Buscar

peça obrigação de fazer

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ....VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE BELO HORIZONTE-MG 
 
URGÊNCIA 
 
 
ALDAIR, estado civil, profissão, portador do CPF nº..., residente na Rua ..., 
bairro..., cidade... Estado..., CEP...., vem, por seu advogado abaixo assinado, 
conforme procuração anexa, respeitosamente perante Vossa excelência, com 
fulcro nos artigos 247 a 249 do Código Civil c/c artigos 300 e 497 do Código de 
Processo Civil e 84, §3º do Código de Defesa do Consumidor, propor 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM PEDIDO DE 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
Contra MVT Empreendimentos Imobiliários, pessoa jurídica de direito privado, 
com inscrição no CNPJ nº...., endereço eletrônico..., com sede à Rua..., pelos 
fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
I- DOS FATOS 
 
O Autor adquiriu da Ré MVT Empreendimentos Imobiliários, o apartamento 102 
– área privativa – do Condomínio do Edifício Miami, localizado na Rua Nayda 
Salles Teixeira, 95/BH – MG., que foi construído também pela Ré, estando o piso 
da área privativa com vários pontos de infiltração, que aparecem nas garagens, 
localizadas sob este, além dos tetos dos banheiros do apartamento, social e 
suíte, que também estão com infiltrações. 
A ré fora acionada anteriormente para resolver o problema, isto há pouco mais 
de um ano, o que foi feito mal e porcamente, sendo descoberto que não foi 
aplicada a necessária manta asfáltica para impermeabilizar o piso, conforme é 
praxe e da boa técnica fazê-lo, que evitaria as infiltrações ora denunciada, motivo 
pelo qual o problema denunciado se instalou novamente. 
Apesar de notificada para fazer os reparos, conforme notificação anexa, quedou-
se inerte. 
O autor realizou 03 (três) orçamentos para a realização dos reparos, tendo o 
serviço sido orçado no valor mínimo de R$11.463,51 (onze mil quatrocentos e 
sessenta e três reais e cinquenta e um centavos) e máximo no valor de 
R$12.198,51 (doze mil cento e noventa e oito reais e cinquenta e um centavos), 
conforme orçamentos em anexo. 
Também é necessário o aluguel de caçambas para retirar o material da obra, 
que foi orçada em R$65,00 (sessenta e cinco reais) cada, conforme orçamento 
em anexo. 
Assim, urge a provocação do Judiciário para que seja este problema resolvido. 
 
II- DO DIREITO 
 
a) Da relação de consumo 
Fica evidente que, no caso exposto, se trata de relação de consumo, amparada 
pelos artigos 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor, onde expõe o conceito 
de que consumidor é quem adquire o produto ou serviço como destinatário final 
e fornecedor é quem desenvolve a comercialização de produtos ou prestação de 
serviços. 
Tal relação se deu, de fato, quando o autor adquiriu um imóvel da ré, e na 
condição de consumidor se sentiu lesado quando os problemas no imóvel 
começaram a aparecer logo após a compra. 
Mesmo sendo acionada a ré, como de direito do autor, pois como reza o artigo 
Art. 12 do CDC: “O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, 
e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de 
projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, 
manipulação,apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como 
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos”, esta 
foi displicente em realizar um serviço de forma que o problema tenha se instalado 
novamente, como exposto. 
Deve-se tratar como responsabilidade objetiva da ré, como a obrigação de 
reparar os danos causados ao autor, independentemente de qualquer ação 
dolosa ou culposa do responsável, mas que tenham acontecido durante 
atividades realizadas no interesse ou sob o controlo da pessoa responsável. 
 
b) Da obrigação de fazer 
Resta evidente que no caso em tela, a ré deu causa aos danos sofridos pelo 
autor, e deverá ser condenado a repará-los nos moldes do artigo 247 do CC. 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que 
recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível. 
Mais evidente ainda a responsabilidade de indenizar, visto que permanece inerte 
na obrigação de reparar o dano. 
Ressalta-se, desta forma que, uma vez provado que o Requerido deu causa ao 
ocorrido, em homenagem ao princípio da eventualidade, que seja condenado a 
reparação dos danos causados ao imóvel do autor, e caso não venha a realizar 
as obras, que seja condenado a indenizá-las nos moldes do art. 247 do CC. 
Sendo provado a insistência nas tratativas para com a ré e a sua inépcia, 
causando transtornos ao autor, requer- se a aplicação do art. 497 do CPC, a fim 
que seja determinada a imediata execução das obras ou pagamento a terceiros 
a partir dos orçamentos apresentados pelo autor, sob pena de incidência de 
multa diária, em caso de descumprimento da obrigação de fazer, prevista no 
artigo 537 do CPC. 
 
c) Do dano moral 
A indenização por danos morais, como registra a boa doutrina e a jurisprudência, 
há de ser fixada tendo em vista dois pressupostos fundamentais, a saber: a 
proporcionalidade e razoabilidade. Tudo isso se dá em face do dano sofrido pela 
parte ofendida, de forma a assegurar-se a reparação pelos danos morais 
experimentados, bem como a observância do caráter sancionatório e inibidor da 
condenação, o que implica o adequado exame das circunstancias do caso, da 
capacidade econômica do ofensor e a exemplaridade - como efeito pedagógico 
– que há de decorrer da condenação. 
O dano moral causado ao autor deve ter sua reparabilidade plena, com o escopo 
de compensar os valores atingidos pelo evento danoso, servindo também de 
desestímulo à prática de atos ilícitos semelhantes, encontrando respaldo 
constitucional e legal (nesse sentido: arts. 186 e 927 do CC e art. 5º, X da 
Constituição Federal), in verbis: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
Art. 927: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, é 
obrigado a repará-lo. 
Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação. 
 
Observada a falta de consideração e oportunidade quanto à tentativa de 
soluções buscadas pelo autor, houve inequívoco desrespeito aos direitos 
inerentes ao autor, na medida em que se viu lesado em sua integridade psíquica 
e em sua ética como cidadão cumpridor dos seus deveres. 
 
d) Da tutela antecipada. 
Nos termos do artigo 84, §3º do CDC e artigo 300 do CPC, vem o autor requerer 
a antecipação da tutela jurisdicional, a fim de obrigar a ré a realizar as obras 
determinantes para o uso do imóvel ou a arcar com os custos já informados 
através dos orçamentos (doc anexo). 
Os requisitos para a concessão da tutela de urgência, prescritos no artigo 300 
do CPC são: i) probabilidade do direito; ii) abuso do direito de defesa ou 
manifesto caráter protelatório do réu; iii) fundado receio de dano irreparável ou 
de difícil reparação e iv) perigo da demora. Visto que, neste caso, os requisitos 
estão preenchidos. 
Constantes do abuso de direito ou manifesto caráter protelatório do requerido, 
significa que, embora seja uma garantia constitucional o contraditório e a ampla 
defesa (art. 5º, LV da CF), será mitigada, no caso concreto, quando seu exercício 
é desnecessário e dispensável, diante das provas dos autos, sobretudo por que 
apenas retardará a efetivação da incontestada tutela já caracterizada na petição 
inicial e que, se não concedida, causará mais prejuízos ao autor. 
Em relação ao receio de dano irreparável ou de difícil reparação redunda no fato 
que não concedida a tutela antecipadamente, o autor continuará convivendo com 
os danos no imóvel que se prolongame causam cada vez mais danos, por vezes 
irreparáveis. 
A relevância do fundamento da demanda está no direito do autor em ver seu 
bem em perfeitas condições de moradia, sem riscos à sua saúde ou ao 
detrimento do patrimônio. 
Assim, requer a antecipação da tutela para condenar a ré a realizar as obras no 
apartamento do autor, evitando o aumento dos danos e os inequívocos e a 
frustação de por tanto tempo não conseguir resolver esse problema, que não foi 
causado por ele. 
 
III- DOS PEDIDOS 
Pelo exposto requer à Vossa Excelência: 
a) Seja deferido liminarmente e inaudita altera parte o pedido de Tutela 
Antecipada, para que a ré realize os reparos necessários e provados, sob 
pena de multa diária a ser fixada por este juízo para o caso de 
descumprimento da ordem; 
b) Seja determinada a citação da Ré para comparecer à audiência de 
mediação e conciliação, nos termos do art. 319, VII do CPC; 
c) Seja julgada a presente demanda, confirmando a tutela antecipada 
conferida e determinando que seja reformado o imóvel do autor; 
d) Seja a requerida condenada a pagar o valor equivalente a R$... (...) a título 
de indenização por danos morais ao requerente; 
e) A condenação da ré ao pagamento das custas processuais e dos 
honorários advocatícios. 
 
Protesta a parte autora provar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitidos, requerendo, desde já, o depoimento pessoal dos representantes 
legais da Ré, sob pena de confissão, bem como a produção de prova 
testemunhal e documental. 
 
Atribui-se à causa o valor de R$... 
 
Termos em que 
Pede deferimento 
 
Local/data 
Advogado.... 
OAB nº...

Continue navegando