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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
__________VARA CÍVEL DA COMARCA DE --------------------
Qualificação do autor, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve propor AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS em face de qualificação do réu, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
I-DOS FATOS:
Em 01 de janeiro de 2021, o autor celebrou um Contrato Particular de Locação Comercial de imóvel rural representado por casa e terreno , situados na cidade de Marechal/ tendo locação no valor de R$ 3.000,00 mensais.
A área de locação é a parte da casa e todo o terreno do imóvel. O locatário permitiu a utilização da locadora do espaço que correspondia ao imóvel por 12 meses, tempo que teria que se ausentar para cuidar de seu pai que estava adoentado e estabelecido em um interior de Pernambuco, devido a essa ausência comentou a viagem com vários vizinhos, dentre os quais, João Macedo, Nicole Macedo, Marcos Silva e Alexandre Silva, pedindo que “olhassem” o imóvel no período, sendo sugerido por João e Nicole que lhes alugasse no período o imóvel, retornando a ela o imóvel ao final da locação.
Ocorre que, no período de locação, João e Nicole danificaram o telhado da casa ao instalar uma antena “pirata” de televisão a cabo, o que, devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade, provocou graves infiltrações no imóvel, gerando um dano estimado em R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), tanto no imóvel, como nos móveis pré-moldados nele instalados, além de equipamentos eletrônicos que ficaram no local.
Preocupado com o fato, o Pai de Maria Eduarda veio a óbito, adiantando também o retorno desta para Marechal Deodoro/AL.
 Além disso, os ocupantes vêm colhendo e vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar, causando um prejuízo estimado em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) até a data em que Maria Eduarda, 15 dias após tomar ciência do ocorrido.
II- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO:
1) RESCISÃO CONTRATUAL
Pelos relatos dos fatos, está comprovado a impossibilidade da utilização do imóvel locado, devendo ser decretada a rescisão contratual. A partir do momento, que ocuparam parte do imóvel, objeto da locação comercial, vendendo boa parte da produção de laranjas e instalando a antena parabólica sem o consentimento do autor, veio a incorrer em descumprimento e infração contratual, por parte da locadora. A restituição do imóvel entregue para a locação comercial, ocorre com a efetiva entrega das chaves. Com o depósito em juízo e cientificação da locadora, cessará a obrigação do locatário com os aluguéis e encargos.
Neste sentido a jurisprudência preceitua:
Agravo de Instrumento. Locação residencial. Ação de Rescisão Contratual c/c Inexigibilidade de multa contratual c/c Consignação de chaves. Tutela de urgência. Na ação de consignação de chaves e rescisão da locação, O limite da responsabilidade do locatário quanto aos aluguéis e demais encargos é a data do depósito judicial das chaves ,sendo evidente que apois o falecimento do pai do locador veio ocorrer por consequência dos locatário. Acertada a flexibilização quanto à entrega das chaves, mas que deve ser considerada da data do ajuizamento da ação e não dá citação. Decisão reformada em parte. Recurso do autor provido.
 
2) DANO MORAL E DANO PATRIMONIAL
Aos danos causados no telhado do imóvel pertencente ao autor, as vendas das frutas do pomar na área que pertence ao imóvel locado, o adiantamento do falecimento de seu pai devido ao estresse gerado por tal situação, foram condutas que acarretaram prejuízos morais e patrimoniais ao autor.
É dever do locador entregar o imóvel para locação em condições de uso e garantir , durante a vigência do contrato de locação , a sua utilização íntegra pelo locatário. Pela narração dos fatos, o autor não está tendo uma utilização íntegra do imóvel, o locador deve proporcionar condições de utilização e garantias, fato que não está ocorrendo.
O artigo 22, da Lei 8245/91 ,preceitua:
Art. 22. O locador é obrigado a:
I- entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a que se destina;
II- garantir, durante o tempo da locação, o uso pacífico do imóvel locado;
III- manter, durante a locação, a forma e o destino do imóvel;	 Conforme os fatos narrados, ficou evidente que o autor sofreu danos morais e patrimoniais.
Os danos sofridos pelo autor não se circunscreveram apenas no inadimplemento contratual por parte da ré, atingiu a esfera da intimidade do autor.
O dano causado que gerou o falecimento do pai do autor foram graves danos causados. A perturbação ocorreu por erros de condutas , há um grave dano, e o nexo causal entre a conduta e o resultado. Evidente os prejuízos morais e patrimoniais, acarretando a obrigação de ressarcir.
A parte lesada pelo inadimplemento pode requerer a rescisão do contrato de locação com perdas e danos.
O artigo 186 do Código Civil preceitua:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
O artigo 927 do Código Civil preceitua:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Ocorreu danos patrimoniais , com o prejuízo no seu fundo de comércio, no desenvolvimento da sua atividade econômica. Os danos patrimoniais atingiram o patrimônio da empresa.
O Artigo 402 do Código Civil, preceitua:
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
A perda de clientes, a perda de fabricantes, a perda de marcas ,ou seja, o que efetivamente se perdeu-danos emergentes e o que deixou de lucrar-lucros cessantes, acarretam danos patrimoniais.
3) QUANTUM INDENIZATÓRIO
Tratando-se de danos morais os critérios para o seu quantum são: A morte do pai do ofendido devido ao aborrecimento das ilicitudes, a situação econômica do ofensor e ofendido, o prejuízo causado no imóvel do ofendido.
Tratando-se de danos materiais, o quantum indenizatório corresponde ao que efetivamente perdeu e o que deixou de lucrar. Neste caso, o dano material causado foram equivalentes a R$ 76.000,00, que foram R$ 40.000,00 da venda das frutas do pomar pertencente ao locatário e R$ 36.000,00 de dano causado ao telhado que gerou graves infiltrações no imóvel. 
Pelo exposto, requer
1) Deferimento da tutela de urgência pleiteada, para que, desde logo, seja ordenado o prazo de 3 meses para depositar em juízo a chave do imóvel.
 
2) A procedência total dos pedidos pleiteados na presente Ação: Rescisão Contratual, Danos Morais, Danos Patrimoniais;
3) A condenação da ré a pagar ao autor um quantum a título de danos morais e patrimoniais, no valor de R$ 150.000,00, acrescidos de juros e correção monetária, em atenção às condições das partes, principalmente o potencial econômico –social do lesante, a gravidade da lesão, sua repercussão e as circunstâncias fáticas.
4) A condenação da ré ao pagamento das custas processuais, honorários advocatícios.
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial as provas: documental, pericial, testemunhal e depoimento pessoal da parte ré.

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