos vivenciando atualmente faz do Brasil um dos principais mer-
cados do mundo, cujo resultado está no aumento das importações de vários tipos de produtos e, 
por conseguinte, na sobrecarga de operação dos portos.
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As exportações também estão crescendo, mas a infraestrutura logística e portuária torna o produto 
brasileiro pouco competitivo. Consequentemente, há uma grande necessidade de investimento, 
conforme orienta a Lei n° 12.815/2013, na seção II, sobre a autorização de instalações portuárias e, 
na seção III, sobre os requisitos para a exploração dos portos e das instalações portuárias.
A instalação portuária nova, seja ela para importação ou exportação de produtos feita com in-
vestimentos particulares, certamente trará melhorias ao cenário atual. Os procedimentos para a 
abertura de novas instalações portuárias foram regulamentados pelo Decreto no 8.033/2013, em 
seu Capítulo III – Da autorização de instalações portuárias.
 Portos secos
Os portos secos são recintos alfandegados de uso público, situados em zona secundária, nos quais 
são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias 
e de bagagem sob o controle aduaneiro. As operações de movimentação e armazenagem, bem 
como a prestação de serviços conexos em porto seco, sujeitam-se ao regime de concessão ou de 
permissão.
A execução das operaçõese a prestação dos serviços conexos serão efetivadas mediante o regime 
de permissão, salvo quando os serviços devam ser prestados em porto seco instalado em imóvel 
pertencente à União, caso em que será adotado o regime de concessão precedida da execução de 
obra pública.
O porto seco é instalado, preferencialmente, adjacente às regiões produtoras e consumidoras. No 
porto seco também são executados todos os serviços aduaneiros a cargo da Secretaria da Receita 
Federal, inclusive os de processamento de despacho aduaneiro de importação e de exportação 
(conferência e desembaraço aduaneiros), permitindo, assim, a interiorização desses serviços no 
país. A prestação dos serviços aduaneiros em porto seco próximo ao domicílio dos agentes econô-
micos envolvidos proporciona uma grande simplificação de procedimentos para o contribuinte.
O Brasil possui 63 portos secos em funcionamento em todas as regiões do país, sendo 35 unidades 
em 14 estados, 1 no Distrito Federal e 27 em São Paulo.
 Responsabilidades sobre as atividades portuárias
A responsabilidade pelo planejamento e pela gestão dos equipamentos de infraestrutura está a 
cargo do Ministério dos Transportes (MT) – responsável pela formulação de políticas para o seu 
âmbito de atuação como um todo –, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e da 
Secretaria Especial dos Portos (SEP).
A ANTAQ foi instituída pela Lei no 10.233, de 05 de junho de 2001, cuja finalidade é implementar, 
em sua esfera de atuação, as políticas formuladas pelo Ministério dos Transportes e pelo Conselho 
Nacional de Integração de Políticas de Transporte (CONIT) segundo os princípios e as diretrizes es-
tabelecidos na sua lei de criação. Segundo essa lei, a ANTAQ deve regular, supervisionar e fiscalizar 
as atividades de prestação de serviços de transporte aquaviário e de exploração da infraestrutura 
portuária e aquaviária exercidas por terceiros.
De acordo com o Decreto no 8.033/2013, em seu Capítulo I – Disposições preliminares, a SEP passou 
a ter o poder concedente de concessões e de arrendamento dentro do porto organizado, como dis-
 NO SITE
Para saber os locais onde 
estão instalados os portos 
secos no Brasil, acesse 
o ambiente virtual de 
aprendizagem.
 ATENÇÃO
A Lei n° 10.233/2001 
já sofreu inúmeras 
modificações em seu 
conteúdo; portanto, ao ser 
consultada, deve ser feita 
uma leitura bastante atenta 
para evitar equívocos em 
sua interpretação. O texto 
da Lei está disponível no 
portal do Governo Federal.
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
A cabotagem é um transporte que tem crescido no Brasil. Mas você já ouviu falar de 
praticagem? Assista ao vídeo a seguir e conheça como se desenvolve a praticagem.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) O porto brasileiro com maior movimentação por cabotagem é: 
A) Porto do Rio de Janeiro.
B) Porto de Santos.
C) TUP Chibatão.
D) Porto de Rio Grande.
E) Porto de Salvador.
2) Sobre o transporte marítimo de cabotagem, é correto afirmar: 
A) Foi desincentivada durante a década de 60, com o desenvolvimento rodoviário brasileiro, 
uma vez que o seu desenvolvimento independe do desenvolvimento rodoviário.
B) É incentivada pela isenção tributária de seus bunkers de abastecimento.
C) A principal carga transportada por cabotagem são os combustíveis e óleos minerais.
D) A principal carga de cabotagem são os granéis sólidos, especialmente a bauxita.
E) Por definição, a cabotagem é o transporte nacional realizado entre dois portos marítimos 
na costa do mesmo país.
3) TKU é a unidade mais comumente adotada para mensurar as cargas transportadas e 
as comparações modais. Essa unidade é definida por: 
A) Toneladas dia.
B) Tonelada quilômetro útil.
C) Toneladas veículo.
D) Toneladas milha náutica.
E) Toneladas metro.
4) Sobre o sistema portuário e a navegação brasileira é correto afirmar que: 
A) O sistema brasileiro de portos tem 37 portos públicos, todos marítimos.
B) A Companhia das Docas é responsável pela formulação de políticas e pela execução de 
medidas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura dos portos 
marítimos.
C) A Secretaria de Portos da Presidência da República é responsável pelo planejamento 
estratégico e a aprovação dos planos de outorgas.
O Porto de Manaus é geograficamente fluvial, portanto, é classificado pela SEP como D) 
porto fluvial.
E) Segundo a Lei nº 10.893/04, a navegação de longo curso é realizada entre portos 
marítimos brasileiros e estrangeiros.
5) Pela definição da lei nº 12.815, o Terminal de Uso Privativo (TUPs) é: 
A) Instalação portuária localizada fora da área do porto, que é explorada mediante 
autorização.
B) Instalação portuária localizada dentro da área do porto, que é explorada mediante 
autorização.
C) Instalação portuária que pode ser explorada mediante autorização, localizada dentro do 
porto organizado, utilizada na movimentação de passageiros ou mercadorias em 
embarcações de navegação interior.
D) Instalação portuária que pode ser explorada mediante autorização, localizada fora do porto 
organizado, utilizada na movimentação de passageiros ou mercadorias em embarcações de 
navegação interior.
E) Instalação portuária localizada dentro ou fora da área do porto organizado, utilizada no 
transporte de passageiros e no transporte ou na armazenagem de mercadorias.
NA PRÁTICA
Estudos têm indicado o grande potencial da cabotagem como solução logística, principalmente 
para cargas conteinerizadas. No entanto, ainda existem diversos entraves para que a cabotagem 
de fato se desenvolva como uma solução logística no Brasil.
Você é consultor de logística e transportes e busca se manter sempre atualizado quanto ao 
desenvolvimento das oportunidades logísticas no país. Recentemente, foi chamado para dar uma 
palestra em uma universidade sobre as perspectivas com relação à cabotagem. Então, você 
reuniu os mais recentes estudos que fornecem as perspectivas da área e são fundamentados na 
percepção dos usuários (as empresas). Assim, você pretende apresentar esse modal no contexto 
brasileiro e demonstrar o potencial de explorar a cabotagem.
 
Diante dessas perspectivas, fica claro que a navegação de cabotagem apresenta enormes 
oportunidades no mercado brasileiro. Ao demonstrar que a cabotagem é um modo que têm 
ganhado a confiança das empresas que transportam produtos de alto valor agregado, você 
indicou a importância dessa atividade na reestruturação da matriz de transportes brasileiras - tão 
necessária para a redução do custo logístico do nosso país. Adicionalmente, a questão de 
responsabilidade ambiental e eficiência de transporte faz também com que esse modal se 
destaque em nossa matriz de oportunidade.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Navegação de cabotagem no Brasil - Parte 1/2
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Proposta de metodologia de regulação de preços do serviço de praticagem
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