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1. Princípios gerais 1.1 Efeitos adversos: § Hipersensibilidade( reações excessivas, indesejáveis)_ Reações de hipersensibilidade ou imunidade aos antimicrobianos ou aos seus metabólitos ocorrem com frequência; - Penicilina: apesar de sua toxicidade microbiana seletiva, podem causar graves problemas de hipersensibilidade, variando de urticária até choque anafilático( mediadas por imunoglobulina IgE) - Pacientes com histórico de Síndrome de Stevens Johnson( SSJ) ou Necrose epidermal tóxica a um antimicrobiano nunca devem ser reexpostos, nem mesmo para a dessensibilização ao antimicrobiano. - São reações de natureza imunológica, não ligadas à dose administrada, ocorrendo em pessoas com passado individual ou familiar de alergias a drogas, e surgem após exposição anterior ao antimicrobiano ou a substâncias que tenham determinantes antigênico comuns. - Podem manifestar-se por quadros benignos, como exantema maculo- papular, urticária, eritema polimorfo, eritema nodoso, rinite, eosinofilia, febre, fotossensibilizacao , edema de Quincke, reação tipo doença do soro, icterícia colestática. - Podem ocorrer sob a forma de quadros graves, com risco de vida do paciente, como choque anafilático, dermatite esfoliativa, hemólise, síndrome de Stevens-Johnson, discrasias sanguíneas, edema de glote, vasculites, nefrite intersticial. Assim como danos funcionais, cegueira e surdez( Gerado raramente pela Ampicilina ). - Reações dependentes da deposição e complexos antígeno-anticorpo: § ligação de anticorpos antipenicilínicos da classe IgG às células sanguíneas, resultando em anemia hemolítica, leucopenia e trombocitopenia. § as reações do tipo tardio, mediadas por linfócitos e manifestadas por exantema maculopapular ou petequial, dermatite esfoliativa, eritema nodoso, dermatite de contato, febre, síndrome de Stevens-Johnson e o fenômeno LE. § reações podem ocorrer de modo indistinto entre os antibióticos, não sendo suficientemente esclarecido o seu mecanismo imunológico. Enquadram-se neste caso a hepatite e a nefrite intersticial por drogas, bem como a aplasia medular, observada raramente com o Cloranfenicol. -As reações de hipersensibilidade aos antibióticos regridem, em geral, com a retirada da droga. Entretanto, podem ser encontradas sequelas. -Com exceção da penicilina G, os efeitos colaterais de natureza alérgica não podem ser evitados pelas provas cutâneas de sensibilidade, as quais, com frequência, apresentam resultados falso-positivos e falso-negativos. Somente para a alergia à penicilina G existe a indicação para testes de sensibilidade. § Toxicidade direta_ Níveis séricos elevados de certos antimicrobianos podem causar toxicidade por afetar diretamente processos celulares dos hospedeiros; - Aminoglicosídeos: podem causar ototoxicidade, interferindo com as funções de membrana das células ciliadas auditivas. - SISTEMA NERVOSO § Manifestações tóxicas exteriorizam-se por cefaleia, convulsões , alucinações, delírios, agitação, desorientaçao, confusão mental, mioclonia e coma. § Ciclosserina em tuberculose, ocorrem essas manifestações menos frequentes. Entretanto, Fluoroquinolonas ocorrem não raramente em idosos e em uso prolongado. § Penicilina G e Estreptomicina ( por IV) em altas doses, ocasiona alteração da consciência ou do comportamento. § Aminoglicosídeos, polimixinas e a minociclina: ocasiona ação tóxico do SNP manifestada por neurites, e o VIII par são os mais acometidos, situando-se lesão na cóclea e no sistema vestibular. Gerando também surdez e alterações no equilíbrio. Também, podem causar neurites em nervos espinhais, manifestadas por parestesia periféricas, ataxia, parestesia ao redor da boca, dor e diminuição da força e tônus muscular. § Cloranfenicol e a estreptomicina: Raramente gera neurite óptica, resultando em cegueira § aminoglicosídeos e polimixinas: bloqueia a transmissão neuromuscular, seja por interferirem na liberação da acetilcolina, seja por bloquearem os locais de ligação da acetilcolina em seu receptor no nível da placa mioneural. § tetraciclinas, lincomicina e clindamicina: podem causar depressão respiratória pós- operatória e causar ou agravar uma síndrome de miastenia grave. São drogas contraindicadas em pacientes com miastenia grave, e seu uso durante o ato cirúrgico exige cuidados do anestesista no pós-operatório, uma vez que potencializam o efeito dos curares. - RENAL § aminoglicosídeos, polimixinas, cefaloridina, bacitracina, tirotricina e vancomicina: Nefrotóxico por causarem necrose tubular(se manifesta por elevação da taxa sanguínea de ureia e creatina, oligúria e insuficiência renal grave.) § bacitracina e a neomicina: nefrotoxicidade é reversível com a sus- pensão da droga, mas pode ser tão intensa com certos antibióticos que impede seu uso sistêmica. § Nefrotoxicidade é agravada pela presença de doenças renais e pelo uso de medicamentos associadas de drogas nefrotóxicas. § tetraciclinas deterioradas( data de validade vencida ): causa de intoxicação renal, manifestada por quadro semelhante à síndrome de Fanconi (vômitos, proteinúria, glicosúria, acidose) devido à lesão tubular e glomerular. § Penicilinas: nefrite intersticial deve à hipersensibilidade e manifesta-se por febre, dor abdominal, eosinofilia, hematúria, piúria, albinúria e oligúria, em geral reversível. - FÍGADO § tetraciclinas, rifamicinas, pirazinamida, isoniazida, cloranfenicol, lincomicina, clindamicina, sulfonamidas, cetoconazol e outros azóis antifúngicos e griseofulvina: Hepatotoxicidade ( aumento de transaminases séricas e alterações de outras provas de função hepática, icterícia, vômitos e sinais decorrentes de necrose aguda do fígado). § Tetraciclina (uso prolongado e acima de 2g diárias) e rifampicina : Insuficiência hepática. § estolato de eritromicina: pode provocar icterícia colestática. § penicilinas semissintéticas, clavulanato e sulfonamidas: Raramente pode provocar hepatite colestática § ceftriaxona: pode depositar-se na bile sob a forma de um sal de cálcio (ceftriaxonato de cálcio) e causar cólica biliar, sem maior gravidade. § Cloranfenicol: pode causar problema ligado à imaturidade da função hepática é a síndrome cinzenta(é metabolizado no fígado pela glucoroniltransferase; em um recém-nascido essa enzima é deficiente, não metabolizando o antibiótico, e assim sofrerá acúmulo, indo intoxicar o centro respiratório e provocar arritmia respiratória, distensão abdominal, hipotonia e cianose). - SISTEMA HEMATOPOÉTICO § Gera discasias sanguíneas: anemia, leucopenia, plaquetopenia, agranulocitose. § Devem-se muitas vezes a fenômenos de hipersensibilidade: Penicilinas( anemia hemolítica ) , ou (a uma idiossincrasia individual, como a aplasia medular ) cloranfenicol. § efeitos hematológicos sabiamente tóxicos (ligados à dose e ao tempo de uso), os mais importantes são a hemólise: tirotricina( em uso sistemático), anfotericina B( anemia), carbenicilina ( defeito funcional das plaquetas), cloranfenicol ( agranulocitose, fenômeno tóxico observado em todos pacientes que recebem do- ses elevadas da droga, resultante da inibição da síntese proteica mitocondrial e consequente lesão mitocondrial e inibição medular, reversível com a suspensão do medicamento.), deriva- dos sulfamídicos e a zidovudina( anemia e leucopenia). § primaquina, sulfamidas, sulfonas e nitrofurantoína: Homens com deficiência em glicose-6-fosfato desidrogenase podem apresentar anemia hemolítica. - CORAÇÃO § anfotericina B, antimoniais, arsenicais: miocardiotoxicidade, manifestada por arritmia e insuficiência cardíaca. § Lincomicina e a clindamicina: adm IV em efusão rápida, podem causar hipotensão e arritmias. § Pentamicina: adm IV, podem causar hipotensão arterial § Eritromicina e outros macrolídeos e fluoroquinolonas: torsade de pointes(taquiarritmia ventricular, prolongamento do espaço Q-T, síncope). § Tirotricina : Altamente miocardiotóxico, por isso não usado de forma sistêmica. - TGI § eritromicina, amoxicilina com clavulanato, te- traciclinas, drogas antirretrovirais (ritonavir, efavirenz e outras): diarreia, dor abdominal, vômitos e náuseas. São decorrentes de ação irritante das drogas ou de modificações da microbiota intestinal. § neomicina, a lincomicina e a clindamicina: ocasionar lesão tóxica direta da mucosa intestinal, gerando uma síndrome de má absorção, a primeira, ou de colite pseudomembranosa, as duas últimas. O quadro clínico resultante é o de uma diarreia grave, devendo-se suspender, de imediato, a administração das drogas e, se necessário, instalar hidratação por via parenteral. A colite pseudomembranosa é mais relacionada à ação da toxina produzida pelo Clostridium difficile, resistente às drogas e sele- cionado pelo seu uso. § zalcitabina, lamivudina, didanosina, tetraciclinas, sulfonamidas e metronidazol: raramente pancreatite tóxico § Super infecção e dano colateral _ O tratamento, particularmente com antimicrobianos de amplo espectro ou com associação de fármacos, podem levar a alterações da microflora bacteriana normal, do trato respiratório superior, oral, intestinal e geniturinário, permitindo a proliferação de microorganismo oportunistas( fungos e bactérias resistentes). Assim, exige tratamento secundário usando fármacos anti-infeccioso específicos. § alta resistência das bactérias ao cloranfenicol e às fluoroquinolonas : dano colateral ecológico exercido pelo indiscriminado e maciço uso de antimicrobianos. § A superinfecção pode surgir com o uso oral ou parenteral dos antibióticos, mas é mais frequente quando se empregam associações de antibióticos ou os antibióticos de “largo espectro”. Manifesta-se, principalmente, por quadros de enterocolites, infecções dermatológicas, sepse, pneumonias e outras. § melhor maneira de evitar o surgimento de superinfecção grave por microrganismos multirresistentes é a utilização de um anti- biótico específico para a infecção em causa e o bom acompanhamento clínico, evitando-se o prolongamento desnecessário da terapêutica. § Irritativo_ § Gastrointestinal : adm VO podem causar efeitos irritativo na mucosa digestiva, manifestando-se com dor abdominal, sensação de queimação gástrica, náuseas e vômitos. .Eritromicina , penicilina V, tetraciclina, lincomicona, espiramicina, ampicilina e cloranfenicol. Podem, ainda, ser diminuídos pela administração junto a alimentos ou leite, devendo-se verificar, entretanto, se essa prática não causa redução na absorção do medicamento. § Musculares: adm IM podem causar dor e endurecimento no local da aplicação principalmente com a penicilinaG benzatina, polimixinas e cefalotina. Entretanto, fenômenos dolorosos podem ser minimizados pela adição, na fórmula comercial, de anestésicos locais, como é o caso da apresentação intramuscular e ertapeném e ceftriaxona, que contém lidocaína. v nistatina, anfotericina B e vancomicina : causar necrose e abscessos frios no local da injeção, motivo pelo qual não são utilizados por via IM. § Venoso: adm IV causam dor e flebite devido ao efeito cáustico sobre o endotélio. anfotericina B, vancomicina, penicilina G cristalina e outras penicilinas. Para evitar tais efeitos, recomenda-se a injeção venosa lenta desses antimicrobianos diluídos em solução glicosado • Interação com outros medicamentos _ O uso de antibióticos junto a outros medicamentos pode resultar em interferência na atividade das drogas, aumentando ou diminuindo sua eficácia ou, ainda, determinando ou agravando efeitos adversos ao hospedeiro. § Aminoglicosídeos + ácido etacrínico = ototoxicidade aumentada § Aminoglicosídeos + polimixinas = nefrotoxicidade § Tetraciclinas + clorpropamida = hepatotoxicidade § Cloranfenicol + tolbutamida = hipoglicemia por aumentar a concentração desse medicamento ao competir em seu me- tabolismo hepático. § Rivampicina + Anticoncepcional = diminui o efeito do anti § Cloranfenicol aumenta a concentração sérica dos cumarínicos, causando sangramento. • Outros efeitos_ § administração intravenosa rápida de alguns antibióticos pode causar a liberação de histamina por mastócitos e basófilos, ocor- rendo a elevação plasmática dessa substância e causando a conhecida síndrome do homem vermelho (ou do pescoço vermelho). -> infusão intravenosa rápida da vancomicina, mas é também descrita com a teicoplanina, ciprofloxacino e anfotericina B.( Miscelânea-) § Os acidentes vasculares são devidos à injeção acidental de produtos insolúveis em veias ou artérias, podendo conduzir à embolia pulmonar e à obstrução arterial, com lesões isquêmicas da região irrigada pelo vaso.-> injeção IM de penicilina-procaína ou benzatina, sem os cuidados devidos para verificar se a agulha penetrou ou não em um vaso. Acidentes por injeção podem ocorrer, também, pela picada ou irritação química em nervos. § tipo Herxheimer - tratamento da sífilis e, menos frequentemente, da febre tifoide e de outras infecções, resultante da destruição maciça de germes pelo antibiótico com consequente liberação dos antígenos e toxinas presentes no corpo bacteriano. Manifesta-se por febre, erupções, mal-estar, em geral sem maior gravidade. Ocasionalmente, pode ocorrer choque endotóxico. 1.2 Mecanismo de ação e relacionar com a possibilidade de maior ou menor de toxidade • Bactericida, morte da bactéria • Bacteriostático, interrupção do seu crescimento e reprodução • SÍNTESE DA PAREDE CELULAR § O peptidoglicano é o constituinte fundamental da estrutura da parede celular das bactérias. Os açúcares aminados que o compõem, a N-acetilglucosamina e o ácido N-acetilmurâmico, dispõem-se de forma alternada, formando longas cadeias que são ligadas por cadeias peptídicas que se entrecruzam. São estas pontes cruzadas que asseguram a rigidez da parede celular. § PBP DA PAREDE CELULAR-> inibição das transpeptidases § penicilinas, cefalosporinas e outros antibióticos beta-lactâmicos, fosfomicina, vancomicina e outros glicopeptídeos, bacitracina e ciclosserina, antibióticos que inibem a síntese da parede celular, por agirem em várias etapas da formação o mucopeptídeo, geralmente por mecanismo competitivo e inibitório, com enzimas que participam desta síntese. v fosfomicina inibe a enzima piruviltransferase, que participa da formação do ácido acetilmurâmico; v ciclosserina compete com enzimas que ligam os peptídeos formadores da parede celular; v glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina) interrompem o alongamento do peptidoglicano por formarem complexos com peptídeos precursores, funcionando como antagonistas competitivos da polimerização da cadeia peptidoglicana. Por ação dos glicopeptídeos e da bacitracina, ocorre o acúmulo dos precursores do peptidoglicano no interior ou no espaço periplásmico. Estes antibióticos atuam também, de maneira secundária, sobre a membrana citoplasmática, alterando sua permeabilidade, e, por isso, são altamente tóxicos para as células de mamíferos. § Beta-lactâmicos: a polimerização pelo qual as moléculas vão sendo ligadas para formar uma longa cadeia polissacarídica é catalizada pela enzima transglicosidase, a ação dos betas vão inibir essa enzima interferindo na barreia e rigidez osmótico. v A reação de transpeptidação é catalisada por transpeptidases nesta fase que atuam os antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas,cefalosporinas, carbapenemas, monobactâmicos),ao se ligarem de maneira irreversível ao seu receptor de ação, às proteínas ligadoras de penicilinas ou PBPs inibindo sua ação. § Cefalosporina: a pequena afinidade da maioria das cefalosporinas pelas PBPs do Enterococcus faecalis correlacione-se com a pequena atividade desses antibióticos contra este microrganismo (resistência natural dos enterococos às cefalosporinas). § Penicilinas( resistência adquirida dos pneumococos), Meticilina e Oxacilina ( resistência a estafilococos): relaciona-se a alterações na composição das PBPs destas bactérias, ficando impedida a ligação os antibióticos em seus locais de ação. § A ligação dos antibióticos beta-lactâmicos às PBPs impede a formação do peptidoglicano, ficando a célula em crescimento defeituosa, rapidamente correndo a lise osmótico. Quando o peptidoglicano não é formado pela ação dos antibióticos, mas as enzimas autolíticas continuam a agir na bactéria em divisão, formam-se paredes frágeis ou defeituosas, resultando na lise osmótico do germe. § Microorganismos tolerantes( resistência a ação dos bactericidas, características dos estafilos, estreptos do grupo A, entero e pneumococo): deficiência na ação das autolisinas (com frequência em resultado da ação de inibidores destas enzimas), deixando de haver lise do microrganismo submetido à ação do antibiótico beta-lactâmico, embora o germe seja inibido em seu crescimento e divisão devido à ligação do antibiótico em seu receptor. § Afinidade dos Betas com PBP’s + chegar ao local de ação= depende da permeabilidade dos antibióticos para chegar ao seu receptor. v Muitas bactérias resistentes aos antibióticos beta-lactâmicos produzem beta- lactamases que inativam a droga no espaço periplásmico, alterando a integridade da molécula a substância, que perde, assim, a capacidade de ligação às PBPs. § penicilina G, a meticilina e a oxacilina são inativas contra os bacilos gram-negativos porque não podem penetrar até seus receptores (resistência natural por impermeabilidade da membrana externa). Esta permeabilidade é controlada nos bacilos gram-negativos pela presença das porinas na membrana externa, que são proteínas que constituem canais ou poros hidrofílicos através dos quais os antibióticos beta-lactâmicos passam para o espaço periplásmico. § Nos bacilos gram-negativos, a lise osmótica geralmente demora a acontecer e pode não ocorrer se sofrerem a ação de penicilinas, cefalosporinas e fosfomicina por curto espaço de tempo. Isso se deve ao fato de, nestes germes, a pressão osmótica interna ser pequena e os constituintes da parede celular serem, principalmente, lipopolissacarídeos e lipoproteínas, tendo menor participação o mucopeptídeo. Dessa forma, embora haja bloqueio da síntese deste último componente, os demais constituintes preservam por tempo mais prolongado a integridade física do germe. § A vancomicina e a teicoplanina não originam protoplasto( células sem parede celular) devido à sua toxicidade, que se manifestar também para a membrana citoplasmática. • PERMEABILIDADE DA MEMBRANA PLASMÁTICA § A membrana citoplasmático possui uma permeabilidade seletiva que controla a passagem de substâncias nutrientes para o interior da célula e a saída de dejetos resultantes do catabolismo. As alterações físico-químicas da membrana citoplasmático levam à morte bacteriana, pois a permeabilidade seletiva é rompida, levando à saída de elementos vitais da célula, como fosfatos, íons, punira e ácidos nucléicos, ou a entrada de substâncias nocivas ao metabolismo bacteriano. § Espiramicina e cloranfenicol: passam livremente para o interior da célula bacteriana § Aminoglicosídeos e fosfomicina: não passam livremente para o interior da célula bacteriana, e necessitam de um sistema ativo de transporte § Polimixinas: atuando como verdadeiros detergentes, e provocando, assim, sua desorganização funcional. § Tirotricina: atuam na desorganização funcional ou alteram a respiração celular § membrana citoplasmático pode, ainda, sofrer alterações porque seus constituintes foram formados de maneira errada. É o que se observa com o uso da estreptomicina e de outros aminoglicosídeos. Estes antibióticos agem, primariamente, na síntese proteica, determinando a formação de proteínas erradas, as quais podem dar origem a uma membrana anormal. Trata-se, nesse caso, do efeito secundário a uma alteração primariamente feita no outro local. § Tendo em vista que a composição da membrana citoplasmático das bactérias e os antibióticos que atuam neste órgão têm uma toxicidade seletiva menos marcante, mostrando-se tóxicos também para as células humanas. • SÍNTESE PROTÉICA § Rifampicina: inibem a formação de RNA( CIDA). Ligação irreversível com as RNA- polimerase( grande afinidade, permitindo que a partir de baixas concentrações há um efeito cida eficiente), todo processo da síntese protéica fica comprometido. RNA mitocondrial dos mamíferos têm pouca afinidade com a rifampicina, assim não é inibida. § Aminoglicosídeos: originam proteínas erradas ( CIDA e ESTÁTICO). Se ligam a porção 30s do ribossomo, levando ao bloqueio da iniciação da síntese protéica; terminação precoce da transcrição de RNAm; produção de proteínas anômalas § Macrolídeos, Lincosamidas, Anfenicóis, Tetraciclinas: bloqueiam a síntese protéica( ESTÁTICO) v Macrolideos: Inibe a síntese protéica, por se ligar a unidade 50s do ribossomo v Lincosamidas: Inibe a síntese protéica por se ligar a unidade 50s do ribossomo v Tetraciclinas: Inibem a síntese protéica se ligando a porção 30s do ribossomo o Esta ação dos aminoglicosídeos causa efeito bactericida e só se manifesta nos microrganismos em atividade metabólica de crescimento; portanto, a associação com o cloranfenicol tem efeito antagônico(cida), pois este antibiótico, ao deter o crescimento (inibição da síntese proteica), limita a formação das proteínas erradas. • INIBIÇÃO DOS ÁCIDOS NUCLEICO § As sulfonamidas são drogas essencialmente bacteriostáticas, e sua ação é potencializada pela trimetoprima. O mecanismo de ação dessa associação de antimicrobianos fundamenta-se na inibição sequencial da síntese de ácidos nucléico de proteínas. § As sulfonamidas inibem as sintetases que transformam o PABA( dihidropteroato) em ácido fólico, § e a trimetoprima bloqueia as redutase que reduzem o ácido fólico a ácido folínico, impedindo, dessa forma, a formação dos ácidos nucleico. § A ação antimicrobiana das pirimidinas deve-se à sua maior afinidade pela diidrofolato-redutase de diferentes microrganismos e à pequena afinidade pela enzima correspondente de mamíferos . Dessa maneira, pequenas concentrações das drogas são ativas contra certos agentes infeciosos, causando efeito nocivo mínimo para as células humanas. o Assim, a diidrofólico- redutase de bactérias é 50.000 a 100.000 vezes mais sensível à ação da trimetoprima do que a enzima de mamíferos; já em relação à enzima de plasmódio da malária, a diferença de semelhança esta droga é de 2.000 vezes o A ação da pirimetamina sobre os plasmódios (e provavelmente sobre o toxoplasma) ocorre com a afinidade semelhante à da trimetoprima. Entretanto, a afinidade pela enzima de bactérias é a mesma apresentada para as células de mamíferos, o que impede o uso da pirimetamina no tratamento de infecções bacterianas. • REPLICAÇÃO DO DNA CROMOSSÔMICO § Quinolonas ( cida) Dois sítios de ação: Enzimas cromossômicas que desempenham a função de espiralar o cromossomo da bactéria o DNA- girase ou topoisomerase II( GRAM -) e topoisomerase IV( GRAM +) o as quinolonas, em elevada concentração, têm ação ESTÁTICO, provavelmente por inibirem a síntese do RNA. § Mitomicina( antineoplásico) atuam na replicação do DNA, porém é tóxico a células humanas. • CONCENTRAÇÃO SUBINIBITÓRIA, INIBIÇÃO DE ADESÃO §Concentrações elevadas de antibióticos bacteriostáticos provocam efeito bactericida. Tal efeito resulta de alterações secundárias provocadas por mecanismos primários, como, por exemplo, a falta de formação de proteínas para estruturas essenciais da célula ou por alterações primárias ainda não conhecidas. Por outro lado, concentrações subinibitórias podem causar efeitos diferentes dos obtidos com as concentrações terapêuticas, podendo resultar em ações anômalas sobre os receptores dos antimicrobianos ou ser devido à interferência em outros locais. § tetraciclinas, estreptomicina, cloranfenicol, clindamicina e associação de sulfas com trimetoprima.( BACTRIM) : reduzem a capacidade de aderência das bactérias aos tecidos. o As adesinas têm composição proteica. Por tal motivo, os antibióticos que interferem na síntese proteica, seja bloqueando a síntese seja originando proteínas anômalas, podem alterar a formação das adesinas. § fluorquinolonas, vancomicina, eritromicina e amoxicilina. , os antibióticos em concentrações subinibitórias podem atuar como antiadesinas e exercer um papel na profilaxia de infecções como endocardite bacteriana ou infecções urinárias. § possibilidade de seleção de germes resistentes. Recentemente, Egusa e cols. relataram a diminuição da aderência de espécies de Candida a dentaduras de acrílico com a exposição do material a doses subterapêuticas de nistatina e anfotericina B. 1.3 MECANISMO PELO QUAL OS QUIMIOTERÁPICOS SUICIDAS REVERTEM PARA ENZIMAS INATIVADAS • Os antimicrobianos criam enzimas inativadoras que envolvem o antibiótico. Assim, para que haja efeito satisfatório desse antibiótico sensível a enzima, sem que tenha que aumentar a dose terapêutica, é melhor mudar o antibiótico ou utilizar um quimioterapia “suicida”, que na qual vai ser sensível a enzima e assim interagindo/ocupando essa enzima, para que o antibiótico tenha o seu mecanismo de ação efetuado. Assim atua como um falso substrato • AMOXICILINA( que é sensível a enzima beta- lactamase) + Ac. Clavulamico 1.4 TSA • Teste de Sensibilidade aos Antibióticos é um exame rotinamente feito em microbiologia clínica da capacidade de um antibiótico de inibir o crescimento de bactérias em cultura. Este teste é essencial na escolha do agente a ser usado na terapia do doente. • Cultura, usada quando não tem certeza do agente. Até que saia o resultado usa um antibiótico relacionado aos sintomas clínicos que seja eficiente. Em relação ao antibiograma, observamos a sensibilidade, caso for sensível e a ação do fármaco é satisfatório, voltado para o agente, ainda permanece com aquele usado. Caso o fármaco funciona, porém é pouco sensível ou resistente, mantem em observação, caso for necessário mudar, mas se apresentar uma boa correlação clínica e terapêutica, permanece com aquele já usado. E aquele resistentes, com pouco resultado, mudasse o fármaco. 2. PENICILINA 2.1 Efeitos adversos da ampicilina/ amoxicilia • Espectro ampliado para GRAM – ) espectro se ação associados a betalactamase( amoxilicina + clavulanato e ampicilina + sulbactam); e GRAM + • Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com a ampicilina são diarreia, náuseas, vômitos e surgimento de erupções cutâneas. Além disso, embora seja menos frequente, pode ainda ocorrer dor epigástrica, urticária, coceira generalizada e reações alérgicas. • Aparelho digestivo: glossite (inflamação da língua), estomatite (feridas que podem atingir desde a cavidade oral até o estômago), náusea, vômito, enterocolite (alterações intestinais), colite pseudomembranosa e diarreia. Estas reações estão geralmente associadas ao uso oral. • - Reações alérgicas: vermelhidão na pele, urticária (coceira), dermatite esfoliativa (descamação da pele). A reação de maior gravidade é choque anafilático, tendo sido associada principalmente a administração parenteral. • NOTA: urticária, erupção cutânea (feridas na pele) e reações semelhantes à doença do soro podem ser controladas com medicamentos antialérgicos. Sempre que tais reações ocorrerem, o uso da ampicilina deve ser interrompido, a menos que, na opinião do médico, a condição a ser tratada coloque em risco a vida do paciente, e somente possa ser erradicada com o uso da ampicilina. Reações anafiláticas intensas requerem o atendimento médico em unidades de urgência (pronto- socorro). • Erupções cutâneas até Stevens Johnson( ulceras de pele e mucosas) e anafilaxia • - Alterações hepáticas (fígado): uma elevação moderada nas enzimas produzidas pelo fígado tem sido ocasionalmente notada, particularmente em crianças, mas seu significado não é conhecido. • - Hematológicas e linfáticas (alterações sanguíneas): anemia e diminuição isolada dos elementos sanguíneos, como plaquetas e glóbulos brancos, têm sido ocasionalmente relatadas durante a terapêutica com penicilinas. Estas reações são usualmente reversíveis com interrupção do tratamento, e acredita-se serem fenômenos alérgicos. 2.2 efeitos adversos voltados a mononucleose e amoxicilina • amoxicilina e outros derivados de penicilina não são recomendados para pessoas com mononucleose. Na verdade, algumas pessoas com mononucleose que tomam um destes medicamentos podem desenvolver uma erupção cutânea. • A erupção, no entanto, não significa necessariamente que eles são alérgicos ao medicamento. Se necessário, outros medicamentos estão disponíveis para tratar infecções que podem acompanhar a mononucleose. 2.3 Penicilina natural • São compostos produzidos pelo fungo do gênero Penicllium e não sofrem alterações sintéticas( PENICILINA G ou BENZILPENICILINA) • Penicilina V( VO) • Penicilina G cristalina( IV) • Penicilina G procaina( IM sem ser de depósito) • Penicilina G benzatina ( IM de depósito) • Beta-lactamicos e penicilina inibem a síntese de peptidoglicanos da parede celular das bactérias, afetando a atividade das enzimas transpeptidases. Agindo ligando ao receptor PLP ou PBP e ao se ligar afeta os mecanismos da atividade das peptidases, com isso a bactéria vai ser incapaz de produzir peptidoglicano. Assim é cida por romper a parede e estático por impedir a replicação bacteriana 2.4 Indicação da oxilacina( IV) • GRAM +( estafilo não resistente a meticilina; penicilina resistentes a penicinilase prp) • infecções por estafilococos produtores de penicilinase, sensíveis à droga. • Sífilis ( treponema); amidalite (Strepto pyrogenes); situações profiláticas de febre reumática; infecções por anaeróbicos Clostridium 2.5 • A meticilina a forma de teste laboratorial e se for sensível a ela usa oxacilina a forma de aplicação terapêutica. Mas caso não for sensível, usa vancomicina( 1º forma terapêutica até que o resultado mostra se é ou não sensível a meticilina) 3.Cefalosporina 3. 1) Reações de hipersensibilidade cruzada entre penicilinas e cefalosporinas • Se o paciente tem alergia a penicilina, pode ser que tenha reação cruzada a cefalosporina, gerando uma hipersensibilidade na pele( reações alérgicas tardias a penicilina) • As cefalosporina são um beta lactamico, possuem o anel betalactamico. E suas cadeias são adicionadas nos radicais para produzir compostos mais ativos, tornando- os mais resistentes as betalactamases do que as penicilinas, o que faz com que não haja cefalosporina associado a inibidor de betalactamase 3.2 Tipos de cefalosporina • 1º geração § Somente para gram + ( estrepto e estafilo meticilina sensível), menos pneumococo( estrepto) que é resistente e atinge às vias aéreas superiores. Indutores fracos de betalactameses § Usado principalmente na pele e anexos( abscessos cutâneos, furúnculo) e profilático ( Cefalotina ou Cefazolina, antes de realizar cirurgia na pele). Infecções de pele e tcs moles por S. Pyogenes e S. aureus § Usado pra infecções subcutâneas e anexas da pele e unhav Cefalotina ( Cafalexina) VO v Cefazolina IV v Cefadroxila VO § Efeito CIDA, na qual atinge a PBP da parede celular inibindo a transpeptidases § Não associar com os Betalactamicos por terem o mesmo sitio de ação § Excretados pelos rins sem nenhum processo metabólico § Boa concentração liquórico e ocular • 2º geração § GRAM +( Estrepto e estafilo não resistente à meticilina) e GRAM- ( comunitário- Proteus, E.coli, Salmonela,…) § Possui atividade contra anaeróbios(Cefoxitina)-> DIP § Usado para infeções de vias aéreas ( inferior e superior), infecções urinárias ( primeiro droga de escolha é a Quinolona), TGI( profilaxia dos procedimentos colorretal), Pneumonia, Otite, pé diabético v Cefuroxima VO IV v Cefoxitina IV v Cefaclor VO ITU( geralmente é gerado por GRAM -, assim usasse de 2º ou3º geração, caso for de origem comunitário); ( caso for de origem hospitalar, deve-se dar 4º ou Ceftazidima de 3º geração) • 3º geração § Bom espectro para GRAM – e boa ação contra GRAM +( funciona até mesmo em Pneumococo) § É perdida a atividade contra ESTAFILO, mesmo sensível à Meticilina § IV( do 3º ao 5º somente parenteral) § Tem um espectro amplo, são usadas para Meningites( Ceftriaxone +. Vancomicina + Aciclovir), IVA, infecções de cavidade, Infecções urinária, gastroenterite bacteriana. Ação ganha contra infeções de via aérea baixa e contra SNC ( meningococo e pneumococo do SN) v Ceftriaxona ( Rocefin) usado para pneumonia comunitária v Cefotaxima v Ceftazidima já possui espectro contra GRAM – hospitalar § Grande indutor de betalactamase § Doença de Lyme, Gonorreia • 4º geração § Melhorada para ter espectro GRAM – ( comunitário e hospitalar) como Pseudomonas( 4º geração quanto Ceftazidima 3º) § Boa ação GRAM + ( estrepto e alguns estafilos não resistentes à meticilina) § Restrita a pacientes hospitalares v Cefepime ( equivale à penicilina anti- pseudomonas – Piperacilina, Ticarcilina) • 5º geração § Criado para Estafilo MRSA( meticilina) e VRSA ( vancomicina) § Ceftraroline § Ceftobiprole 3.3 Eliminação da Ceftriaxona • A depuração total do plasma é 10 – 22 mL/min. A depuração renal é 5 – 12 mL/min. Em adultos, cerca de 50 – 60% de ceftriaxona é excretada sob a forma inalterada na urina, enquanto 40 – 50% são excretados sob a forma inalterada na bile. A meia-vida de eliminação em adultos sadios é de aproximadamente 8 horas. 4. Vancomicina 4.1 Relacionar indicações com vias de adm • Só tem ação contra GRAM +( não conseguem atravessar os canais de porina por serem grandes • Inibidores de síntese da parede celular( atuam sobre os peptidioglicanos). Vai se ligar na extremes terminal D- alanil- D alanina do peptidioglicano. • CIDA( exceto Enterococo que vai ser ESTÁTICO) • Tem boa concentração liquórico • Excretadas por função glomerular sem alterações metabólicas • IV ou VO( apenas para tratamento de Colite pseudomembranosa com 6hrs de meia vida) • Enterococcos: GRAM + muito resistente § Fazer uma associação de glicopeptideo + aminoglicosideos • Clostridium: são anaeróbios, mas possuem grande sensibilidade § Fazer uma associação de glicopeptideo + metronidazol( anaerobicida) • Meningite § Associar Vancomicina + Ceftriaxona ( ag. Meningococo, pneumococo, haemophylus influenza) • Infeções cutâneas, tcs moles, osso e articulações • Pneumonia ( suspeita de MRSA) • Infecções do SNC por Pneumococco resistente a Penicilina • Infecção por uso de cateter • Colite pseudomembranosa • Endocardite § Endocardite aguda -> principal ag. É o estafilo, por isso usa-se Vancomicina, pois ele pode der MRSA § Endocardite subaguda-> ag. Pode ser o estrepto, não precisa de vancomicina e sim de : Ampicilina + Gentamicina 5 Tetraciclinas ( Inibe a síntese protéica, por se liga a unidade 30 s do ribossomo) 5.1 ciclo entero hepático • Cloridrato de tetraciclina ( natural) • Oxitetraciclina ( natural) • Democlociclina( natural) • Doxiciclina( semissintético) • Minociclina ( semissintético) • Tigeciclina ( glicilclinas) • Estático. Quando se liga a subunidade 30s impede o aminoácido que esta sendo carreado por RNAt se acople, assim não há síntese • Atravessa as barreiras SNC e fetal • Excreção renal e biliar na forma ativa • VO e IM • Absorção VO: 60-80% naturais e 95-100% semissintético ( Doxiciclina) • Absorção aumenta em jejum • Absorção comprometida quando adm junto com o cation 2+ e 3+( cálcio, ferro, magnésio, alumínio), interação com o ferro, lacticínios, antiácido • 1º dose em jejum e 2º com a alimentação • Distribuição ampla nos tecidos e secreções • Todos ( estrepto e estafilo- gram + e gram – somente comunitário • Tetraciclina é conjugada no cromossoma hepático e liberada pela bile que vai em direção ao intestino delgado e assim para o grosso, até ter contato com a flora saprófita, atuando sobre a tetraciclina conjugada( hidrossolúveis ) que passaram a ser desconjugada ( lipossolúvel). Desse modo, medicamento volta a corrente sanguínea, com uma pequena parte eliminada pelas fezes. Esse ciclo se mantém, como também os efeitos adversos( propício de maior risco a queimaduras do sol; irritação GI; monolíase; colite pseudomembranosa- vanco+metronidazol IV; fotossensibilidade; pigmentação de unhas) 6.Trimetropim 6.1 1) Efeitos adversos e como prevenir e recuperar a anemia megaloblastica • A trimetoprima e a combinação de trimetoprima e sulfametoxazol (TMP/SMX) são eficazes contra muitas bactérias Gram-positivas e bactérias Gram-negativas, incluindo bactérias suscetíveis que são resistentes a outros antibióticos, como o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) e alguns protozoários (Cyclospora e Cystoisospora) e fungos (Pneumocystis). • agem impedindo que as bactérias produzam o tipo de ácido fólico • Trimetoprima e trimetoprima/sulfametoxazol devem ser usados durante a gravidez apenas se os benefícios do tratamento superarem os riscos. Com trimetroprima, há o risco de defeitos no cérebro e na medula espinhal (defeitos do tubo neural), como espinha bífida. Não se deve usar trimetoprima/sulfametoxazol próximo à data do parto, pois, se tomada nessa época, essa combinação de medicamentos pode causar icterícia e aumentar o risco de dano cerebral (querníctero) no recém-nascido. • Criança com menos de 2 meses de idade; hipersensibilidade ao produto. • Anemia megaloblástica (pode agravar anemia por deficiência de ácido fólico); mecanismo de ação relaciona-se à inibição da enzima bacteriana diidrofolato redutase, que leva ao bloqueio da síntese dos folatos, compostos esses essenciais para a síntese dos acidos nucleicos. • Trimetoprim pode causar metahemoglobinemia (respiração dificultada). Cor azulada nas unhas, lábios ou pele. Hematomas não habituais. Cefaléia. Erupção. Diarréia, ulceras na boca ou língua. • diminuição da função do fígado (risco de toxicidade); • diminuição da função renal (diminui a excreção). 7. Fluoroquinolonas 7.1 mecanismo de ação • As quinolonas tem dois sítios de ligação § Enzimas cromossômicas que desempenham a função de espiralar o cromossomo da bactéria: DNA-girase ou topoisomerase II ( GRAM -) DNa-girase ou topoisomerase IV ( GRAM +) § Quando as quinolonas agem nessas enzimas, há explosão da bactéria pelo aumento dos cromossomas-> lise total da bactéria ( efeito cida) • Distribui bem pelo corpo( exceto no liquor, osso e próstata) • Excreção de forma inalterada pelo rim, exceto pefloxacino e moxifloxacino ( metabolismo hepático) • 1º geração § Ácido Nalidíxico; Rosoxacino; Ácido Pipemídico • 2º geração § Grupo A : Norfloxacino (2º opção para gastroenterite)( ITU); Iomefloxacino § Grupo B : Ciprofloxacino( 1º opção para gastroenterites );Pefloxacino; Ofloxacino( Exclusivo para tuberculose) • 3º geração ( ITR)( efeito adverso: hipoglicemia do gatifloxacino)§ Levofloxacino; Gemifloxacino; gatifloxacino • 4º geração (ITR) § Moxifloxacino; trovafloxacino; clinafloxacino; Sitafloxacino 8. antimicobacterias (sempre associado a outro fármaco devido à resistência, para que ataque a síntese de ácidos glicolicos da parede celular e inibe a síntese extra e intracelular) 8.1 Emprego de Piridoxina em certos usuários do RIPE § Isoniazida § Rifampicina § Pirazinamida § Etambutol § Estreptomicina § RIPE( Isoniazida + Rifampicina- principal, há substituição quando for resistente; com a adição de Pirazinamida há redução do tratamento em mais ou menos 1/3 e são usados nos dois primeiros meses) + Piridoxina( complexo da vitamina B; a Isoniazida, assim como os outros micobacterias faz uma competição com o fármaco e o fármaco promove a excreção da piridoxina por competição, necessitando de reposição, para que não haja neuropatia em pacientes predispostos, devido a neutralização da piridoxina na metabolização) 8.2 efeitos adversos do etambutol § O etambutol é indicado no tratamento da tuberculose pulmonar e extrapulmonar. Pode ser usado como parte do tratamento inicial da tuberculose ou como tratamento alternativo. § Tais efeitos são, geralmente, reversíveis quando a administração do fármaco é suspensa imediatamente. As alterações da acuidade visual podem ser unilaterais ou bilaterais. § Outras manifestações menos frequentes são prurido, artralgia, desconforto ou dor abdominal, mal-estar, cefaléia, vertigens e confusão mental. § Podem surgir distúrbios da sensibilidade, parestesia nos dedos e trombocitopenia. § diminuição na eliminação de ácido úrico é comum, independe da duração do tratamento e pode provocar crise aguda de gota. § Raramente, pode ocorrer hipersensibilidade. 8.3 3) Qual fase da Hanseniase é iniciado associação dapsona/rifampicina/clofazimina § A Dapsona era muito utilizada na Hanseniase, porém se tornou resistente. Assim, em associação Rifampicina + Dapsona = na fase Paucibacilar( Até 5 lesões de pele) Clofazimina + Dapsona = na fase Multi Bacilífera( “diforma”)( mais de 5 lesões de pele) § Hanseníase lepromatosa (doença de Hansen multibacilar): grande parte da pele e muitas áreas do corpo, como os rins, o nariz e os testículos, podem ser afetadas. Os pacientes apresentam máculas, pápulas, nódulos, ou placas cutâneos, que frequentemente são simétricos. § Multibacilar: aqui temos a hanseníase dimorfa, marcada por muitas manchas e placas, comprometimento de vários nervos e episódios de piora durante ou após o tratamento – as chamadas reações hansênicas ou estados reacionais. 9. Licosaminas 9.1 efeitos adversos § As lincosamidas são bacteriostáticas ou bactericidas, dependendo da concentração, com atividade contra muitos gram-positivos e Bacteroides spp. São representadas pela lincomicina e clindamicina, que apresenta maior atividade in vitro e maior absorção oral. § Clindamicina é um bacteriostático com atividade contra Streptococcus e Staphylococcus resistentes à penicilina, e a grande número de anaeróbios, especialmente Bacteroides fragilis v utilizada na profilaxia de endocardite quando as penicilinas não são apropriadas § Seu uso é limitado pelos efeitos adversos em especial a colite associada a antibióticos, mais frequente com uso de clindamicina do que com outros antibióticos. Este efeito pode ser fatal e ocorre principalmente em mulheres e idosos, sendo necessário suspender o tratamento caso ocorra diarreia. § inibidores da síntese proteica( ligação na subunidade 50s) com ação no mesmo alvo, com a vantagem de possuírem excelente ação contra anaeróbios. § § apresentada sob a forma de cloridrato hidratado (uso oral) em cápsulas, de cloridrato palmitato (uso oral em suspensão) e de fosfato (uso parenteral, IM e IV). É estável em meio ácido, não sendo inativada pela acidez gástrica. A absorção é rápida e quase completa (90%), ao contrário da lincomicina, que só é parcialmente absorvida por via oral. Ingestão de alimentos não altera a absorção e a concentração sanguínea da droga, diferente da lincomicina. § colite pseudomembranosa, diarreia, dor abdominal, alterações em testes de função hepática, erupções de pele, inflamação da veia, no caso da clindamicina injetável e vaginite em mulheres que usaram o creme vaginal. § clindamicina não deve ser usado por pessoas que tenham alergia a esta substância ativa ou a qualquer um dos componentes presentes na fórmula usada. Além disso, também não deve ser usado para tratar a meningite, nem por mulheres grávidas ou que estejam amamentando. 10. Cloranfenicol § o Cloranfenicol deve ser reservado para infecções graves nas quais outros antibióticos menos tóxicos são ineficazes ou contraindicados. O Cloranfenicol não é indicado para uso profilático de infecções. § Cloranfenicol é contraindicado a pacientes que apresentem hipersensibilidade ao Cloranfenicol, seus derivados ou a qualquer componente da fórmula. Cloranfenicol é também contraindicada a pacientes portadores de depressão medular, discrasias sanguíneas ou insuficiência hepática. § Em recém-nascidos e prematuros, a concentração sérica deve ser monitorada § Cloranfenicol não deve ser utilizado em grávidas próxima ao término da gestação, pelo risco de síndrome cinzenta no recém-nascido(distensão abdominal, vômitos, flacidez, cianose, colapso circulatório e morte; provavelmente ocorre por acúmulo sérico do fármaco pela incapacidade do neonato em conjugar e eliminar o Cloranfenicol.) . E em mulheres que estejam amamentando § Pacientes utilizando medicamentos antineoplásicos ou radioterapia devem evitar o uso de Cloranfenicol, sob o risco de depressão medular. § Efeitos adversos v Sistema linfático e sanguíneo v Depressão da medula óssea. Um tipo irreversível de depressão da medula óssea leva à anemia aplástica. Pode levar raramente a leucemia. v discrasias sanguíneas graves e fatais (anemia aplástica, anemia hipoplástica, trombocitopenia e granulocitopenia); v Pancitopenia (menos eritrócito, leucócitos, plaquetas) v Hemoglobinúria paroxística noturna v Sistema imune v Anafilaxia, reações de Herxheimer ocorreram durante a terapia de febre tifóide. v Psiquiátrico v Delírio, confusão mental, depressão leve. v SN v Cefaleia, neurite periférica geralmente após terapia de longa duração (se isso ocorrer, o fármaco deve ser retirado imediatamente). v Visão v Neurite óptica geralmente após terapia de longa duração (se isso ocorrer, o fármaco deve ser retirado imediatamente), oftalmoplegia. v GI v Náusea, vômitos, glossite e estomatite, diarreia e enterocolite podem ocorrer com pouca frequência. v Coração v Síndrome cinzenta v Pele e tc subcutâneo v Angioedema, rash vesicular e macular, urticária. v Febre 10. Tiofenicol § tratamento de infecções respiratórias, geniturinárias, hepatobiliares, cirúrgicas, dos tecidos moles, otorrinolaringológicas (rinossinusite, faringite, laringite), meningites purulentas, febre tifóide, paratifóide e brucelose por micro-organismos sensíveis ao Tianfenicol. § Doenças sexualmente transmissíveis (uretrite gonocócica e não-gonocócica, donovanose, linfogranuloma venéreo), doença inflamatória pélvica, vulvovaginites, cervicovaginites, vaginose bacteriana provocadas por micro-organismos sensíveis ao Tianfenicol. § Contraindicado § contraindicado em casos de hipersensibilidade ao Tianfenicol ou a um dos componentes da fórmula, depressão medularpré existente e anuria. § Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação § A reação adversa mais importante após administração do Tianfenicol inclui depressão da medula óssea manifestada por anemia, leucopenia e trombocitopenia. Estas alterações hematológicas são dose-dependentes e reversíveis com a descontinuação do tratamento. § § As principais reações adversas não hematológicas são reação anafilática, neurite ótica, neuropatia periférica após uso prolongado, náuseas, vômitos, diarreia, rash cutâneo e febre.
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