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LEVY MORENO - Psicometria

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INSTITUTO ENSINAR BRASIL – REDE DOCTUM DE ENSINO
CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA DOS GRUPOS
Ana Laura Nascimento Alves 
Giovani Celestino Lima
Lucas Alfenas Pena 
4° Período
JACOB LEVY MORENO - PSICOMETRIA
Genial, foi mal compreendido por seus contemporâneos. Buscava resgatar a espontaneidade e a criatividade, sufocadas pelas instituições.
Sua inspiração provinha das tradições antigas da filosofia grega e do drama clássico como catarse, embora fosse um profundo estudioso de sociologia e psiquiatria. Personalidade independente e megalomaníaca, ainda jovem fundou uma espécie de movimento espiritual, um teatro e uma revista próprios e, no ápice da carreira, possuía um hospital psiquiátrico, uma escola e uma editora.
Moreno encontrava-se isolado na propagação de métodos de psicoterapia de grupo. Não conseguia submeter-se às restrições de instituições. Também não se preocupava em associar seu nome a sua produção: suas primeiras obras foram publicadas anonimamente; frequentemente suas ideias acabavam permeando a cultura geral.
Moreno descendia de uma família de judeus sefaraditas que da Espanha havia-se refugiado na Turquia. Otimismo e fervor religioso eram parte da vida desses judeus e é dentro deste contexto que podemos entender o estilo pessoal de Moreno – expressivo, carismático e criativo – e sua busca por níveis cada vez mais altos de espontaneidade, amor e bondade. Moreno acreditava que para o homem ser amoroso e bom, precisava tentar imitar as qualidades de D’us, pois só Ele era bom.
Sua vida: infância e adolescência
Jacob Levy Moreno nasceu em 1889, na Romênia. Sua mãe, Pauline, teve-o com apenas 16 anos. Era uma mulher fervorosa, cheia de idéias e sonhos, grande contadora de histórias, versátil em idiomas. A ela cabia a transmissão das tradições judaicas no lar. Seu pai, Nissim, era sério e autoritário. Ausentava-se muito de casa e iniciou sem sucesso diversos negócios.
Aos seis anos de idade, Moreno se mudou com a família de Bucareste para Viena. Com o pai cada vez mais ausente, Jacob, o primogênito de seis filhos, acabou assumindo uma posição especial de autoridade. A família era tradicional e Moreno fez seu bar mitzvá em uma sinagoga sefaradita em Viena. Quando estava com quatorze anos de idade, em 1903, seu pai fez uma última tentativa de manter a família unida e de prover o seu sustento, mudando-se para Berlim.
Moreno voltou a Viena sozinho para dar continuidade a seus estudos, e se sustentava trabalhando como tutor, sendo bem-sucedido nesse trabalho com jovens. Enquanto isso, os negócios do pai em Berlim fracassaram. O casal acabou separando-se definitivamente: o pai mudou-se para Istambul e a mãe voltou para Viena. Após a separação, Jacob continuou a viver sozinho; havia-se tornado rebelde; deixara crescer a barba, largara a escola e vivia uma vida errante e boêmia.
Durante a adolescência, importantes leituras marcaram o jovem Jacob: a Bíblia, o Zohar, assim como os filósofos Agostinho, Pascal, Spinoza, Kant, Hegel, Marx, Nietzsche e os autores Dostoievski, Tolstoi e Goethe. Ele foi particularmente influenciado pelo misticismo judaico e pela Cabalá, com seu postulado central de que toda a Criação é uma emanação da Divindade.
Origem do psicodrama e dos grupos de encontro
O jovem Moreno se sentia uma espécie de “escolhido”. Sua barba ruiva lhe dava um aspecto paternal e sábio, apesar da pouca idade. Seus olhos azuis pareciam ler a mente de seus interlocutores. Toda sua pessoa transmitia ternura, bondade e altruísmo. Sua conduta o havia tornado conhecido e era procurado por pessoas com problemas. Fiel ao papel que criara para si, usava sempre um longo manto verde, no inverno e no verão. Pregava a santidade do ser, a auto perfeição, a ajuda e a boa ação cumprida no anonimato.
Aos dezenove anos, em 1908, estava matriculado na Faculdade de Medicina de Viena. Neste período, seu passatempo predileto era caminhar pelos parques da cidade reunindo crianças e formando grupos de brincadeiras de improvisação. Costumava contar-lhes contos de fadas. Nunca repetia a mesma história, para manter a sensação de encantamento. Ao trabalhar com as crianças, Moreno os queria proporcionar meios de lutar contra os estereótipos da sociedade, mantendo a espontaneidade e criatividade.
Cultivava a ideia de um universo primordial, onde se situavam os modelos de um mundo melhor. Queria mostrar como um homem com sinais de paranoia, megalomania, exibicionismo e outras formas de desajuste individual e social não era um doente mental, mas podia ser alguém controlado e saudável. E podia ser mais produtivo se “representasse” seus sintomas, como um ator numa peça, em vez de reprimi-los ou resolvê-los. Nisso ele antecipava o papel de protagonista do psicodrama de sua própria vida.
Entre 1908 e 1914, Moreno e cinco seguidores que compartilhavam seus ideais, viviam na comunidade. Não aceitavam remuneração por seus serviços e tudo que recebiam como gratificação ia para a Casa do Encontro, um local criado para abrigar refugiados que, nos anos tumultuados precedentes à Primeira Guerra Mundial, transitavam por Viena em busca de um novo lar nas Américas ou em Eretz Israel.
A Casa de Encontro era um local onde as pessoas eram ajudadas e assistidas pelo tempo necessário. Todas as noites havia sessões de “grupos de encontro” em que eram discutidos os problemas e desfeitos os ressentimentos. Após compartilhar os sentimentos, as pessoas cantavam e dançavam e os encontros eram uma experiência muito alegre.
Essas reuniões foram os modelos dos grupos de encontro que se espalharam mais tarde pelo mundo. Em seguida Moreno estendeu este método de terapia a um dos grupos mais problemáticos da sociedade: o das prostitutas. Assim elas puderam ajudar-se mutuamente. Conseguiram advogados para defendê-las e médicos para as tratar.
Posição filosófico-religiosa
As principais correntes ideológicas do século XX rejeitavam a religião e repudiavam a ideia de uma comunidade baseada no amor, altruísmo, bondade e santidade. Ao contrário, Moreno se colocou do lado de uma religião positiva. Sua ideologia se baseava em três princípios. O primeiro dizia que a espontaneidade e a criatividade são as verdadeiras forças propulsoras do progresso humano; mais importantes, em sua opinião, que a libido e as causas socioeconômicas. O segundo dizia que o amor e o compartilhar mútuo são a base da vida em grupo. Enfim, o terceiro dizia que podia-se construir uma comunidade dinâmica baseada nesses princípios.
Após a Primeira Guerra Mundial, publicou “A filosofia do aqui e agora” e “As palavras do pai”, em que expõe sua posição filosófico-religiosa. A esta ele sempre se manteve fiel. Mas sua linha de pensamento foi relegada para segundo plano pelos círculos intelectuais. No entanto, sua filosofia era a base teórica das técnicas de sociometria, psicodrama e terapia de grupo, que foram universalmente aceitas fora do contexto ideológico que as inspirou. Já para Moreno, sua doutrina constituía a parte mais revolucionária de seu trabalho.
Em 1912, durante o curso de medicina, Moreno assistiu a uma conferência de Sigmund Freud. Num breve diálogo que conta terem mantido, ele afirmou: “O senhor analisa os sonhos de seus pacientes. Eu lhes dou coragem para sonhar de novo. O senhor os analisa e os despedaça. Eu os faço representar seus papéis conflitantes e os ajudo a reunir seus pedaços, de novo”.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) Moreno cuidou, como oficial médico, de um campo de refugiados nos arredores de Viena, cuja população era originária do Tirol do Sul e falava italiano. No campo desenvolveu-se uma vida comunitária completa. Através dessa experiência surgiu a idéia do planejamento sociométrico das comunidades e a busca de parâmetros de objetividade científica nas Ciências Sociais.
Em 1917 Moreno recebeu seu diploma de Doutor em Medicina pela Universidade de Viena. Seu diploma foi um dos últimos assinados pelo imperador Francisco José.
Teatro da espontaneidade
Na década de 1920, Viena era uma cidade muito estimulante para os intelectuaise artistas. Os cafés eram o local de encontro favorito. Moreno frequentava com seu grupo o Café Museum, onde conheceu personalidades como Martin Buber, Arthur Schnitzler, Robert Musil e outros. Em 1918 iniciou a publicação de um jornal mensal de filosofia existencialista, o Daimon. Nele colaboraram vários intelectuais de seu círculo.
Ao mesmo tempo, Moreno se envolvia com o Teatro da Espontaneidade. Numa noite de 1911 passava a peça “Assim Falou Zaratustra”. Moreno e seus amigos, sentados na primeira fila, intervieram para despertar os atores e o público. Queriam chamar a atenção sobre os conflitos entre personagem e espectador e personagem e ator. O ator devia representar a si mesmo e não o personagem. Moreno dissertou, aos berros, sua teoria sobre um novo teatro, que representasse os problemas próprios do ator e do público, que fosse de total imaginação e criatividade, como o trabalho que ele estava realizando com as crianças nos parques de Viena.
Foi um escândalo, cuja consequência por sorte foi apenas uma noite passada na prisão. Mas serviu para abrir o caminho para a primeira sessão oficial de psicodrama, que se realizou num famoso teatro, em 1921. Na apresentação, Moreno tentava expurgar a plateia de uma doença que era o sentimento geral de descontentamento e revolta que pairava na Viena do pós-guerra. O público eram elenco e autor; a peça, sobre a situação.
O Teatro da Espontaneidade tornava-se uma forma de arte viável e um local de encontro para artistas e intelectuais conhecidos. Até pessoas de fora faziam questão de frequentá-lo quando estavam em Viena. O material dramático era sugerido pela plateia ou surgia da cabeça dos atores.
Este teatro evoluiu para o teatro terapêutico. Notou-se que os atores, após representar seus papéis, lidavam melhor com seus problemas pessoais. E era mais fácil defender a espontaneidade num teatro terapêutico no qual as imperfeições e incongruências de um paciente mental são até esperadas e bem recebidas.
Nesses anos após a Primeira Guerra Mundial, Moreno clinicava como chefe do departamento de saúde numa pequena aldeia nos arredores de Viena, Voslau, onde se tornara o ‘Doutor do Povo”. Continuava não aceitando dinheiro dos pacientes que vinham consultá-lo. Sua paixão pelo anonimato o circundou de uma aura de prestígio e fama, e seu apelido tornou-se “Wunderdoktor” (o médico prodígio).
Mas em Viena as sementes do nazismo e do antissemitismo começavam a germinar. Enfrentando como judeu a inveja e o desejo de vingança, além da crescente mediocridade da sociedade germânica da época, Moreno teve uma intuição: deixar a Europa e buscar refúgio nos Estados Unidos. Talvez a motivação da emigração não fosse unicamente a preocupação com a salvação e a segurança pessoais, mas também a urgência de encontrar um lugar adequado para a realização de seu trabalho.
A vida na América
Em outubro de 1925, Jacob Levy Moreno chegou a Nova York. Fora convidado para os Estados Unidos graças a uma sua invenção, o “Radio Film”, um disco de aço em que podiam ser gravados sons. O modelo da invenção foi patenteado e desenvolvido por uma companhia que lhe pagaria royalties.
Mas Moreno queria mesmo seguir sua vocação. Após uma demonstração da aplicação das técnicas de psicodrama para crianças com problemas, começou a trabalhar na clínica do Hospital Monte Sinai, em Nova York. Lá foram desenvolvidos e aperfeiçoados vários testes sociométricos e de espontaneidade. Depois o psicodrama foi levado às crianças do Plymouth Institute, no Brooklyn, uma instituição ligada à Igreja. Em 1927 recebeu a licença para o exercício da medicina nos Estados Unidos.
Tendo chamado atenção sobre o seu trabalho com as prostitutas de Viena, antes da Primeira Guerra Mundial, e com a comunidade dos refugiados italianos do Tirol, durante a guerra, foi nomeado diretor da Pesquisa Social do estado de Nova York, trabalhando em duas áreas, na prisão de Sing Sing e na N. Y. State Training School for Girls, em Hudson. O objetivo era tornar a prisão uma sociedade terapêutica e ajudar as jovens da Hudson School a prepararem-se para uma vida decente e digna.
A base do seu trabalho continuava sendo o Teatro da Espontaneidade e instituiu um “Impromptu Theatre”, no Carnegie Hall, em 1927.
Em 1936 fundou o Beacon Hill Sanato-rium, seu próprio hospital para doentes mentais, e uma escola, em Beacon. Era um casarão branco comprado por US$ 2 mil, emprestados pelas filhas de uma paciente. O dinheiro da reforma do sanatório e da construção do teatro de psicodrama veio de outra paciente ilustre, Gertrude Tone, internada devido ao alcoolismo. O teatro de Beacon foi dedicado a ela. Nesses anos Moreno recebeu um importante apoio moral e financeiro de seu irmão William, que emigrara para a América pouco antes dele e era um empresário bem-sucedido. Com sua ajuda foi montado, em 1942, um teatro de psicodrama, em Nova York, e uma editora, a Beacon House, para publicar os trabalhos de Moreno de forma independente e sem interferências. A revista Sociometry e a edição americana de The Words of the Father (Ética dos Pais) foram as primeiras publicações, seguidas depois por muitas outras.
Com Florence, sua primeira esposa, teve uma filha, Regina, mas esse casamento não deu certo.
Zerka, a companheira
Somente alguns anos mais tarde, em 1941, Moreno iria encontrar sua verdadeira companheira. Celine Zerka Toeman chegou ao consultório levando a irmã doente. Fugira da Europa nazista. Surgiram imediatamente um interesse e uma simpatia mútuos e uma necessidade um do outro. Zerka logo tornou-se uma colaboradora notável e insubstituível.
Em 1952 nascia o filho Jonathan. Os pais decidiram criá-lo de acordo com os princípios do psicodrama e da sociometria.
Três anos depois Zerka começou a sentir fortes dores no ombro direito. Depois surgiu um nódulo. Recebeu durante anos tratamento para artrite. Só em 1957 foi diagnosticado um tumor maligno no ombro. A única solução era uma cirurgia radical.
Moreno, médico, sentia-se impotente e não se perdoava por sua ingenuidade e insensibilidade diante do sofrimento da mulher. Zerka estava arrasada. Ele só lhe pedia que preservasse o equilíbrio por causa do filho, assegurando-lhe que a amaria para sempre.
Após a cirurgia bem-sucedida, Zerka continuou trabalhando e assumindo tarefas cada vez mais importantes. Tornou-se uma administradora capaz, psicodramatista talentosa, pesquisadora sociométrica, escritora, editora, professora. Além disso, continuou dirigindo, costurando, datilografando e dançando.
Nos anos da Segunda Guerra Mundial, a sociometria, a terapia de grupo e o psicodrama tiveram aplicações práticas e um importante reconhecimento. Os funcionários da Cruz Vermelha recebiam treinamento psicodramático e sociométrico para tornar mais humano seu atendimento. Essas técnicas tiveram também um papel importante nas Forças Armadas britânicas. Foram usadas na seleção e no treinamento de soldados e para reduzir as perdas por problemas psicológicos. A psicoterapia de grupo tornou-se o tratamento preferido nos hospitais militares, não somente em vista do custo mais baixo, mas por tratar-se de uma terapia eficaz. “As pessoas ficam doentes num grupo; elas se recuperam melhor num grupo...”.
Acompanhado por Zerka, Moreno visitou inúmeros países para divulgar suas idéias e métodos terapêuticos. Entre seus livros destacam-se Sociometry, Experimental Method and the Science of Society, publicado em 1951, e Who Shall Survive? revisto em 1953, e vários outros sobre psicodrama.
Jacob Levy Moreno morreu em Beacon, em 14 de maio de 1974, aos 85 anos de idade e pediu que em sua sepultura fossem gravadas as seguintes palavras:
“Aqui jaz aquele que abriu as portas da Psiquiatria à alegria”. 
 
https://maestrovirtuale.com/o-psicodrama-de-jacob-levy-moreno-em-que-consiste/
Aplicação da Teoria de Moreno nos dias de hoje:
Psicodrama é uma psicoterapia em grupo em que a representação dramática improvisada é usada como núcleo de abordagem e exploração da psique humana e seus vínculos emocionais, visando à catarse e ao desenvolvimento da espontaneidadedo indivíduo. Os principais objetivos do Psicodrama são restabelecer os potenciais de espontaneidade/criatividade das pessoas, desenvolver a percepção sobre si mesmo, o outro e o mundo, promover o desempenho adequado dos papéis e tornar a pessoa diretor, autor e ator de seu próprio drama, de sua própria vida.
Hoje em dia existem vários grupos, blogs, encontros, páginas em redes sociais, vídeos no YouTube, Sociedades de Psicodrama, Federação Brasileira etc. Muitos profissionais usam este método para terapias grupais.
Exemplos de Grupos:
- IMPSI - Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno: é uma associação de ensino, supervisão, divulgação dos conhecimentos e da prática psicodramática. É reconhecido pela Federação Brasileira de Psicodrama (Febrap), que regulamenta os estudos teóricos e práticos do Psicodrama. Página no Facebook: https://www.facebook.com/impsimg/?ref=page_internal
-SOPSP- Sociedade de Psicodrama de São Paulo: Fundada em 15 de dezembro de 1970, com o objetivo de fomentar o ensino, a pesquisa e a aplicação do psicodrama em suas múltiplas abordagens, a SOPSP foi uma das primeiras organizações de psicodrama no país. Foi de importância fundamental para a concepção e criação da Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP). Teve também participação ativa na criação do 1º Congresso Brasileiro de Psicodrama em 1978, que desde então ocorre bianualmente. A Sociedade de Psicodrama de São Paulo (SOPSP) – filiada à Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP) – é uma instituição civil sem fins lucrativos e de utilidade pública municipal (Decreto 17.693/81). A nossa estrutura política administrativa atual é inspirada no modelo parlamentarista, no qual a Diretoria Executiva (DE) cuida de questões administrativas e a Câmara de Representantes (CR) avalia questões do âmbito político e da conformidade de projetos com os objetivos da sociedade. Seus objetivos são: Promover a formação e a educação continuada de profissionais em Psicodrama, por meio de cursos de pós-graduação, de extensão e eventos, implementar trabalhos para as áreas de Educação, Saúde e Organização da comunidade visando a construção de relações sociais saudáveis, realizar e divulgar estudos e pesquisas que promovam a pluralidade do pensamento e inovação do Psicodrama. Site: http://www.sopsp.com.br/
- Grupos de Estudos em Psicodrama: O grupo de estudos pretende possibilitar um espaço de estudo e compartilhamento da teoria e método do psicodrama à comunidade, bem como desenvolver estudos dirigidos com base na teoria do psicodrama, utilizando livros e artigos científicos sobre variados temas. O Grupo alinha Teoria e Prática, aplicando o método do role-playing (e outros métodos) para ampliar e aprofundar o aprendizado dos participantes. O Grupo é aberto para Alunos e Profissionais de Psicologia. Eventualmente - dependendo da temática do encontro - o evento é voltado apenas para comunidade interna da Associação Paranaense de Psicodrama. A participação no grupo é de alunos de psicologia a partir do 5°período. Este Grupo faz parte da Associação Paranaense de Psicodrama (https://www.psicodrama.org.br/): A Missão da Associação é propiciar o ensino e o debate científico acerca do Projeto Socionômico (Psicodrama) de Jacob Levy Moreno, juntamente com a participação da comunidade e demais meios científicos, educacionais, sociais e culturais, além de atender a comunidade carente em psicoterapia individual, grupal e familiar e grupos temáticos socioeducativos e intervenções psicossociais. Além disso, seu foco está na formação de Psicodramatistas e a divulgação do Psicodrama enquanto metodologia.
 Site: https://www.psicodrama.org.br/post/grupoestudospsicodrama
Princípios teóricos básicos do Psicodrama:
O Psicodrama procura levar a pessoa a entrar em contato com questões que estejam dificultando sua atuação em situações cotidianas, por falta de espontaneidade e criatividade. Cada sessão permite uma experiência existencial, estimulando respostas criativas e espontâneas na vida. O papel do psicodramatista é coordenar todo o processo, considerando os alicerces teóricos nos quais a metodologia é fundamentada.
Criatividade e Espontaneidade
A espontaneidade e a criatividade funcionam como dinamizadores psicológicos. As atuações são pautadas nesses dois conceitos e são reguladas por eles. Criatividade e Espontaneidade são recursos inatos do ser humano, mas podem sofrer alterações devido aos sistemas e regras sociais aos quais o indivíduo está submetido.
Com o Psicodrama, é possível trazer à tona situações, sensações e sentimentos que ajudam a reconhecer e a reconstruir a personalidade. Essa depuração, conseguida através de técnicas específicas, proporcionam o restabelecimento da espontaneidade e da criatividade. Com isso, o indivíduo torna-se capaz de dar respostas novas e adequadas a problemas com que se depara no dia a dia.
Para despertar a Criatividade e Espontaneidade do indivíduo, o Psicodramatista se baseia em alguns conceitos básicos:
Empatia
É a capacidade de sentir e perceber o outro em determinada situação.
Tele
Refere-se à “dupla empatia”, momento em que ambos conseguem se reconhecer, sentir e perceber o outro mutuamente.
Teoria dos papéis
Durante toda a vida, a partir das interações com o mundo, o ser humano vai assumindo infinitas funções, na família, na sociedade, no trabalho ou até consigo mesmo, o que no Psicodrama denominamos como papéis.
Matriz de identidade
É uma das bases do Psicodrama, sendo a coexistência, coação e Co experiência, conforme as fases de desenvolvimento dos papéis.
O que faz um psicodramatista?
Ancorado no referencial teórico, prático e metodológico, o diretor de Psicodrama valoriza o aqui e agora, em prol da liberação da espontaneidade e da criatividade do indivíduo. Combinando ação intuitiva e compreensão intersubjetiva, cria um ambiente para a cocriarão e a investigação, onde todos os envolvidos (terapeuta e paciente, facilitador e grupo etc.) assumem o status de pesquisadores.
Existe um vasto e consistente caminho teórico que o psicodramatista deve percorrer, munindo-se de um arsenal de técnicas que usará em sua atuação profissional. Assim, há um campo aberto de possibilidades na utilização do Psicodrama, seja nas terapias, na área social, educacional ou empresarial.
A ação dramática
O Psicodrama se desenvolve passando por três estágios:
1 – O aquecimento
Compreende a preparação do grupo ou do indivíduo, quando se definem a cena, o enredo e o protagonista ou tema protagônico. É fundamental garantir o envolvimento nessa etapa, que é o que faz um psicodramatista bem preparado.
2 – A dramatização
É o momento da atuação dramática, embasada no roteiro definido pelo aquecimento.
3 – O compartilhamento
Participantes da dramatização apresentam suas impressões e percepções, concentrando-se nos seus insights e como a cena refletiu na sua consciência para novas respostas.
Elementos da cena psicodramática
Baseados no modelo teatral, são definidos cinco elementos:
Palco – condições e ambiente criado pelo grupo e Diretor para que as ações dramáticas ocorram. 
Protagonista – personagem ou tema destacado para as ações dramáticas do encontro.
Egos auxiliares – pessoas que contracenam com o protagonista.
Plateia – demais participantes que acompanham a dramatização, quando o Psicodrama é aplicado em grupo.
Diretor – atua garantindo o bom desenvolvimento da cena, que é mais um aspecto que demonstra o que faz um psicodramatista.
Técnicas psicodramáticas
Aqui entra a boa formação do psicodramatista, com a escolha adequada das técnicas que realmente correspondem ao momento dentro do Psicodrama. Cada uma delas tem uma função, que corresponde a estágios do desenvolvimento da matriz de identidade. O envolvimento com o tema e a experiência depende da competência na seleção correta das técnicas psicodramáticas.
Todo o processo, desde a escolha da cena até o compartilhamento final, é norteado pelas técnicas e exige responsabilidade, expondo o que faz um psicodramatista. Cabe a ele promover todos os esforços no sentidode envolver cada participante e protagonista em cada fase da experiência.
Quando aplicado em grupo, mesmo os membros da plateia perceberão uma conscientização e uma libertação emocional, ao participar e contribuir nas etapas do Psicodrama. Há crescimento e enriquecimento psicológico de todos os integrantes do grupo, pelas descobertas sobre suas próprias vivências refletidas na cena dramática.
REFERÊNCIAS:
http://www.morasha.com.br/biografias/jacob-levy-moreno.html
https://maestrovirtuale.com/o-psicodrama-de-jacob-levy-moreno-em-que-consiste/
http://www.sopsp.org.br/index.php/psicodrama

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