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Leishmaniose tegumentar

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- Gêneros: Leishmania e Trypanosoma 
- Considera-se que os únicos hospedeiros 
invertebrados, responsáveis pela transmissão do parasito 
em condições naturais, sejam fêmeas de insetos 
hematófagos, conhecidos como flebotomíneos 
- Principais Formas celulares da família 
Trypanosomatidae é: 
1. Promastigota: Forma alongada com cinetoplasto 
anterior ao núcleo 
2. Opistomastigota: Forma alongada com 
cinetoplasto posterior ao núcleo; o flagelo 
estende-se internamente através do corpo 
celular 
3. Epimastigota: Forma alongada com cinetoplasto 
justanuclear e anterior ao núcleo; possui 
pequena membrana ondulante lateralmente 
disposta 
4. Tripomastigota: Forma alongada com 
cinetoplasto posterior ao núcleo; o flagelo 
forma uma extensa membrana ondulante 
5. Coanomastigota: Célula em forma de pera ou 
grão de cevada; o cinetoplasto acha-se anterior 
ao núcleo, com o flagelo emergindo 
anteriormente de um reservatório em forma 
de colarinho 
6. Amastigota: Forma arredondada ou oval, com 
flagelo curto que não se exterioriza 
- Vamos falar sobre o gênero leishmania 
o Ordem Kinetoplastida 
o Família Trypanosomatidae 
o Possui as formas celulares: promastigota e 
amastigota, principalmente 
- Formas encontradas no ciclo biológico de Leishmania 
A. Amastigota 
B. Promastigota + Promastigota metacíclica 
C. Paramastigota 
- Espécies que provocam leishmaniose tegumentar em 
humanos: 
o Leishmania (Viannia) braziliensis 
o Leishmania (Viannia) guyanensis 
o Leishmania (Viannia) lainsoni 
o Leishmania (Viannia) shawi 
o Leishmania (Viannia) naiffi 
o Leishmania (Leishmania) amazonensis 
o Leishmania (Leishmania) venezuelensis 
o Leishmania (Leishmania) mexicana 
Introdução 
- Doença infecciosa não contagiosa 
- Zoonose 
- Diferentes formas clínicas (pele + mucosa) 
- Classificações: 
o Cutânea localizada 
o L. (V.) Braziliensis; L. (V.) guyanensis; L. 
(L.) amazonensis; L.(V) laisoni; L.(V.) 
naiffi 
o Caracterizada pela formação de úlceras 
únicas ou múltiplas confinadas na 
derme, com a epiderme ulcerada. 
o Resultam em úlceras leishmanióticas 
típicas, ou, então, evoluem para formas 
vegetantes verrucosas ou 
framboesiformes 
o Th1: Proliferação linfocitária e 
plasmocitária – ausência/escassez de 
parasitas; doença auto-resolutiva 
o Cutâneo-disseminada (geralmente está 
relacionada com pacientes imunossuprimidos) 
o Cutânea difusa 
o Caracteriza-se pela formação de lesões 
difusas não ulceradas por toda a pele, 
contendo grande número de 
amastigotas 
o L. amazonensis 
o Amplas áreas da pele, particularmente 
extremidades e outras partes expostas, 
onde numerosas erupções papulares 
ou nodulares não ulceradas são vistas 
 
Leishmaniose tegumentar 
Agnes Jennine
M41
 
 
 
 
o Estreitamente associada a uma 
deficiência imunológica do paciente 
deixando-o incapaz de montar uma 
resposta inflamatória eficaz contra o 
parasito, em que a resposta imune 
celular está deprimida com relação a 
antígenos de Leishmania, levando-o a 
um estado de anergia imunológica 
frente à infecção estabelecida 
o Não responde aos tratamentos 
convencionais 
o Th2: Infiltração dérmica de macrófagos, 
repletos de amastigotas; escassez de 
linfócitos 
o Cutaneomucosa 
o Agente etiológico: L.. braziliensis 
o As regiões mais comumente afetadas 
pela disseminação metastásica são o 
nariz, a faringe, a boca e a laringe. 
o O primeiro sinal de comprometimento 
mucoso manifesta-se por eritema e 
discreto infiltrado inflamatório no septo 
nasal, resultando em coriza constante e 
posteriormente em um processo 
ulcerativo 
o Em muitos casos ocorre completa 
destruição de toda a estrutura 
cartilaginosa do nariz 
o Th1 x Th2 = Th0: progressão da 
doença 
Biologia 
- Leishmania (amastigotas) parasitam células do sistema 
mononuclear fagocitário (SMF) 
 
 
 
 
 
 
- Hospedeiros vertebrados: roedores, edentados (tatu, 
tamanduá, preguiça), marsupiais (gambá), canídeos e 
primatas, incluindo o homem 
- Hospedeiros invertebrados: insetos fêmeas do gênero 
Lutzomyia 
o Lutzomyia intermedia 
o Lutzomyia whitmani 
o Lutzomyia wellcomei 
o Lutzomyia umbratilis 
Ciclo evolutivo 
1. A infecção do inseto ocorre quando a fêmea pica o 
vertebrado infectado para exercer o repasto 
sanguíneo e juntamente com o sangue ingere 
macrófagos parasitados por formas amastigotas 
2. Ao chegarem ao estômago, os macrófagos se 
rompem liberando as amastigotas 
3. Amastigotas sofram uma divisão binária antes da 
transformação em promatigotas --> por mais 
divisões se multiplicam 
4. Diferenciam-se novamente em pequenas 
promastigotas metacídicas na faringe e estômago 
5. Durante o processo de alimentação da fêmea de 
flebotomíneo infectada é que ocorre a transmissão 
do parasito (Como a porção anterior do tubo 
digestório do inseto está repleta de parasitos, na 
tentativa de ingestão do sangue, as formas 
promastigotas são regurgitadas e introduzidas no 
local da picada) 
6. A saliva do flebotomíneo possui neuropeptídeos 
vasodilatadores que atuam facilitando a alimentação 
do inseto e ao mesmo tempo imunossuprimindo a 
resposta do hospedeiro vertebrado 
7. As promastigotas infectantes interagem com os 
macrófagos através de receptores de membrana 
que facilitarão a entrada do parasito bem como sua 
sobrevivência no interior da célula 
8. Formas promastigotas transformam-se em 
amastigotas que são encontradas 24 horas após a 
fagocitose 
9. Dentro do vacúolo fagocitário dos macrófagos, as 
amastigotas estão adaptadas ao novo meio 
fisiológico e resistem à ação destruidora dos 
lisossomas, multiplicando-se (divisão binária) até 
ocupar todo o citoplasma 
10. Esgotando-se sua resistência, a membrana do 
macrófago rompe-se liberando as amastigotas no 
tecido, sendo novamente fagocitadas, iniciando no 
local da picada uma reação inflamatória 
 
 
 
 
 
 
 
Agnes Jennine
M41
 
 
 
 
Aspectos imunológicos 
1. Saliva do flebotomíneo --> libera maxidilan 
(vasodilatadora), inibindo a apresentação do Ag e 
secreção do IL 12 + INF gama 
2. Complexo lítico final do complemento (C5-9), não 
ocorrendo lise dos promastigotas (impedimento 
estérico) 
3. Leishmania penetra nos macrófagos (Receptores 
para: LPG, Glicoproteína gp63, carboidratos (fucose 
e manose)), tendo não ativação do mecanismo 
microbicida/ impedindo explosão respiratória, 
ocorrendo escape da leishmania 
Sintomatologia 
- Período de incubação: 2 semanas a 3 meses 
- Lesões iniciais: 
o Tipo pápulo-vesiculoso 
o Linfangite 
o Inflamação dos gânglios regionais (adenite 
satélite) 
- Úlcera crônica 
o Indolor 
o Contornos regulares 
o Bordos salientes 
o Pouco exsudato 
o Fundo granuloso 
- Lesões mucosas 
o Coriza crônica 
o Obstrução nasal 
o Dor 
 
 
 
 
o Eliminação de crostas nasais epistaxes 
o Destruição do septo 
o Abaixamento da ponta do nariz 
o Focinho de anta 
o Inflamação do lábio superior 
o Lesões orofaríngeas e laríngeas 
o Perturbação da fonação 
o Dificuldades de deglutição 
o Lesões repugnantes com mau cheiro 
Patologia 
- Lesões cutâneas: reação inflamatória caracterizada 
por: 
o Hiperplasia e hipertrofia histiocitária 
o Edema e infiltração celular (grande n° de 
linfócitos e plasmócitos) 
o Hiiperplasia do epitélio da zona inflamada: 
hiperqueratose e acantose 
- Evolução: lenta 
o Expansão ou regressão 
o Cicatrização 
- Lesões não ulcerosas: espessamento da epiderme 
crescimento verrucoso ou papilomatoso 
- Lesões mucosas: 
o Metástases na mucosa nasal (via hematogênica) 
o Nódulos c/infiltrados histiocitários 
o Localização: porção cartilaginosa 
o Periostite e destruição da cartilagem e dos 
ossos (nariz, palato e face) 
o Metástases cutâneas 
Diagnóstico 
- Clínico: 
o Características da lesão 
o Preexistência de lesão cutânea 
o Dados epidemiológicos (procedência do 
paciente, residência anterior, atividades 
profissionais) 
- Diferencial: 
o Tuberculose cutânea 
o Hanseníase 
 
	
Agnes Jennine
M41
 
 
 
 
o Infecções por fungos (blastomicosee 
esporotricose) 
o Úlcera tropical 
o Neoplasias 
- Laboratorial 
o Evidenciação direta: 
o Escarificação da lesão (Giemsa) 
o Punção aspirativa (pele e gânglios) 
o Impressão por aposição (fragmento) 
o Biópsia (“punch”) 
o Histopatologia: hematoxilina & eosina 
o Demonstração indireta: 
o Cultura (NNN e LIT): 24-26°C 
o Inoculação em hamster (patas post) 
o Métodos imunológicos 
o Teste intradérmico Montenegro 
o Imunofluorescência indireta (sorológico), 
não é espécie-específico – reações 
cruzadas 
o Tratamento de prova 
Tratamento 
- Tem por objetivos: 
1. Acelerar cicatrização das lesões cutâneas 
2. Reduzir a morbimortalidade 
3. Impedir a disseminação das lesões cutâneas 
para mucosas 
4. Evitar recidivas 
- Pentamidina 
- Anfotericina - países desenvolvidos 
- Glucantime (Antimoniato de N-metil glucamina) – 
países em desenvolvimento 
- Antimonial tártaro emético (Gaspar Vianna, 1912) 
- Miltefosina (América Latina) - eficácia espécie-
dependente (L. panamensis) 
Medidas de controle 
- Medidas de atuação na cadeia de transmissão: 
o Eliminação dos animais afetados (atualmente, já 
existe tratamento para animais infectados, mas 
ele é bem caro) 
o Aplicação de inseticida nas paredes externas 
das casas, dependências de animais domésticos 
e troncos das árvores, no peridomi-cílio 
o Telagem das janelas, utilização de mosquiteiros 
e uso de repelentes 
- Imunização (vacinas): Mayrink e cols 
- Medidas educativas: educação da comunidade 
- Identificação, notificação e tratamento dos casos 
humanos 
 
Agnes Jennine
M41

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