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ANÁLISES TOXICOLÓGICAS E AMBIENTAIS Fases da intoxicação FASES DA INTOXICAÇÃO Toxicologia Toxicidade A toxicidade envolve a liberação do toxicante para o alvo (ou alvos) e interações com alvos moleculares endógenos que iniciam distúrbios na função e/ou estrutura celular que podem iniciar mecanismos de reparo. • Mecanismos celulares contribuem para a manifestação da toxicidade – uma série de eventos que iniciam com a exposição e culminam no efeito tóxico. 1. Toxicante é liberado para o órgão-alvo; 2. Interação com moléculas endógenos ou alteração do ambiente; 3. Alterações na função ou estrutura celular; 4. Mecanismos de reparo (molecular, celular e tecidual) são ativados; 5. Toxicante excede a capacidade reparadora ou o reparo não funciona = TOXICIDADE - necrose - câncer - fibrose Toxicidade Fases da intoxicação Exposição Toxicocinética Toxicodinâmica Clínica Toxicocinética: Estudo dos mecanismos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção de xenobióticos. Toxicodinâmica: Estudo da natureza da ação tóxica exercida por substâncias químicas sob os sistemas biológicos, sob o ponto de vista bioquímico e molecular – MECANISMO DE AÇÃO. Fases da intoxicação Intensidade do efeito depende da concentração e persistência do toxicante. O toxicante liberado para o alvo reage com ele, e a disfunção celular resultante manifesta-se em toxicidade. O xenobiótico pode não reagir com a molécula-alvo específica, mas influenciar de maneira adversa no ambiente biológico, produzindo efeitos deletérios. ABSORÇÃO TOXICODINÂMICA DISTRIBUIÇÃO Toxicocinética Absorção vs. Eliminação pré-sistêmica Absorção Transferência do composto químico do local de exposição para a superfície corpórea - Passagem por membranas Concentração, área de superfície exposta, características da camada epitelial e a solubilidade lipídica. Toxicantes podem ser eliminados durante a transferência do local de exposição para a circulação sistêmica FÍGADO eliminação pré-sistêmica (metabolismo de primeira passagem) Diminuem efeitos tóxicos, mas podem contribuir para lesões da mucosa Toxicocinética Distribuição para o alvo vs. para longe dele Toxicantes saem do sangue, entram no espaço extracelular e atingem o sítio de ação. Circulação sistêmica ↔ tecidos Toxicocinética Mecanismos que facilitam a distribuição para o alvo: Porosidade do endotélio capilar (acúmulo no fígado e rim) Transporte especializado através da membrana plasmática (canais de íons, carreadores, endocitose) Ligação reversível intracelular (cátions orgânicos e inorgânicos, hidrocarbonetos aromáticos se ligam à melanina). Toxicocinética Mecanismos que dificultam a distribuição para o alvo Forte ligação com proteínas plasmáticas (sangue para tecido) Barreiras especializadas (capilares de neurônios, Células de Sertoli, placenta – efetivas contra toxicantes hidrofílicos) Distribuição dos sítios de armazenamento: acúmulo em tecidos não significativos Associação com proteínas ligantes intracelulares (metalotioneína) Liberação a partir das células (proteína multidrogas dependente) – expulsam os toxicantes das células para o espaço extracelular Toxicocinética Toxificação vs. Detoxificação Biotransformação para produtos danosos - toxificação ou ativação metabólica. A maioria da toxificação causada por xenobióticos reage indiscriminadamente com moléculas endógenas com grupos funcionais suscetíveis. Esse aumento da reatividade pode ser devido à conversão em (1) eletrófilos; (2) radicais livres; (3) nucleófilos; ou (4) reagentes redox-ativo. A maioria dos metabólitos reativos é molécula elétron deficiente Toxicocinética Toxificação vs. Detoxificação Biotransformações que eliminam o toxicante ou previnem sua formação. Detoxificac ̧ão de toxicantes sem grupos funcionais Detoxificação de nucleófilos Detoxificação de eletrófilos Detoxificação de radicais livres Detoxificação de toxicantes sem grupos funcionais Oxidação, Hidroxilação, Hidrólise, Desaminação Fase I Agente químico P 450 Derivado OH COOH NH2 Fase II Conjugado OH Ácido glicurônico HidrossolubilidadeLipofilicidade Introdução de um grupo funcional Ácido endógeno é adicionado ao grupo funcional Detoxificação de radicais livres Toxicocinética Toxificação vs. Detoxificação Quando a detoxificação falha: - Toxicante inativa uma enzima detoxificante; - Detoxificação é revertida após a transferência para outros tecidos; - Subprodutos danosos são gerados pelo processo de detoxificação Toxicocinética Excreção vs. Reabsorção Excreção: mecanismo físico para a remoção do xenobiótico; Rota e velocidade: dependem da propriedade físico-químico do toxicante Principais órgãos de excreção: rins e fígado removem compostos altamente hidrofílicos. Não há mecanismos eficientes de eliminação para compostos químicos altamente lipofílicos = ACÚMULO Toxicocinética Excreção vs. Reabsorção Três processos, um tanto ineficientes, estão disponíveis para a eliminação de compostos altamente lipofílicos: (1) excreção pelas glândulas mamárias, suor, saliva, lágrimas; (2) excreção biliar; (3) excreção para o lúmen intestinal a partir do sangue; (4) excreção pulmonar Toxicantes voláteis não reativos, como gases e líquidos voláteis, difudem-se dos capilares pulmonares para o interior dos alvéolos e são exalados. Toxicocinética Excreção vs. Reabsorção Toxicantes liberados para o interior dos túbulos renais: difusão, por meio das células tubulares, para os capilares peritubulares - aumenta a concentração intratubular, o tempo de residência do composto químico pela diminuição do fluxo urinário. - dependente da solubilidade lipídica do composto Toxicantes liberados para o sistema digestório pela excreção biliar, gástrica e intestinal e secreção por glândulas salivares e exócrinas pancreáticas: reabsorção por difusão pela mucosa intestinal (formas lipossolúveis) - interação com a microbiota intestinal Toxicodinâmica Ligação ao alvo: série de eventos bioquímicos secundários levando a um dano que se manifesta em vários níveis da organização biológica. Afinidade e efeitos sobre o alvo Toxicodinâmica Atributos das moléculas-alvo Todos os compostos endógenos são potenciais alvos para os toxicantes. Ácidos nucleicos, proteínas e as membranas: mais prevalentes e relevantes; Identificação da molécula-alvo responsável pela toxicidade: 1) Toxicante reage com o alvo e afeta negativamente a sua função; 2) Alcança uma concentração efetiva no sítio-ativo; 3) Altera o alvo de maneira mecanisticamente relacionada à toxicidade observada. Tipos de reações Ligação não covalente (reversível) entre toxicante e receptores de membrana, receptores intracelulares, canais iônicos e algumas enzimas; Ligação covalente (irreversível) altera de forma permanente as moléculas endógenas; Transferência de elétrons: compostos químicos podem trocar elétrons por reduzir ou oxidar outras moléculas, produzindo produtos secundários danosos; Efeitos dos toxicantes sobre as moléculas-alvo Disfunção das moléculas-alvo: toxicantes simulam ligantes endógenos inibindo a função da molécula-alvo (bloqueiam receptores, canais iônicos, inibem enzimas); - Alteração da estrutura ou conformação de uma proteína Destruição da molécula-alvo: radicais livres podem degradar moléculas de ácidos graxos, fragmentar o DNA; Formação de neoantígenos: ligações covalente de xenobióticos à proteínas podem ativar o sistema imune. Disfunções celulares Referências Atividade Com base na leitura do texto “Glifosato como desregulador endócrino químico”, responda as questões abaixo: O que é um desregulador endócrino? Qual a principalvia de absorção do glifosato? Qual a sua molécula-alvo e os efeitos resultantes dessa interação? Quais via de detoxificação e excreção podem ser ativadas? (file:///C:/Users/User/Documents/Aline/Anhembi/2022_1/An%C3%A1lises%20T oxico/Aulas/348-1514-2-PB.pdf)
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