Grupos Operativos - Mulheres em vulnerabilidade

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O Grupo Operativo com Mulheres em Vulnerabilidade Social 
O estudo apresentado no artigo, baseando-se na Psicanálise de Grupos e nas contribuições de autores como Pichon-Rivière e Renè Kaes, teve como objetivo promover um espaço de acolhimento, reflexão e construção coletiva do conhecimento a partir do debate das questões que ali emergiam de cada uma das mulheres participantes. 
Observou-se que os conteúdos que emergiam das falas criaram um ‘’mito’’ de que a família, mais especificamente a figura da mãe, era a responsável pelas angústias e culpada pela condição atual de vida. 
Esta elaboração, que nasce da fala da primeira integrante, permitiu ao autor identificar a presença da fantasia, utilizada pelo sujeito como uma forma de lidar com a angústia da impotência e 
como uma forma de identificação na vinculação dos componentes de um grupo.
Outro ponto observado foi o papel da religião como único meio de amparo para passar por momentos difíceis e a ideia de que foram designadas a passar por eles. Sendo assim, compreendemos o papel importante da religião a vida psíquica das pessoas. ‘’(...)Durkheim (1960/2008) fundamenta, dentre os aspectos primordiais da religião, um no qual é necessário destacar: o sobrenatural como explicação dos fatos’’.
 Por fim, o grupo, ao ser questionado sobre o que é mulher, a principal característica mencionada pelo grupo foi a força. Daí emerge mais um ponto a ser explorado socialmente: a constituição da figura da mulher como alguém que deve suportar tudo para assim ser suporte para o outro. 
O grupo funciona como um espaço de metacomunicação, no qual fala-se além do que é de fato dito. Através da interação do grupo, os integrantes conseguem ver a si mesmos nos outros e entender que não é somente ele o possuidor de problemas e então forma-se um espaço de acolhimento e reflexão.
Ao passar dos encontros, possibilitou a busca pela autonomia e que cada uma olhasse para si, exercício pouco ou quase nunca praticado diariamente pelas responsabilidades que são impostas historicamente às mulheres.