Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL ENGENHARIA MECÂNICA FILIPE ANDRADE DE LIMA VICENTE PEREIRA DA SILVA NETO ESTUDO E ANÁLISE DE VOLUME DE CONDENSADO FORMADO PARA DIFERENTES TEMPERATURAS NO TROCADOR DE CALOR EGR TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO BRASÍLIA 2021 FILIPE ANDRADE DE LIMA VICENTE PEREIRA DA SILVA NETO ESTUDO E ANÁLISE DE VOLUME DE CONDENSADO FORMADO PARA DIFERENTES TEMPERATURAS NO TROCADOR DE CALOR EGR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Mecânica, do Centro Universitário do Distrito Federal. Orientador: Ms. Thiago F. Gomes BRASÍLIA 2021 FILIPE ANDRADE DE LIMA VICENTE PEREIRA DA SILVA NETO ESTUDO E ANÁLISE DE VOLUME DE CONDENSADO FORMADO PARA DIFERENTES TEMPERATURAS NO TROCADOR DE CALOR EGR Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação de Engenharia Mecânica ou Civil do Centro Universitário do Distrito Federal - UDF, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Engenharia Mecânica ou Civil. Orientador: Ms. Thiago Ferreira Gomes. Brasília, 26 de Novembro de 2021. Banca Examinadora ____________________ Ms. Thiago F. Gomes Centro Universitário do Distrito Federal ____________________ Dr. Osvaldo Kojiro Centro Universitário do Distrito Federal ____________________ Ms. Tiago de Melo Centro Universitário do Distrito Federal RESUMO LIMA, Filipe e NETO, Vicente. Estudo e análise de volume de condensado formado para diferentes temperaturas no trocador de calor EGR. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Mecânica) – Centro Universitário do Distrito Federal. Brasília. 2021. O Programa de controle da poluição do ar por veículos automotores (PROCONVE) prevê que veículos automotores pesados tenham uma redução significativa na emissão de poluentes, com isso a pesquisa a ser realizada trata-se de uma análise do volume de condensado gerado em diferentes temperaturas no trocador de calor, tendo em mente um objetivo de estudo à aplicação ao motor de ciclo diesel um sistema de recirculação de gases de escape (EGR) para os coletores de admissão gerando uma redução significativa da produção de NOx, entretanto, a utilização do sistema (EGR) cria uma grande dúvida a questão do excesso de produção de material particulado e a formação de condensado, nos levando a deduzir uma redução significativa da vida útil do motor ou se esse processo realmente ocorre. Palavras-chave: NOx. Material particulado. EGR. Emissões. ABSTRACT LIMA, Filipe and NETO, Vicente. Study and analysis of the volume of condensate formed for different temperatures in the EGR heat exchanger. 2021. Course Conclusion Paper (Bachelor in Mechanical Engineering) - Centro Universitario do Distrito Federal. Brasilia. 2021. The Air Pollution Control Program by Motor Vehicles (PROCONVE) provides that heavy motor vehicles will have a significant reduction in the emission of pollutants, so the research to be carried out is an analysis of the volume of condensate generated at different temperatures in the heat exchanger, having in mind a study objective to the application to the diesel cycle engine an exhaust gas recirculation system (EGR) for the intake manifolds generating a significant reduction in the production of NOx, however, the use of the system ( EGR) creates a great doubt the issue of excess production of particulate matter and the formation of condensate, leading us to deduce a significant reduction in the useful life of the motor or whether this process actually occurs. Keywords: NOx. Particulate material. EGR. Emissions. LISTA DE TABELAS Tabela 1 Constantes relativas ao mecanismo de Zeldovich ....................................................... 16 Tabela 2 Medidas Trocador de Calor EGR .................................................................................... 31 Tabela 3 Configurações Mesh ANSYS 2019 ................................................................................. 33 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Gráfico comportamento pressão .................................................................................... 12 Figura 2 - Diagrama de funcionamento motor diesel com EGR ................................................. 15 Figura 3 - Formação de NOx. ........................................................................................................... 16 Figura 4 - Monóxido de nitrogênio em função do excesso de ar ................................................ 17 Figura 5 - Simulação de NOx em um motor a diesel ..................................................................... 18 Figura 6 - Redução de NOx e aumento do índice EGR ............................................................... 18 Figura 7 - Evolução da frota de veículos do ciclo diesel até 2009 ............................................. 20 Figura 8 - Emissões estimadas de CO ........................................................................................... 21 Figura 9 - Emissões estimadas de NMHC (Hidrocarbonetos não metano) .............................. 21 Figura 10 - Emissões estimadas de NOx ....................................................................................... 22 Figura 11 - Emissões estimadas de Material particulado ............................................................ 22 Figura 12 - Diagrama de funcionamento do Arla 32 no motor diesel ......................................... 23 Figura 13 - Desenho esquemático do Arla 32 no motor a diesel ................................................ 24 Figura 14 - Implementação normas PROCONVE ......................................................................... 25 Figura 15 - Limite de emissões dos motores PROCONVE P-8 .................................................. 26 Figura 16 - Gráfico Torque x Potência MAN D08 de 4 cilindros, a Diesel ................................ 26 Figura 17 Tipos de Meshing ............................................................................................................. 28 Figura 18 Vista Frontal Trocador de calor EGR ............................................................................ 30 Figura 19 Vista Isométrica Trocador de Calor ............................................................................... 30 Figura 20 Trocador de calor visão interna ...................................................................................... 30 Figura 21 Quadro de seleção ANSYS 2019 .................................................................................. 31 Figura 22 - Preenchimento volume trocador de calor EGR ......................................................... 32 Figura 23 Malha em Vista Frontal Trocador de Calor EGR ......................................................... 33 Figura 24 Malha em Vista Lateral Trocador de calor EGR .......................................................... 34 Figura 25 Malha em Vista Isométrica Trocador de calor EGR .................................................... 34 Figura 26 – Fluxo da Temperatura .................................................................................................. 37 NOMENCLATURAS PROCONVE - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. EGR - Recirculação dos gases de exaustão, do inglês Exhaust Gas Recirculation.NOx - Óxidos de nitrogênio. MP – Material particulado. CONOMA – Conselho nacional do meio ambiente. IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais. C – Celsius. K – Kelvin. CAI - Autoignição controlada, do inglês Controlled Auto-Ignition. EPA – Agência de proteção ambiental do Estados Unidos, do inglês Enviromental protection agency. H2SO4 - Ácido sulfúrico. CO – Monóxido de carbono. HC – Hidrocarbonetos. CHO – Aldeídos. NMHC – Hidrocarbonetos não metano. OCE – Emissões fora do ciclo, do inglês off-cycle emissions WNTE – Mundo para não exceder, do inglês World Not to exceed. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 10 1.1 Objetivo geral ......................................................................................................................... 11 1.2 Objetivo específico ............................................................................................................... 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................................ 11 2.1 Motores ..................................................................................................................................... 12 2.2 Autoignição ............................................................................................................................. 13 2.3 Combustão por autoignição controlada e EGR ............................................................. 14 2.4 EGR (Exhaust Gas Recirculation) ..................................................................................... 14 2.5 Óxidos de Nitrogênio (NOx) ................................................................................................ 16 2.6 Material Particulado .............................................................................................................. 19 2.7 PROCONVE ............................................................................................................................. 19 2.8 PROCONVE P-7 e P-8 ........................................................................................................... 22 3. CFD .................................................................................................................................................. 27 3.1 Independência de malha ...................................................................................................... 29 3.2 Simulação ................................................................................................................................ 29 3.3 Procedimentos ....................................................................................................................... 31 3.3.1 Geometria ............................................................................................................................. 32 3.3.2 Mesh (Malha) ....................................................................................................................... 33 3.3.3 Setup .................................................................................................................................. 34 3.3.3.1 Turbulência ................................................................................................................... 35 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................................. 36 5 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 38 5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................................ 39 6. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 39 1 INTRODUÇÃO Como principal escolha de utilização para trabalhos pesados os veículos movidos a diesel cresceram no mercado, sendo priorizados em diversos setores por sua potência elevada se comparada a outros motores de baixo custo. Entretanto, com produção de carbono negro e aerossóis primários, óxido de nitrogênio e material particulado, o motor diesel se torna um grande vilão em vista das agências regulamentadoras. Considerando a preocupação com questões globais de emissões de gases poluentes, surgiram novas ideias para reduzir a quantidade de partículas nocivas geradas por motores a diesel na atmosfera, sendo cada vez mais rigorosas as organizações, tendo que implementar regras para o controle. No Brasil, as normas de emissão para motores rodoviários pesados são de responsabilidade do PROCONVE (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), que é uma das divisões do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). (Maia, 2012) De acordo com (Cantero, 2012), para seguir uma padronização internacional de normas de controle o instituto tem como firmamento as normas europeias, conhecidas como EURO, atualmente a norma em vigor no Brasil é o PROCONVE P-7 que é o equivalente EURO V, que estabelece uma redução de 60% de óxido de nitrogênio (NOx) e 80% de material particulado (MP) quando relacionado ao PROCONVE P-5, se basear no início da regulamentação, redução chega a 96,3% de MP e 87,3% de NOx. O sistema de recirculação dos gases de escape (EGR) vem de encontro com a nova norma PROCONVE P7 equivalente a EURO V. Uma das características do EGR, é possuir um sistema autossuficiente é independente de reagentes químicos, a partir deste conceito a utilização desta tecnologia traz a reintrodução de uma parte dos gases de escape para a câmara de combustão, com a utilização do mesmo liquido de arrefecimento do motor para o resfriamento dos gases pós combustão no trocador de calor. Entretanto com a aplicação deste sistema o motor tende a ser complexo, por possui maior sensibilidade em relação ao teor de enxofre do diesel. (Maia, 2012) A recirculação dos gases de escape é utilizada para reduzir as emissões de óxido de nitrogênio (NOx) dos motores diesel, é utiliza também de um filtro de particulados para reduzir a emissão de material particulado para o meio ambiente. (Miller, 2019) Tendo em vista que o mundo está se encaminhando cada vez mais na busca de fontes de energia renováveis e formas de redução de poluentes gerados por motores a combustão, e seguindo conceitos de trabalhos anteriores (Moraes, 2010) acreditava- se por um período que a redução de NOX por meio do EGR fosse resultado do aumento da capacidade de absorção do calor do ar aspirado pelo motor devido à presença de CO2 recirculado. À medida que aumenta a capacidade de absorção do calor da entrada, a temperatura da chama durante a combustão diminui, levando a condições desfavoráveis para a formação de NOx, pois o mecanismo de formação de NOx é extremamente dependente da alta temperatura trazendo uma redução significativa de emissão de NOx, entretanto, uma peculiaridade está no acúmulo de MP emitido por conta do excesso de condensado do motor. Nessa pesquisa será avaliado e estudado formas de medição do volume de condensado gerado, com o excesso de líquido no sistema o motor pode vir a ser prejudicado tanto em eficiência, quanto em desempenho. Catalogando as temperaturas de trabalho do motor onde pode ser avaliar uma menor geração de volume condensado e levando em consideração que a quantidade de emissão de NOx e MP não vai se alterar. 1.1 Objetivo geral Medir o volume do condensado em diferentes temperaturas no trocador de calor do EGR através de simulação utilizando o software ANSYS. 1.2 Objetivo específico Analisar o aumento de volume de condensado através de simulação sobre as emissõesdo sistema de recirculação dos gases e as principais consequências na sua utilização em diferentes temperaturas. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Este capítulo tem o intuito de demonstração do funcionamento do motor a diesel e como se aplica o sistema EGR por completo, incluindo sua consequência de utilização. Dell Destacar Dell Sublinhar Dell Linha Dell Destacar 2.1 Motores Segundo (Brunetti, 2012), motores são dispositivos que possibilitam a transformação de calor em trabalho como forma de obtenção do calor, utilizando os processos de combustão como energia atômica e energia elétrica, sendo os motores a combustão interna a fonte mais utilizada, gerada através da mistura química de oxigênio e combustível. Ao considerar que a combustão é uma operação química exotérmica de oxidação de fontes de energia, o oxigênio precisa reagir com o combustível, sendo algo que encadeie a reação, conhecida como ignição. Nos motores diesel ocorre uma ignição espontânea, sendo através da alta taxa de compressão e mistura de comburente e combustível ao ponto de início do processo, a temperatura de autoignição do diesel é equivalente à 246ºC. Seu funcionamento se dá quando o combustível é injetado em alta pressão e velocidade dentro da câmara, entrando em estado de combustão em segundos, o tempo entre a injeção inicial e o início da queima é denominado atraso de combustão, essa primeira liberação de energia eleva a temperatura e pressão interna do cilindro, que reduz o atraso e queima de forma controlada a mistura. Figura 1 - Gráfico comportamento pressão Fonte: (Brunetti, 2018) Na Figura 1 é possível visualizar o ângulo da árvore de manivelas, que é uma forma muito precisa da análise da queima em motores de combustão interna. Com o indicativo de posicionamento da agulha do injetor em conjunto com a liberação de calor é um ótimo indicador de quando o combustível é injetado na câmara. Ao analisar é possível ver uma coloração em cinza claro, que corresponde a combustão em pré- mistura, tendo uma grande relevância na taxa de liberação de calor, já a próxima área com o tom de cinza escuro, mostra a taxa de liberação de calor mais controlada. Seguindo o estudo realizado por (Gervásio, 2017) para descrever o desempenho em motores de combustão interna alternativos é a pressão média efetiva, ou PME. A pressão média efetiva é a pressão teórica que, se atuasse no pistão durante o curso de potência, produziria o mesmo trabalho líquido que é realmente produzido no ciclo. Assim, para motores com mesmo volume de deslocamento, o de maior PME produzirá o maior trabalho líquido e na mesma rotação, a maior potência. 2.2 Autoignição Com um atraso de tempo entre a adição de combustível e ar no motor até o processo de queima, temos dois processos, um físico e outro químico, que pode se assemelhar ao motor Otto, ao incorporar esses dois processos temos a construção do retardamento total, onde temos a injeção do combustível sem ocasionar o aumento de pressão e temperatura, se a operação se estender mais do que o habitual, irá criar uma sobressalência de combustível que ao queimar acarretará ao acréscimo abrupto de pressão no motor, gerando uma aspereza. Decorrente a trabalhos passados (Ferreira, 2017) na fase final da combustão, devido às condições finais de pressão, temperatura e tempo, o gás remanescente entra em ignição espontaneamente e a pressão oscila muito, o que é chamado de detonação do motor. A amplitude da onda de pressão gerada por uma autoignição de grande escala pode ocasionar danos no motor devido ao aumento do estresse mecânico e térmico, a ocorrência desse fenômeno depende do projeto do motor e das características da mistura ar-combustível. A pressão em conjunto com a temperatura atua diretamente na influência da autoignição por conta do ambiente da fusão ar-combustível no processo de atraso da ignição. Considerando que a taxa de compressão é um ponto crucial no ciclo diesel que se elevado afeta diretamente o atraso de ignição e tende a comprometer a eficiência do motor em sua parte mecânica, mas se aumentarmos a pressão e a temperatura até 750ºC, o efeito de atraso será reduzido e o motor não será prejudicado. As câmaras de combustão devem ser projetadas para reprimir o processo de produção de poluentes, por exemplo o NOx (Óxido de nitrogênio), visto que durante a queima as paredes internas do cilindro podem sofrer uma alteração na temperatura que pela troca de calor aceleram o processo de combustão e elevam a temperatura da pré-mistura que gera uma alta taxa de emissão de partículas nocivas. (Brunetti, 2012) 2.3 Combustão por autoignição controlada e EGR O processo de CAI (Controlled Auto-Ignition) permite uma redução expressiva das emissões e paralelamente a redução de utilização de combustível, sendo um método de combinação de características de motores de centelha e ignição por compressão, tendo como base a compressão com a temperatura para acelerar a autoignição da mistura. Como também visto por (Meier, 2016) EGR também é usado como um método para controlar a taxa de ignição e combustão em HCCI (Homogeneous Charge Compression Ignition). O primeiro efeito é o pré-aquecimento da mistura, o que facilita a ignição. O segundo efeito é a diminuição da concentração de oxigênio, o que dificulta a ignição. O terceiro efeito é um aumento do calor específico médio, o que reduz o aumento da temperatura da mistura, com um controle de temperatura e composição de elementos, a autoignição controla as misturas estequiométricas e misturas com uma elevada taxa de diluição (diluição com EGR), resultando em baixas atmosferas de combustão, gerando menos emissões de NOx e material particulado (fumaça preta), também agregando mais eficácia a troca de calor no sistema de arrefecimento. Além de seu benefício primário de auxílio de redução de gases poluentes, o EGR tem duas vantagens em apoio ao CAI, sendo uma o auxílio de ignição dando a quantidade de calor necessária para que o sistema alcance a temperatura de autoignição e a outra é a liberação de calor para que o aumento de pressão não transforme em uma detonação precoce, entretanto o CAI é limitado a regiões de baixo torque, pois possuí uma limitação quanto a operação e controle de combustão por conta da carga diluída. 2.4 EGR (Exhaust Gas Recirculation) A recirculação de gás de exaustão desempenha um papel de grande valia para a redução de missões de poluentes em motores a diesel e com ignição por centelha ou pressão. (Bosh, 2005) De acordo com (Abdilahi, 2019), o EGR é um dispositivo que pode ser entendido como um redutor de óxido de nitrogênio para motores de combustão interna. A recirculação das emissões pode ser substancialmente influenciada a diminuição de calor de calor e pressão dos motores. Figura 2 - Diagrama de funcionamento motor diesel com EGR Fonte: (Abdilahi, 2019) Na Figura 2 é possível observar que o funcionamento do sistema é simples, ao adentrar o motor o ar (Fresh-Air) é direcionado a câmara de combustão dentro do motor (Engine), onde passa pelos seguintes processos de admissão, compressão, explosão e exaustão. Após ser expelido da câmara os gases possuem dois caminhos, sendo o primeiro o trocador de calor EGR (EGR Cooler) e o segundo caminho o gás gerado pela combustão é expelida do sistema. No trocador de calor EGR ocorre a troca de temperatura entre os fluídos, sendo um refrigerante e o outro aquecido, também é coletado a fuligem (MP). Ao atingir uma temperatura próxima ao do ar de admissão o gás é redirecionado a válvula EGR (EGR valve) que permitirá a reintrodução ao ciclo. A quantidade de gás reintroduzido no motor pode variar de acordo com a carga do motor, mas em todos os métodos pesquisados se tem a necessidade da mistura entre o ar que está entrado e o gás a ser reintroduzido. Os motores a diesel maisnovos se beneficiam de filtros coletores de partículas para remover a fuligem, cinzas e outros resíduos gerados na exaustão, e em layouts mais avançados as partículas passam por um filtro depois de sair do trocador de calor. Porém em motores mais antigos que possuem o EGR, sem a implementação desse filtro, ocorre um acumulo do material, no qual ao longo do tempo pode ocasionar problemas no funcionamento do moto, além de impactar na perda de potência. Como mencionado por (Maia, 2012), mesmo tendo uma redução significativa da formação de NOx, o EGR apresenta um sério problema que é a formação de condensado no trocador de calor onde ocorre a degradação de componentes do motor Dell Ondulado pois possuí um alto nível de concentração do condensado, e se adentrar ao processo de admissão irá contribuir para o mal funcionamento do motor. Em acordo com (Souza, 2010) a baixa temperatura do gás provoca entupimentos em tubos internos, pois com a degradação natural dos gases esse processo tende a se agravar. 2.5 Óxidos de Nitrogênio (NOx) Conforme mencionado por (Muraro, 2016), o óxido de nitrogênio é a somatória do monóxido de nitrogênio (NO) em 90% e o dióxido de nitrogênio (NO2). Em contato com a atmosfera o NO se altera para o NO2, e fazendo contato com o vapor de água, o óxido de nitrogênio forma o ácido nítrico, que em combinação com o ácido sulfúrico (H2SO4), derivado da queima de combustível com o enxofre, geram a chuva ácida. O+N2 𝐾1+ → NO+N N+O2 𝐾2+ → NO+O N+OH 𝐾3+ → NO+H Figura 3 - Formação de NOx. Fonte: (Brunetti, 2018) Reações Const. Energética(cm3/mol.s) Temperatura (K) O + N2 = NO + O 7,6 x 1013exp[-38.000/T] = K1 Entre 2.000 e 5.000 N + O2 = NO + O 6,4 x 109exp[-3150/T] = K2 Entre 300 e 3.000 N + O2 = NO + H 4,1 x 1013 =K3 Entre 300 e 2.500 Tabela 1 Constantes relativas ao mecanismo de Zeldovich Fonte: (Brunetti, 2018) De mesmo modo o (Brunetti, 2018), afirma que o grande requisito para a formação do óxido de nitrogênio é a temperatura, na Figura 3 em conjunto com a Tabela 1 podemos observar que a formação é mais evidente a partir de 1.726ºC, mas se inferior a essa temperatura praticamente cessam. Outro ponto a se observar é a quantidade de nitrogênio e oxigênio que adentraram ao cilindro, pois a temperatura depende da mistura entre os reagentes. A temperatura especulativa de queima do diesel é em torno de 2.126ºC, faz com que todas as reações citadas acima ocorram com absorção de calor, por isso são consideradas endotérmicas, por conta de seu fator de maior incidência, a temperatura. Se durante o processo há falta de oxigênio, o calor tende a ser liberado e paralelamente a temperatura teórica vai cair. Mas se temos o contrário, ou seja, o excedente de oxigênio, todo o calor é destinado a aumentar a temperatura dos gases em excesso fazendo com que reduza a temperatura dos demais. Isso induzira a redução da formação de NOx, pela quantidade de ar disponível. (Vlassov, 2007) Figura 4 - Monóxido de nitrogênio em função do excesso de ar Fonte: (Vlassov, 2007) De acordo com a Figura 4 o pico de afluência de monóxido de nitrogênio é no ponto de combustão onde o ar se encontra em excesso. Em zonas com uma grande concentração de misturas ricas o aumento de NO é determinado pelo acréscimo de temperatura, o qual como mencionado se dá pelo aumento da concentração de oxigênio, (Vlassov, 2007) também menciona no momento da combustão a um aumento abrupto da temperatura que varia de 1499ºC a 1995ºC, que gera uma gradação de 38 vezes de NO, concluindo que para reduzir a formação de NO é preciso diminuir a temperatura no ponto de combustão. Figura 5 - Simulação de NOx em um motor a diesel Fonte: (Abdilahi, 2019) Como demonstrado na Figura 3 as moléculas de N2 possuem uma ligação tripla que se torna necessário uma alta concentração de energia cinética para liberar tais reações. Na Figura 5 vemos que o ponto chave para a rápida produção ocorre em um processo iniciado pela reação de radicais com a molécula de nitrogênio para construir compostos de ciano ou formações subsequentes. (Abdilahi, 2019) Figura 6 - Redução de NOx e aumento do índice EGR Fonte: (Muraro, 2016) Como mencionado anteriormente, conforme aumentamos a razão de reintrodução dos gases, ocorre uma redução considerável de emissões de gases NOx, na Figura 6, é possível visualizar uma queda de até 50% com uma razão de apenas 20% de EGR. 2.6 Material Particulado Consoante a (Brunetti, 2018) uma parte considerável do material particulado produzido é decorrente da combustão incompleta de hidrocarbonetos combustíveis puros, sendo quase que composto somente pelo carbono gerado, no qual alimenta a ideia que outros elementos orgânicos são fixados. Atentando a temperaturas acima de 500ºC, as partículas se tornam um adensado, na medida que a temperatura reduz e fica menor que 500ºC, compostos se condensam sobre às moléculas de carbono. Decorrente o estudo realizado por (Costa, 2017) o material particulado consiste basicamente em um agregado central de carbono, hidrocarbonetos, enxofre e água. Pode ser subdividido em duas fases: a fase insolúvel está na forma sólida, formada por carbono e substâncias orgânicas (sulfatos e metais), produzida pelo desgaste de componentes e aditivos de lubrificação do motor, enquanto a fase solúvel é formada por hidrocarbonetos, combustível e lubrificantes. O material particulado é um transgressor devido à emissão de fumaça preta, prejudicial aos seres humanos. O princípio de sua formação está no processo de combustão do motor, tendo como influência altas temperaturas em pontos da câmara de combustão com alta concentração de combustível com alta massa molar e menos oxigênio (Squaiella, 2010). Um ponto de grande peso na formação do MP é o resfriamento dos gases no ponto de exaustão, pressupõe que o núcleo do material é muito volátil é estruturado por hidrocarbonetos e moléculas de ácido sulfúrico. Devido à complexidade de sua composição que não permite avaliação de uma análise química, a medição tem de ser feita por amostragem, onde os gases são concentrados em uma diluição com o ar e passam por um filtro, no qual as moléculas ficam grudadas, sendo futuramente analisado e pesado. 2.7 PROCONVE Em conformidade com o (Squaiella, 2010), a normativa do PROCONVE (Programa de controle da poluição do Ar para veículos automotores) foi baseada nas versões europeias de controle de emissões de poluentes, cujo o nome é EURO, e a agência regulamentadora EPA (Enviromental protection agency), dos Estados Unidos da América. Em 1986 o conselho nacional do meio ambiente, o CONAMA implementou as seguintes medidas com a resolução 18/1986 com suporte da lei 8.723/1993. I. Fixação de limites de emissão para reduzir a contaminação da atmosfera. II. Investimento nas áreas de pesquisa em função dos limites. III. Acompanhamento estatístico e certificação de protótipos de veículos de produção. IV. Passar para o IBAMA a autorização de utilização de combustíveis alternativos. V. Proibição da comercialização de modelos não homologados. Veículos pesados para transporte de passageiros ou cargas, com massa máxima maior que 3.856kg, ou veículos que em ordem de marcha tenham mais que 2.720kg direcionados ao transporte de passageiros e cargas iniciaram o controle de fumaça (material particulado) em 1987 com um limite total de opacidade K>2,5 em toda curva de máximo torque dos motores a diesel, enquanto o controle de emissões pelo exaustor de veículos pesados iniciou em 1993, mas de forma constante introduzindo limites das novas fases, sendo elas P-3 em 1994, a fase P-4 em 1998, a P-5 em 2004, a P-6 foi adianta para ser introduzida em conjunto com a P-7 em2012. (Ibama, 2011) Figura 7 - Evolução da frota de veículos do ciclo diesel até 2009 Fonte: (Ibama, 2011) Ao observar a Figura 7 percebe-se que ao longo dos anos o número de veículos pesados movidos a diesel cresceu bastante, mas devido a introdução das normas de controle e cobrança de mercado sobre a melhoria do controle de emissões o impacto ambiental foi reduzido. Também segundo o (Ibama, 2011), os resultados obtidos são positivos, mostram reduções expressivas de fatores como emissões de monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos (HC), Material particulado (MP) e aldeídos (CHO). Figura 8 - Emissões estimadas de CO Fonte: (Ibama, 2011) Figura 9 - Emissões estimadas de NMHC (Hidrocarbonetos não metano) Fonte: (Ibama, 2011) Ao analisar as Figuras 8 e 9, é notável o impacto de automóveis pequenos nas emissões de CO e NMHC, a estimativa de emissões até 2020 para ambos os casos eram maiores de 50% para veículos de pequeno porte. Entretanto os veículos pesados que são os grandes vilões nas emissões de MP e NOx, já não geram tanto o impacto. Figura 10 - Emissões estimadas de NOx Fonte: (Ibama, 2011) Figura 11 - Emissões estimadas de Material particulado Fonte: (Ibama, 2011) Tendo como base as Figuras 10 e 11, os veículos pesados são responsáveis por mais da metade das emissões de MP e NOx, devido a isso veio a implementação das regras da P-7 e P-8. 2.8 PROCONVE P-7 e P-8 A norma em vigor no Brasil é o PROCONVE P-7 que entrou em vigor em 2012, sendo equipolente a EURO V, os novos limites de emissões exigem modificações nos motores e sistemas de pós-tratamento dos gases e diesel com teor de enxofre reduzido em sua composição. A norma P-7 tem em seus requisitos a redução de óxido de nitrogênio em 60%, além da diminuição de emissão do material particulado em 80%. Ao defrontar a primeira norma do PROCONVE criada em 1986, temos uma redução total de 96,3% e 87,3% de NOx e MP. (Miller, 2019) A P-7 impõe a implementação de um turbo mais complexo e um filtro de partículas no sistema de exaustão, conectada direto ao escape. Outra exigência é a instalação de um reagente químico que atua pulverizando as partículas no escapamento, também conhecido como SCR (Selective Catalitye Reduction) que aplica o Arla 32 que realiza uma reação química no catalisador e paralisa a geração de NOx. Oferece o opcional da instalação do EGR, que trata diretamente na combustão como mencionado nos textos acima. (Cantero, 2012) Figura 12 - Diagrama de funcionamento do Arla 32 no motor diesel Fonte: (Volkswagen, 2018) Figura 13 - Desenho esquemático do Arla 32 no motor a diesel Fonte: (Volkswagen, 2018) De acordo com as Figuras 12 e 13 o SCR corresponde a injeção por bico injetor de uma solução líquida à base de ureia no sistema de exaustão. Seguindo a explicação de (Gomes, 2014) uma reação química no sistema de redução catalítica seletiva onde ocorre a conversão dos óxidos de nitrogênio NOx, em nitrogênio puro N2 e vapor de água, que não causam danos ambientais quando expelidos na atmosfera, mas necessitam de uma solução aquosa de ureia, o consumo do Arla 32 é de aproximadamente 5% em relação ao tanque de combustível. Segundo (Miller, 2019) a norma PROCONVE P-8 foi estabelecida em 16 de novembro de 2018, aplicando-se a todos veículos novos de carga e de passageiros que possuam um peso mínimo de 3,856 Kg. Será implementado entre 2020 e 2023, no qual a estimativa é de 70% dos veículos novos no mundo atendam aos padrões das normas reguladores de emissões. Figura 14 - Implementação normas PROCONVE Fonte: (Miller, 2019) Na Figura 14 o cronograma de implementação da P-8 será a partir do ano de 2022 a parte de homologações na qual consiste em mudanças para os testes mais complexos além da adição de exigências de avaliação durante a vida útil do motor, testes de emissões de partida a frio para comparação com tráfego real, acréscimo de emissões fora do ciclo (off-cycle emissions, OCE) tendo como base a WNTE (World Not to Exceed). Todos os novos procedimentos vão atestar que as emissões sejam reduzidas. Em 2023 os veículos pesados precisam já sair da fábrica com a homologação da agência regulamentadora e comprovação de realização dos testes. A norma P-8 também impõe novos limites de emissões gases de veículos, os padrões são baseados na EURO VI, na tabela abaixo consta a barreira de emissão dos motores a combustão. Dell Linha Figura 15 - Limite de emissões dos motores PROCONVE P-8 Fonte: (Miller, 2019) Nos motores turbos compressores, o limite de emissão terá a aplicação da somatória das emissões do escapamento e do cárter de acordo com os procedimentos da WHSC, WHTC ou WNTE. Mesmo a norma P-8 entrando em vigor a partir do ano de 2022, o mercado atual já tem a disponibilidade de veículos movidos a diesel sistema EGR instalado. Figura 16 - Gráfico Torque x Potência MAN D08 de 4 cilindros, a Diesel Fonte: (Volkswagen, 2018) A Figura 16 apresenta o gráfico de torque e potência do motor MAN/D08 a venda no mercado, é possível visualizar uma faixa plana no gráfico de torque que se deve a instalação de um sistema de turbo duplo estágio (Bi turbo) que é otimizado para baixas rotações e altas rotações, que supre a falta de potência em baixa rotação devido a instalação do EGR e também reduz o estresse das peças do motor, no qual prolongam a vida útil e menor consumo de combustível e geração de menos poluentes. 3. CFD A dinâmica de fluidos computacional (CFD) é uma subdivisão da mecânica dos fluidos que emprega à análise numérica para resolver problemas envolvendo o fluxo de fluidos. Segundo (Anon., 2018) a indústria de motores foi uma das primeiras a dar credibilidade e adotar o CFD como forma de prever fluxos internos altamente compressíveis, sendo assim com a aplicação do CDF permite que os ciclos de design e inovação tenham uma diminuição e custos reduzidos em conformidade. Decorrente ao estudo de realizado por (Santos, 2008) as técnicas em CFD por simulação tem sido uma das mais utilizadas para solução de problemas na área de mecânica dos fluidos onde a modelagem permite simular os efeitos nas concentrações em diferentes condições. Os hardwares são frequentemente usados para realizar cálculos necessários para simular a interatividade de líquidos e gases com as definições de condições de contorno, essas definições prever o escoamento do fluido, transferência de calor e massa como também reações químicas e fenômenos relacionados. As equações geralmente usadas, são de condições não lineares e utilizadas para analisar e solucionar fatores que envolvem escoamento de fluido, tendo uma análise CFD da modelagem da geometria desejada usando o software de modelagem. (Pandey, 2019) Os critérios de modelagem podem consistir em uma única peça ou em um conjunto de montagem de várias peças tendo como base, cálculos analíticos ou características geométricas reais sendo então simplificado para estudo CFD. Sendo assim e feita a discretização em vários pequenos volumes através da criação de malhas do modelo, onde o solucionador através dos métodos interativos irá obter uma solução convergente utilizando algumas equações para dar início a analise com a definição do limite e das condições iniciais. (Pandey, 2019) Cada vez mais a simulação computacional está se tornando mais importante devido ao seu baixo custo e resultados acurados, indo mais a fundo temos a dinâmica computacional de fluidos traduzida do computational fluid dynamics fornece de forma qualitativa e quantitativa a predição do comportamento do fluído através de métodos matemáticos. (Shrestha, 2016) Para calcular o modelo geométricos em 3 dimensões há várias formas que podemos escolher sendo elas o tetraedro (Tetrahedron), pirâmidequadrilateral (Quadrilateral pyramid), prisma triangular (Triangular prism) e hexaedro (hexahedron), algo que dá para se observar na figura 17, é que todos têm faces triangulares e quadrilaterais. De forma complementar a face quadrilateral em 3 dimensões pode não ser totalmente plana, sendo assim, não sendo plana pode ser considerado um volume fino que é compartilhado por dois vizinhos. Figura 17 Tipos de Meshing Fonte: (Pandey, 2019) Ao se atentar a figura 17 temos os 4 principais meshings sendo eles: I. Tetraedro (Tetrahedron), possuí 4 vértices, 6 arestas e está restrito a 4 faces triangulares, na maioria das simulações o tetraedro é gerado de forma automática. II. Pirâmide (Pyramid), tem em sua estrutura 5 vértices, 8 arestas e é restringida por 4 faces triangulares e 1 quadrilateral, é utilizado de forma efetiva em transições de elementos com faces triangulares e quadradas. III. Prisma Triangular (Triangular Prism), contém 6 vértices, 9 arestas e é restrita a 2 faces triangulares e 3 quadrilaterais. IV. Hexaedro (Hexahedron), com a maior precisão de soluções o hexaedro está restrito a 6 faces quadrilaterais, 8 vértices e 12 arestas. No software escolhido para simulação o ANSYS 2019, dispõe de dois tipos de meshing, sendo elas a malha fina e malha grossa, em modelos geométricos complexos a melhor escolha e malha tetraédrica. (Pandey, 2019) 3.1 Independência de malha De acordo com (Rocha, 2017) na simulação de malhas de maneira amiúde o resultado não é idêntico ao medido, tais diferenças são originárias de erros numéricos que são inerentes à discretização, para reduzir realiza-se a independência de malha. O qual é fundamentado na depuração das malhas, reduzindo e executando as simulações, até que os resultados confluam para um valor, ao se assemelharem será o ponto de continuidade da simulação. Ao refinar a malha há um acréscimo da quantidade de elementos, para aplicação do método tem de ser considerado o limite computacional disponível. Bem como dito por (Çengel, 2004) a etapa mais importante para uma simulação é a geração de malha, para a construção da malha é necessário às coordenadas x, y e z, que vai percorrer toda a estrutura. A fabricação de uma boa malha é uma operação demorada e que leva mais tempo que a própria solução do CFD, porém o tempo é recompensado com o resultado com maior confiabilidade. O resultado convergirá para um valor com a tendência de mudança, sabendo que refinar a malha significa aumentar o número de elementos, a metodologia para teste de independência de malha tem em vista os resultados, caso esses valores não mudarem de forma considerável, a malha original pode ser considerada como apropriada para a simulação. Caso o resultado obtiver alteração de forma significativa, a malha original terá uma resolução inapropriada para o problema. 3.2 Simulação O trocador de calor EGR tende a ter um acumulo de condensado sendo prejudicial a longo prazo o funcionamento do motor, devido ao alto custo de um motor de bancada para realização dos testes, será feita uma simulação pelo software ANSYS 2019 R2. Nesse estudo em ordem de simplificar a metodologia de simulação como líquido refrigerante foi selecionado a água em uma temperatura de 32ºC, e como fluído quente também foi selecionado a água nas temperaturas de 450º, 650ºC ,750ºC e 850ºC. Para modelagem do trocador de calor do EGR foi selecionado o AISI 304L devido a sua alta temperatura de fusão e resistência a corrosão, na figura 17 é apresentado o modelo selecionado para teste. Dell Destacar Dell Máquina de escrever METODOLOGIA: Dell Linha Dell Máquina de escrever confuso parágrafo Dell Sublinhar Dell Máquina de escrever Geometria do trocador (modelo xx adaptado para trabalho) Figura 18 Vista Frontal Trocador de calor EGR Fonte: Própria Figura 19 Vista Isométrica Trocador de Calor Fonte: Própria Figura 20 Trocador de calor visão interna Fonte: Própria Dell Destacar Dell Lápis Dell Lápis As medidas selecionadas seguem na tabela 2. Número Local Medida (mm) Espessura (mm) I Entrada/ Saída Fluído Frio 90 7 II Tubos internos 20 2 III Corpo 110 4 IV Corpo 500 2 V Entrada/Saída Fluído Quente 64 4 Tabela 2 Medidas Trocador de Calor EGR Fonte: Própria 3.3 Procedimentos Para alcançar um resultado plausível na simulação da troca de calor dos gases no trocador de calor EGR e avaliar a temperatura de formação do condensado o método de pesquisa e avaliação será a simulação de fluídos, devido ao custo de análise de motores em bancadas, também a interação por software é mais rápida e qualquer alteração, por menor que seja, pode ser detectada. As peças foram desenhadas em modelo 3D no software SolidWorks versão 2020, e passaram por testes no software ANSYS Workbench na versão de 2019 R2. Esses resultados foram feitos através de um computador com as seguintes configurações: processador Ryzen 3 3200g 3.60Ghz, com 16 GB de memória RAM DDR4, uma placa de vídeo RX 5500 XT 8GB e um SSD. Figura 21 Quadro de seleção ANSYS 2019 Fonte: Própria De acordo com a figura 18 observamos que há 6 passos de configuração do software sendo Fluid Flow, Geometry, Mesh, Setup, Solution e Results. Dell Destacar Dell Destacar Dell Lápis 3.3.1 Geometria Seguindo a ordem no primeiro o Fluid Flow é basicamente a seleção do tipo de simulação que será utilizado, como mencionado no parágrafo acima resultará nos dados de temperatura, escoamentos, transferências de calor, flutuações, combustões e reações químicas e particle tracking. A B C D Figura 22 - Preenchimento volume trocador de calor EGR Fonte: Própria Ao observar a figura 21 temos a parte de Geometry onde deverá ser inserido o modelo que será testado, para simulação utilizamos o modelo apresentado na figura 20, na qual foi elaborada uma configuração e limitação da área de teste que pode ser observada na figura 19, sendo o quadrante A o trocador de calor sem as definições de volume de fluído quente e fluído frio para a troca de calor. No B quadrante temos o trocador preenchido por completo, em que ambos trabalham em conjunto. Respectivamente nos quadrantes C e D temos o volume ocupado pelo fluído quente e fluído frio. Dell Lápis 3.3.2 Mesh (Malha) Na parte de Mesh que é o processo de transformação de formas irregulares em volumes do modelo selecionado, na simulação foram utilizadas as seguintes principais configurações de acordo com a tabela abaixo. Display Display Style Use Geometry Setting Defaults Physics Preference CFD Solver Preference CFX Element Order Quadratic Element Size 0,002m Quality Check Mesh Quality Yes, Errors And Warnings Smoothing Medium Mesh Metric None Tabela 3 Configurações Mesh ANSYS 2019 Fonte: Própria Seguindo a tabela 3 observamos que foi utilizado para cálculo a preferência de solução CFX, formas dos elementos tetraédricas e tamanho dos elementos de 0,002 m com a checagem de erros e avisos quanto a qualidade dos elementos formas, sendo assim ao finalizar o cálculo foi gerado um total de 7.156.184 nós e 4.602.474 elementos, demorando 10 minutos para sua execução. Figura 23 Malha em Vista Frontal Trocador de Calor EGR Fonte: Própria Dell Destacar Figura 24 Malha em Vista Lateral Trocador de calor EGR Fonte: Própria Figura 25 Malha em Vista Isométrica Trocador de calor EGR Fonte: Própria Visualizando as figuras 23, 24, 25 podemos ver que devido a forma complexa do trocador de calor, há pontos no qual há uma complexidade de cálculo pelo sistema, por isso há uma necessidade de um elemento em tamanho reduzido. 3.3.3 Setup A etapa do Setup é a configuração das condições de contorno a serem introduzidas na análise. Para a separação dos dados das condições de contorno no software foi criado trêsdomínios sendo eles o EGR, fluído frio, fluído quente, a pressão de entrada e saída, turbulência e velocidade do fluído foram as mesmas para todas as simulações, exceto as temperaturas de fluído quente 450ºC, 650ºC, 750ºC, 850ºC, e o fluído frio sempre de 32ºC. 3.3.3.1 Turbulência Como mencionado no (ANSYS, Inc, 2019) a turbulência corresponde a flutuações no espaço e tempo de um campo, devido a ser tridimensional, composto de várias escalas e instável se torna algo complexo. Para que se suceda a turbulência as forças de inércia devem se tornar significativas se comparadas as forças viscosas e também a caracterização de um alto número de Reynolds. Na simulação será utilizado o modelo de K-Ɛ (k-épsilon) por possuir regime bem estabelecido dentro do software, também a precisão quanto a malha, de forma que as constantes do modelo de k-Ɛ estão com os valores padrões do ANSYS. Para poder gerar as equações do fluído no trocador de calor colocamos as seguintes condições. I. O fluído refrigerante é incompressível e o fluxo de fluído gás de recirculação é compressível II. Condutividades e viscosidades térmicas são isotrópicas e dependentes da temperatura. III. Simulação deverá ser realizada em uma condição estável. IV. Propriedades do Ar são constantes e a temperatura dos tubos EGR é fixa. Como dito por (Hoseini, 2018) nos baseando nas presunções feitas acima, será apresentado as três equações base, sendo elas a equação do momento, da continuidade e da energia. Momento 𝜕𝑢𝑖𝑢𝑗 𝜕𝑥𝑖 = − 𝜕𝑝 𝜌𝜕𝑥𝑖 + 𝜕 𝜕𝑥𝑗 ((𝑢 + 𝑢𝑡)( 𝜕𝑢𝑗 𝜕𝑥𝑖 + 𝜕𝑢𝑖 𝜕𝑥𝑗 )) Continuidade 𝜕𝑢𝑖 𝜕𝑥𝑖 = 0 Dell Máquina de escrever (numeração equação e citar no texto) Energia 𝜕𝑢𝑖𝑇 𝜕𝑥𝑖 = 𝜌 𝜕 𝜕𝑥𝑖 (( 𝜇 𝑃𝑟 + 𝜇𝑡 𝑃𝑟𝑡 ) 𝜕𝑇 𝜕𝑥𝑖 ) Como já mencionado será utilizado o modelo K-Ɛ na forma das seguintes equações: I. Taxa de dissipação da energia cinética turbulenta. 𝜕𝑢𝑖𝑘 𝜕𝑥𝑖 = 𝜕 𝜕𝑥𝑖 ((𝜇 + 𝜇𝑡 𝜎𝑘 ) 𝜕𝑘 𝜕𝑥𝑖 ) +Φ − 𝜀 II. Modelo dos coeficientes de turbulência em K-Ɛ 𝜕𝑢𝑗𝜀 𝜕𝑥𝑗 = 𝜕 𝜕𝑥𝑖 ((𝜇 + 𝜇𝑡 𝜎𝜀 ) 𝜕𝜀 𝜕𝑥𝑖 ) + 𝑐1Φε − 𝑐2 𝜀2 𝑘 + √𝜇𝜀 Podemos visualizar que na resolução abaixo o quantitativo de 𝑐𝜇 é diretamente ligado a pressão rotacional e a tração, há um impacto no comportamento da velocidade no sistema em K e Ɛ, sendo assim 𝑐𝜇 não é constante ao longo de seu trajeto, mas é em função da turbulência, pressão e a rotação do fluído. (Hoseini, 2018) Φ = 𝜇 ( 𝜕𝑢𝑖 𝜕𝑥𝑗 + 𝜕𝑢𝑗 𝑥𝑖 ) 𝜕𝑢𝑖 𝜕𝑥𝑖 𝑢𝑡 = 𝑐𝜇 𝑘2 𝜀 C1=max [0.43, µ/(µt + 5)], C2= 1, 𝜎k= 1.0, 𝜎𝜀=1.2 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Durante a simulação foram gerados mais de 7.156.184 elementos tetraédricos para cálculo do objeto, o tempo médio de cálculo foi de 9 horas para cada simulação considerando mais de 60 interações, se juntar toda a memória de cálculo das 4 Dell Linha Dell Lápis Dell Lápis simulações executadas no período temos um total de 198,5 Gigabytes gerados, nos mostra que quanto mais variáveis forem consideradas na configuração das condições de contorno do projeto, mais poder computacional será necessário para realizar tal simulação. I - 450ºC II - 650ºC III - 750ºC IV - 850ºC Figura 26 – Fluxo da Temperatura Fonte: Própria Conforme observado na figura 26 temos a exibição das quatro simulações sendo a única alteração entre elas o valor da temperatura de entrada 450º, 650º, 750º,850º no trocador de calor, todas trabalharam com a pressão de entrada e saída no sistema de 1 atm, todos com a turbulência e troca de calor entre a peça, fluido quente e fluido frio. Dell Destacar Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Ao observar atentamente a figura 26 vemos que todo mapeamento de temperatura está similar em todas as simulações sendo a coloração em amarelo o ponto de maior intensidade entre elas e o único em todo o resultado, o restando do volume de temperatura vemos que ao passar da entrada do fluido quente, se estabiliza na mesma temperatura, não surtindo efeito o cálculo da troca de calor conforme foi configurado no software, vemos que a temperatura de entrada do fluido frio e a mesma da de saída, não sendo eficaz a troca de calor. Mesmo não atingindo o resultado esperado na simulação, temos um quantitativo considerável de dados gerados em todas simulações, conforme mencionado no primeiro parágrafo são 198,5GB de dados calculados pelo sistema. Para solucionar o problema temos que ser necessário remodelar o modelo do trocador de calor, para simplificar sua forma e deixar ele mais simples de ser modelado pelo sistema e reduzir seu número de nós e elementos para reduzir o poder computacional necessário para realizar o experimento, além de que quanto mais condições de contorno forem alocadas a simulação, mais precisa será o resultado, entretanto, mais vai demorar o resultado final. Também será ideal a realização de um ensaio de bancada como forma de comprovação de dados. 5 CONCLUSÃO Baseado nos dados apresentados nos capítulos anteriores e o resultado da simulação deste trabalho a confrontação de dados entre as pesquisas e a simulação mostram que é possível identificar as temperaturas em que temos a melhor eficiência do trocador de calor e como é possível trabalhar em temperaturas mais baixas evitando ainda mais a emissão de gases sem prejudicar o motor, se configuradas corretamente. As possíveis diferenças entre a análise de um trocador de calor instalado em um motor real e a simulação se deve ao fato de não ser possível configurar todas as variáveis reais em um sistema, como por exemplo a diversificação da perda de temperatura em vários pontos do trocador de calor. Durante a execução também foi considerado as limitações da versão estudantil do ANSYS e do SolidWorks, que afeta muito o design da peça e a quantidade de malhas que podem ser calculadas. O principal objetivo dessa etapa foi a catalogação do comportamento da temperatura no momento da passagem no trocador e a Dell Riscar Dell Riscar Dell Destacar Dell Riscar Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis formação do condensado no sistema e a partir de que temperatura tende a se formar. Quanto maior a capacidade de troca térmica entre o fluído refrigerante e o fluído quente e a peça, menor será a temperatura de saída. Sendo assim, o presente estudo mostra que a análise CFD é muito eficaz na economia de tempo e custo associado aos métodos experimentais de previsão do desempenho de um projeto proposto. Sendo assim, o CFD torna - se uma ferramenta de grande relevância para o design e desenvolvimento de um sistema EGR no qual está sendo estudado neste presente trabalho, pois com seu uso elimina o tempo e custo no desenvolvimento do protótipo do projeto proposto. 5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS Com base nos dados obtidos e nas conclusões tiradas, são apresentadas algumas sugestões para trabalhos futuros, como melhorias no sistema de separação gás/liquido para um controle mais efetivo do condensado gerado que será direcionado para o coletor de admissão, ou realizar testes em diferentes pontos de cargas e com mais repetições afim de diminuir os erros de incerteza das medições. Também sendo possível trabalhar com diferentes estratégias de injeção afim de melhorar os valores de particulado nos pontos de alta carga, com a estratégia de recirculação de gases para diferentes porcentagens, sendo capaz de avaliar a degradação do motor para altos volumes de condensado admitido. 6. REFERÊNCIAS Abdilahi, O., 2019. EGR Cooler Design. [Online] Available at: http://103.82.172.44:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/705/F-1.pdf?sequence=1&isAllowed=y Anon., 2018. Mafi. [Online] Available at: https://www.simscale.com/webinars-workshops/cfd-exhaust-systems-egr-valve/ ANSYS, Inc, 2019. Ansys Help´- Turbulência e Teoria da Função Parede. [Online] Available at: https://ansyshelp.ansys.com/account/secured?returnurl=/Views/Secured/corp/v194/cfx_thry/i1302 147.html [Acesso em 28 Setembro 2021]. Dell Destacar Dell Lápis Dell Lápis Dell Lápis Bhangale, J. H., 2019. International Journal of Reccent Technology and Engineering (IJRTE) - Experimental and Numerical Delving Of Full. [Online] Available at: https://www.ijrte.org/wp-content/uploads/papers/v8i4/C4988098319.pdf [Acesso em 20 Setembro 2021]. Bosh, 2005. Manual de Tecnologia Automotiva ( Kraftfahrtechnisches Taschenbuch). Alemanha: Edgard Blucher. Brunetti, F., 2012. Motores de Combustão Interna Vol. 1. s.l.:Mauá. Brunetti, F., 2018. Motores de combustão interna Vol. 2. s.l.:Mauá. Cantero, A., 2012. Diesel e emissões - A nova legisção. [Online] Available at: https://anfavea.com.br/docs/cartilha_proconveP7.pdf Çengel, Y. A., 2004. Mecânica dos Fluídos Fundamentos e Aplicações. 1 ed. São Paulo: AMGH. Costa, J. d. O., 2017. [Online] Available at: http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/7786/2/Joel_de_Oliveira_Santos_DIS.pdf Egnel, R., 2000. SAE Mobilus The Influence of EGR on Heat Release Rate and NO Formation in a DI Diesel Engine. [Online] Available at: https://saemobilus.sae.org/content/2000-01-1807/ [Acesso em 11 Setembro 2021]. Ferreira, M. C., 2017. [Online] Available at: http://riut.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/15233/1/PB_DAMEC_2017_2_28.pdf Gervásio, D. T., 2017. ATTENA. [Online] Available at: https://attena.ufpe.br/bitstream/123456789/27857/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Daniel%20Tei xeira%20Gerv%c3%a1sio.pdf Gomes, H. O., 2014. [Online] Available at: https://pdfs.semanticscholar.org/efb5/0ff5754f5bb9638581825fd9751489a36255.pdf Hoseini, S., 2018. Applied Thermal Engineering - ScienceDirect. [Online] Available at: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1359431116328629?via%3Dihub [Acesso em 20 Setembro 2021]. Ibama, 2011. Programa de controle da poluição do ar por veículos automotores - Proconve/Promot. s.l.:IBAMA. Labarta, V., 2017. CFD and MEF analysis of the initial design of EGR System. [Online] Available at: http://dspace.aeipro.com/xmlui/bitstream/handle/123456789/384/AT03- 041.pdf?sequence=1&isAllowed=y Llamas, X., 2018. Modeling and Control of EGR on Marine Two-Stroke Diesel Engines. [Online] Available at: https://liu.diva-portal.org/smash/get/diva2:1178537/FULLTEXT01.pdf Lynwood, B., 1969. Rudolf Diesel and His Rational Engine. Em: Scientific American Vol.1. s.l.:s.n., pp. 108-117. Maia, M. H. L., 2012. Influência do condensado no sistema EGR. [Online] Available at: https://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/influncia-do-condensado-no- sistema-egr-8933 Maia, M. H. L., 2012. Influência do Condensado no Sistema EGR, s.l.: s.n. Meier, R. B., 2016. [Online] Available at: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/172002/342270.pdf?sequence=1&isAllowe d=y Miller, J., 2019. Norma PROCONVE P-8 de emissões no Brasil. [Online] Available at: https://theicct.org/sites/default/files/publications/P8_emission_Brazil_policyupdate_20190227.pdf Moraes, H. F. d., 2010. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. [Online] Available at: http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/263398/1/Moraes_HericksonFariade_M.pdf Muraro, M. A., 2016. Efeito do uso de recirculação de gases de exaustão (EGR) na contaminação do lubrificante e no desgaste de anel e camisa de motor de combustão interna com ciclo diesel. [Online] Available at: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2020 Najafi, G., 2018. Experimental and Numerical Analysis of Flow and Heat Transfer Characteristcs of EGR Cooler in Diesel Engine. [Online] Available at: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1359431118300747 Pandey, N., 2019. International Jornal For Scientific Reaserch - Modeling and CFD Analysis of EGR Cooler with Different Type of. [Online] Available at: http://www.ijsrd.com/Article.php?manuscript=IJSRDV7I70313 [Acesso em 26 Setembro 2021]. Paz, C. S., 2020. Fouling Evolution on Ribbed Surfaces Under EGR Dry Shot Condicitons: Experimental Measurements and 3D Model Validation. [Online] Available at: https://www.sciencedirect.com/journal/international-journal-of-thermal- sciences/vol/151/suppl/C Razmavar, A. R., 2019. Thermal Performance of a Rectangular Exhaust Gas Recirculation Cooler Subject to Hydrocarbon and Water Vapor Condensation. [Online] Available at: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1290072919301917 Rocha, S. L. d., 2017. Repositório da Universidade Federal de Santa Catarina. [Online] Available at: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/181918/Main%20%281%29.pdf?sequence= 1&isAllowed=y [Acesso em 10 Setembro 2021]. Santos, K. G. d., 2008. [Online] Available at: http://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/15109/1/Kassia.pdf Shrestha, R., 2016. Finite Element Analysis on Thermal Performance of Exhaust Gas Recirculation by using CFD International Journal of Applied Engineering Research ISSN 0973-4562. [Online] Available at: http://www.ripublication.com/ [Acesso em 21 Setembro 2021]. Silva, C. V. d., 2019. Introdução ao Ansys CFX. [Online] Available at: https://www.uricer.edu.br/cursos/arq_trabalhos_usuario/3782.pdf Souza, A. d. A., 2010. O Uso da Simulação no Desenvolvimento de Motores Diesel. [Online] Available at: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/263141/1/Souza_AndersondeAlmeida_M.pdf Squaiella, L. L. F., 2010. Efeitos do Sistema de Recirculação dos Gases de Escape no Controle de Emissões de NOx em Motores a Diesel. [Online] Available at: https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/CAMP_b69b3846e546f397e482382de6479945 Suárez, M. P., 2013. CFD Transient Simulation of Fouling in an EGR Cooler in a Diesel Exhaust Environment. [Online] Available at: http://www.heatexchanger-fouling.com/papers/papers2013/35_Paz_F.pdf Vlassov, D., 2007. Fundamentos da Combustão Programa Brasileiro de Formação em Motores e Combustíveis. s.l.:s.n. Volkswagen, 2018. Diretrizes de implementação. [Online] Available at: https://man-static-hml.s3.amazonaws.com/03c8c999-f825-4af7-a4a5- adc79b03f9b4.pdf
Compartilhar