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Grandes estrôngilos • Strongylus vulgaris • Strongylus edentatus • Strongylus equinus São vermes que parasitam ceco e cólon de seu hospedeiro definitivo → Ciclo monoxênico (direto) → Os hospedeiros definitivos se infectam ao ingerirem L3 presente nas pastagens ou água contaminada → São vermes que parasitam o intestino grosso 1. Os ovos são eliminados nas fezes, ocorrendo o desenvolvimento da larva de L1 até L3 no solo 2. O hospedeiro definitivo ingere as L3 nas pastagens ou na água contaminada 3. No intestino delgado, as larvas perdem sua bainha de proteção e seguem para o intestino grosso para penetrar na mucosa 4. Cerca de 7 dias após a ingestão, ocorre muda de L3 para L4 na submucosa 5. As L4 penetram em pequenas artérias e seguem pelo endotélio até seu local de predileção, na artéria mesentérica anterior (cranial), onde há muda para L5, após vários meses. Retornam a parede intestinal por meio do lúmen das artérias 6. Há formação de nódulos e lesões ao redor das larvas, principalmente na parede do ceco e cólon. Esse nódulos se rompem na medida em que as larvas crescem, com a liberação de adultos jovens no lúmen intestinal 7. Nesse local ocorre a diferenciação sexual. Após a copula as fêmeas colocam ovos que são expelidos com as fezes L3 ▪ Localizada na mucosa e submucosa do intestino grosso (1-3 dias) L4 ▪ Submucosa e arteríola da submucosa do intestino (7 dias) ▪ Artéria aorta e ramo da artéria mesentérica (14-120 dias) ▪ Submucosa do ceco e cólon (45 dias) Adulto ▪ Penetra no lúmen do intestino grosso (6-12 meses) 1. Os ovos são eliminados nas fezes e há desenvolvimento de L1 para L3 no solo em cerca de 2 semanas 2. O hospedeiro definitivo ingere a L3 3. Após a ingestão das L3, elas perdem sua bainha de proteção e penetram no ceco e no cólon ventral, onde há formação de nódulos nas camadas muscular e subserosa dentro de 1 semana 4. A muda para L4 ocorre no interior desses nódulos e as larvas se deslocam para o fígado, por meio da cavidade peritoneal, onde migram no parênquima durante 6 semanas ou mais 5. L4 e L5 podem ser encontradas no pâncreas e ao seu redor, antes de migrarem para o lúmen do intestino grosso L3 ▪ Localizada na mucosa do ceco e cólon (1-11 dias) L4 ▪ Nódulos na submucosa (3 dias) ▪ Cavidade abdominal (7 dias) ▪ Fígado (6-8 semanas) ▪ Por ligamento hepático migra para o pâncreas e depois para a cavidade abdominal (tempo desconhecido) L5 ▪ Penetra na parede do ceco e cólon (17 semanas) ▪ Migra até a parede do intestino grosso (novos nódulos hemorrágicos) – (2- 5 meses) adulto ▪ Lúmen do intestino grosso (8-9 meses) 1. Os ovos são eliminados nas fezes e há desenvolvimento de L1 até L3 no solo em aproximadamente 2 semanas 2. O hospedeiro definitivo ingere a L3 3. Após penetrarem na mucosa intestinal, as L3 atingem o fígado por meio da circulação porta em poucos dias 4. Após 2 semanas, ocorre muda para L4 e migração para o parênquima hepático 5. De 6 a 8 semanas pós infecção, as larvas podem ser encontradas sob o peritônio que circunda o ligamento hepatorrenal, de onde seguem para outros locais, preferencialmente flancos e ligamentos hepáticos 6. Após 4 meses, há muda para L5 que migra para a parede do intestino grosso, onde produz um grande nódulo purulento/hemorrágico que libera o parasito adulto jovem no lúmen em decorrência de seu rompimento L3 ▪ Intestino grosso (1-2 sem) L4 ▪ Fígado (por veia porta) – (2- 23 sem) ▪ Fígado, passando a cavidade abdominal (por ligamento hepático) – (9 sem ou +) L4 e l5 ▪ Parede do flanco abdominal direito (em nódulo de 1-5cm de diâmetro) – (3 meses) L5 ▪ Migra até a parede do intestino grosso (novos nódulos hemorrágicos) – (3-5 meses) Adulto ▪ Quando jovem penetra no lúmen intestinal, onde permanecerá (7-10 meses) L3 são muito resistentes as condições ambientais (frio e dessecação), podendo sobreviver a invernos rigorosos, o que favorece a contaminação na primavera As pastagens podem permanecer contaminadas por até 1 ano É considerado a espécie mais patogênica Capaz de causar lesões na artéria mesentérica cranial e em seus principais ramos Predispõe a formação de trombos, inflamação e espessamento da parede arterial Necropsia: arterite e trombose de vasos intestinais, infarto e necrose de áreas do intestino • Inapetência, apatia, cólica, diarreia e anemia Pequenos estrôngilos • São parasitas que ficam localizados no ceco e no cólon de seus hospedeiros • Existem mais de 40 espécies, sendo as mais importantes: Triconemas e Ciatostomíneos 1. Os ovos são eliminados por meio das fezes no ambiente, se desenvolvendo de L1 até L3 (fase infectante) 2. O hospedeiro definitivo ingere L3 ao consumir pastos contaminados 3. Após a ingestão a L3 penetra no ceco e colón (não há migração para outros lugares) 4. Há mudança para a fase L4, ocorrendo também a formação de cistos fibrosos 5. As L4 migram para o lúmen do intestino grosso e mudam para L5, que após completarem seu desenvolvimento dão origem aos adultos As larvas penetram a mucosa intestinal e se encistam (formação de pequenos nódulos) Conhecida como ciatostomiase larvas Diarreia, perda de peso e fraqueza Oxiuriose • Oxyuris equis – é uma parasita de ceco, cólon e reto 1. O ovo embrionado é eliminado no ambiente, há desenvolvimento da larva (dentro do ovo) de L1 até L3 2. Ovo com L3 é ingerido pelo hospedeiro 3. A larva L3 é liberada no intestino grosso 4. Há muda de L3 para L4 e de L5 e adulto no intestino grosso, onde se alimenta da mucosa intestinal 5. A fêmea migra até o ânus, onde deposita os ovos na região perianal com uma substância cimentante acinzentada 6. Os ovos no ambiente embrionam em 3-5 dias até os estágio infectante (L3) 7. Os ovos podem eclodir e as larvar voltarem para o intestino grosso (retroinfecção) Erosão na mucosa intestinal Prurido intenso Inquietude e irritação dos animais Baseado nos sinais clínicos Pesquisa de ovos com uso de fita gomada Visualização de massa de ovos brancos-amarelados ao redor da região anal Ascaridiose • Parascaris equorum – parasita de intestino delgado 1. Os ovos são eliminados no ambiente, a larva se desenvolve no interior do ovo até sua forma infectante (L2) 2. Após a ingestão pelo hospedeiro definitivo, as larvas penetram a parede intestinal e em até 48h atingem o fígado. 3. Em cerca de 2 semana chegam aos pulmões, onde migram para os brônquios e traqueia 4. Na traqueia são deglutidos e voltam ao intestino delgado 5. A muda de L2 para L3 ocorre entre a mucosa intestinal e o fígado. O restante das mudas ocorre no intestino delgado Perda de peso Crescimento retardado Sintomas de tosse e corrimento nasal mucopurulento Habronemose • Habronema muscae • Habronema megastoma • Habronema microstoma → Hospedeiro intermediário: diversas espécies de muscídeos, como Musca domestica (mosca doméstica), Stomoxys calcitrans (mosca-de- estábulo), Haematobia irritans (mosca-dos-chifres) • Ciclo de vida heteroxênico (indireto) • A fêmea é ovípara, ou seja, o ovo eclode no ambiente ou no hospedeiro • Costuma parasitar a região glandular da mucosa gástrica 1. Os ovos ou as larvas L1 do parasito serão liberados nas fezes, esses ovos ou larvas L1 serão ingeridos pelas larvas das moscas 2. Ambas as larvas irão evoluir juntas 3. No H. microstoma e H. muscae a larva L1 irá parasitar as células do tecido adiposo da mosca, onde irão evoluir de L1 até L3. Caso seja larva de H. megastoma , ela irá parasitar o tubo digestivo da mosca onde irá sofrer diferenciação de L1 até L3 4. Os hospedeiros intermediários sãohematófagos, então quando vão se alimentar no hospedeiro definitivo acabam liberando a larva L3 (infectante). Se esse hospedeiro intermediário se alimenta próximo a mucosa oral do hospedeiro definitivo, a larva L3 é liberada e segue para a mucosa gástrica, pode ocorrer das moscas se alimentarem em locais de feridas preexistentes no hospedeiro definitivo, nesse caso o parasita não conseguirá completar seu ciclo 5. O parasito na mucosa gástrica se desenvolve para L4 6. No lúmen do estomago a L4 faz muda para L5 7. Assim que se tornam maduras sexualmente, esses parasitas se diferenciam e começam a reprodução sexuada com liberação de ovos 8. Esses ovos podem ser liberados nas fezes ou podem eclodir dentro do hospedeiro onde serão eliminadas as larvas L1 Habronemose pulmonar – causada por larvas que atingem o pulmão (larvas não atingem a forma adulta) Habronemose cutânea – causa muito prurido, atingindo principalmente regiões de joelhos, jarretes, pescoço e lombo Habronemose gástrica – causada pelos adultos de H. muscae e H. microstoma, provocam infecções leves ou severas, podendo ser caracterizadas por gastrites hemorrágicas Hebronemose ocular – causam conjuntivite persistente Anoplocephala • Anaplocephala magma – capaz de parasitar intestino delgado e grosso • Possui como hospedeiro intermediário ácaros oribatideos • Ciclo heteroxênico (indireto) 1. Parasita adulto libera proglotes com ovos nas fezes do hospedeiro 2. Os ovos são ingeridos por um ácaro oribatídeo 3. Dentro do organismo do ácaro, a larva se desenvolve e se torna infectante 4. Os ácaros são ingeridos pelos cavalos juntamente com o pasto ou feno 5. Assim que o ácaro é ingerido, a larva é liberada e se desenvolve até sua forma adulta no intestino delgado no hospedeiro definitivo Os parasitas ficam aderidos na válvula ileocecal, inibindo o peristaltismo e causando cólica Anamnese e exame clínico Exames coproparasitológicos Necropsia Tratamento → Benzimidazois – Thiabendazole, mebendazole, oxibendazole, febendazol e albendazol → Pró-Benzimidazois – Febantel → Imidotiazóis – levamisole, tetramizole → Tetrahipirimidinas – pirantel → Avermectinas – ivermectin → Milbemicina – moxidectina → Organofosforados – Triclorfon → Salicilanilídeos – closantel • A aplicação deve ser realizada de acordo com a categoria: animais jovens (2 em 2 meses) e animais adultos (3 em 3 meses) • O calendário de tratamento deve ser adaptado de acordo com a propriedade e de preferência acompanhado de exame de fezes Controle • Uso profilático de anti-helmíntico para todos os cavalos da propriedade • Manejo frequente de potreiros • Quarentena de animais novos • Higiene das instalações • Controle de esterqueiras • Exame coproparasitológicos regulares
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