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Infraestrutura portuária
APRESENTAÇÃO
A infraestrutura portuária compreende atracadouros, terminais fluviais, lacustres, pátios de 
manobra, áreas de estacionamento e espera, edifícios, armazéns, equipamentos apropriados para 
receber, armazenar, movimentar e embarcar mercadorias, além das relações ambientais e com a 
economia regional.
A infraestrutura do porto deve ser adequada às características e à adaptalidade física da região, 
aos podutos e às necessidades de manejo para as diferentes modalidades de transporte, 
principalmente a aquaviária, a infraestrutura disponível nos principais portos do mundo e no 
Brasil. Os portos são as estruturas adequadas para atracar e movimentar com instalações 
necessárias ao embarque e desembarque de mercadorias e de passageiros no modal de transporte 
aquaviário. Destacam-se as principais funções e atividades dos operadores portuários, os 
responsáveis pela plena operação das atividades administrativas, fiscais e operacionais para 
assegurar a plena operação portuária.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá as principais características da infraestrutura 
portuária brasileira, com destaque para os portos e a figura do operador portuário.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Apresentar a estrutura portuária brasileira. •
Identificar os portos brasileiros e suas principais características. •
Caracterizar o operador portuário. •
DESAFIO
A infraestrutura portuária, com seus inúmeros aspectos, é dividida em três grandes segmentos: a 
infraestrutura aquaviária, que compreende a geografia marítima e as condições de acesso ao 
porto; a superestrutura portuária, que inclui os cais ou terminais, armazéns, áreas de 
armazenagem, equipamentos de movimentação; e a infraestrutura terrestre, com as vias de 
acessos, vizinhança do porto e parte externa. 
Os terminais, em qualquer tipo de modalidade de transporte, são estruturas físicas adequadas 
para executar e facilitar o embarque e o desembarque de cargas e/ou passageiros.
Acompanhe a situação a seguir:
Considerando os aspectos da infraestrutura aquaviária, da superestrutura portuária e da 
infraestrutura terrestre, identifique os principais motivos para a escolha do terminal de 
contêineres e cargas gerais de grande porte.
INFOGRÁFICO
A infraestrutura portuária é ampla, pois envolve componentes físicos, administrativos e sociais. 
A estrutura portuária pode ser observada em três grandes segmentos: infraestrutura marítima, 
superestrutura portuária e infraestrutura terrestre.
Veja, no Infográfico, algumas das características que fazem parte desses segmentos da 
infraestrutura portuária.
CONTEÚDO DO LIVRO
Uma das bases do transporte aquaviário são os portos. São localizados próximos a mares, rios e 
lagos e têm como funções o carregamento e o descarregamento de cargas, bem como o 
embarque e o desembarque de pessoas. A estrutura portuária é apresentada em três estágios: 
infraestrutura aquaviária, sobre todos os componentes que envolvem um porto desde o ponto de 
entrada na área potuária, o canal de acesso, canal; a superestrutura portuária, composta pelos 
elementos físicos e operacionais de um porto, cais, equipamentos, armazéns e outros; e a 
infraestrutura terrestre, que compreende os pátios e as vias de movimentação de cargas e 
veículos.
No capítulo Infraestrutura portuária, da obra Transporte e distribuição, base teórica desta 
Unidade de Aprendizagem, você verá a infraestrutura portuária como um elemento de 
interrelaçao entre os modais de transporte, apresentando diversas visões e perspectivas sobre 
portos em relação a questões de posicionamento geográfico, tipos de cargas, tipos de portos e 
finalidades.
Boa leitura.
TRANSPORTE E 
DISTRIBUIÇÃO
Cícero Fernandes Marques
Infraestrutura portuária
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Apresentar a estrutura portuária brasileira.
  Identificar os portos brasileiros e suas principais características.
  Caracterizar operador portuário.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a infraestrutura portuária, que é composta 
por portos aéreos, marinhos e térreos, como cais, pátios, prédios, equi-
pamentos e operações, conhecendo suas principais características e seu 
papel no modal aquaviário. Além disso, vai ler sobre os diversos tipos de 
portos, a perspectiva global e a sua classificação conforme a regulamenta-
ção brasileira, estabelecendo uma inter-relação com as infraestruturas dos 
demais modais. Por fim, você vai conhecer as características e estruturas 
dos portos brasileiros, os principais terminais portuários, tipos de cargas 
que operam, a posição dos portos nacionais em ranking mundiais e os 
investimentos necessários para ampliar a capacidade e a produtividade.
1 Estrutura portuária brasileira
Uma das bases do transporte aquaviário são os portos, locais onde pessoas 
e cargas embarcam e desembarcam com o objetivo de movimentar produtos 
para satisfazer necessidades e desejos. Ao longo da história, o transporte 
evoluiu. Inicialmente, o homem foi o seu próprio meio de deslocamento, ao 
se movimentar e carregar os materiais necessários. Posteriormente, passou a 
utilizar animais para realizar o transporte (BARAT, 2007).
Na jornada evolutiva do transporte, a modalidade aquaviária surgiu do 
desafio de superar distâncias ao navegar e atravessar rios e mares, forjando o 
desenvolvimento de embarcações de maior porte. Novos meios de propulsão e 
tração foram desenvolvidos, como remos, velas, vapor, motores a combustão. 
Desse modo, expandiu-se a capacidade em transportar maiores volumes e em 
menos tempo, encurtando as distâncias (KEEDI, 2020).
A intensificação das navegações permitiu trocas mais frequentes entre 
povos de diferentes continentes, necessitando de mais locais para atracar 
embarcações, com proteção e segurança para correntes marítimas e inimigos, 
além de áreas para transferência de cargas e passageiros entre os navios e os 
cais. Os meios de transporte continuaram evoluindo, integrando novas desco-
bertas às existentes, com navios e barcas de diversos os tamanhos, formatos, 
tipos e finalidades, muitos com grande capacidade de carga com centenas de 
milhares de toneladas. 
Os veículos terrestres são representados pelos modos ferroviário e rodo-
viário. Os sistemas dutoviários são utilizados na movimentação de líquidos 
(originalmente água). O mais recente dos meios de transporte é o avião, no 
transporte aéreo, que tem um relevante papel na troca de mercadorias com 
grande velocidade entre cidades, regiões, países e continentes (SEYOUM, 
2014).
O conceito de porto, segundo o Dicionário de Logística (2020), é de lugar em 
costa, rio, lagoa ou outro meio de transporte, dotado de instalações adequadas, 
onde as embarcações podem fundear ou amarrar e estabelecer contatos em 
terra e realizar embarque e desembarque de passageiros e carga. Os portos, 
em função da interface com os demais modais e suas atividades centrais, 
evoluíram pelas gerações, segundo Roa et al. (2013). A primeira geração de 
portos, até 1950, se limitava em estabelecer uma conexão entre a terra e o 
mar. A segunda geração evoluiu para apoiar as exportações de economias em 
crescimento. Já a terceira geração ampliou os processos de exportação e o uso 
mais frequente do container. Por fim, a quarta e a quinta gerações ampliaram 
os processos de integração e sinergia entre todos que atuam nos portos, com 
a digitalização, e se voltaram para oferecer mais serviços e possibilidades aos 
usuários ou clientes (UNITED NATIONS, 2019). Observe na Figura 1 como 
ocorreu essa evolução.
Infraestrutura portuária2
Figura 1. Gerações dos portos.
Fonte: Adaptado de Hlali e Hammami (2017).
As operações portuárias necessitam de local específico para atracar, áreas 
contíguas para realizar as diversas operações, movimentar os materiais e 
recursos conforme o produto para transportar.A crescente complexidade de 
operações, recursos e interconexões necessitam de uma sofisticada estrutura 
administrativa e operacional para assegurar a plena governança e o geren-
ciamento do porto e proporcionar valor econômico agregado aos usuários. 
A escolha e a implementação das estruturas e operações portuárias estão 
diretamente ligadas ao tipo de carga que movimentam.
Cargas e tipos de cargas
Um dos grandes desafi os dos transportes é o carregamento, o descarregamento 
e o transbordo de um meio de transporte a outro, ou entre veículos de um 
mesmo modal. O porto é um espaço intermodal em sua essência. 
À medida que as embarcações e os meios de transporte ampliaram suas 
capacidades, os produtos foram movimentados em maior escala. Segundo 
Keedi (2020), inicialmente eram transportados alimentos e bebidas in natura. 
Posteriormente, eram transportados em barricas de madeira. Os recursos e 
equipamentos de movimentação evoluíram de cordas e roldanas para guin-
dastes com cabos de aço, deslocando cargas maiores, com redução do esforço 
humano bruto para o esforço mecânico.
3Infraestrutura portuária
O conceito de unitização é a consolidação de volumes pequenos em outro 
maior, com formatos padronizados, facilitando as operações, evitando manu-
seios desnecessários e otimizando os espaços, segundo Bertaglia (2016). 
A padronização pode ocorrer por meio de caixas de diversos materiais e 
tamanhos, como papelão e plástico, para agrupar e facilitar a movimentação 
de contendores menores usa-se paletes e/ou containers.
O container foi a grande revolução, conforme Rodrigues (2014), pois possibilita 
carregar na origem e descarregar no destino, sendo transportado por vários modais. 
É um equipamento padronizado, regulamentado e fiscalizado internacionalmente, 
para assegurar a integridade das cargas e facilitar as movimentações e transbordo. 
É o principal recurso no transporte internacional, colaborando para a redução de 
tempo e custo. Veja na Figura 2 um pátio de containers.
Figura 2. Pátio de containers.
Fonte: Travel mania/Shutterstock.com.
Para atender à crescente demanda por containers, desde 1956, foram 
construídos navios para transportá-los. A primeira geração foi de navios 
graneleiros ou navios-tanque, modificados para transportar até 1.000 TEUs 
(containers). O primeiro foi o Ideal-X, um navio-tanque T2 da segunda guerra 
mundial, e possuía seus próprios guindastes. Os portos não estavam equipados 
para lidar com containers nessa época (RODRIGUE, 2020).
Em 1970, passaram a ser construídos navios para transporte exclusivo de 
containers. A segunda geração de navios porta-containers era também cha-
mada de celulares. Isso porque se tratam de células que hospedam containers 
Infraestrutura portuária4
em pilhas de diferentes alturas. Dependendo da capacidade do navio, alguns 
movimentavam até 2.500 TEUs. As várias gerações dessas embarcações podem 
ser observadas na Figura 3. O Gulsun, navio entregue em 2019, transporta 
quase 24.000 TEUs, com capacidade de movimentar 225.000 toneladas. Na 
Figura 5, cada conjunto de 50 TEUs (50 containers) é igual a um bloco amarelo.
Figura 3. Evolução dos navios porta-containers.
Fonte: Adaptada de Stromberg (2015).
5Infraestrutura portuária
As cargas transportadas em navios são as mais variadas. Classificam-se 
como gerais e sólidas e possuem características e tamanhos variados, como 
máquinas, veículos, equipamentos, bobinas de aço, bobinas de papel, granéis 
sólidos (cereais: soja, milho), minérios (ferro), granéis líquidos (petróleo e 
seus derivados) e gases diversos, produtos perigosos, containers, entre outros. 
Portanto, produtos de todas as formas, medidas, pesos e quantidades podem 
e são transportados em navios, independentemente se forem a granel, por 
containers ou em embalagens. No Quadro 1, é possível identificar os diversos 
tipos de cargas e suas principais características, conforme Seyoum (2014).
 Fonte: Adaptado de Seyoum (2014). 
Tipo de carga Descrição
Carga geral Volumes acondicionados em sacos, fardos, caixas, 
cartões, engradados, amarrados, tambores e 
outros, ou sem embalagens, como veículos, 
maquinários industriais e blocos de pedra.
Granel sólido Carga homogênea, apresentando-se sob a forma 
de sólidos secos. Embarcada e transportada sem 
acondicionamento, sem marca de identificação 
e sem contagem de unidades. Exemplos: 
soja, milho, trigo, minério de ferro e outros.
Granel líquido/gasoso Carga homogênea, apresentando-se sob 
a forma de líquidos e gases. Embarcada e 
transportada sem acondicionamento, sem marca 
de identificação e sem contagem de unidades. 
Exemplo: petróleo, gases, sucos e outros.
Frigorificada (refree) Cargas de produtos resfriados e congelados, 
embaladas e movimentadas em paletes ou outros 
tipos de contendores e transportadas em navios 
especiais com diversos porões frigorificados 
e refrigerados em diversas temperaturas.
Containers Cargas dos mais variados tipos, acomodadas 
em contendores metálicos padronizados, 
com diversas aplicações para agilizar a 
movimentação de produtos. É o tipo de 
carga que mais cresce, pela agilidade e pela 
flexibilidade nas operações intermodais.
 Quadro 1. Tipos e características das cargas 
Infraestrutura portuária6
Cada porto necessita de um conjunto de estruturas especializadas para a 
sua plena operação. A integração internacional dos mercados e a sofisticação 
dos produtos tornam necessário transportar com maior eficiência, redução de 
perdas e custo e maior velocidade para carregar e descarregar os materiais, 
exigindo especialização dos terminais de carga.
Tipos de portos
O modal aquaviário pode ser marítimo (navegação nos mares e oceanos), 
fl uvial (navegação em rios) e lacustre (navegação em lagos e lagoas). As 
principais fi nalidades dos portos, segundo Rodrigue (2020) e Novack et al. 
(2019), são as seguintes.
  Portos interiores (inland ports): portos de águas menores, como lagos 
ou rios. Normalmente, são usados para carga e passageiros, como na 
Amazônia (fluviais e lacustres).
  Portos fluviais (river port): recebem linhas de navegação oriundas e 
destinadas a outros portos dentro da mesma região hidrográfica ou com 
comunicação por águas interiores. Veja na Figura 4 o porto fluvial de 
Santarém, no rio Tapajós, com exportação de grãos.
Figura 4. Porto fluvial.
Fonte: Matyas Rehak/Shutterstock.com. 
7Infraestrutura portuária
  Portos lacustres: recebem embarcações de linhas dentro de lagos, em 
reservatórios restritos, sem comunicação com outras bacias.
  Portos marítimos (sea port): estão situados ao longo de uma costa e 
aptos a receber linhas de navegação oceânicas, tanto em navegação 
de longo curso (internacionais) quanto em navegação de cabotagem 
(domésticas), independentemente da sua localização geográfica. Por 
exemplo, o porto de Manaus, apesar de estar situado no rio Negro, é 
considerado marítimo por ser de longo curso.
  Porto marítimo de águas profundas (deep water sea port): porto com 
calado médio (profundidade = distância vertical da superfície da água 
ao fundo do mar), no canal de entrada e na área do terminal, excede 
13,72 m.
  Terminal portuário (port terminal): terminais dedicados, terminais 
simples, cujo material carregado ou baixado é sempre o mesmo. Suas 
instalações são acessíveis apenas ao tipo de mercadoria que gerenciam. 
Os terminais dedicados mais comuns são aqueles que movimentam 
soja, carvão e outros minerais.
  Porto organizado: bem público aparelhado para atender às necessidades 
de navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação 
e armazenagem de mercadorias. O tráfego e as operações portuárias 
estão sob a jurisdição de autoridade portuária.
  Área do porto organizado: área delimitada por ato do Poder Executivo, 
que compreende as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção 
e acesso ao porto organizado.
  Instalação portuária: instalação localizada dentro ou fora da área do 
porto organizado. Utilizada em movimentação de passageirose em 
movimentação ou armazenagem de mercadorias destinadas ou prove-
nientes de transporte aquaviário.
  Terminal de uso privado (TUP): instalação portuária explorada mediante 
autorização e localizada fora da área do porto organizado.
  Estação de transbordo de cargas: instalação portuária explorada me-
diante autorização, localizada fora da área do porto organizado e uti-
lizada exclusivamente para operação de transbordo de mercadorias em 
embarcações de navegação interior ou cabotagem.
  Hub port: porto de transbordo, porto concentrador de cargas e de linhas 
de navegação.
  Instalação portuária pública de pequeno porte: instalação portuária 
explorada mediante autorização, localizada fora do porto organizado 
Infraestrutura portuária8
e utilizada em movimentação de passageiros ou mercadorias em em-
barcações de navegação interior.
  Instalação portuária de turismo: instalação portuária explorada mediante 
arrendamento ou autorização e utilizada em embarque, desembarque 
e trânsito de passageiros, tripulantes, bagagens e insumos para o pro-
vimento e abastecimento de embarcações de turismo.
  Portos de água quente (warm water ports): desconhecido no Brasil. 
Portos em regiões geladas cujas águas não congelam no inverno. Operam 
o ano todo, sem interrupção. Exemplos: portos de Valdez, no Alasca, 
e Vostochny, na Rússia.
  Portos de pesca: especificidade das embarcações e proximidade de 
pontos pesqueiros.
  Portos secos (dry port): Estação Aduaneira Interior (EADI). Terminal 
multimodal terrestre diretamente ligado por estrada e/ou via férrea e/
ou aérea, composto por um depósito alfandegado localizado na zona 
secundária (fora do porto), geralmente no interior, para aumentar a 
eficiência da importação e da exportação de cargas.
  Porto de passageiros (passenger port): terminais específicos para atender 
a navios de passageiros. Deve possuir pontes móveis para facilitar o 
acesso das pessoas.
  Porto de origem: portos de onde são embarcadas as mercadorias.
  Porto de destino: porto para onde as cargas são desembarcadas.
  Porto de escala (port of call) porto onde há operações de embarque/
desembarque de mercadorias para posterior encaminhamento aos des-
tinos finais.
  Porto de trânsito (transit port): o navio faz uma escala para abasteci-
mento de combustível sem movimentação de cargas e passageiros em 
trânsito internacional para outro destino.
  Porto RO-RO (rol-on rol-off ): porto com acesso para navios que ope-
ram com sistema de carregamento de veículos por próprios meios dos 
veículos, caminhões. Veja um exemplo na Figura 5.
9Infraestrutura portuária
Figura 5. Porto com navio roll-on roll-off.
Fonte: Studio concept/Shutterstock.com.
Os tipos de portos no Brasil são definidos em legislação específica, com 
a Lei nº. 12.815, de 5 junho de 2013 (BRASIL, 2013a), regulamentada pelo 
Decreto nº. 8.033, de 27 de junho de 2013 (BRASIL, 2013b), e pelo Decreto 
nº. 9.048, de 10 de maio de 2017 (BRASIL, 2017a), que modernizaram a ex-
ploração dos portos, das instalações portuárias, dos contratos de concessão 
e arrendamento. 
A Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), do 
Ministério da Infraestrutura, é responsável pela formulação de políticas e 
diretrizes para o fomento do setor dos portos e da execução de medidas, dos 
programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura portuária 
e da aprovação dos planos de outorgas, para assegurar segurança e eficiência 
ao transporte aquaviário de cargas e de passageiros no País.
A seguir são descritos os tipos de navegação, segundo Dias (2012).
  Navegação de cabotagem: navegação entre portos brasileiros, por via 
marítima ou via marítima e vias interiores.
  Navegação interior (fluvial e lacustre): navegação entre portos fluviais 
brasileiros usando exclusivamente as vias interiores.
  Navegação de longo curso: entre portos brasileiros e portos estran-
geiros, sejam marítimos sejam fluviais.
Infraestrutura portuária10
Uma interessante abordagem sobre a relação entre transporte de merca-
dorias, comércio e crescimento econômico é apresentada por Feige (2007), 
com a análise da correlação de dados entre o aumento do transporte marítimo 
e o crescimento econômico da região onde se situa. Um porto envolve um 
grande conjunto de fatores, desde a relação do porto com a economia regio-
nal e nacional, até a localidade onde está situado, assim como as questões 
geográficas e ambientais.
Estrutura dos portos
A infraestrutura de um porto deve ser observada sob algumas perspectivas, 
de acordo com o tipo: infraestrutura aquaviária, superestrutura portuária e 
infraestrutura terrestre (ALFREDINI; ARASAKI, 2018). Veja a seguir quais 
são elas.
Infraestrutura aquaviária
A infraestrutura aquaviária é composta por localização, acesso ao porto, 
quebra-mares, hidrovias, bacia de evolução, berço de atracação, entre outros.
Localização
A posição geográfi ca de um porto se refere ao tipo de costa e às condições 
náuticas para a instalação física. Constante et al. (2016) afi rmam que a posição 
geográfi ca de um porto compreende diversos aspectos físicos e ambientais, 
como pode ser observado na Figura 6.
11Infraestrutura portuária
Figura 6. Instalações portuárias.
Fonte: Adaptada de Rodrigue e Notteboom (2020).
A Figura 6 ilustra as diferentes possibilidades de localização de instala-
ções portuárias em função de sua geografia costeira, pontuando as melhores 
condições de proteção às embarcações para facilitar as operações de carga e 
descarga, os canais de acesso como a delta de rios e outros, a profundidade, 
os cais para atracação e a retaguarda de apoio. Os portos têm dois grandes 
fatores, listados a seguir, segundo Rodrigue (2020).
1. Hinterland (hinterlândia): compreende a área de influência geográfica 
e o potencial gerador de cargas a serem movimentadas (interior).
2. Foreland: compreende o espaço marítimo de alcance do porto, as condi-
ções estruturais, o porte dos navios que pode atracar e as especialidades 
que opera, definindo os destinos (mercados) que alcança pela conexão 
com outros portos conectados por rotas regulares das frotas de navios.
Roa et al. (2013) explicam que os portos, para serem relevantes, devem ter 
capacidade aquaviária e econômica simultaneamente.
Infraestrutura portuária12
Canal de acesso
Para Alfredini e Arasaki (2018), um canal de acesso é o trecho hidroviário 
que interliga os berços de atracação (cais) de um porto ao mar aberto. Os 
principais tipos de canais de acesso são mar aberto ou canal externo, em águas 
desabrigadas e em águas relativamente abrigadas. A Figura 7 apresenta um 
canal de acesso a um porto.
Figura 7. Canais de acesso.
Fonte: Wojciech Wrzesien/Shutterstock.com.
A definição do acesso ao porto compreende coletar dados do ambiente 
físico e as batimetrias existentes, como características do fundo do mar, estudo 
dos ventos (intensidades, frequências e sentidos preponderantes), visibilidade 
do canal, observação das ondas (tipos, marés, correntes marítimas) e as con-
dições do fundo do canal, entre outros (PERMANENT INTERNATIONAL 
ASSOCIATION OF NAVIGATION CONGRESSES — PIANC et al., 2003).
Na parte interna, o canal de acesso possui uma área de giro e/ou atracação 
para permitir a realização de manobras de parar e girar.
  Alinhamento: conjunto de sinais fixos, de coordenadas conhecidas, 
pontos luminosos dotados ou não de placas de visibilidade que orientam 
o navegante na direção coincidente com o eixo de um canal. Os sinais 
fixos de alinhamento, segundo Alfredini e Arasaki (2018) são:
13Infraestrutura portuária
  a) farol, farolete ou baliza anterior (mais próximo do navegante que 
inicia o alinhamento); 
  b) farol, farolete ou baliza posterior (mais afastado do navegante que 
inicia o alinhamento). 
Veja na Figura 8 um farol de sinalização de entrada do canal de acesso.
Figura 8. Farol de sinalização.
Fonte: Bryan Godfrey/Shutterstock.com.
  Largura: distância entre as duas margens do canalpara possibilitar o 
trânsito de navios.
  Profundidade: distância vertical entre a superfície do mar e o fundo 
do canal. Devem ter duas medidas a avaliar, em função das marés que 
provocam oscilações na profundidade. Para garantir a manutenção da 
profundidade e a plena navegação, são necessários monitoramento do 
canal e ações de dragagem, para retirar assoreamentos acumulados.
  Limites operacionais: necessário para assegurar a condução dos na-
vios em todas as condições de maré e tempo. Os limites devem ser 
observados para garantir a segurança das operações e dos navios, como 
marés, ondas altas, correntes fortes, velocidade e sentidos dos ventos, 
distância entre a quilha do navio e o fundo do canal, que são detalhes 
de atratividade comercial.
Infraestrutura portuária14
  Tráfego marítimo e análise de riscos: os portos devem oferecer pro-
teção aos navios e às operações, e o canal de acesso deve oferecer 
segurança e navegabilidade para o tráfego dos navios. O risco marítimo 
compreende o risco à vida, danos ao meio ambiente marinho e perdas 
comerciais que um porto possa vir a sofrer no caso de acidente.
O risco global é medido pela frequência da ocorrência de um tipo de 
acidente, associado às consequências (vítimas, danos físicos e ambientais ou 
perda de receita em potencial).
Bacia de evolução (evolution basin)
“É a área fronteiriça às instalações de acostagem, reservada para as evoluções 
necessárias às operações de atracação e desatracação dos navios no porto” 
(BRASIL, 2017b, documento on-line).
Bacia de fundeio ou ancoradouro
Local onde as embarcações lançam as âncoras e fi cam estacionadas, aguardando 
atracação ou realizando reparos, sem criar obstáculos a circulação das demais 
embarcações (ROJAS, 2014).
Berço de atracação berço (cradle)
É o local de atracação da embarcação no cais. É amarrada ao cabeço de 
amarração, ou bollard, poste vertical, normalmente de ferro, fi xado no cais. 
É o ponto onde as embarcações serão atracadas e as movimentações de cargas 
serão realizadas (BRASIL, 2017b).
Quebra-mares (breakwaters)
É a construção que recebe e rechaça o ímpeto das ondas ou das correntes para 
defender as embarcações que se recolhem no porto, baía ou outro ponto da 
costa (ROJAS, 2014). 
15Infraestrutura portuária
Os outros componentes da infraestrutura aquaviária são utilizados em função de 
aplicações ou circunstâncias específicas.
Superestrutura portuária
Segundo Alfredini e Arasaki (2018), a superestrutura portuária é a parte física 
e operacional do porto e compreende as áreas de apoio para as operações 
portuárias. Ou seja, é o porto propriamente dito. A superestrutura portuária 
deve ser projetada em função dos tipos de carga, volumes, sazonalidades das 
movimentações, especialidades do porto e outras para dimensionar o terminal 
aquaviário, para atender as necessidades de armazenamento e movimentação 
e proporcionar maior efi ciência e redução de custos. A Figura 9 apresenta uma 
visão geral de uma superestrutura portuária.
Figura 9. Visão geral de um porto.
Fonte: StockStudio Aerials/Shutterstock.com.
A superestrutura compreende a parte física do porto junto ao mar onde 
ficam os berços, onde os navios atracam e onde são realizados embarques e 
desembarques de cargas, passageiros, tripulantes e bagagens. Nos casos em 
que a profundidade do cais é menor que o desejável, podem ser necessárias 
Infraestrutura portuária16
edificações de cais afastados da costa para atender a navios de maior porte, 
locais com maior profundidade e plataformas interligadas fisicamente com o 
porto para a movimentação das cargas. São os chamados cais off-shore. Os 
locais onde os navios atracam no cais são as docas, ou berços (ROJAS, 2014).
O suporte operacional da superestrutura é constituído por pátios de estocagem 
(log decks), áreas reservadas para armazenagem de produtos e movimentação 
por via terrestre. Apoiam as movimentações de carregamento e descarregamento 
dos navios e locais para a guarda dos materiais aguardando embarque. Esses 
espaços próximos aos navios agilizam a movimentação das cargas.
Outro componente operacional da superestrutura são os depósitos, se-
gundo Novack et al. (2019), que compreendem: armazéns gerais, cobertos e 
protegidos para estocar cargas gerais, e armazéns frigorificados, com estoque 
de produtos refrigerados e frigorificados em temperaturas indicadas para o 
armazenamento de alimentos.
Os silos são estruturas horizontais ou verticais que armazenam grandes 
volumes e milhares de toneladas de produtos agrícolas a granel. Veja na Figura 
10 um silo de cereais. 
Figura 10. Silo de cereais.
Fonte: Iuliia_K/Shutterstock.com.
Já os tanques são estruturas para armazenagem de granéis líquidos, como 
petróleo e derivados, sucos de frutas, produtos químicos e outros líquidos. 
Os containers, por sua vez, são estacionados nos pátios específicos, desco-
bertos, com definição de endereçamento, quadrantes, ruas e posições. São 
17Infraestrutura portuária
empilhados em andares, com vias para a circulação de guindastes e pórticos, 
os transtainers. Veja na Figura 11.
Figura 11. Pátio de containers.
Fonte: Avigator Fortuner/Shutterstock.com.
Outros recursos da área operacional da superestrutura são os equipamentos 
para movimentação interna de cargas nos portos (CONSTANTE et al., 2016). 
Os transtainers são estruturas metálicas, que movimentam containers do pátio 
até a posição embarcada nos navios. Observe a Figura 12.
Figura 12. Transtainer.
Fonte: Travel mania/Shutterstock.com.
Infraestrutura portuária18
Pás carregadeiras e tratores operam nos pátios e nos porões dos navios, na 
movimentação de alguns tipos cargas a granel, minerais e outros sólidos secos.
Os shiploaders são equipamento móveis em forma de torre, com duto 
projetado para lançar materiais diretamente nos porões dos navios. Carregam 
continuamente granéis sólidos, como carvão, fertilizantes, minério de ferro, 
grãos e outros. Os shiploaders são abastecidos por um conjunto de correias 
transportadoras que conduzem os granéis sólidos desde os silos até os porões 
dos navios.
As oficinas de manutenção e reparo servem para manutenção da parte 
mecânica de equipamentos e embarcações e reparos nos cascos. Podem ser 
on-shore, quando o serviço é executado com o navio atracado ao cais, e off-
-shore, com o navio fundeado na bacia ou mar aberto (NOVACK et al., 2019).
O Código Internacional para Segurança de Navios e Instalações Portuá-
rias (ISPS Code) é a norma internacional de segurança, implementada pela 
Organização Marítima Internacional (IMO) em 2004, após os atentados de 11 
de setembro. Os governos dos países associados à IMO determinam os níveis 
de proteção a serem adotados para minimizar o impacto no funcionamento e 
na eficiência das operações (ISPS Code..., 2012).
Os padrões de segurança são de natureza preventiva de incidentes, com 
procedimentos de identificação e acesso ao porto, monitoramento por câme-
ras, geradores de energia, sistema de iluminação na área primária, sistema 
de leitura de código de barras e RFID, balanças nos acessos de caminhões e 
trens, cercas perimetrais, área exclusiva para a polícia federal, entre outros.
No Brasil, as inspeções e certificações dos terminais são de responsabili-
dade da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias 
Navegáveis (CONPORTOS), em conformidade com o código internacional 
da IMO.
Infraestrutura terrestre
A infraestrutura terrestre compreende todos os recursos que viabilizam o 
transporte das cargas entre as embarcações e os limites de área portuária, 
rodovias, ferrovias, dutos, correias transportadoras, pátios dos terminais de 
embarque e desembarque de cargas e passageiros, pátios de armazenagem, 
centros administrativos e operacionais, áreas instalações dos órgãos públicos 
e polícia federal, segundo Rojas (2014).
As vias para deslocamento de cargas são vias perimetrais para movimen-
tação, constituídas pelas rodovias internas, que circundam pelos armazéns eoutros prédios do porto, para os equipamentos com pneus, e vias permanentes, 
19Infraestrutura portuária
para circulação de trens e equipamentos ferroviários ao longo do cais. É o 
conjunto de correias transportadoras e dutos desde os armazéns e tanques até 
a borda dos navios para embarque ou desembarque (BRASIL, 2017b).
O retroporto compreende a área interna do porto destinada à prestação 
de serviços e ao estacionamento de caminhões para descarregamento e car-
regamento de cargas. 
2 Portos brasileiros: características e 
desempenho
Os portos brasileiros movimentam produtos com origem extrativista, como 
minerais, e produção agrícola, como grãos, produtos industrializados, como 
automóveis, e outras cargas. O sistema portuário brasileiro agrupa todas 
as estruturas portuárias nacionais, constituídas pelas seguintes instalações 
(AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTE AQUAVIÁRIO — ANTAQ) 
(2020a):
  34 portos públicos organizados, portos com administração da União 
ou delegada a municípios, estados ou consórcios públicos e entidades 
concessionárias na administração dos portos;
  147 terminais de uso privado (TUPs), junto aos portos públicos orga-
nizados e terminais inteiros;
  32 estações de transbordo de carga;
  2 instalações portuárias de turismo (IPTs);
  39 portos fluviais;
  156 instalações portuárias sob registro.
A Figura 13 apresenta um mapa com a localização dos portos brasileiros.
Infraestrutura portuária20
Figura 13. Instalações portuárias brasileiras. 
Fonte: Adaptada de Antaq (2020a).
Modalidades e volumes de carga dos portos brasileiros
As estruturas portuárias brasileiras movimentaram, em 2019, 65 mil atraca-
ções, 1,2 bilhão de toneladas, sendo 72% de navegação de longo curso, 21% 
por navegação de cabotagem e 7% por navegação interior. Veja, a seguir, as 
principais modalidades de carga movimentadas, conforme Antaq (2020a).
  Granel sólido: 65,7%.
  Granel líquido: 19,8%.
  Containers: 10,7%.
  Carga geral: 4,4%.
O relatório da Antaq (2020a) cita que os portos brasileiros movimentaram, 
em 2019, 1.104 bilhões de toneladas. As principais cargas movimentadas por 
meio de navegação de longa distância foram:
  368 milhões de toneladas de minério de ferro;
  225 milhões de toneladas de petróleo e derivados;
  93 milhões de toneladas de soja;
21Infraestrutura portuária
  56 milhões de toneladas de milho;
  10,5 milhões de TEUs containers.
Principais portos que movimentam containers no Brasil
O Quadro 2 apresenta os principais portos brasileiros que movimentaram 
containers em 2019.
 Fonte: Adaptado de Antaq (2020b). 
Porto Em mil TEUs %
Santos 3.078 43,3
Itajaí 1,035 14,5
Paranaguá 742 10,4
São Francisco do Sul 594 8,3
Rio Grande 488 6,9
 Quadro 2. Principais portos de containers 
De acordo com o Lloyd’s List One Hundred Ports de 2019, o porto de Santos 
é o 39º maior porto do mundo em movimentação de TEUs (containers), com 
4.122 milhões. O porto líder é Xangai, na China, com 40.010 milhões de TEUs 
movimentados (SANTOS sobe no ranking..., 2019).
Índice de Desempenho Ambiental
O Índice de Desenvolvimento Ambiental (IDA) foi desenvolvido para conhecer 
o grau de atendimento das conformidades socioambientais no espaço portuário. 
Isso ocorre por meio de indicadores regulados para a avaliação dos sistemas 
de gestão ambiental que promovem a sustentabilidade dos serviços portuários 
e o atendimento dos requisitos internacionais. Veja no Quadro 3 o IDA dos 
10 portos brasileiros melhores classifi cados em 2018.
Infraestrutura portuária22
 Fonte: Adaptado de Antaq (2019). 
Posição Porto %
1 Itajaí 99,48
2 Paranaguá 99,29
3 Itaqui 95,48
4 Terminal PortPecém 90,80
5 Santos 83,32
6 São Francisco do Sul 83,26
7 São Sebastião 83,15
8 Fortaleza 78,38
9 Suape 77,05
10 Imbituba 76,43
 Quadro 3. Índice de Desempenho Ambiental (IDA). 
Frota marítima brasileira
A navegação mercante brasileira atua de três formas, como você pode ver a 
seguir.
1. Cabotagem: a navegação de cabotagem ocorre ao longo da costa bra-
sileira e no Mercosul. Segundo a Associação Brasileira de Armadores 
de Cabotagem (ABAC) (2020), os armadores nacionais possuem frota 
de 125 navios, que movimentaram, em 2019, 1.385,861 toneladas de 
TEUs, com os seguintes tipos de transporte.
 ■ Cargas doméstica: entre portos brasileiros com origem e consumo 
no País (667.849 TEUs).
 ■ Cargas feeder: são cargas direcionadas a um porto concentrador, 
cargas com origem ou destino final no exterior (609.651 TEUs).
 ■ Cargas Mercosul: carga internacional entre portos do Mercosul e 
portos brasileiros ou vice-versa (108.361 TEUs).
2. Longo curso: a marinha mercante brasileira, composta pelos armadores 
nacionais associados do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação 
23Infraestrutura portuária
Marítima (SYNDARMA) (2020), possui uma frota de 57 navios de 
longo percurso, sendo 32 navios de carga geral, 18 navios de granel 
líquido, navios de granel sólido. 
3. Apoio marítimo: as embarcações de apoio marítimo atuam em ativi-
dades de exploração e produção de minerais e hidrocarbonetos, pla-
taforma submarina, frota de 363 navios. A Associação Brasileira de 
Empresas de Apoio Marítimo (ABEAM) (2020) desenvolve programa 
de modernização da frota na construção de embarcações para atuar em 
águas profundas e ultraprofundas.
Desempenho logístico brasileiro
Dos diversos indicadores de desempenho logístico de um país, o portuário 
também é avaliado. O relatório do Logistics Performance Index (LPI) 2018, 
um índice de desempenho logístico global, o Brasil está situado em 56º lugar, 
com 72,1% de performance (ARVIS et al., 2018). Estes são os itens medidos:
1. eficiência da gestão aduaneira e de fronteiras na liberação;
2. qualidade da infraestrutura relacionada ao comércio e ao transporte;
3. facilidade de organizar preços internacionais a preços competitivos 
nos embarques;
4. competência e qualidade dos serviços de logística;
5. capacidade de rastrear e rastrear remessas;
6. frequência com que as remessas chegam aos consignatários dentro do 
prazo de entrega previsto.
O Brasil evoluiu no segmento com a modernização dos portos e a abertura de 
diversos terminais privados, o que demandou grandes investimentos e ampliou 
a eficiência e a capacidade de transporte na busca de melhor desempenho e 
redução de custos operacionais para se tornar mais competitivo.
Controle de tráfego marítimo
É uma atividade que compreende ações administrativas do agendamento das 
posições ou berços no cais, para os navios junto aos armadores ou seus agentes 
marítimos delegados. Inclui o monitoramento e o controle da movimentação 
dos navios ao longo do canal, bacia de evolução e bacia de fundeio (navios 
ancorados aguardando o acesso ao berço), além do monitoramento das ope-
rações de atracação e desatracação e em trânsito.
Infraestrutura portuária24
Administração portuária
A administração e a coordenação das atividades de um porto são de respon-
sabilidade da autoridade portuária, o que inclui, segundo Alfredini e Arasaki 
(2018), as atividades a seguir.
  Garantir canais de navegação seguros e balizados segundo a Association 
of Marine Aids and Lighthouse Authorities (IALA), referência interna-
cional em sinalizações náuticas, balizamento por boias. Cardinais águas 
profundas, laterais do canal, perigo isolado, águas limpas e especiais 
de monitoramento.
  Prestar serviços de praticagem e assistência de rebocadores, quando 
for o caso.
  Garantir condições abrigadas de fundeio e atracação.
  Prestar serviços de movimentação de carga entre embarcação e cais.
  Realizar a movimentação da carga em terra e estocagem.
  Garantir suprimentos de combustível, água, eletricidade, telefonia e 
outros para as embarcações.
A autoridade portuária pode atuar segundo uma das seguintes configura-
ções, de acordo com Constante et al. (2016).
  Em alguns portos, a autoridade portuária executa a grande maioria das 
atividades e serviços compreendidos na área do porto. 
  Portos que executamo planejamento e controle geral, terceirizando 
todos os serviços. 
  Na maioria dos portos, a autoridade portuária, além do planejamento 
e do controle geral, executa um conjunto de atividades e terceiriza as 
demais.
No Brasil, além de atender às normas do setor portuário, a autoridade 
portuária deve observar as demais legislações e diretrizes nacionais e regionais 
para apoiar o desenvolvimento social, econômico e ambiental. Veja a seguir 
os aspectos a serem observados (KEEDI, 2020).
  Compatibilização com as políticas de desenvolvimento urbano dos 
municípios de sua região.
25Infraestrutura portuária
  Identificação da expansão das atividades portuárias em função da 
carga e realocações de instalações existentes, que contribuam para 
uma melhor interação porto-cidade.
  Adequação das instalações do porto para incrementar a eficiência das 
operações portuárias.
  Planejamento de curto, médio e longo prazo, considerando as tendências 
econômico-sociais da região, para atender às demandas internacio-
nais, desenvolver planejamento, zoneamento, capacidade de suporte 
do ecossistema no qual o porto está inserido e atender às legislações.
A infraestrutura de um porto deve estar adequada a atender a demanda de 
movimentação de cargas de sua região, projetar a capacidade operacional para 
estar ociosa total ou parcialmente o mínimo possível e evitar que embarcações 
fiquem fundeadas aguardando posição no cais (CONSTANTE et al., 2016). 
O desafio econômico de um porto, assim como de qualquer terminal nos 
diferentes modais de transporte, é que há muitos produtos sazonais (como 
os agrícolas). Por isso, o porto deve buscar na região oportunidades e fontes 
de cargas para que possa estar em plena operação a maior parte do tempo. 
O adequado planejamento e a identificação de potenciais necessidades de 
movimentações pelo modal na região são estratégicos para o sucesso de um 
porto. Os portos, para construção, manutenção e alocação de equipamentos 
para movimentação de cargas eficientes, necessitam imobilizar muitos recursos 
financeiros, tecnológicos e humanos, sendo fundamental um planejamento 
(BUTTON, 2010).
3 Operadores portuários
Até as legislações mais recentes, como a Lei nº. 8.630, de 25 de fevereiro de 
1993 (BRASIL, 1993), referentes à modernização dos portos, as atividades 
portuárias eram executadas por meio de entidades estivadoras que distribuíam 
os trabalhos em terra e a bordo e da administração do porto. A base legal dos 
operadores portuários que passaram a ser responsáveis em dirigir e coordenar 
as atividades portuárias estava em harmonia com a autoridade portuária, 
passando a executar de forma restrita e desvinculada do setor operacional 
(DIAS, 2012).
O operador portuário é a pessoa jurídica pré-qualificada para a execução de 
operações portuárias na área do porto organizado (art. 1º, § 1º, inciso III da Lei 
nº. 8.630/1993) (BRASIL, 1993). As operações portuárias somente podem ser 
Infraestrutura portuária26
executadas por um operador portuário pré-qualificado. A pré-qualificação é de 
responsabilidade da administração que analisa os requisitos obrigatórios para 
a execução da operação portuária, examina e emite o certificado de registro 
que habilita as organizações a assumirem a responsabilidade na direção e na 
coordenação das operações portuárias que vierem a efetuar. 
A Lei nº. 8.212, de 24 de julho de 1991 (BRASIL, 1991, documento on-line), trata o tra-
balhador avulso como aquele que “[…] presta, a diversas empresas, sem vínculo 
empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento”. Não 
há vínculo de emprego, por não se subordinar nem às empresas para as quais presta 
serviços, nem ao gestor do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO).
A complexidade do trabalho portuário envolve grande variedade de tarefas, 
pessoas físicas e/ou jurídicas, dos órgãos vinculados das entidades na execução 
das atividades portuárias. Os operadores portuários respondem pelas ações 
desempenhadas e pelos danos causados durante a execução das operações 
sob sua responsabilidade. 
As atividades dos operadores portuários são estabelecidas por normas da 
Antaq. A movimentação de carga a bordo da embarcação deve ser executada 
de acordo com a instrução de seu comandante ou de seus prepostos, responsá-
veis pela segurança da embarcação nas atividades de arrumação e/ou retirada 
das cargas. As principais operações portuárias envolvem a transferência 
dos materiais dos armazéns aos navios e vice-versa, de forma sincronizada. 
Conforme Constante et al. (2016) e Dias (2012):
  os armadores e seus representantes, os agentes marítimos, ou os non 
vessel operative common carrier (NVOCC) são armadores virtuais, 
empresas que não possuem navios próprios, mas contratam de terceiros, 
e realizam a contratação dos fretes, as datas de chegada das embarca-
ções, a reserva e a contratação dos espaços para cargas entre os portos 
de origem e destino, a negociação dos valores dos fretes, as datas de 
chegada das embarcações, a agenda de embarque e outros detalhes;
  os despachantes aduaneiros, profissionais que atuam como represen-
tantes do exportador ou importador para realizar o desembaraço adu-
27Infraestrutura portuária
aneiro e apresentar a documentação para a alfândega, agem também 
junto aos operadores do comércio exterior e logístico, como armazéns, 
transportadores, portos e outros;
  os operadores logísticos portuários agem no armazenamento, na uniti-
zação e na estufagem (carregamento) de containers e na movimentação 
de cargas para embarques e desembarques, localizados na parte externa 
das áreas portuárias;
  transitários ( freight for water) são prestadores de serviços que atuam 
na intermediação entre embarcadores, transportadores e outros envol-
vidos nas operações de comércio internacional; normalmente prestam 
serviço completo, desde a retirada da carga na origem até a entrega no 
destino final.
Entre os prestadores de serviço, há também:
  empresas de abastecimento, fornecedores de combustíveis e alimentos 
às embarcações;
  serviços de lanchas, rebocadores e práticos (serviços de condução de 
navios no canal de acesso e manobras nas bacias de evolução);
  serviços de prontidão ambiental para agir em caso de vazamento de 
combustível e recolhimento de materiais poluentes nas águas;
  serviços de assistência à saúde dos tripulantes;
  serviços de manutenção e reparos das embarcações e equipamentos 
portuários;
  serviços de estiva e outros.
A tendência das operações portuárias é automatizar grande parte das 
atividades de movimentação, carregamento e descarregamento dos navios, 
integração com os armazéns, silos, correias transportadoras e equipamentos 
portuários, oferta de novos e melhores serviços, para agilizar o transporte e 
oferecer mais diferenciais aos usuários, tornando o porto mais competitivo.
Infraestrutura portuária28
O porto de Roterdã nos Países Baixos (Holanda), com mais de 600 anos de operações, 
é hoje o maior porto-indústria da Europa e o 10º maior do mundo. Movimenta 470 
milhões toneladas de carga por ano. É a principal porta de entrada para a Europa, um 
mercado de mais de 350 milhões de consumidores. Tem área total de 12.606 hectares e 
extensão de 42 km, com diversos terminais e indústrias, capazes de receber as maiores 
embarcações do mundo 24 horas por dia (PORTO de Roterdã, 2020).
Tem excelente acessibilidade para embarcações marítimas e conexões intermodais 
com acessos aquaviários, rodoviários, ferroviários e dutoviário. É referência portuária, 
totalmente automatizado. Os cais e os pátios de manobra são controlados a partir de 
torres de operações que coordenam, programam e sincronizam todas as operações 
de carga e descarga dos navios, observam e monitoram os movimentos dos navios 
por satélite. Os caminhões que circulam nos pátios não possuem cabines.
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RODRIGUE, J. P.; NOTTEBOOM, T. Port sites. In: RODRIGUE, J.-P. The geography of transport 
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RODRIGUE, J. P. The geography of transport systems. 5th ed. New York: Routledge, 2020. 
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RODRIGUES, P. R. A. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e à logística interna-
cional. 5. ed. rev. e amp. São Paulo: Aduaneiras, 2014.
ROJAS, P. Introdução à logística portuária: e noções de comércio exterior. Porto Alegre: 
Bookman, 2014.
SANTOS sobe no ranking portuário. 2019. Disponível em: http://cranebrasil.com.br/
santos-sobe-no-ranking-portuario/. Acesso em: 26 maio 2020.
SEYOUM, B. Export-import theory, practices, and procedures. 3rd ed. New York: Routledge, 
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STROMBERG, J. The MSC Oscar just became the world’s biggest container ship. 2015. Dis-
ponível em: https://www.vox.com/2015/1/8/7513317/container-ship-msc-oscar. Acesso 
em: 26 maio 2020.
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Disponível em: http://www.syndarma.org.br/2019/. Acesso em: 26 maio 2020.
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deal. Geneva: United Nations Publications, 2019. Disponível em: https://unctad.org/
en/PublicationsLibrary/tdr2019_en.pdf. Acesso em: 26 maio 2020.
31Infraestrutura portuária
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Infraestrutura portuária32
DICA DO PROFESSOR
A infraestrutura portuária é um conjunto de recursos aquaviários e terrestres que têm por 
finalidade realizar o transbordo de cargas de diferentes modais para agilizar as operações de 
embarque e desembarque dos navios. A expansão física e tecnológica dos portos modernos é 
sempre um desafio no que diz respeito ao aumento da eficiência das operações. 
Em todas as organizações e atividades (indústria, comércio, serviço e governo), há operações e 
recursos que limitama sua capacidade operacional. Esses limitadores são conhecidos por 
gargalos na gestão da infraestrutura portuária.
Nesta Dica do Professor, você verá os gargalos da infraestrutura portuária em três diferentes 
setores: infraestrutura, reguladores e operacionais.
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EXERCÍCIOS
1) O transporte marítimo é composto por um conjunto de elementos, como as condições 
geográficas e costeiras para facilitar a navegação e proteger os navios nas operações 
de embarque e desembarque de mercadorias, as estruturas físicas e tecnológicas da 
infraestrutura portuária.
Representa uma das bases do ambiente portuário e sua estrutura compreende a 
capacidade de movimentação, calado, tipos de carga, forma das cargas, entre outros.
Isso se refere a:
A) Embarcações. 
B) Shiploaders.
C) Cais. 
D) Transtêineres.
E) Portos. 
2) As embarcações são responsáveis pelo transporte de mercadorias entre vendedores e 
compradores. Para tal, precisam embarcar e desembarcar mercadorias, sendo 
preferidos os pontos que oferecem maior agilidade nas operações, cumprimento de 
prazos, evitando esperas, garantindo, dessa forma, maior eficiência ao processo.
Terminal marítimo com toda a infraestrutura portuária que realiza abastecimento de 
combustível e gêneros diversos para os navios, operações de transbordo de cargas.
Assinale a alternativa que indica o tipo de porto citado:
A) Porto de origem. 
B) Porto de destino. 
C) Porto de escala. 
D) Porto interior. 
E) Porto de trânsito. 
A infraestrutura portuária é constituída por diversos componentes, incluindo aqueles 
que compreendem a parte marítima, como os canais, bacias, sinalização, entre outros, 
e a infraestrutura periféria ao porto, como as vias e meios para movimentar as cargas 
de forma terrestre, entre outros.
Associe as colunas com os componentes da infraestrutura terrestre portuária:
( ) Parte do porto ladeada de muros ou do cais, onde os navios embarcam e 
desembarcam mercadorias.
3) 
( ) Áreas onde se localizam os berços de atracação em que são efetuados embarques e 
desembarques de passageiros, tripulantes e bagagens.
( ) Área reservada para armazenagem de produtos e movimentação por via terrestre, 
a qual apoia as movimentações de carregamento e descarregamento dos navios.
( ) Realiza a manutenção ou reparo das embarcações, que podem ser realizadas de 
forma on-shore ou off-shore.
I. Oficina de manutenção.
II. Cais.
III. Pátio de estocagem.
IV. Docas. 
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
A) I, II, III, IV. 
B) II, III, IV, I. 
C) III, IV, II, I. 
D) IV, III, II, I. 
E) IV, II, III, I. 
A infraestrutura portuária depende basicamente do componente embarcação. É 
devido a esse componente que se determina a necessidade da profundidade dos canais 
de acesso, estrutura dos cais e equipamentos.
A estrutura brasileira de navegação tem considerável quantidade de embarcações 
para atender a operações específicas de determinadas atividades econômicas, com 
atuação em regiões específicas.
4) 
Assinale a alternativa que corresponde a esse tipo de navegação:
A) Embarcação de cabotagem marítima. 
B) Embarcações de apoio marítimo. 
C) Embarcações de longo curso. 
D) Embarcação fluvial. 
E) Embarcação de passageiros. 
5) Para que um porto opere adequadamente, são necessários diversos elementos para a 
sua plena gestão, envolvendo recursos geográficos, físicos, tecnológicos e humanos.
A coordenação das atividades para garantir canais de navegação seguros e balizados, 
serviços de praticagem e assistência de rebocadores, além de assegurar condições 
abrigadas de fundeio e atracação, serviços de movimentação de carga entre 
embarcação e o cais, movimentação da carga em terra e estocagem, entre outros, é 
feita por:
A) ISPS Code. 
B) Despachante aduaneiro. 
C) Armadores. 
D) Controladores de tráfego portuário. 
E) Autoridade portuária. 
NA PRÁTICA
Os portos sempre foram portas abertas para outras terras e o mundo. Ao longo do tempo, eles 
evoluíram, desde os primitivos até os atuais, com sofisticadas tecnologias e complexos 
econômicos que são a base do desenvolvimento contemporâneo.
Os portos são as portas de uma região que envia e recebe mercadorias para outras localidades, 
nacionais ou internacionais. Para manter e intensificar essas relações, é necessário atender às 
novas necessidades de equipamentos, recursos e tecnologias.
Acompanhe, em Na Prática, a evolução das embarcações, dos equipamentos ao longo do tempo, 
a nova visão econômica dos portos e informações sobre os novos terminais marítimos 
brasileiros.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Porto de Roterdã, o maior da Europa, quer se tornar o mais inteligente do mundo
Nesta reportagem, você irá conhecer um pouco mais sobre o Porto de Roterdã. O maior porto da 
Europa é totalmente automatizado para realizar as operações portuárias, de carregamento e 
descarregamento dos navios, de modo que quase não há necessidade de pessoas no cais.
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Porto do Açu vira canal de exportações mineiras
O Porto do Açu, no Rio de Janeiro, é o primeiro porto privado do País e projetou sua 
configuração com a proposta porto-indústria, além da movimentação de cargas regionais, 
principalmente de Minas Gerais e das plataformas marítimas da Petrobras e outras empresas que 
operam nas plataformas marítimas. Neste texto, você terá mais informações sobre o escoamento 
desse porto.
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Introdução à logística portuária e noções de comércio exterior
Esta obra apresenta um conjunto de informações sobre logística portuária, visão geral de 
comércio exterior, o que contribui para você ampliar a visão sobre o transporte marítimo e 
portos.

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