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Prof. Msc. Paula F. O. Santos Leis - 8080 e 8142 - SUS SUS - Definição O Sistema Único de Saúde é constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde prestado por órgãos e instituições público federais, estaduais e municipais e, complementarmente por iniciativa privada que se vincule ao sistema. (Ministério da Saúde, 1998.) É formado por várias instituições dos três níveis de governo (União, Estados e Municípios) e pelo setor privado contratado e conveniado, usando as mesmas normas do serviço público, “como se fosse um único corpo”. SISTEMA ÚNICO Tem a mesma doutrina e a mesma filosofia de atuação em todo o território nacional e é organizado de acordo com a mesma sistemática. Características Principais Atender a todos; Atuar de maneira integral; Ser descentralizado; Ser racional; Ser eficaz e eficiente; Ser democrático; Assistência a saúde era prestado por curandeiros, caridades e indígenas. A saúde começa a ser efetivada com a criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), e após a unificação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) que deu origem ao Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) . 1977- Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) - beneficiava apenas os trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, aqui começa a participação do estado. . 8º Conferência Nacional de Saúde realizado em março de 1986: - 1º Conferência Nacional de Saúde aberto para sociedade. - Resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) – convênio entre o INAMPS e os governos estaduais. - Formou bases para Seção da Saúde da reforma sanitária e para Constituição Brasileira de 5 de outubro de 1988. COMO SURGIU O SUS?? 1988 - Constituição Federal – Artigo 196 “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” Constituição Federal de 1988 Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. Aspectos Legais Constituição Federal; Lei 8.080/90; (Lei Orgânica da Saúde) Lei 8.142/90; (Participação da comunidade e financiamento) Norma Operacional Básica (NOB) SUS 01/93 e 01/96; (Municipalização) Normas Operacionais de Atenção à Saúde (NOAS) 01/01 e /02; (Regionalização) Objetivos do SUS – Definidos na lei 8.080 Organização e Gestão; As competências e atribuições das 3 esferas de governo; Funcionamento e participação complementar do setor Privado; Lei n.8080 de 1990***** Institui o Sistema Único de Saúde; Define a organização, a direção e a gestão do SUS; Competências e as atribuições das três esferas de governo; Participação complementar dos serviços privados de assistência à saúde; Recursos financeiros, gestão financeira, planejamento e orçamento Lei n.8080 de 1990 Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; Lei n.8080 de 1990 V - Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; VI - Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; VII - Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; Lei n.8080 de 1990 Competência da União: Coordenar ações de vigilância epidemiológica, sanitária, alimentação e nutrição; Formular políticas sanitárias e de meio ambiente; Elaborar o planejamento estratégico nacional e coordenar a avaliação financeira em cooperação com estados, municípios e Distrito Federal; Competência do Estado: Promover a descentralização para os municípios por meio da organização de uma rede regionalizada e hierarquizada; Prestar apoio técnico e financeiro aos municípios; Identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional; Divulgar os indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da UF. Lei n.8080 de 1990 Competência do município: Gerir, planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e serviços de saúde; Executar serviços de vigilância epidemiológica, sanitária, alimentação e nutrição; Formar consórcios administrativos intermunicipais; Celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde Política de Recursos Humanos; Recursos financeiros, planejamento e orçamentos Lei 8.142; Define a Participação Social; Transferências intergovernamentais de recursos de financiamento A “Lei Orgânica da Saúde” é formada pelas Leis 8.080 e 8.142; Objetivos do SUS – Definidos na lei 8.080 Lei 8.142 de 1990 Cria as seguintes instâncias colegiadas: Conferência de Saúde que reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes; Conselho de Saúde composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. Lei 8.142 de 1990 Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como: I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde; IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde. Lei 8.142 de 1990 Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990. § 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. § 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei. NOB SUS 01/93 e 01/96 Institucionalizou as ComissõesIntergestoras Tripartite (Ministerio da Saude, Conselho Nacional de Saude – CONASS e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saude – CONASEMS) e Bipartite (Secretaria Estadual de Saude e Secretaria Municipal de Saude): sistema decisório compartilhado pelas diferentes instâncias federativas; Classifica os municípios nas seguintes condições: incipiente, parcial, plena e semiplena; Cria a transferências automática “fundo a fundo” do teto global da assistência para municípios em gestão semiplena. CIB e CIT A CIT (Tripartide) é a Instância de articulação e pactuação na esfera federal que atua na direção nacional do SUS, integrada por gestores do SUS das três esferas de governo - União, estados, DF e municípios. Tem composição paritária formada por 15 membros, sendo cinco indicados pelo Ministério da Saúde (MS), cinco pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e cinco pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). A representação de estados e municípios nessa Comissão é regional, sendo um representante para cada uma das cinco regiões no País. Nesse espaço, as decisões são tomadas por consenso e não por votação. A Comissão Intergestores Bipartite - CIB é uma instância colegiada de decisão do Sistema Único de Saúde - SUS estadual, integrada paritariamente pela Secretaria Estadual de Saúde e por representantes dos Secretários Municipais de Saúde do Estado ou DF. Objetivam orientar, regulamentar e avaliar os aspectos operacionais do processo de descentralização das ações de saúde. NOAS 01/01 e 01/02 Estabelecer o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior eqüidade. Constituição de redes funcionais de serviços de saúde, de forma regionalizada, buscando superar a visão autárquica da municipalização da saúde, ampliando as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica Lei n. 8142 de 28/12/90 - ASPECTOS LEGAIS A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos, com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde; O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. Princípios do SUS Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, investir mais onde a carência é maior. Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Descentralização e Comando Único: descentralização de poder e de responsabilidades entre as esferas de governo. É sinônimo de municipalização. Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em uma área geográfica por níveis de complexidade crescente. Participação Popular: por meio dos Conselhos e Conferências de Saúde , com o objetivo de formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde. CARTA DE DIREITOS DOS USUÁRIOS DA SAÚDE Carta baseia-se em seis princípios básicos de cidadania. Juntos eles asseguram ao cidadão o direito básico ao ingresso digno nos sistemas de saúde, sejam eles públicos ou privados. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação. Carta dos direitos dos Usuários da Saúde Princípios desta carta: Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos. Carta dos direitos dos Usuários da Saúde Princípios desta carta O sistema público de saúde é para todos, desde a gestação e por toda a vida a atenção integral à saude é um direito! Descentralizado, municipalizado e participativo com 100 mil conselheiros de saúde. E NOS DIAS DE HOJE Promoção, proteção, recuperação e reabilitação; Saúde é qualidade de vida; 152 milhões de pessoas têm no SUS o seu único acesso aos serviços de saúde. E NOS DIAS DE HOJE. ? Niveis de atenção a saúde 1-5% - Condições altamente complexas; 20-30% - Prevenção e detecção precoce; 70-80% - Promoção e proteção da saúde. Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família foram criados pelo Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil; Configuram-se como equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada com as equipes de Saúde da Família (ESF). NASF NASF A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do SUS; Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional. E NOS DIAS DE HOJE? 20% Privado 80% Público Os serviços de atendimento hospitalar público contam com mais de 6.528 hospitais credenciados (públicos, privados e filantrópicos) e 38 mil Unidades Básicas de Saúde. Criada a partir de setor específico do Ministério da Saúde, coube à ANS cumprir a Lei nº 9.656, editada em junho de 1998. A Agência nasceu pela Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000. HUMANIZA SUS - PNH Política Nacional de Humanização; Existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS; A PNH deve estar presente e inserida em todas as políticas e programas do SUS. HUMANIZA SUS - PNH Os resultados que a PNH busca são: Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação de acesso; Atendimento acolhedor e resolutivo; Garantia dos direitos dos usuários; Valorização do trabalho na saúde; Gestão participativa nos serviços. Redes de atenção a saúde RAS RAS As Redes de Atenção à Saúde (RAS) organizam-se por meio de pontos de atenção à saúde, ou seja, locais onde são ofertados serviços de saúde que determinam a estruturação dos pontos de atenção secundária e terciária. Nas RAS o centro de comunicação é a Atenção Primária à Saúde (APS), sendo esta ordenadora do cuidado. A estrutura operacional das RAS expressa alguns componentes principais: Centro de Comunicação (Atenção Primária à Saúde); Pontos de Atenção (secundária e terciária); Sistemas de Apoio (diagnóstico e terapêutico, de assistência farmacêutica, de teleassistência e de informação em saúde); Sistemas logísticos (registro eletrônico em saúde, prontuário clínico, sistemas de acesso regulado à atenção e sistemas de transporte em saúde); Sistema de Governança (da rede de atenção à saúde). O Ministério da Saúde, por meio da Portaria no 4.279/10, estabelece diretrizes para a organização das Redes de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Rede Cegonha, estabelecida por meio da Portaria no 1.459/11; Rede de Urgência e Emergência (RUE), estabelecida pela Portaria GM/MS no 1.600/11; Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), estabelecida pela Portaria GM/MS no 3.088/11, para as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas; Rede de Cuidados à Pessoacom Deficiências (Viver Sem Limites), estabelecida pela Portaria GM/MS no 793/12; Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, pela Portaria GM/MS no 438/14. Cria-se uma logica das organizações de redes de atenção a saúde – atendimento de forma eficaz – Regulamentacao da saúde e ênfase nas redes de atenção – Decreto 7.508/11 Inicio de tudo – 1920 – REINO UNIDO após 1 Guerra Mundial - Organizacao Ampliada para atendimento de forma eficaz. EUA – 1990 – retoma a discussão – devido a fragmentação do sistema de saúde. America Latina – em desenvolvimento. Atencao Primaria FORTE, RESOLUTIVA E COORDENADORA de cuidados dos usuários – mais efetivo, menos custo e e mais satisfatório a população e mais equanime mesmo com tantas diferenças e adversidades sociais. Infeccoes, desnutrição, problemas de saúde reprodutiva, doenças crônicas e seus fatores de risco – tabagismo, obesidade, estresse, alimentação inadequada. Situacao de Saude FRAGMENTADA X Situacao de saúde não FRAGMENTADA REDES DE ATENCAO A SAUDE (RAS) – organizando o sistema de atendimento deste usuário – atendimento com resposta efetiva, eficiente, segura, com equidade e qualidade. Consolida os princípios do SUS: UNIVERSALIDADE, INTEGRALIDADE E EQUIDADE. ESTRUTURA DAS REDES CARACTERISTICAS DIFERENCIAIS DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS E DAS RAS CARACTERÍSTICAS SISTEMA FRAGMENTADO REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE Forma de organização Hierarquia Poliarquia Coordenação da atenção Inexistente Feita pela APS Comunicação entre os componentes Inexistente Feita por sistemas logísticos eficazes Foco Nas condições agudas por meio de unidades de pronto atendimento Nas condições agudas e crônicas por meio de uma RAS Objetivos Objetivos parciais de diferentes serviços e resultados não medidos Objetivos de melhoria da saúde de uma população com resultados clínicos e econômicos medidos População Voltado para indivíduos isolados Voltado para uma população adscrita estratificada por subpopulações de risco e sob responsabilidade da RAS Sujeito Paciente que recebe prescrições dos profissionais de saúde Agente corresponsável pela própria saúde A forma da ação do sistema Reativa e episódica, acionada pela demanda das pessoas usuárias Proativa e contínua, baseada em plano de cuidados de cada pessoa usuária, realizado conjuntamente pelos profissionais e pela pessoa usuária e com busca ativa Ênfase das intervenções Curativas e reabilitadoras sobre condições estabelecidas Promocionais, preventivas, curativas, cuidadoras, reabilitadoras ou paliativas, atuando sobre determinantes sociais da saúde intermediários e proximais e sobre as condições de saúde estabelecidas Modelo de atenção à saúde Fragmentado por ponto de atenção à saúde, sem estratificação de riscos e voltado para as condições de saúde estabelecidas Integrado, com estratificação dos riscos, e voltado para os determinantes sociais da saúde intermediários e proximais e sobre as condições de saúde estabelecidas REDE DE SERVICO DE SAUDE ORGANIZACAO DA OFERTA DE SERVICO ORGANIZADOS EM SISTEMA DE REDE Conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que permitem ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde – prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa, de forma humanizada e com equidade – com responsabilidades sanitária e econômica e gerando valor para a população. RESULTADO: CLINICOS, FINANCEIROS E SANITARIOS RELATIVOS A ESSA POPULACAO. PORTARIA GM/MS: 4.279/2010 FORMAR RELACOES HORIZONTAIS ENTRE OS DIFERENTES PONTOS DE ATENCAO: espaços em que são ofertados alguns serviços de saúde, sendo todos igualmente importantes para o cumprimento dos objetivos da rede de atenção, ou seja, os e centro de especialidades são igualmente importantes pois ambos cumprem papeis específicos. ATENCAO PRIMARIA/BASICA COMO COORDENADORA DAS ACOES: conjunto de ações em saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde; a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde e –EMBORA PRECONIZE UMA RELACAO HORIZONTA E NÃO HIERARQUICA, NÃO SIGNIFICA QUE UM DELES NÃO DEVA SER PRIORIZADO - CONSIDERANDO INVESTIMENTO E ALOCACAO DE RECURSOS. LOGICA DO SUS EM REDES DE ATENCAO A PARTIR DA ATENCAO BASICA (AB) ser a principal porta de entrada do usuário no sistema de saúde; de ser responsável por coor- denar o caminhar dos usuários pelos outros pontos de atenção da rede, quando suas necessidades de saúde não puderem ser atendidas somente por ações e serviços da APS; e de manter o vínculo com estes usuários, dando continuidade à atenção (ações de promoção da saúde, prevenção de agravos, entre outros), mesmo que estejam sendo cuidados também em outros pontos de atenção da rede. Essa posição estratégica da APS no fluxo da atenção à saúde do usuário tem por objetivo potencializar a garantia da integralidade, continuidade, eficiência e eficácia do sistema de saúde LOGICA DO SUS EM REDES DE ATENCAO A PARTIR DA ATENCAO BASICA (AB) PLANEJAR E ORGANIZAR AS ACOES SEGUNDO AS NECESSIDADES DE SAUDE DE UMA POPULACAO ESPECIFICA: basear-se no diagnóstico da população adscrita à equipe de saúde, considerando fatores e determinantes da saúde desta população. ATENCAO FRAGMENTADA X CONDICOES AGUDAS. PORTARIA GM/MS: 4.279/2010 OFERTAR ATENCAO CONTINUA E INTEGRAL: serviços e sistemas integrados que poderão ser capazes de dar atenção integral aos usuários na medida em que, conseguindo solucionar aproximadamente 80% dos problemas de saúde que são demandados pela APS, os outros 20% dos casos seguem um fluxo cuja densidade tecnológica do tratamento aumenta a cada nível de atenção que se sucede. CUIDADO MULTIPROFISSIONAL: diferentes olhares profissionais para devido manejo. COMPARTILHAR OBJETIVOS E COMPROMISSOS COM OS RESULTADOS EM TERMOS SANITARIOS E ECONOMICOS: contemplando objetivos sanitários (como o aumento do aleitamento materno na região adscrita, maior e melhor atendimento à população, entre outros) e objetivos econômicos (como melhor alocação dos recursos humanos, tecnológicos e financeiros), de modo a gerar o melhor custo-benefício para a população atendida. PORTARIA GM/MS: 4.279/2010 ECOMONIA DE ESCALA - custos médios de longo prazo diminuem, à medida que aumenta o volume das atividades, e os custos fixos são distribuídos por um maior número dessas atividades. Assim, a concentração de serviços em determinado local racionaliza os custos e otimiza resultados quando os insumos tecnológicos ou humanos relativos a esses serviços inviabilizam sua instalação em cada município isoladamente. EX: HOSPITAIS REGIONAIS EM MUNICIPIO DE MAIOR PORTE E QUE ATENDA UM CONJUNTO DE PEQUENOS MUNICIPIOS. - SUFICIENCIA E QUALIDADE - prestação dos serviços de saúde, em quantidade e qualidade mínimas, e se referem tanto aos processos como aos resultados. O objetivo é proporcionar o adequado manejo das condições de saúde identificadas em nível local - ACESSO - ausência de barreiras no momento em que o usuário ‘entra’ no sistema e quando se faz necessária a continuidade da atenção. As barreiras podem englobar várias dimensões, como acessibilidade geográfica, disponibilidade de serviços e/ou profissionais, grau de acolhimento e vínculo, condição socioeconômica do usuário. - DISPONIBILIDADE DE RECURSOS - recursos físicos, financeiros, humanos e tecnológicos; quanto mais escasso o recurso, mais ele deve ser concentrado; quanto mais disponível, mais deve ser disperso na Rede de Atenção à Saúde. INTEGRACAO VERTICAL – articulação e coordenação de diferentes organizações de saúde responsáveis por ações de natureza diferenciada(primária, secundária ou terciária). O objetivo é agregar valor aos serviços, ou seja, tornar o serviço integrado e integral do ponto de vista da atenção e das tecnologias disponíveis, concretizando um dos objetivos centrais do SUS. É a articulação de serviços de diferentes níveis de atenção, de qualquer ente federativo (municipal, estadual e federal), com fins lucrativos ou não, por meio de gestão única. INTEGRACAO HORIZONTAL – unção de unidades e serviços de saúde da mesma natureza, no intuito de agregar serviços em uma mesma cadeia produtiva para obter ganhos de escala por meio de fusão ou aliança estratégica. PROCESSO DE SUBSTITUICAO - reagrupamento contínuo de recursos entre e dentro dos serviços de saúde, para que estes possam gerar melhores resultados sanitários e econômicos, considerando aspectos relativos tanto às equipes quanto aos processos de atenção à saúde, por meio de substituição, reorganização ou aprimoramento REGIAO DE SAUDE OU ABRANGENCIA – área geográfica de abrangência para a cobertura de uma determinada RAS. São normalmente denominados distritos, territórios ou regiões sanitárias (bairros, regiões, cidades e ainda macrorregionais, microrregionais, municipais ou microárea). Para delimitação desses territórios, pode ser considerado exclusivamente o critério geográfico, ou agregar a ele aspectos socioculturais ou epidemiológicos. NIVEIS DE ATENCAO - arranjos produtivos conformados segundo as densidades tecnológicas singulares, variando do nível de menor densidade (APS), ao de densidade tecnológica intermediária (atenção secundária à saúde), até o de maior densidade tecnológica (atenção terciária à saúde). São fundamentais para o uso racional de recursos e economia de escala AINDA SOBRE A PORTARIA 4.279 E SEUS ATRIBUTOS ESSENCIAIS População e territórios definidos. Extensa gama de estabelecimentos de saúde Prestando diferentes serviços. APS como primeiro nível de atenção. Serviços especializados. Mecanismos de coordenação, continuidade do cuidado e assistência integral fornecidos de forma continuada. Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e nas comunidades, levando em consideração as particularidades de cada um. Integração entre os diferentes entes federativos a fim de atingir um propósito comum. Ampla participação social. Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, clínico e logístico. Recursos suficientes. Sistema de informação integrado. Ação intersetorial. Financiamento tripartite. Gestão baseada em resultados ELEMENTOS CONTITUTIVOS DA REDE POPULACAO ESTRUTURA OPERACIONAL SISTEMA DE APOIO SISTEMAS LOGISTICOS SISTEMA DE GOVERNANCA SISTEMA DE APOIO SISTEMAS DE APOIOS DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO SISTEMA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE Diagnóstico por imagem Medicina nuclear Eletrofisiologia Endoscopias Hemodinâmica Patologia clínica Medicação (seleção, programação, aquisição, armazenamento e distribuição). Ações assistenciais Farmácia clínica Farmacovigilância Mortalidade (SIM) Nascidos vivos (Sinasc) Agravos de notificação compulsória (Sinan) Informações ambulatoriais do SUS (SIA SUS) Informações hospitalares do SUS (SIH SUS) Atenção básica (SIAB) SISTEMA LOGISTICO E SISTEMA DE GOVERNANCA Os sistemas logísticos são: identificação do usuário por meio do Cartão Nacional do SUS; prontuário clínico; sistema de acesso regulado à atenção e sistemas de transporte. Sistema de governança: arranjo organizativo que permite a gestão de todos os componentes das redes de atenção à saúde. A governança das Redes de Atenção à Saúde, no SUS, deve ser feita pelas Comissões Intergestores; Comissões Intergestores Tripartite, no âmbito federal; Comissões Intergestores Bipartite, no âmbito estadual e nas regiões de saúde, Comissões Intergestores Regionais. RAS, SISTEMA LOGISTICO E SISTEMA DE GOVERNANCA CONDICOES AGUDAS X CONDICOES CRONICAS identificar, no menor tempo possível, com base em sinais de alerta, a gravidade de uma pessoa em situação de urgência ou emergência e definir o ponto de atenção adequado para aquela situação, considerando-se, como variável crítica, o tempo de atenção requerido pelo risco classificado. Isso implica adotar um modelo de triagem de risco nas redes de atenção às urgências e às emergências. Os modelos de atenção à saúde voltados para as condições crônicas são construídos a partir de um modelo seminal, o modelo de atenção crônica. Dele derivam várias adaptações, aplicadas em diferentes partes do mundo, que serão tratadas como os modelos derivados do modelo de atenção crônica. Portarias e Redes Temáticas Portaria Rede Temática Portaria GM/MS nº 1459, de 24 de junho de 2011 (BRASIL, 2011c) Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) a Rede Cegonha. Portaria GM/MS nº 1600, de 7 de junho de 2011 (BRASIL, 2011d) Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). Portaria GM/MS nº 3088, de 23 de dezembro de 2011 (BRASIL, 2011e) Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do SUS. Portaria GM/MS nº 793, de 24 de abril de 2012 (BRASIL, 2012) Institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS. Portaria GM/MS nº 483, de 1º de abril de 2014 (BRASIL, 2014) Redefine a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece diretrizes para a organização das suas linhas de cuidado. REGULAMENTACAO DA SAUDE E A ENFASE NAS REDES DE ATENCAO DECRETO 7.508/11 A Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. Essa lei regula em todo o território nacional as ações e os serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado. A Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde, entre outras providências. Também instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde em cada esfera de governo. O Decreto no 7.508, de 28 de julho de 2011, que regulamenta a Lei no 8.080/90, define que o acesso à saúde no Brasil é universal, igualitário e, ordenado às ações e serviços de saúde, se inicia pelas portas de entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada COM ISSO... I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária. II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e dos grupos sociais. III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários por meio de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando-as em relação aos outros pontos de atenção, contribuindo paraque a programação dos serviços de saúde parta das necessi- dades de saúde dos usuários (BRASIL, 2011a). DISPOSITIVOS CONTEÚDOS Ambiência Adequar o ambiente à cultura local, respeitando a privacidade e promovendo a ambiência acolhedora e confortável. Acolhimento Oferecer acolhimento com resolutividade, sem preconceitos (racial, sexual, religioso, de origem, entre outros). Clínica ampliada - prontuário transdisciplinar Participação efetiva do sujeito e de seu coletivo no processo e produção da saúde, bem como da equipe multiprofissional. Direitos e deveres dos usuários Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde. Grupo de trabalho de humanização Constitui-se por pessoas interessadas em discutir os serviços prestados, a dinâmica das equipes de trabalho, as relações entre usuários e profissionais. Gestão e formação no processo de trabalho Compreender situações no cotidiano dos processos de trabalho para propor ações de mudança. Equipe de referência e apoio matricial Todo usuário saberá quem são os profissionais envolvidos nas ações voltadas para promoção da sua saúde, com suporte de outras equipes profissionais, quando necessário. Obrigada.