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Gestão de Plano de Saúde e Auditoria Hospitalar - Livro- Texto - Unidade IV

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Unidade IV
Unidade IV
7 MODELOS INTERNACIONAIS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
A definição de modelo assistencial relaciona‑se ao modo organizacional de ações de atenção à 
saúde, envolvendo os aspectos tecnológicos e assistenciais dentro de uma determinada sociedade.
Para Merhy, Malta e Santos (2004), o modelo assistencial consiste na disposição das ações para a 
intervenção no processo saúde‑doença, articulando os recursos físicos, tecnológicos e humanos para 
enfrentar e resolver os problemas de saúde existentes em uma coletividade.
Há diversos modelos assistenciais no mundo comprometidos a entender o processo saúde‑doença, 
analisando os sistemas e tecnologias disponíveis, de acordo com os preceitos éticos e políticos. Cada país 
utiliza e cria modelos próprios.
Para entender as semelhanças e diferenças observadas nos modelos internacionais, é preciso 
conhecer as relações público‑privadas nas quais estão inseridos, estudando os modelos históricos de 
proteção social.
Para Merhy, Cecílio e Nogueira (1991), o:
modelo técnico assistencial constitui‑se na organização da produção 
de serviços a partir de um determinado arranjo de saberes da área, bem 
como de projetos de ações sociais específicos, como estratégias políticas de 
determinado agrupamento social.
Entendemos, desse modo, que os modelos tecnoassistenciais estão sempre 
apoiados em uma dimensão assistencial e tecnológica, para expressar‑se 
como projeto de política, articulado a determinadas forças e disputas sociais.
Existem modelos em que a ação principal é a de intervenção médico‑curativa; há os que 
focam ações de promoção e prevenção; e outros que são considerados serviços de atendimento 
à demanda populacional.
De acordo com a Ripsa (2008), há diversos tipos de modelo:
• modelo meritocrático ou de desempenho industrial;
• modelo institucional‑redistributivo;
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Gestão de plano de saúde e auditoria hospitalar
• modelo residual;
• modelo social‑democrata;
• liberal.
Vamos abordar cada um deles.
Modelo meritocrático ou de desempenho industrial – utilizado em países como Alemanha, 
Áustria, França e Itália. Nele, o Estado protege e concede benefícios àqueles que eles julgam que 
contribuíram com a riqueza nacional ou estão inseridos socialmente, que sejam diferenciados de acordo 
com o trabalho. É um sistema social pelo qual o mérito ou o talento individual determina as recompensas 
que vão receber – no caso, benefícios à saúde. Considerado um modelo mais conservador, a satisfação 
das necessidades individuais está vinculada ao mérito e ao desempenho dos grupos protegidos. Os 
direitos e deveres estão vinculados ao status e à ocupação, e não à condição de cidadania.
Modelo institucional‑redistributivo – é mais conhecido principalmente na Inglaterra, mas 
também é empregado em países como Suécia, Noruega e Dinamarca. Sua utilização está focada no 
padrão social‑democrata, seguindo o conceito do bem‑estar social (welfare state). Este bem‑estar é 
observado como parte importante da característica de sociedades contemporâneas, e a todos os cidadãos 
é garantida a distribuição de bens e serviços. Possui como peculiaridades uma política universalista e 
igualitária, e as políticas de bem‑estar são percebidas como relevantes instituições sociais. Entretanto, 
cada país estabelece formas distintas de relacionamento entre estado e sociedade, analisando padrões 
específicos de intervenção e definindo diferentes aplicações do mesmo modelo.
Modelo residual – adotado sobretudo pelos Estados Unidos, mas também utilizado em países 
como Austrália, Canadá e Suíça. Objetiva‑se na perspectiva de eleição do mercado como o meio próprio 
da distribuição, gerando uma prevalência do setor privado no atendimento das demandas tanto de 
previdência social como de saúde. Por esse motivo, o papel que o Estado desempenha é considerado 
residual, ou seja, ele fica responsável pelo atendimento de segmentos sociais aos quais o mercado impôs 
uma incapacidade de acesso aos canais por ele disponibilizados.
Modelo social‑democrata – nele, o acesso incondicional é atributo de cidadania. É um modelo 
semelhante ao institucional. É inclusivo, caracterizado pela integralidade e universalidade das políticas 
sociais, sendo considerado o sistema de maior grau de desmercantilização. O Estado só intervém quando 
as fontes consideradas naturais – por exemplo, a família e o mercado – não conseguem atender às 
necessidades individuais. Nos sistemas públicos corporativistas, ocorre uma situação intermediária, 
centrando‑se em contribuições que demarcam as diferenças entre indivíduos, soldando, entretanto, 
seus interesses e solidariedade em torno de um programa comum.
Modelo liberal – predomínio do mercado e baixo grau de desmercantilização, a ponto de 
responsabilizar o Estado pelo cuidado com os excluídos por meio de programas assistenciais. As políticas 
sociais têm como alvo os mais pobres, aqules que não podem satisfazer suas necessidades individuais 
por meios próprios.
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Dessa maneira, esse modelo estabelece estreitas fronteiras para a intervenção governamental, 
maximizando o alcance do mercado, considerado o espaço privilegiado da distribuição. Nele, é impossível 
não registrar a diluição de traços significativos de solidariedade e a diferenciação entre países, em que 
pese, no caso europeu, o esforço atual para definir um protocolo comum de proteção social, em que o 
caso mais favorável corresponde aos países de maior grau de desmercantilização.
Nos países mais avançados, entre as décadas de 1950 e 1970, houve a crescente intervenção do 
Estado no campo das políticas sociais. Desse modo, o aumento dos recursos e dos gastos públicos que 
as materializaram possibilitaram a integração das demandas do capitalismo e da democracia no mesmo 
programa de proteção social.
Verificou‑se a combinação entre as políticas universais dirigidas aos cidadãos e as políticas de 
seguro social destinadas a cobrir os riscos sociais mais graves – velhice, invalidez, doença, morte e, mais 
recentemente, desemprego – dos trabalhadores assalariados e de seus dependentes.
A saúde e a previdência organizam‑se segundo duas matrizes, de acordo com a maneira de realizar 
a captação de recursos:
• na taxação (impostos), abrangendo os seguintes países: Dinamarca, Grécia, Espanha, Irlanda, 
Itália, Noruega, Portugal, Finlândia, Suécia e Inglaterra.
• contribuições sociais, com: França, Liechtenstein, Luxemburgo, Holanda, Áustria e Suíça.
1) Canadá
Seu sistema de saúde é o primeiro no ranking dos símbolos nacionais, porém há uma ameaça de 
aumento dos custos públicos e privados, na medida em que os serviços públicos e privados não serão 
mais financiados pela Lei Canadense de Saúde.
Esse sistema de saúde canadense é sobretudo financiado pelo setor público, mas há a execução 
privada das ações relativas à política de saúde e gestão predominantemente estadual (provincial) de 
governo. Os padrões nacionais para hospitais e serviços de saúde são definidos em legislação federal, 
objetivando uma uniformidade.
Na federação canadense, cada Estado é responsável por assegurar a administração dessa política em 
seu território, a partir da adesão ao Canada Health Act (legislação federal), de maneira que destaca a:
• universalidade (direito de acesso para todos os residentes legais);
• gestão pública (governos estaduais);
• mobilidade (garantia do acesso fora de seu Estado de residência);
• acessibilidade (inexistênciade barreiras ao acesso).
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O Canadá tem o desafio de manter a universalidade do sistema de saúde e preservá‑lo, evitando a 
situação na qual a provisão de serviços se faria por conta da capacidade de pagamento, e não da necessidade.
2) Inglaterra
Na Inglaterra, prevalece o sistema universalista. Com o modelo institucional‑redistributivo, 
objetiva‑se o bem‑estar social. Utiliza‑se o mercado como instrumento de racionalização de custos e de 
gestão como resposta ao repto neoliberal posto à política social. A forma de arrecadação desses recursos 
é baseada na taxação, ou seja, com impostos.
3) Espanha
O sistema nacional de saúde espanhol também se pauta pelo princípio da universalidade do direito 
à saúde, em que o Estado é o responsável pela garantia do direito à saúde, assim como pela realização 
da gestão e pelo financiamento do sistema de atenção integral à saúde.
Neste sistema ocorre a participação social por intermédio dos Conselhos de Saúde de Área, do 
Conselho de Saúde da Comunidade Autônoma e de um Comitê Consultivo vinculado ao Conselho 
Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde.
Dentre os principais serviços à saúde oferecidos, destacam‑se:
• assistência médica: com coberturas de clínica‑geral, especialidades e emergências, podendo 
ser através de serviços ambulatoriais, de internação em hospitais e até mesmo do atendimento 
e domiciliar.
• assistência farmacêutica: em que as medicações pelos médicos do Sistema são fornecidas gratuitamente.
4) Estados Unidos
Os Estados Unidos estabeleceram barreiras para o acesso gratuito aos serviços de saúde, com 
discriminação positiva para os mais idosos, os menos favorecidos e os inválidos. Para a política pública 
de saúde, eles são considerados como elegíveis ou deserving.
Destacamos as propostas atuais para o sistema de saúde norte‑americano:
• todo cidadão deve possuir cobertura privada de saúde, sob pena de multa, ainda que em 
valores simbólicos;
• pessoas que não tiverem renda suficiente para pagar pelos serviços de saúde poderão receber 
subsídios do governo;
• os jovens (com idade até 26 anos) possuem o direito de permanecerem dependentes do plano de 
saúde contratado pelos pais;
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• os planos de saúde devem oferecer assistência em determinados exames preventivos de 
forma gratuita;
• as companhias não podem negar seus serviços para pessoas que tiverem doenças preexistentes.
A configuração institucional do sistema de saúde americano se divide em setor público e setor privado.
Ressaltemos, primeiramente, o setor público.
Nos programas de natureza médico‑assistencial, o Estado atua fundamentalmente como gestor, 
realizando o financiamento dos serviços. Desse modo, a prestação direta fica nas mãos de uma rede 
de instituições de natureza diversa – pertencentes ao setor privado. Em relação à participação de cada 
esfera de governo na gestão do sistema de saúde, este segue o modelo federativo, de maneira que 
confere a cada Estado o poder de autonomia, ficando a responsabilidade desses governos subnacionais 
à organização do sistema.
Vejamos alguns programas estabelecidos:
Medicare – exclusivo para a utilização dos aposentados, idosos a partir dos 65 anos. Este programa 
médico‑hospitalar é assumido pelo governo federal, e, no que diz respeito à população beneficiária, sua 
regulamentação nacional é uniforme. Nele, os serviços incluídos são prestados fundamentalmente por 
hospitais privados contratados e por organizações do tipo de medicina de grupo.
Medicaid – prestação de atendimento médico exclusivo para a população de baixa renda, de 
responsabilidade estadual. É financiado com recursos fiscais da esfera do governo e também recebe 
transferências específicas federais, em proporção variada de acordo com o nível de pobreza do 
Estado. Os serviços a ele vinculados são mormente prestados por hospitais privados contratados 
pelos governos estaduais.
Agora abordamos o setor privado.
O setor privado é o principal prestador do sistema de saúde norte‑americano, de maneira que até mesmo 
os serviços vinculados a programas estatais, como o Medicare e o Medicaid, são preponderantemente 
feitos por unidades privadas contratadas.
Devido ao alto custo da atenção médico‑hospitalar nos Estados Unidos, a maior parte da sociedade 
tem dificuldades em realizar o pagamento. Assim, cresce a relação usuário‑prestador mediada por um 
terceiro agente, podendo ser o Estado (por meio dos referidos programas) ou até mesmo empresas de 
seguro‑saúde dos mais variados tipos.
Dessa maneira, o segmento privado do setor saúde abrange instituições de natureza diversa, 
organizadas e inter‑relacionadas por meio de enorme multiplicidade de arranjos administrativos 
e financeiros.
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Os extremos da mercantilização dos serviços de saúde revelam‑se na exclusão do acesso pelos mais 
pobres com base na seleção adversa dos menores riscos. O próprio mercado torna‑se responsável pelo 
surgimento de novas questões e problemas, entre os quais a ampliação do gasto e a diminuição do 
controle público ou da atividade regulatória do Estado, que deveria acompanhá‑lo.
5) Alemanha
Grande parte da população dispõe de algum tipo de seguro de saúde. Muitos dos que estão cobertos 
pelo esquema público são filiados de maneira obrigatória, sendo a adesão voluntária para uma menor 
parte da população.
O setor privado é responsável por uma fatia substancial do mercado de seguros de saúde, no qual as 
empresas privadas operam de forma complementar ao sistema estatal, buscando os mesmos objetivos. 
Porém, poucos possuem apenas o plano privado, na forma de um seguro que cobre a remuneração plena 
dos custos de assistência médica.
O seguro privado funciona como um seguro substitutivo, referido a certas faixas de renda mais altas, 
que optam pela livre escolha de médicos e hospitais e com maior valor da cobertura.
Esses seguros privados cobrem os custos de assistência médica e hospitalar nos casos de doença, 
acidente, gravidez e parto.
Em relação ao segmento estatal da saúde, prevalece o sistema de repartição simples, em que os 
custos são rateados entre os contribuintes. A capacidade de cobertura pode ser reduzida, dependendo 
da projeção demográfica associada à composição etária da população – se for feita considerando a 
redução da contribuição dos idosos.
6) França
Na França, cada pessoa tem livre escolha do médico e do hospital. A atenção hospitalar é oferecida por 
organizações lucrativas e não lucrativas nos setores público e privado. Contudo, quando um tratamento 
é necessário, este obrigatoriamente deve ser precedido de uma visita ao clínico‑geral.
Assim como ocorre na Alemanha, as pessoas que se envolvem em programas de gestão da condição 
de saúde e que carecem de atenção por conta de condições crônicas são dispensadas do copagamento 
da consulta médica ou efetuam o pagamento com valor reduzido.
Os sistemas de saúde público e privado não coexistem lado a lado; sua regulação é separada, e seu 
papel é complementar. Desse modo, a participação do setor privado de saúde se encontra limitada à 
suplementação do seguro público, com reembolso pleno dos gastos associados a riscos de incapacidade 
ou invalidez não cobertos pelo sistema público para trabalhadores autônomos, assim como para 
trabalhadores da fronteira ou franceses residentes no exterior.
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Atenção crônica representa aquela dispensada às condições de saúde 
de curso longo ou permanente que exigem respostas e ações contínuas e 
integradas do sistema de atenção à saúde.
7) Argentina
Na Argentina, o sistema de saúde pode ser definido em três características:
• abrangente: em relação a sua cobertura;
• segmentado: de acordo com o número de fundos de financiamento e suas relações 
interinstitucionais;
• caracterizado: elevado estágio de separação entre as funções de financiamento e provisão de serviços.
Segundo a Ripsa (2008), o setor saúde da Argentina estrutura‑se com base em três subsetores principais:
• subsetor público: financiamento e provisão públicas, sendo integrado pelas estruturas 
administrativas provinciais, municipais e nacional (responsáveis pela condução setorial em suas 
respectivas áreas de competências), assim como pela rede pública de prestação de serviços;
• subsetor de seguro social obrigatório: organizado em torno das denominadas obras sociais 
(nacionais e provinciais);
• subsetor privado: integrado por profissionais e estabelecimentos de saúde (hospitais, clínicas, 
laboratórios) que atendem a demandantes individuais, sobretudo os beneficiários das obras sociais, 
o que ocorre por meio de acordos individuais e coletivos, e a entidades de seguro voluntário, 
chamadas empresas de medicina pré‑paga.
8) Uruguai
O Estado estabelece uma cobertura de atenção médica a toda a população como essencial 
componente da seguridade social, o que é feito por meio de organismos públicos e privados.
A divisão da saúde ocorre de duas maneiras: setores público e privado.
A Ripsa (2008) ainda destaca que as instituições no setor público são:
• Ministerio de la Salud Pública (MSP), que fornece seus serviços por intermédio da Administración 
de los Servicios de Salud del Estado (Asse);
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• Banco de Previsión Social (BPS);
• Banco de Seguros del Estado;
• Universidad de la República;
• Ministerios de Defensa Nacional y del Interior, intendências municipais e outras entidades públicas 
e entes autônomos.
O sistema privado é constituído por:
• Instituciones de Assistência Médica Colectiva (Iamc) (organizações de seguro pré‑pago de 
atenção integral);
• empresas que oferecem seguros parciais de saúde;
• Institutos de Medicina Altamente Especializada (Imae), que são empresas públicas ou privadas 
que realizam algum tipo de procedimento estabelecido como de alta tecnologia e/ou alto custo, 
todos pagos por meio do Fundo Nacional de Recursos;
• clínicas privadas e casas de repouso para idosos.
9) Paraguai
O Paraguai possui um sistema de saúde fragmentado que opera por meio do Sistema Nacional de 
Saúde, com o objetivo de prestar serviços à população de maneira igualitária, baseando‑se no conceito 
de atenção integral à saúde.
A organização desse sistema contempla a descentralização dos serviços públicos por níveis de 
complexidade, mediante mecanismos de convênios, contratos e complementação de instituições e recursos, 
assim como a coordenação de planos e programas com os municípios e os governos departamentais.
7.1 Modelo de assistência à saúde no Brasil
No Brasil há diversas formas de organizar os serviços à saúde e atuar neles. Considerado como um 
país federativo, o modelo institucional do SUS foi estruturado em três pilares que sustentam o modelo 
de atenção à saúde:
Rede – é a integração dos serviços interfederativos. Essas redes devem ser regionalizadas, destacando 
o importante papel do Estado em definir as regiões de saúde a partir de aglomerados de municípios 
limítrofes, com características que importem à organização de rede de atenção à saúde.
Regionalização – significa a região de saúde, a qual se fundamenta na capacidade de concentrar num 
aglomerado de territórios municipais contíguos os serviços de saúde capazes de resolver a maior parte 
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das demandas dos usuários. Para ser caracterizada como a detentora da possibilidade de organização de 
rede de atenção à saúde, essa região de saúde deve possuir características culturais, sociais, demográficas 
e viárias.
Hierarquização – representa as ações e os serviços de saúde por níveis de complexidade. O SUS se 
estrutura em níveis de maior ou menor complexidade de ações e serviços de saúde.
A hierarquização pode ser composta por:
• atenção primária: considerada como atenção básica, atua como um filtro inicial, resolvendo a 
maior parte das necessidades de saúde dos usuários, ordenando a demanda por serviços de maior 
complexidade e organizando os fluxos da continuidade da atenção ou do cuidado.
• atenção secundária: formada pelos serviços especializados em nível ambulatorial e hospitalar, 
com densidade tecnológica intermediária entre a atenção primária e a terciária, também encontrada 
na literatura como procedimentos de média complexidade. Compreende serviços médicos 
especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico e atendimento de urgência e emergência.
• atenção terciária: também chamada de atenção de média e alta complexidade. Pode ser 
ambulatorial e hospitalar, capacitada para prestar atendimento aos casos de reabilitação que 
justifiquem uma intervenção mais frequente e intensa. Está relacionada com a densidade 
tecnológica, requerendo tecnologia de alta complexidade e recursos humanos mais 
especializados. O caráter docente e assistencial é importante, pois, dessa maneira, vincula‑se 
aos centros universitários, promovendo, ainda, em conjunto com os demais níveis, a formulação 
de instrumentos de avaliação da eficiência e da eficácia do processo de reabilitação e dos 
impactos na região estudada.
Modelo de atenção 
(SUS) Rede
Hierarquização Regionalização
Figura 28 – Três pilares que sustentam o modelo de atenção à saúde do SUS
No SUS, as práticas realizadas lembram o sanitarismo campanhista (processo de elaboração de normas 
e organizações sanitárias) e, apesar de a atenção primária e de urgência ser prestada majoritariamente 
pelo aparato estatal, os serviços hospitalares e os de maior complexidade são comprados de entidades 
privadas que contam, em sua maioria, com profissionais médicos organizados de forma liberal.
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Gestão de plano de saúde e auditoria hospitalar
 Observação
Sanitarismo campanhista foi o período, na saúde pública no Brasil, 
marcado pelo processo de elaboração de normas e organizações sanitárias 
e de mudança nas práticas dominantes.
Inicia‑se, então, uma política social de caráter redistributivo, que passa a incorporar grande 
parte da população – que antes era excluída pela ausência de contribuição previdenciária. 
Apresenta‑se a universalização como característica, em que o direito social se torna um atributo 
da cidadania.
A atenção primária é um importante componente dos sistemas de saúde, de maneira que pode 
ser definida pelos princípios e diretrizes que os serviços da saúde devem proporcionar. Vejamos 
quais são:
• atenção generalizada, sem restrição a grupos de idade, gênero ou problemas de saúde;
• atenção acessível, podendo ser de maneira integrada e continuada;
• trabalho em equipe;
• atenção centrada na pessoa, e não na enfermidade;
• atenção orientada à família e à comunidade;
• atenção coordenada, incluindo o acompanhamento do usuárionos outros níveis de atenção, bem 
como apoio constante aos usuários nos aspectos relacionados a saúde e bem‑estar.
A partir da atenção primária, pode‑se ressaltar a estratégia do Programa de Saúde da Família (PSF) 
e do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs).
O PSF teve sua implantação iniciada em 1994 e foi um avanço do Pacs. É considerado como alternativa 
para a organização de sistemas de saúde, segundo os princípios do SUS. A estratégia de Saúde da Família 
permite a demarcação de um espaço concreto de atuação da equipe de saúde, tendo o núcleo familiar 
como base e unidade para o desenvolvimento de sua atuação. Dessa maneira, podemos compreender 
a dinâmica da família, suas relações na sociedade, inclusive o modo social de produção, assim como 
avaliar que determinantes sociais contribuem para um melhor ou pior desenvolvimento do processo de 
saúde na comunidade (BRASIL, 2003a).
A equipe de Saúde da Família é composta por um médico generalista ou médico de família, um 
enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e quatro a seis Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
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Essa equipe possui como funções:
• visitas domiciliares;
• ações programáticas e atendimentos no consultório – podendo ser pelo médico e pela enfermeira 
– normatizados pelo Ministério da Saúde.
A unidade de Saúde da Família está inserida na atenção básica, que é centrada na pessoa e na 
família. Está vinculada à rede de serviços, garantindo atenção integral aos indivíduos e às famílias.
O Pacs foi apresentado em 1991, com a finalidade de estender a cobertura de ações a populações 
rurais e de periferias urbanas, voltado especialmente ao público materno‑infantil. Pode ser considerado 
uma proposta assistencial limitada na sua potência, por referência ao conjunto de intervenções de amplo 
alcance que estruturaram o projeto da Reforma Sanitária Brasileira (RSB). O Ministério da Saúde mudou 
a ênfase para o PSF, por agregar novos elementos que pudessem potencializar a proposta reduzida do 
Pacs (MERHY; MALTA; SANTOS, 2004).
O monitoramento da implantação e do funcionamento das equipes de Saúde da Família foi desenvolvido 
pelo Departamento de Atenção Básica (DAB) com o objetivo de verificar as ações para a implantação do 
programa. Foram elaborados relatórios por Estado e discutidos com gestores, que receberam todas as 
informações, incluindo a localização de todos os problemas detectados no nível das equipes (BRASIL, 2003a).
De acordo com Paim (1976):
Apesar da relevância do PSF/Pacs, faltam evidências que apontem tais programas 
como estratégia suficiente para reorientação dos modelos assistenciais 
dominantes. As experiências positivas verificadas em distintos municípios [...] 
estão distantes de alterar o SUS real e de transformar o sistema de saúde brasileiro.
 Saiba mais
Para conhecer mais sobre os modelos assistenciais no Brasil e as 
propostas de modelos alternativos, assista ao vídeo:
BRASIL. Organização Pan‑americana de Saúde. Tapiri Cinematografia: 
Fundação Euclides da Cunha; Ministério da Saúde, 37 minutos, 2006.
 Lembrete
A ANS é a Agência Nacional de Saúde Suplementar, considerada a 
agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde, responsável pelo 
setor de planos de saúde no Brasil.
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Em relação à atuação da ANS, na área econômico‑financeira, a legislação definiu com clareza as 
condições de atuação no mercado por parte das operadoras dos planos privados de assistência à saúde, 
exigindo garantias econômico‑financeiras para o cumprimento dos contratos (BRASIL, 2003a).
Na saúde suplementar, os usuários podem dizer que o formato se aproxima do que vários autores 
têm chamado de modelo liberal privatista. Em relação à cobertura assistencial, esta vale para as doenças 
do Código Internacional de Doenças (CID) e o rol de procedimentos da ANS. Dessa maneira, houve a 
exigência de que todas as operadoras oferecessem produtos de atenção integral à saúde, além de proibir 
qualquer exclusão de patologias constantes do CID, sem limitação de quantidades de procedimentos, 
por exemplo, os limites para internação em UTIs.
Brasil (2003a) ressalta ainda outros avanços no modelo assistencial conquistados pela ANS:
• cobertura mínima obrigatória vinculada a um rol de procedimentos;
• padronização assistencial dos planos (ambulatorial, hospitalar com e sem obstetrícia, 
odontológico e referência);
• comparabilidade por padronização de produtos entre operadoras;
• impedimento da seleção de risco (operadora “escolhendo” usuários “sadios”);
• definição e estabelecimento de regras para doença e lesão preexistente;
• obrigatoriedade da operadora em oferecer o plano‑referência como condição para atuar no mercado;
• proibição da subsegmentação por patologias;
• implementação de sistema de ressarcimento ao SUS.
7.1.1 Modelo de atenção à saúde no Brasil
Podemos definir as condições de saúde como as circunstâncias, na saúde das pessoas, que se 
apresentam de forma mais ou menos persistente e que exigem respostas sociais reativas ou proativas, 
eventuais ou contínuas e fragmentadas ou integradas dos sistemas de atenção à saúde.
Os sistemas de atenção à saúde proporcionam respostas sociais, deliberadamente organizadas, para 
responder às necessidades, demandas e preferências das sociedades. Nesse sentido, eles devem ser 
articulados pelas carências de saúde da população, as quais se expressam, em boa parte, em singulares 
situações demográficas e epidemiológicas.
Atualmente, ocorre uma mudança demográfica, e podemos observar a seguinte situação:
• uma agenda não superada de doenças infecciosas e carenciais;
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• uma carga importante de causas externas;
• uma forte presença hegemônica de condições crônicas.
Por esses motivos, foi preciso restabelecer a coerência entre a situação de saúde e o SUS, o que 
envolve a implantação das redes de atenção à saúde (RAS).
 Saiba mais
Para ter acesso a informações sobre as redes de atenção à saúde, acesse: 
<www.saude.rj.gov.br>.
As RAS são uma nova maneira de organizar o sistema de atenção à saúde em sistemas integrados, 
os quais permitam responder, com efetividade, eficiência, segurança, qualidade e equidade, às condições 
de saúde da população brasileira.
Essas redes proporcionam mudanças no modelo de atenção à saúde no SUS, descrevendo a 
importância e a necessidade de implementar outros modelos de atenção às condições agudas e crônicas, 
baseando‑se no sucesso de instituições em outros países.
O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico, que organiza o funcionamento das redes 
de atenção à saúde, articulando, de forma singular, as relações entre os componentes da rede 
e as intervenções sanitárias, definido por conta da visão prevalecente da saúde, das situações 
demográfica e epidemiológica e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado 
tempo e em particular sociedade.
 Observação
As RAS são arranjos organizacionais de ações e serviços de saúde, que, 
auxiliadas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, vão 
objetivar a garantia de integralidade do cuidado.
De acordo com Mendes (2011), podemos classificar os modelos de atenção à saúde da seguinte forma:
Modelos de atenção às 
condições e aos eventos 
agudos
Modelos de atenção às 
condições crônicas
Figura 29 – Classificação dos modelos de atenção em saúde
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• os modelos de atenção às condições e aos eventos agudos
— Os modelos de atenção às condições agudas auxiliam na organização das respostas dos sistemas 
de atenção à saúde aos eventos agudos, decorrentes de agudizações das condições crônicas.
— Seu objetivo é identificar a gravidade de uma pessoa em situação de urgência ou emergência 
e definir o ponto de atenção adequado para esse caso, considerando‑se, como variável crítica, 
o tempo de atenção necessário pelo risco classificado.
— Com isso, existe a necessidade de adotar um modelo de triagem de risco nas redes de atenção 
às urgências e às emergências. Esses modelos apresentam grande variação, mas têm em comum 
uma triagem de riscos.
• os modelos de atenção às condições crônicas
— Essas situações são aquelas condições de saúde de curso mais ou menos longo ou permanente, 
que exigem respostas e ações contínuas, proativas e integradas do sistema de atenção à saúde, dos 
profissionais de saúde e das pessoas usuárias para o seu controle efetivo, eficiente e com qualidade.
— Incorporados como modelo de abordagem integral em condições crônicas no plano de ações 
estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil 2011‑2022.
É importante ressaltar que o SUS realizou um projeto de grande relevância: o Cartão Nacional de 
Saúde. Também conhecido como cartão do SUS, é um documento pessoal que identifica o usuário 
do SUS reunindo suas informações pessoais e dados sobre procedimentos clínicos já realizados. Além 
da identificação, objetiva acompanhar o conjunto de atendimentos feitos pelo sistema de saúde, 
independentemente dos locais de sua realização.
Desse modo, todas as vezes que ocorre um atendimento em um estabelecimento público de saúde, 
ele é registrado por meio do cartão do paciente no banco de dados do SUS. Então, todos os prontuários 
ficam disponíveis na rede do sistema, e, mesmo que o atendimento seja feito em outras unidades e até 
mesmo em outros Estados, o sistema é atualizado, e o médico tem total acesso ao que já foi feito.
Essa integração do sistema de saúde é muito importante, porque permite a emissão de um histórico 
confiável do paciente, diminuindo a possibilidade de fraudes, pois, quando é feito um atendimento ou 
um pedido de medicamento, deve‑se indicar para quem eles foram destinados.
7.1.2 O financiamento do SUS e a Seguridade Social
Segundo a Constituição Federal de 1988, artigo 194, a Seguridade Social:
Compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes 
públicos e da sociedade, destinados a assegurar os direitos relativos à saúde, 
à previdência e à assistência social.
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Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a 
seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações 
urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – equidade na forma de participação no custeio;
VI – diversidade da base de financiamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante 
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, 
dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (BRASIL, 1988).
Ao criar o conceito de Seguridade Social (saúde, assistência social e previdência social) com o 
objetivo de garantir os princípios fundamentais, sobretudo relativos à cidadania e à dignidade da pessoa 
humana, o legislador determinou que seria constituído pelo SUS, com base em três principais alicerces:
• descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
• atendimento integral, com prioridade para as ações preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
• participação da comunidade.
Saúde
Assistência socialSeguridade social
Previdência social
Figura 30 – Conceito de Seguridade Social
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Assim, além do princípio de universalidade na cobertura, a Saúde se organiza pelo princípio da 
integralidade. Juntos, universalidade e integralidade são princípios organizativos fundamentais para 
compreender o gasto e a necessidade de financiamento do SUS.
A fim de garantir os recursos financeiros para fazer frente às necessidades do SUS, o Governo arrecada 
impostos e contribuições destinadas à Seguridade Social. Dessa maneira, os recursos das contribuições 
para essa esfera só podem ser usados em despesas próprias, conforme preceitua a Constituição. Já os 
impostos podem ser empregados nas outras despesas que o Governo faz, bem como para completar o 
financiamento da Seguridade Social.
O financiamento do SUS é feito pelas três esferas de governo (federal, estadual e municipal), 
conforme determina a Constituição, que estabelece as fontes de receita para custear as despesas com 
ações e serviços públicos de saúde. Em seu artigo 195, estipula as contribuições sociais que são fontes 
de receita para o financiamento da Seguridade Social:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma 
da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, 
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não 
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo 
regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Além das contribuições sociais, arrecadadas pelo Governo Federal, outros tributos e transferências 
constitucionais e legais constituem fontes de financiamento do SUS:
No caso dos estados, os tributos são: Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação 
(ITCD), Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores 
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(IPVA) e Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). As transferências constitucionais e legais são: 
cota‑parte do Fundo de Participação do Estado (FPE) e cota‑parte do Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI‑Exportação).
Para os municípios, os tributos são: Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre 
Transmissão de Bens Intervivos (ITBI), Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), Imposto de 
Renda Retido na Fonte (IRRF) e Imposto Territorial Rural (ITR). As transferências constitucionais e legais 
são: cota‑parte do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), cota‑parte do Imposto sobre o ITR, 
cota‑parte do IPVA, cota‑parte do ICMSe cota‑parte do IPI.
Para o Distrito Federal, as fontes de financiamento do SUS são os tributos e transferências 
constitucionais e legais de competência tributária municipal e estadual.
7.2 A reforma do Estado e o processo de reforma dos sistemas de saúde
De acordo com Paim e Teixeira (2007), o projeto da RSB, ao postular a garantia do direito à saúde 
como componente da cidadania, indicava um conjunto de mudanças no Estado, na sociedade e na 
cultura, visando à melhoria da situação de saúde e das condições de vida da população.
Em 1986 ocorreu a VIII Conferência Nacional de Saúde, com a participação de diversos setores da 
sociedade, e houve um consenso em relação à saúde no Brasil.
Concluiu‑se que uma reorganização administrativa e financeira no setor da saúde brasileira não 
era suficiente, e que deveria haver uma mudança em todo o setor, de maneira que contemplasse a 
ampliação do conceito de saúde segundo os preceitos da reforma sanitária.
O relatório produzido na Conferência de 1986 foi utilizado como referência para a elaboração da 
Constituição de 1988.
A CF impôs ao Estado o dever de se organizar, de maneira a desenvolver e executar políticas 
públicas, mas também se preparar para proteger esses novos direitos. Por parte do Estado, há uma 
oferta de uma política pública de saúde, ou seja, o sistema sanitário. Além disso, concede a estrutura 
e os instrumentos para que direitos possam ser exigidos em relação à sua efetivação (sistema de 
justiça). Nesse ponto, ambos são ofertas do Estado ao cidadão e buscam o desenvolvimento e a 
garantia dos novos direitos.
O sistema de justiça e o sistema sanitário possuem históricos e linguagens diferentes, ocorrendo 
algumas dificuldades na comunicação.
Em relação às mudanças, foi defendido o princípio de que a saúde era um direito de todos e um dever 
do Estado. Então, foi proposta a instalação de um sistema único de saúde, que deveria ser democrático 
e descentralizado, com responsabilidades estabelecidas para as três esferas de governo.
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 Lembrete
A Constituição de 1988 é a Carta Magna da República Federativa do 
Brasil, considerada a mais completa entre as constituições brasileiras, em 
especial quanto aos elementos que garantem o acesso à cidadania.
Quando falamos de representação política dos gestores do SUS, precisamos destacar que essas 
entidades têm tido papel importante nos fóruns de negociação e deliberação do SUS.
Segundo Andrade, Pontes e Martins Junior (2000), no início da década de 1990, o processo de 
regulamentação do SUS passa a contar com os secretários municipais de saúde, liderados pelo Conselho 
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), e com os secretários estaduais de saúde, 
liderados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
O Conasems é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, criada com o objetivo de 
representar as secretarias municipais de saúde. Tem como eixo de ação
o fortalecimento e a autonomia da gestão municipal, promovendo e 
incentivando o desenvolvimento de políticas públicas que valorizem as 
experiências de saúde, com caráter intersetorial, que promova equidade e 
participação social (BRASIL, 2007).
As competências do Conasems são:
• promover e consolidar um novo modelo de gestão pública de saúde, alicerçado nos conceitos de 
descentralização e municipalização;
• propor fórmulas de gestão democrática para a saúde, auxiliando municípios na criação de 
estratégias voltadas ao aperfeiçoamento dos seus sistemas de saúde, primando pelo intercâmbio 
de informações e pela cooperação técnica.
Em relação ao Conass, destacamos os seguintes aspectos:
• é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, que se pauta pelos princípios que regem o 
direito público e que congrega os secretários da saúde, dos Estados e do Distrito Federal;
• constitui um organismo da direção do SUS, com mandato para representar politicamente os 
interesses comuns das secretarias de saúde dos Estados e do Distrito Federal perante as demais 
esferas de governo e outros parceiros em relação às estratégias comuns de ação entre os gestores 
estaduais de saúde;
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• atua como órgão permanente de intercâmbio de experiências e informações de seus membros 
e é voltado para a implementação dos princípios e das diretrizes constitucionais e da legislação 
complementar em saúde e para o desenvolvimento das ações e dos serviços de saúde;
• sua missão é promover o pleno exercício das responsabilidades das secretarias de saúde dos Estados 
na política de saúde junto aos órgãos setoriais federais e municipais, aos poderes Legislativo e 
Judiciário, além de outras entidades da sociedade civil;
• a cada quatro anos, prepara‑se para acolher os novos gestores estaduais da saúde no Brasil em 
conjunto com aqueles que iniciam um segundo período de gestão – decorrente da reeleição 
dos governadores.
Como o SUS possui o dever de cuidar da vida e da saúde das pessoas, há a necessidade de protegê‑lo 
da descontinuidade administrativa e de intercorrências desastrosas da gestão, haja vista estarem em 
jogo a vida e a saúde das pessoas. Dessa maneira, é relevante investigar e debater novos formatos 
institucionais que possibilitem ao SUS cumprir o seu dever e alcançar o que foi objetivado pela RSB. 
A “Reforma do Estado” empreendida na década de 1990 para torná‑lo “gerencial”, regulador, fora da 
produção econômica e da prestação de serviços, é distinta de uma Reforma Democrática do Estado para 
torná‑lo efetivamente público. Esta passa pela radicalização da democracia e da RSB, pela implantação 
da Seguridade Social e do desenvolvimento do SUS, e pela formulação e condução de políticas 
contra‑hegemônicas (PAIM, TEIXEIRA, 2007).
No setor da saúde, é importante destacar que o Brasil viveu um dos mais ricos processos de 
descentralização do setor da saúde, reconhecendo‑se a necessidade de aprimoramento em algumas 
áreas e de criação de uma agenda que contemplasse essa discussão. Estruturou‑se no Brasil um SUS, 
fundado nos princípios da solidariedade e da justiça social (ANDRADE, PONTES, MARTINS JUNIOR, 2000).
8 GESTãO DA ASSISTÊNCIA ODONTOLóGICA
A odontologia vem ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional. Isso ocorre devido ao 
reconhecimento e à importância da saúde bucal na saúde geral dos indivíduos, que está diretamente 
relacionada às condições de alimentação, moradia, trabalho, renda, meio ambiente, transporte, lazer, 
liberdade, acesso aos serviços de saúde e informação.
Na saúde suplementar, o modelo de atenção em saúde bucal caracteriza‑se pelo enfoque curativo 
do processo saúde‑doença, desconsiderando seus determinantes sociais e ambientais, hábitos e estilo 
de vida dos indivíduos, valorizando apenas as questões biológicas.
Durante anos, a odontologia esteve à margem das políticas públicas de saúde. O acesso dos brasileiros 
à saúde bucal era extremamente difícil e limitado. Essa demora na procura do atendimento, aliada aos 
poucos serviços odontológicos oferecidos, faziam que o principal tratamento oferecido pela rede pública 
fosse a extração dentária, perpetuando a visão da odontologia mutiladora e do cirurgião‑dentista com 
atuação apenas clínica.
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Para mudar esse quadro, em 2003 o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Saúde 
Bucal – Programa Brasil Sorridente. Esteprojeto constitui‑se em uma série de medidas que almejam 
garantir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros, fundamental para 
a saúde geral e qualidade de vida da população. Seu principal objetivo é a reorganização da prática 
e a qualificação das ações e dos serviços oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde bucal 
voltada para os cidadãos de todas as idades, com ampliação do acesso ao tratamento odontológico 
gratuito para os brasileiros, por meio do SUS. Isso ocorre especialmente com a implantação de Centros 
de Especialidades Odontológicas (CEO), os Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPDs) e a 
viabilização da adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público.
Programa Brasil 
Sorridente
CEOs
LRPDs
Figura 31 – Meios de ação do Programa Brasil Sorridente
De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), o Programa Brasil Sorridente, instituído 
em 2004, coordenado pelo Ministério da Saúde, é o maior de assistência odontológica pública e gratuita 
do mundo. Desde sua implantação, aumentou em 15 vezes a quantidade de atendimentos – de 10 
milhões para 150 milhões de consultas por ano. A cobertura populacional do programa também cresceu 
substancialmente (400%) – de 18,2 milhões para 92 milhões de pessoas beneficiadas atualmente.
Inserido na política de saúde bucal do SUS, o Brasil Sorridente inovou com medidas de promoção, 
prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros. Após sua criação, foram inaugurados:
• CEOs: nessas unidades, os pacientes são indicados pela UBS para fazer os tratamentos dentro 
das especialidade, e são oferecidos tratamentos endodônticos, atendimento a pacientes com 
necessidades especiais, cirurgia oral menor, periodontia e exames para detectar câncer bucal, 
entre outros serviços;
• LRPDs: realizam‑se diversos tipos de próteses dentais nesses estabelecimentos.
No planejamento dos programas de promoção da saúde bucal, sugere‑se uma abordagem que 
enfatize o controle efetivo da placa bacteriana, principal fator etiológico da cárie e da doença 
periodontal. Destaca‑se a importância de identificar precocemente fatores de risco e alterações 
em tecidos moles e mucosas; também se deve possibilitar o acompanhamento sistemático do 
usuário por meio de retornos programados, conforme a presença de fatores de risco e a atividade 
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das doenças bucais; é preciso, ainda, promover o desenvolvimento da autonomia do usuário para 
o autocuidado.
Em diretrizes da política nacional de saúde bucal, o Ministério da Saúde destaca o seguinte:
5.1 Ações de Promoção e Proteção de Saúde – esse grupo de ações pode 
ser desenvolvido pelo sistema de saúde, articulado com outras instituições 
governamentais, empresas, associações comunitárias e com a população 
e seus órgãos de representação. Tais ações visam à redução de fatores de 
risco, que constituem ameaça à saúde das pessoas, podendo provocar‑lhes 
incapacidades e doenças. Neste grupo situam‑se, também, a identificação 
e difusão de informações sobre os fatores de proteção à saúde. Esse grupo 
compreende um elenco bastante vasto e diversificado de ações de natureza 
eminentemente educativo‑preventiva (BRASIL, 2004).
Quando falamos em odontologia e saúde em geral, é importante ressaltar que os principais agravos 
em saúde bucal são: cárie dentária, doença periodontal e câncer de boca.
De acordo com Baratieri et al. (1989), a cárie dentária é uma doença infectocontagiosa que resulta 
na perda localizada de minerais dos dentes afetados e é causada por ácidos orgânicos provenientes do 
metabolismo microbiano a partir dos carboidratos da dieta.
O flúor pode atuar como agente preventivo da doença, em adição ao controle dietético e dos fatores de 
risco e à remoção do biofilme dentário, o que promove um equilíbrio do processo de des/remineralização 
dentária, também atuando como agente terapêutico, estimulando a remineralização das manchas brancas 
ativas e evitando a formação de cavidades.
É de extrema importância que haja integração dos programas de promoção da saúde bucal com 
iniciativas que abordem a prevenção das doenças cardiovasculares e do diabetes, bem como a promoção 
da saúde da criança, do adolescente e do idoso.
Na doença periodontal, dentre os fatores etiológicos mais comuns, podemos considerar o fumo, o 
estresse, a depressão, a higiene bucal inadequada, hábitos culturais e estilo de vida, condições econômicas e 
sociais e dificuldade de acesso aos serviços de saúde. A doença periodontal é apontada como a sexta maior 
complicação do diabetes mellitus. Complicações respiratórias e cardiovasculares, bem como a ocorrência 
de partos prematuros e bebês de baixo peso ao nascer, também estão associadas à inflamação periodontal.
O câncer de boca representa uma causa importante de morbimortalidade, por isso vale ressaltar que 
é uma doença que pode ser prevenida de forma relativamente simples, o que é feito por meio de ações 
que visem à promoção da saúde e ao controle dos fatores de risco, do acesso aos serviços de saúde e do 
diagnóstico precoce.
Em relação aos planos privados, a ANS tem estimulado as operadoras de planos privados de saúde a 
repensarem o processo de trabalho no cuidado e a organização dos serviços, com o intuito de contribuir 
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Gestão de plano de saúde e auditoria hospitalar
para mudanças que possibilitem inverter o modelo assistencial hegemônico no setor para um modelo 
de atenção integral, em que haja incorporação progressiva de tecnologias leves e ações de promoção da 
saúde e prevenção de doenças.
De acordo com a Resolução Normativa nº 338, de 21 de outubro de 2013, a ANS:
Atualiza o rol de procedimentos e eventos em saúde, que constitui a 
referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados 
de assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999; fixa as 
diretrizes de atenção à saúde; revoga as Resoluções Normativas – RN nº 211, 
de 11 de janeiro de 2010, RN nº 262, de 1º de agosto de 2011, RN nº 281, de 
19 de dezembro de 2011 e a RN nº 325, de 18 de abril de 2013; e dá outras 
providências (BRASIL, 2014).
Na sua subseção V, cita sobre o plano odontológico:
Art. 23. O plano odontológico compreende a cobertura de todos os 
procedimentos listados no Anexo I desta Resolução Normativa para a 
segmentação odontológica.
§ 1º Os procedimentos bucomaxilofaciais que necessitarem de internação 
hospitalar não estão cobertos pelos planos odontológicos, porém têm 
cobertura obrigatória no plano de segmentação hospitalar e plano‑referência.
§ 2° Nas situações em que, por imperativo clínico, o atendimento 
odontológico necessite de suporte hospitalar para a sua realização, apenas 
os materiais odontológicos e honorários referentes aos procedimentos 
listados no Anexo I para a segmentação odontológica deverão ser cobertos 
pelos planos odontológicos.
§ 3° É obrigatória a cobertura dos atendimentos caracterizados como 
urgência e emergência, conforme normas específicas vigentes sobre o tema.
Muitas empresas particulares estão oferecendo aos trabalhadores o benefício da odontologia 
assistencial. Essa ação é feita por meio de serviços contratados ou conveniados para atendimento clínico 
do trabalhador e de seus dependentes, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e assim diminuir 
o absenteísmo (a falta do trabalhador no emprego).
 Observação
As doenças bucais como a cárie e a periodontite podem provocar o 
absenteísmo, o que afasta o trabalhador da empresa.
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Unidade IV
A assistência odontológica pode ser realizada por meio de serviços próprios (instalados nas empresas) 
ou de forma terceirizada, por instituições de odontologia de grupo ou cooperativas, como um diferencial 
a ser oferecido aos seus funcionários para atendimento curativo e sem nenhum vínculo com o Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), e, ainda, por meio de 
reembolso do pagamento pelo tratamento realizado.
Qualquer que seja a opção da organização, os benefícios relatados vão desde a redução do 
absenteísmo, melhoria das condições de saúde e trabalho, aumento da satisfação e, consequentemente, 
da produtividade, até a mudança da percepção da empresa por parte do empregado. Outra vantagem 
adicional é que o benefício é dedutível do imposto de renda.
De acordo com Lido e Queluz (2010), a assistência odontológica para os funcionários é uma realidade 
nas instituições de médio e grande porte. No Brasil, esse benefício não é obrigatório, ficando a cargo da 
empresa decidir por sua implantação ou não. Programas de atenção à saúde bucal para essa população 
devem ser cada vez mais incentivados e desenvolvidos, tendo como base o conhecimento epidemiológico, 
uma vez que há muitos exemplos de programas bem‑sucedidos implantados em empresas e capazes 
de promover a redução da incidência de doenças e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.
Concluindo nossa análise, podemos dizer que a assistência odontológica no Brasil pode ser realizada 
pelo SUS, por meio de planos de saúde privados e, ainda, com tratamentos particulares de clinicas 
privadas ou de profissionais autônomos.
 Resumo
Nesta unidade abordamos os modelos internacionais de assistência à 
saúde. Vimos que cada modelo representa um tipo de assistência à saúde 
em determinados países, de acordo com sua política e população.
Em relação ao modelo de assistência à saúde no Brasil, há inúmeras 
maneiras de organizar os serviços à saúde e atuar neles. O modelo 
institucional do SUS foi organizado em três pilares que sustentam o 
modelo de atenção à saúde: rede, regionalização e hierarquização (primária, 
secundária e terciária).
Em meio às formas de ação do SUS, destaca‑se o Programa de Saúde da 
Família (PSF), que nasceu como alternativa para a organização de sistemas 
de saúde segundo os princípios do SUS.
Para restabelecer a coerência entre a situação de saúde e o SUS, 
tiveram de ser implantadas as redes de atenção à saúde (RASs). Estas redes 
organizam o sistema de atenção à saúde em sistemas integrados que 
permitam responder, com efetividade, eficiência, segurança, qualidade e 
equidade, às condições de saúde da população brasileira.
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Gestão de plano de saúde e auditoria hospitalar
Os modelos de atenção à saúde são classificados em modelos de atenção às 
condições e aos eventos agudos; e modelos de atenção às condições crônicas.
Também comentamos nesta unidade o Financiamento do SUS e a 
Seguridade Social. A Seguridade Social compreende um conjunto integrado 
de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinados a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Foi então criado o conceito de Seguridade Social – saúde, assistência social 
e previdência social –, com a finalidade de garantir os princípios fundamentais, 
sobretudo, os relativos à cidadania e à dignidade da pessoa humana.
De maneira a garantir os recursos financeiros para fazer frente às 
necessidades do SUS, o Governo arrecada impostos e contribuições 
destinadas à Seguridade Social.
O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é feito pelas três 
esferas de governo (federal, estadual e municipal), que estabelece as fontes 
de receita para custear as despesas com ações e serviços públicos de saúde.
Como o SUS possui o dever de cuidar da vida e da saúde das pessoas, 
há a necessidade de protegê‑lo da descontinuidade administrativa e de 
intercorrências desastrosas da gestão, pois a vida e a saúde das pessoas estão 
em jogo. Dessa maneira, estabelece como importante destacar, investigar e 
debater novos formatos institucionais que possibilitem ao SUS cumprir o seu 
dever e alcançar o que foi objetivado pela Reforma Sanitária Brasileira.
O último tópico desta unidade destacou a gestão da assistência odontológica, 
ressaltando a importância da criação do Programa Brasil Sorridente. Este tem 
como principal objetivo a reorganização da prática e a qualificação das ações 
e dos serviços oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde bucal voltada 
para os cidadãos de todas as idades, com ampliação do acesso ao tratamento 
odontológico gratuito pelos brasileiros por meio SUS.
Em relação aos planos privados, vimos que a ANS tem estimulado as 
operadoras de planos privados de saúde a repensarem o processo de trabalho 
no cuidado e a organização dos serviços, visando contribuir para mudanças 
que possibilitem inverter o modelo assistencial hegemônico no setor para 
um modelo de atenção integral, em que haja incorporação progressiva de 
tecnologias leves e ações de promoção da saúde e prevenção de doenças. 
Vimos que há muitas empresas particulares que oferecem aos trabalhadores 
o benefício da odontologia assistencial, o que é feito por meio de serviços 
contratados ou conveniados para atendimento clínico do trabalhador e de 
seus dependentes.
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Unidade IV
 Exercícios
Questão 1. Na maioria das farmácias, observa‑se que cerca de 20% da quantidade de itens 
cadastrados corresponde a aproximadamente 80% do valor financeiro dos estoques, enquanto 80% 
dos itens cadastrados restantes vão representar apenas 20% do valor do inventário total. Em síntese, 
um número relativamente pequeno de itens vai ser responsável por grande participação no custo ou no 
valor dos estoques.
Para gestores de varejo, é importante classificar, por meio da curva ABC, os itens que serão 
comercializados.
PORQUE
Os itens de categoria A devem receber uma forma de controle menos rígida dos estoques, e os itens 
B e C devem receber um controle mais rígido.
Considerando‑se essas afirmativas, assinale a alternativa correta:
A) A primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
B) A primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
C) As duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
D) As duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
E) As duas são falsas.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A primeira afirmativa é verdadeira, visto que classificar produtos pelo método ABC é fundamental 
para estabelecer um controle adequado da entrada e saída de itens de estoque, da alocação, da 
armazenagem, das compras e da movimentação de mercadorias. Em empresas de varejo, o critério ABC de 
classificação de estoque é ainda mais importante, tendo em vista o volume de produtos movimentados 
e a representatividade dos custos com armazenagem, transporte e distribuição.
A segunda afirmativa é falsa, uma vez que o critério considera os itens A como os de maior relevância, 
os produtos B como de valor intermediário e os artigos C como menos importantes em comparação aos 
demais itens.
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Gestão de plano de saúde e auditoria hospitalar
Questão 2. Analise a figura a seguir:
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2
3
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2
Oferta ≤ 2.500
Demanda = 1.000
Demanda = 1.500
Demanda = 500
R$5,00/t
R$ 5,00/t
R$ 4,00/t
R$ 3,0
0/t
Fábricas
Depósitos
R$
 4,0
0/t
R$ 6,00/t
Oferta ≤ 1.000
A Cia. de Material Hospital (CMH) possui duas fábricas que abastecem três depósitos. As fábricas 
têm um nível máximo de produção baseado nas suas dimensões e nas safras previstas. Os custos em 
R$/t estão anotados em cada rota (ligação entre unidades e depósitos). José de Almeida, estudante de 
Administração, foi contratado pelo departamento de logística com a finalidade de atender à demanda 
dos depósitos sem exceder a capacidade das fábricas, minimizando o custo total do transporte.
Em sua decisão, José considerou as seguintes situações:
I – As 1.000 unidades devem ser transportadas da fábrica 2 para o depósito 1. A demanda restante 
deve ser suprida a partir da fábrica 1.
II – As 2.500 unidades devem ser transportadas da fábrica 1 para os depósitos 1 e 2. A demanda 
restante deve ser suprida a partir da fábrica 2.
III – As 1.000 unidades devem ser transportadas da fábrica 2 para o depósito 2. A demanda restante 
deve ser suprida pela fábrica 1.
Assinale a alternativa que destaca apenas a(s) situação(ões) que apresenta(m) o menor custo.
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e III.
E) II e III.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 11
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS). Espaço da operadora: taxa de saúde 
suplementar por beneficiário. Rio de Janeiro, [s.d.]. Disponível em: <http://ans.gov.br/
planos‑de‑saude‑e‑operadoras/espaco‑da‑operadora?catid=1514&id=1514:taxa‑de‑saude 
‑suplementar‑por‑beneficiario>. Acesso em: 4 dez. 2015.
Figura 12
___. Caderno de Informação da Saúde Suplementar: beneficiários, operadoras e planos. Rio de Janeiro, 
2014. p. 34. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Perfil_
setor/Caderno_informacao_saude_suplementar/2014_mes12_caderno_informacao.pdf>. Acesso em: 
6 dez. 2015.
Figura 13
___. Caderno de Informação da Saúde Suplementar: beneficiários, operadoras e planos. Rio de Janeiro, 
2014. p. 10. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Perfil_
setor/Caderno_informacao_saude_suplementar/2014_mes12_caderno_informacao.pdf>. Acesso em: 
7 dez. 2015.
Figura 14
___. Espaço da operadora: informação em saúde. Rio de Janeiro, [s.d.]. Disponível em: <http://www.
ans.gov.br/planos‑de‑saude‑e‑operadoras/espaco‑da‑operadora/compromissos‑e‑interacoes‑com‑ans/
programas‑ans/promoprev‑programa‑de‑promocao‑da‑saude‑e‑prevencao‑de‑riscos‑e‑doencas/
como‑criar‑um‑programa/informacao‑em‑saude>. Acesso em: 4 dez. 2015.
Figura 17
___. Espaço da operadora: passo a passo. Rio de Janeiro, [s.d.]. Disponível em: <http://www.ans.
gov.br/planos‑de‑saude‑e‑operadoras/espaco‑da‑operadora/compromissos‑e‑interacoes‑com‑ans/
programas‑ans/promoprev‑programa‑de‑promocao‑da‑saude‑e‑prevencao‑de‑riscos‑e‑doencas 
/como‑criar‑um‑programa/informacao‑em‑saude>. Acesso em: 6 dez. 2015.
REFERÊNCIAS
Audiovisuais
BRASIL. Organização Pan‑americana de Saúde. Tapiri Cinematografia: Fundação Euclides da Cunha; 
Ministério da Saúde, 37 minutos, 2006.
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Textuais
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS). Caderno de Informação da Saúde Suplementar: 
beneficiários, operadoras e planos. Rio de Janeiro, 2014a. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/
images/stories/Materiais_para_pesquisa/Perfil_setor/Caderno_informacao_saude_suplementar/2014_
mes12_caderno_informacao.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2015.
___. Resolução Normativa nº 338, de 21 de outubro de 2013 e anexos. Rol de procedimentos 
e eventos em saúde, 2014. Rio de Janeiro, 2014b. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/
images/stories/Materiais_para_pesquisa/Materiais_por_assunto/ProdEditorialANS_Rol_de_
Procedimentos_e_eventos_em_saude_2014.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2015.
ANDRADE, L. O. M.; PONTES, R. J. S; MARTINS JUNIOR, T. A. Descentralização no marco da 
Reforma Sanitária no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, v. 8, n. 1‑2, 
p. 85‑91, ago. 2000. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid
=S1020‑49892000000700026>. Acesso em: 4 dez. 2015.
ARANTES, L. L. Um estudo sobre parâmetros para a oferta de serviços de saúde: dimensionamento nos 
planos de assistência à saúde. 2004. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Fundação Oswaldo 
Cruz, Rio de Janeiro, 2004. Disponível em: <http://arca.icict.fiocruz.br/handle/icict/4723>. Acesso em: 
3 dez. 2015.
BARATIERI, L. N. et al. Dentística: procedimentos preventivos e restauradores. Rio de Janeiro: 
Quintessence, 1989.
BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995a.
___. Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Assistência de média e alta complexidade 
no SUS. Brasília, 2007. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_progestores_
livro9.pdf>. Acesso em: 4 dez. 2015.
___. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para entender a gestão do SUS. Brasília, 2003a. Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2015.
___. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 4 dez. 2015.
___. Decreto nº 1.651, de 28 de setembro de 1995. Regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria 
no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília, 1995b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto/1995/d1651.htm>. Acesso em: 14 jan. 2016.
___. Decreto nº 5.839, de 11 de julho de 2006. Dispõe sobre a organização, as atribuições e o processo 
eleitoral do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e dá outras providências. Brasília, 2006a. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004‑2006/2006/Decreto/D5839.htm>. Acesso em: 3 dez. 2015.
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___. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras 
providências. Brasília, 1990a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm>. 
Acesso em: 15 jan. 2016.
___. Lei nº 8.689, de 27 de junho de 1993. Dispõe sobre a extinção do Instituto Nacional de Assistência 
Médica da Previdência Social (Inamps) e dá outras providências. Brasília, 1993b. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8689.htm>. Acesso em: 14 jan. 2016.
___. Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998. Dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações 
sociais, a criação do Programa Nacional de Publicização, a extinção dos órgãos e entidades que 
menciona e a absorção de suas atividades por organizações sociais, e dá outras providências. Brasília, 
1998a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9637.htm>. Acesso em: 18 jan. 
2016.
___. Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003. Dispõe sobre a organização da Presidência da República e 
dos Ministérios, e dá outras providências. Brasília, 2003b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/2003/L10.683compilado.htm>. Acesso em: 14 jan. 2016.
___. Lei nº 13.003, de 24 de junho de 2014. Altera a Lei no 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe 
sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, com a redação dada pela Medida Provisória 
no 2.177‑44, de 24 de agosto de 2001, para tornar obrigatória a existência de contratos escritos entre 
as operadoras e seus prestadores de serviços. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
Ato2011‑2014/2014/Lei/L13003.htm>.Acesso em: 14 jan. 2016.
___. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção 
e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras 
providências. Brasília, 1990b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm>. 
Acesso em: 9 dez. 2015.
___. Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui 
Plano de Custeio e dá outras providências. Brasília, 1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L8212orig.htm> Acesso em: 7 dez. 2015.
___. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui 
normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Brasília, 1993a. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm>. Acesso em: 8 dez. 2015.
___. Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998. Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à 
saúde. Brasília, 1998b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9656.htm>. Acesso 
em: 7 dez. 2015.
___. Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000. Cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS e dá 
outras providências. Brasília, 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9961.
htm>. Acesso em: 5 dez. 2015.
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___. Medida Provisória nº 2.177‑44, de 24 de agosto de 2001. Altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 
1998, que dispõe sobre os planos privados de assistência à saúde e dá outras providências. Brasília, 
2001. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2013/prt0256_11_03_2013.html>. 
Acesso em: 4 dez. 2015.
___. Ministério da Saúde. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios Brasília, 2009.
___. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Diretrizes da política nacional de saúde bucal. Brasília, 2004. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_brasil_sorridente.htm>. 
Acesso em: 19 jan. 2016.
___. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Sistema Nacional de 
Auditoria. Auditoria do SUS: orientações básicas. Brasília, 2011a. Disponível em: <http://sna.saude.gov.
br/download/LivroAuditoriaSUS_14x21cm.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2015.
___. Portaria nº 373, de 27 de fevereiro de 2002. Norma Operacional da Assistência à Saúde/SUS 
– NOAS‑SUS nº 01/02. Brasília, 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2002/prt0373_27_02_2002.html>. Acesso em: 18 jan. 2016.
___. Resolução Normativa nº 124, de 30 de março de 2006. Dispõe sobre a aplicação de penalidades 
para as infrações à legislação dos planos privados de assistência à saúde. Brasília, 2006b. Disponível 
em: <http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/320110414170556.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2015.
___. Resolução Normativa nº 259, de 17 de junho de 2011. Dispõe sobre a garantia de atendimento 
dos beneficiários de plano privado de assistência à saúde e altera a Instrução Normativa (IN) nº 23, de 
1º de dezembro de 2009, da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos (Dipro). Brasília, 2001b. 
Disponível em: <http://www.ans.gov.br/index2.php?option=com_legislacao&view=legislacao&task=Te
xtoLei&format=raw&id=1758>. Acesso em: 5 dez. 2015.
___. Secretaria da Receita Federal. Instrução Normativa SRF nº 162, de 31 de dezembro de 1998. Fixa 
prazo de vida útil e taxa de depreciação dos bens que relaciona. Brasília, 1998. Disponível em: <https://
www.legisweb.com.br/legislacao/?id=74421>. Acesso em: 18 jan. 2016.
___. Secretaria da Receita Federal. Instrução Normativa SRF nº 130, de 10 de novembro de 1999. 
Altera o Anexo I da Instrução Normativa nº 162, de 31 de dezembro de 1998. Brasília, 1999. Disponível 
em: <http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:ministerio.fazenda;secretaria.receita.federal:instrucao.
normativa:1999‑11‑10;130>. Acesso em: 18 jan. 2016.
BUSS, P. M.; LABRA, M. E. Sistemas de saúde: continuidades e mudanças. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995.
CALEMAN, G.; MOREIRA, M. L.; SANCHEZ, M. C. Auditoria, controle e programação de serviços de 
saúde. São Paulo: Fundação Petrópolis, 1998.
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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução nº 750, de 29 de dezembro de 1993. Dispõe sobre 
os Princípios de Contabilidade (PC). Brasília, 1993.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1.614, 8 de fevereiro de 2001. Brasília, 2001. 
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FERREIRA, R. A. O valor da saúde bucal nas empresas. Rev APCD, São Paulo, v. 49, n. 2, p. 96‑107, 1995.
KURCGANT, P. Administração em enfermagem. São Paulo: EPU, 1991.
LIDO, Y. J. V. L.; QUELUZ, D. P. Análise da assistência odontológica prestada por empresas da região 
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LAURENTI, R. et al. Estatísticas de saúde. 2. ed. São Paulo: Pedagógica e Universitária, 1987.
MAINZ, J. Defining indicators. Buenos Aires, 2001. [Palestra realizada no 4th Isqua Indicators Meeting 
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MALIK, A. M.; SCHIESARI, L. M. C. Qualidade na gestão local de serviços e ações de saúde. São Paulo: 
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MATTFELDT, R. K. A taxa de saúde suplementar e sua compatibilidade com o Sistema Tributário 
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Acesso em: 7 dez. 2015.
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MELO, M. B.; VAITSMAN, J. Auditoria e avaliação no Sistema Único de Saúde. São Paulo em Perspectiva, 
São Paulo, v. 22, n. 1, p. 152‑64, jan./jun. 2008. Disponível em: <http://www.esp.mg.gov.br/
wp‑content/uploads/2009/04/Artigo‑Auditoria1.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2015.
MENDES E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan‑Americana da Saúde, 2011.
___. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da 
estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan‑Americana da Saúde, 2012.
MERHY, E. E.; MALTA, D. C.; SANTOS, F. P. Desafios para os gestores do SUS hoje: compreender os 
modelos de assistência à saúde no âmbito da Reforma Sanitária Brasileira e a potência transformadora 
da gestão. Recife: UFPE, p. 45‑76, 2004. Disponível em: <http://www.uff.br/saudecoletiva/professores/