Teoria dos Grupos Operativos - Pichon-Rivière

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05/04/2022
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O Grupo Operativo
de Pichon-Rivière
Enrique Pichon-Rivière 
(Genebra, 25/06/1907 - Buenos Aires, 16/07/1977) 
psiquiatra e psicanalista francês-suíço nacionalizado argentino
.
1) Teoria da informação (EUA) + Psicanálise (Kleiniana / Bioniana) 
+ microssociologia Lewiniana.
Psicanálise + Materialismo dialético = grupo operativo 
Psicologia social crítica
Epistemologia convergente = ampliar os referenciais disponíveis 
para pensar a subjetividade.
Grupo Operativo
Grupo:
“Todo conjunto de pessoas ligadas entre si por constantes 
de tempo e espaço, 
e articuladas por sua mútua representação interna, 
que se propõe explícita ou implicitamente uma tarefa que 
constitui sua finalidade.” (1977)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enrique_Pichon_Rivi%C3%A8re
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“Já afirmamos que a psicologia social consiste na averiguação das
formas de interação.
Para essa averiguação, construímos um esquema intitulado do cone
invertido, no qual registramos como modalidades de interação ou
observáveis - particularmente no interior do grupo operativo – os
processos de:
Afiliação – Pertença – Cooperação – Pertinência – Comunicação –
Aprendizagem – Telê.”
(PICHON-RIVIÈRE, 1977, p. 253)
Avaliação do processo grupal: 
indicadores
Avaliação do processo grupal: 
indicadores
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Categorias que possibilitam uma avaliação básica através da
classificação de modelos de conduta grupal:
1º vetor: Afiliação / Pertença:
“O primeiro vetor dessa categorização inclui os fenômenos de
afiliação ou identificação com os processos grupais,
com relação aos quais, no entanto, o sujeito guarda uma determinada
distância, sem incluir-se totalmente no grupo.
Esse primeiro momento de afiliação, próprio da história de todo
grupo, converte-se mais tarde em pertença, uma maior integração ao
grupo,
o que permite aos membros elaborar uma estratégia, uma tática, uma
técnica e uma logística.
A pertença é que torna possível o planejamento.”
(PICHON-RIVIÈRE, 1977, p. 175)
Grupo Operativo
Categorias que possibilitam uma avaliação básica através da
classificação de modelos de conduta grupal:
2º vetor: Telê: “definido pelo professor Moreno como disposição
positiva ou negativa para trabalhar com um membro do grupo.”
“Isso configura o clima, que pode ser traduzido como transferência
positiva ou negativa do grupo com o coordenador e dos membros
entre si.”
(PICHON-RIVIÈRE, 1977, p. 176).
Grupo Operativo
3º vetor: Cooperação: contribuição, ainda que silenciosa, para a
tarefa grupal (papéis diferenciados).
“
Caráter interdisciplinar e o interjogo entre verticalidade e
horizontalidade no grupo operativo.”
Grupo Operativo
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4º vetor: Pertinência: centrar-se do grupo na tarefa prescrita e no
esclarecimento da mesma.
“Avalia-se a qualidade dessa pertinência de acordo com o montante
da pré-tarefa, da criatividade e da produtividade do grupo e suas
aberturas a um projeto.”
Grupo Operativo
5º vetor: Comunicação: leva-se em consideração o conteúdo da
mensagem e também o como e o quem dessa mensagem
(metacomunicação). Mal-entendido dentro do grupo = contradição
destes dois elementos.
6º vetor: Aprendizagem: é obtida pela somatória de informação dos
integrantes do grupo, cumprindo-se em um dado momento a lei da
dialética de transformação da quantidade em qualidade. (resolução
de ansiedades, adaptação ativa à realidade, criatividade, projetos,
etc.)
“Ambos os aspectos formam uma unidade e são interdependentes.
A comunicação é o trilho da aprendizagem.”
Grupo Operativo
2) ECRO (Esquema Conceitual, Referencial e Operativo)
Construção que implica um processo de aprendizagem e que
obriga os integrantes do grupo a uma análise de suas referências
pelo confronto/conflito com os demais membros do grupo.
Através de sucessivas voltas espirais vai-se criando uma base
comum, um denominador grupal, a partir do qual o grupo
poderá se orientar, se referir.
Grupo Operativo
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3) O conceito de tarefa é central na proposta grupalista de
Pichon-Rivière.
Dois sentidos de tarefa:
- Objetivo comum de um grupo: tema a partir da qual o grupo
se reúne – momento do processo grupal no qual se elaboram
as ansiedades, efetuando-se um certo insight sobre o tema
eleito.
- A tarefa-objetivo: elemento disparador do processo grupal.
Tem um aspecto manifesto (aquela que é dada racionalmente
aos integrantes) e outro latente (outros sentidos que vão
surgindo à medida que o tema vai se desenvolvendo).
Grupo Operativo
4)
Pré-tarefa
Momento das resistências, da impossibilidade de responder ao
objetivo eleito que exige outra conduta frente ao novo.
Ansiedade confusional e persecutória (ansiedade paranóide) –
ameaça que o grupo exerce sobre os indivíduos, que temem
perder seus esquemas referenciais.
Grupo Operativo
4)
Tarefa
Momento do grupo, mediar sobre limites e alcances do grupo.
Aprender a pensar. (Ansiedade depressiva) – abandono do
vínculo anterior.
Projeto: Momento em que o grupo cria, produz estratégias e
táticas.
# A passagem da pré-tarefa ao projeto se dá pela construção do
ECROS.
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5) Função de interrelação grupal, o papel emerge
necessariamente em uma situação e será sobre esta que a
análise acontecerá. No grupo se dá um jogo de adjudicação e
assunção de papéis.
Verticalidade: está relacionado com a história, com o pessoal de
cada integrante, que permite assumir certos papéis que foram
adjudicados pelos demais.
Horizontalidade: Estruturação atual do grupo. Podem ser
latentes ou inconscientes. Quando inconscientes chama-se
universais de grupo ou fantasias básicas universais.
Grupo Operativo
PAPÉIS GRUPAIS:
Líder: A estrutura e função do grupo se configuram de acordo com
os tipos de liderança assumidos pelo coordenador, apesar de a
concepção de líder ser muito singular e flutuante. O grupo corre o
risco de ficar dependente e agir somente de acordo com o líder e
não como grupo.
Porta-voz: é aquele que expressa as ansiedades do grupo, ele é o
emergente que denuncia a ansiedade predominante no grupo.
Grupo Operativo
PAPÉIS GRUPAIS:
Bode expiatório: é aquele em quem as ansiedades do grupo são
depositadas; pode-se dizer dele como sendo depositário de todas as
dificuldades do grupo e culpado de cada um de seus fracassos.
Sabotador: é aquele que conspira contra a evolução e conclusão da
tarefa, podendo levar à segregação do grupo.
Grupo Operativo
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REFERÊNCIAS
PEREIRA, Thaís Thomé Seni Oliveira. Pichon-Rivière, a dialética e os grupos
operativos: implicações para pesquisa e intervenção. Rev. SPAGESP, Ribeirão
Preto, v. 14, n. 1, p. 21-29, 2013.
Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
29702013000100004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 02 nov. 2021.
PICHON-RIVIÈRE, Enrique. Teoria do vínculo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
(Original publicado em 1982).
PICHON-RIVIÈRE, Enrique. O processo grupal. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2005. (Original publicado em 1977).