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Teorias da Evolução

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Evolução 
 
Evolução é o processo de mudança e adaptação dos seres vivos às 
modificações ocorridas no meio ambiente com passar do tempo. É a mudança 
das características hereditárias de uma população de seres vivos de uma 
geração para outra. 
Lamarckismo: 
O biólogo francês Jean-Baptiste Lamarck formulou uma das primeiras teorias 
sobre a evolução dos seres vivos. Para explicar, sugeriu duas leis: a Lei do Uso 
e Desuso e a Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos. 
Na teoria lamarckista, acreditava-se que os indivíduos eram forçados a mudar 
por pressão exercida pelo meio ambiente em que viviam. 
A Lei do Uso e Desuso pontua que quando uma espécie utiliza determinada parte 
do corpo com maior intensidade, essa parte se desenvolve ainda mais que as 
outras. Já as partes que não são tão usadas podem sofrer atrofiamentos e até 
desaparecer. 
A segunda lei, Transmissão dos Caracteres Adquiridos, afirma que certas 
características são transmitidas para as novas gerações com o passar dos anos. 
Apesar do pioneirismo, essas leis apresentam falhas. No caso do uso e desuso, 
não pode ser deixado de lado o fato de que as características dos organismos 
são definidas pelos genes, não necessariamente pelo uso contínuo e intenso. O 
outro erro inclui a segunda lei, já que certas características não podem ser 
transmitidas, pois não estão inseridas na formação genética. 
Lei do Uso e Desuso: 
Lamarck observou que algumas partes do corpo do indivíduo poderiam se 
desenvolver mais se fossem mais usadas. Seguindo esse mesmo pensamento, 
as partes menos usadas ficariam atrofiadas. 
No clássico exemplo lamarckista do pescoço das girafas, ele sugeria que as 
girafas na verdade tinham o pescoço curto, mas essa parte do corpo precisou se 
alongar e se tornou forte para alcançar a copa das árvores em momentos de 
escassez de alimentos. 
Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos: 
Essa lei afirmava que as características benéficas adquiridas durante a vida de 
um indivíduo eram transmitidas a seus descendentes, que passariam a transmiti-
la a todas as gerações seguintes. 
Sendo assim, essa lei estava intimamente ligada à primeira, pois as 
características adquiridas ou atrofiadas seriam repassadas de geração a 
geração. 
Lamarck foi um cientista inovador, ele foi o primeiro a ir contra as ideias 
criacionistas ou fixistas. Como na ciência mudanças demoram a ser 
compreendidas e incorporadas, talvez seja por isso que ele morreu sem ser 
reconhecido. 
Apesar de Lamarck ter acertado que fósseis eram um registro importante da 
evolução dos seres vivos e que ocorria uma adaptação das espécies ao meio 
ambiente, ele errou ao afirmar que essas características eram transmitidas aos 
descendentes. 
A lei do uso e desuso pode até ser aplicada em alguns momentos como o ganho 
de massa muscular de um atleta, no entanto, essa não é uma característica 
adquirida com o objetivo de deixar aquele indivíduo melhor e mais complexo, e 
sim mais adaptado ao meio que vive, podendo inclusive se tornar mais simples. 
Darwinismo: 
Criada pelos naturalistas Charles Darwin e Alfred Russel Wallace, essa ideia 
evolucionista acredita que as espécies vivem em constante luta pela adaptação, 
sobrevivendo apenas os mais fortes e capazes de se reproduzir. 
Em 1838, Darwin leu o trabalho de Thomas Malthus em que o autor fazia relação 
entre o aumento da população humana e a fome. Segundo Malthus, a população 
crescia em progressão geométrica, enquanto os alimentos, por sua vez, 
cresciam em progressão aritmética. Isso com o tempo levaria a população à 
fome. 
Após a leitura, Darwin concluiu que, nas outras populações de seres vivos, o 
tamanho populacional não aumentava como acontecia com os humanos e que, 
de alguma forma, o meio impunha um limite nesse crescimento. Segundo 
Darwin, haveria uma “luta pela sobrevivência” e apenas aqueles com 
características mais vantajosas poderiam sobreviver e reproduzir-se. 
Os indivíduos com características menos vantajosas não sobreviveriam às 
pressões do meio e, consequentemente, não se reproduziriam. Dessa forma, 
com o tempo, os indivíduos com essas características desapareceriam. Surgiu 
aí o conceito de seleção natural, no qual apenas o organismo mais apto é 
selecionado pelo meio e transmite suas características aos seus descendentes. 
Segundo Darwin, depois de várias gerações, características seriam passadas e 
as espécies ficariam muito distintas daquelas que as originaram. Dessa forma, 
surgiriam novas espécies de uma maneira direcional, lenta e gradual. Darwin 
afirmava também que todos os seres vivos sofriam mudanças, sendo assim, 
todos os organismos existentes no planeta atualmente em algum momento da 
história evolutiva compartilharam um ancestral comum. 
Apesar do conceito de seleção natural ser aceito e estudado pela biologia, não 
consegue explicar quais os atributos deixam determinadas espécies mais fortes 
e adaptáveis, e como são transmitidas para os descendentes. Essa explicação 
apenas surge com os estudos sobre genética. 
Seleção Natural: 
Darwin fez uma série de observações e pôde concluir que as populações 
apresentam indivíduos com diferentes características, as quais podem ser 
passadas de uma geração para outra. 
Os indivíduos que herdam características que lhes conferem vantagem de 
sobrevivência, apresentam maior chance de desenvolver-se e reproduzir-se, 
passando essa característica vantajosa aos seus descendentes. Aqueles que 
apresentam características menos vantajosas, apresentam menos chance de 
sobrevivência, e também, de reprodução. Ao longo das gerações, percebe-se 
que a característica vantajosa vai aumentando entre os indivíduos devido ao seu 
maior sucesso reprodutivo. 
Podemos exemplificar como a seleção natural atua utilizando o clássico exemplo 
do pescoço da girafa. De acordo com as ideias de Darwin, existiam girafas de 
pescoço longo e girafas de pescoço curto. As girafas de pescoço curto 
apresentavam maior dificuldade de conseguir alimento em locais mais altos, 
quando os vegetais mais baixos estavam escassos. As girafas de pescoço longo 
apresentavam vantagem, uma vez que conseguiam alimentar-se em árvores 
com a copa mais alta. 
Ao longo do tempo, observou-se um aumento da população de girafas de 
pescoço longo, uma vez que elas tinham maior chance de sobrevivência e de 
reprodução, passando essa característica aos seus descendentes. 
Neodarwinismo: 
Também chamada de teoria sintética da evolução, surgiu no século XX e 
acrescenta as teorias de seleção natural com a genética. 
A corrente incorpora os conceitos de mutação e recombinação genética. O 
monge botânico Gregor Mendel, após anos da teoria darwinista ser lançada, 
realizou várias experiências com cruzamento de ervilhas para encontrar o que 
futuramente seria conhecido pela ciência como gene. 
Do ponto de vista genético, a evolução pode ser definida como qualquer 
alteração no número de genes ou na frequência dos alelos de um ou um conjunto 
de genes em uma população e ao longo das gerações. Mutações em genes 
podem produzir características novas ou alterar as que já existiam, resultando 
no aparecimento de diferenças hereditárias entre organismos. Estas novas 
características também podem surgir pela transferência de genes entre 
populações, como resultado de migração, ou entre espécies, resultante de 
transferência horizontal de genes. A evolução ocorre quando estas diferenças 
hereditárias tornam-se mais comuns ou raras numa população, quer de maneira 
não-aleatória, através de seleção natural, ou aleatoriamente, através de deriva 
genética. 
 
 
Evidências da Evolutivas: 
Órgãos Vestigiais 
Algumas espécies apresentam órgãos pequenos e sem grande utilidade, mas, 
esse mesmo órgão em outra espécie, pode ser essencial para sobrevivência. O 
apêndice, por exemplo, nos roedores é a parte responsável pela digestão dos 
alimentos. Já para o homem é apenas uma estruturapequena e sem atribuição. 
Evidências celulares e moleculares 
No quesito celular, algumas espécies apresentam os mesmos aspectos na fase 
inicial da vida, porém, com o desenvolvimento do embrião essas semelhanças 
diminuem e cada uma assume características específicas. 
Todos os organismos são feitos de células, que consistem de membranas cheias 
de água contendo material genético, proteínas, lipídios, carboidratos, sais e 
outras substâncias. As células da maioria dos seres vivos usam açúcar como 
combustível e produzem proteínas como blocos de construção e mensageiros. 
No nível molecular, muitos genes são compartilhados entre os organismos, o 
que aparenta certo grau de parentesco. O DNA humano e o mapa genético do 
macaco bonobo, por exemplo, apresenta 98,7% de similaridade. 
Diferentes espécies possuem homologias genéticas, bem como as anatômicas. 
Estas características da vida demonstram a semelhança fundamental de todos 
os seres vivos na Terra e servirá de base dos esforços de hoje em engenharia 
genética. Espécies diferentes dividem homologias genéticas, assim como 
anatômicas. Lombrigas, por exemplo, compartilham 25% de seus genes com 
humanos. Esses genes são ligeiramente diferentes em cada espécie, mas 
semelhanças notáveis, no entanto, revelam sua ancestralidade comum. Na 
verdade, o código de DNA em si é uma homologia que liga toda a vida na Terra 
a um ancestral comum. DNA e RNA possuem um código simples de quatro 
bases que fornece a receita para todas os seres vivos. Em alguns casos, se 
transferíssemos material genético da célula de um ser vivo para outra, a receita 
iria seguir as novas instruções como se fossem suas próprias. Essas 
características de vida demonstram a semelhança fundamental de todos os 
seres vivos na Terra e serve de base aos esforços atuais em engenharia 
genética. 
Os fósseis 
Os fósseis são os vestígios que comprovam a estadia de espécies (animal ou 
vegetal) em algum momento da vida terrestre. Eles podem ser encontrados em 
rochas e gelos, e, normalmente, são partes duras que conseguem passar pelo 
processo de fossilização, como ossos e conchas. 
Para descobrir o período em que determinado fóssil esteve na Terra, os 
paleontólogos investigam o tamanho de compostos químicos (carbono, chumbo, 
entre outros) presentes nos restos mortais do organismo, já que as mudanças 
climáticas e a configuração física e celular dos serem contribuem para esse 
processo. 
Órgãos Homólogos 
São os organismos que possuem a mesma origem embrionária, porém com 
funções diferentes. Isso afirma a ideia de que todos os seres compartilharam um 
ancestral em comum. Se observarmos as patas de um crocodilo e de um rato, 
por exemplo, vamos perceber que ambos apresentam a mesma anatomia 
(origem embrionária), diferenciados somente pela funcionalidade. O sistema que 
gera esse processo é chamado de divergência evolutiva. 
Órgãos Análogos 
São aqueles que apresentam origem embrionária distinta, mas que exercem a 
mesma função. As asas dos morcegos e pássaros, por exemplo, são usadas 
para voos, entretanto possuem anatomias diferentes. Este fato acontece por 
causa da convergência evolutiva. 
Divergência e Convergência Evolutiva: 
Divergência Evolutiva 
Processo que é conseqüência de isolamento geográfico de vários grupos a partir 
de uma população inicial, levando à diversificação das espécies com acúmulo 
de características diferentes ao longo do tempo e com atuação da seleção 
natural. 
A partir de um mesmo tipo ancestral ocorre o aparecimento de várias linhas 
evolutivas divergentes. 
Todos estes organismos, por terem um ancestral comum, possuem estruturas 
derivadas de uma mesma estrutura original. Estas estruturas são chamadas 
órgãos homólogos como, por exemplo, braços do homem e asas de morcego, 
que possuem a mesma origem embrionária. 
Convergência Evolutiva 
Processo que é resultante da adaptação de grupos de organismos de espécies 
diferentes a um mesmo hábitat. Por estarem adaptados ao mesmo hábitat, 
possuem semelhanças em relação à organização de corpo sem 
necessariamente possuírem grau de parentesco. 
Estes organismos, por viverem num mesmo tipo de ambiente e estarem 
adaptados ao mesmo, possuem estruturas que apresentam a mesma função que 
são chamadas de órgãos análogos, como, por exemplo: asas de morcego e asas 
de borboleta, são semelhantes pela função e não por terem uma mesma origem 
embrionária ou pelos organismos possuírem ancestral comum. 
Especiação: 
Especiação é o processo pelo qual uma espécie diverge, produzindo duas ou 
mais espécies descendentes. Eventos de especiação foram observados 
diversas vezes, tanto em condições controladas de laboratório como na 
natureza. Em organismos de reprodução sexuada, a especiação resulta do 
isolamento reprodutivo seguido por divergência entre as linhagens. Há quatro 
tipos de mecanismos de especiação, sendo a especiação alopátrica considerada 
a mais comum em animais. Esse tipo de especiação ocorre quando populações 
são isoladas geograficamente, por fragmentação de habitat ou migração, por 
exemplo. Como as forças evolutivas passam a atuar independentemente nas 
populações isoladas, a separação vai, eventualmente, produzir organismos 
incapazes de se intercruzarem. 
O segundo mecanismo de especiação a ser considerado é a especiação 
peripátrica, que ocorre quando pequenas populações de organismos são 
isoladas num novo ambiente. Ela difere da especiação alopátrica pelo fato de as 
populações isoladas serem muito menores do que a população parental. Nesse 
caso, o efeito fundador causa uma especiação rápida tanto pela deriva genética 
oriunda do efeito fundador como pela rápida ação da seleção natural sobre um 
conjunto de genes pequeno. 
O terceiro mecanismo de especiação é a especiação parapátrica. Ela é similar à 
especiação peripátrica na medida em que uma população pequena ocupa um 
novo habitat, mas difere porque não há separação física entre essas populações. 
O que ocorre é que a especiação resulta da evolução de mecanismos que 
reduzem o fluxo gênico entre as duas populações. Geralmente isso ocorre 
quando há alguma mudança drástica no ambiente da espécie parental. Um 
exemplo é a gramínea Anthoxanthum odoratum, que pode passar por 
especiação parapátrica em resposta a poluição localizada de metais de minas. 
Neste caso, plantas com resistência a altos níveis de metais no solo evoluem. A 
seleção contra cruzamentos com a população parental sensível a metais produz 
uma mudança no tempo de floração das plantas resistentes, causando 
isolamento reprodutivo. A seleção contra híbridos entre as duas populações 
pode causar o que é chamado de reforço, que é a evolução de características 
que promovem o cruzamento dentro de determinada espécie, assim como 
deslocamento de caráter, que ocorre quando duas espécies se tornam mais 
distintas em aparência. 
Finalmente, quando há especiação simpátrica, espécies divergem sem uma 
barreira geográfica entre elas ou mudanças drásticas no ambiente. Esse tipo de 
especiação é considerado raro, já que uma pequena quantidade de fluxo gênico 
pode remover as diferenças genéticas entre partes de uma população. Em geral, 
a especiação simpátrica em animais exige a evolução tanto de diferenças 
genéticas como de acasalamento preferencial, para permitir que o isolamento 
reprodutivo evolua. 
Um tipo de evolução simpátrica envolve o cruzamento entre duas espécies 
aparentadas, produzindo uma nova espécie híbrida. Esse tipo de especiação 
não é comum em animais, já que híbridos são comumente inviáveis ou estéreis, 
porque não há pareamento entre os cromossomos homólogos de cada 
progenitor durante a meiose. Ela é mais comum em plantas, porque plantas 
frequentemente dobram o número de cromossomos, formando poliplóides. Isso 
permite o pareamento de cada cromossomo com seu homólogo durante a 
meiose, já que os cromossomos de cada progenitor já se apresentamem pares. 
Um exemplo desse tipo de especiação ocorreu quando as espécies Arabidopsis 
thaliana e Arabidopsis arenosa se hibridizaram para formar a nova espécie 
Arabidopsis suecica. Isso ocorreu há cerca de 20 000 anos atrás e o processo 
de especiação foi reproduzido em laboratório, permitindo o estudo dos 
mecanismos genéticos envolvidos no processo. De fato, eventos de 
poliploidização numa espécie podem ser uma causa comum de isolamento 
reprodutivo, já que metade dos cromossomos duplicados não irá parear quando 
ocorrer cruzamento com organismos sem essa duplicação. 
Eventos de especiação são importantes na teoria do equilíbrio pontuado, que 
explica a existência do padrão observado no registro fóssil de "explosões" de 
evolução entre longos períodos de estase, em que as espécies se mantém 
relativamente sem mudanças. Nessa teoria, a especiação e a rápida evolução 
são relacionadas, com seleção natural e deriva genética atuando mais 
fortemente em organismos especiando em novos habitats ou com pequeno 
tamanho populacional. Como resultado, os períodos de estase no registro fóssil 
correspondem à população parental, e os organismos passando por especiação 
e rápida evolução são encontrados em pequenas populações geograficamente 
restritas, sendo raramente preservados como fósseis. 
Evolução Humana: 
Evolução humana é uma teoria que indica que o processo evolucionário se 
iniciou com as primeiras formas de vida até atingir o estágio atual do 
desenvolvimento humano, o homo sapiens sapiens. 
A biologia estima que a vida na Terra tenha surgido há 3.8 bilhões de anos atrás 
na forma de organismos unicelulares denominados procariontes. Milhões de 
anos depois, com as mudanças relacionadas ao oxigênio e a evolução da 
fotossíntese, surgiram os primeiros seres eucariontes (com células complexas 
contendo organelas). 
As mutações continuaram ao longo do tempo e cerca de 530 milhões de anos 
atrás, surgiram os primeiros peixes, que em seguida deram origem aos anfíbios 
(340 milhões de anos atrás), répteis (310 milhões de anos atrás) e 
eventualmente aos mamíferos (cerca de 100 milhões de anos atrás). Finalmente, 
os primeiros mamíferos primatas na Terra deram origem aos hominídeos. 
É importante esclarecer que o significado de “hominídeo” foi revisto diversas 
vezes ao longo do tempo. Por esse motivo, ainda é muito comum que o termo 
seja usado para referir-se exclusivamente aos humanos (gênero homo), embora 
englobe também os chimpanzés, gorilas e orangotangos. 
Essas quatro espécies, também conhecidas como Grandes Primatas, tiveram 
um ancestral em comum há 14 milhões de anos atrás e, com o passar do tempo, 
subdividiram-se em espécies diferentes conforme os atributos físicos divergiam 
com novas mutações. Eventualmente, os primatas deram origem às primeiras 
formas de vida humana, cerca de 3,5 milhões de anos atrás. 
Etapas da evolução humana: 
Australopitecos 
A ciência acreditava que esta espécie se tratava, na verdade, de um ancestral 
próximo dos humanos. Essa classificação passou a ser questionada após a 
descoberta de fósseis australopitecos mais antigos e com características muito 
similares aos membros do gênero homo. Hoje em dia, apesar de não existir 
consenso, as similaridades com os humanos mantêm a espécie dos 
australopitecos intimamente relacionada ao início da vida humana na Terra. 
Os australopitecos eram seres bípedes de baixa estatura (não ultrapassavam 
1,4 metros) e possuíam o corpo coberto de pelos. A espécie vivia em zonas 
tropicais da África alimentando-se de frutas e folhas, e foi a primeira a utilizar o 
polegar opositor para segurar e manusear instrumentos. 
O termo australopiteco é originário do latim "australis", que significa sulista e do 
grego "pithekos", que significa primata. 
Homo Habilis 
Do latim “homem hábil”, a espécie viveu na Terra há cerca de 2,4 e 1,6 milhões 
de anos atrás. Em termos físicos, é o membro do gênero homo mais diferente 
dos humanos atuais. Os homo habilis receberam esse nome por terem sido os 
primeiros hominídeos a utilizar as mãos para fabricar instrumentos rudimentares 
feitos de pedra. Seus cérebros eram 50% maiores do que os dos australopitecos 
e tinham estatura média de 1,3 metros. 
Homo Erectus 
Com as mãos destinadas ao manuseio de instrumentos, os homo habilis 
aprenderam a equilibrar-se sobre as duas pernas e, com o tempo, deram origem 
ao homo erectus. Estima-se que a espécie tenha vivido entre 2 milhões de anos 
e 400 mil anos atrás. 
Os homo erectus foram os primeiros a controlar o fogo. Além de contribuir para 
a sobrevivência na vida noturna, a descoberta trouxe drásticas mudanças na 
alimentação e nos costumes da espécie, possibilitando, especialmente, a 
migração para lugares mais frios. Por esse motivo, os homo erectus foram os 
primeiros a sair da África e espalhar-se pelo mundo, cerca de 1,8 milhões de 
anos atrás. 
Homo Neanderthalensis (Neandertal) 
Mais conhecido como Homem de Neandertal, é considerado o ancestral mais 
próximo do humano moderno. Viveram na Europa e na Ásia entre 2,5 milhões e 
12 mil anos atrás. Apesar de possuírem estatura menor do que os humanos 
atuais, os neandertais tinham a constituição física muito mais forte e resistente 
que, somada ao domínio de armas e do fogo, fez deles exímios caçadores. 
Como viviam em regiões mais frias, os neandertais aprenderam a confeccionar 
roupas para manter-se aquecidos. Além disso, acredita-se que o frio tenha 
ligação direta com o sentimento de socialização desenvolvido pelos neandertais, 
que passavam muito tempo reunidos ao redor de fogueiras ou em cavernas. 
Os neandertais são considerados os membros mais carnívoros da família homo. 
Essa característica foi decisiva, tendo em vista que, quando as mudanças 
climáticas eliminam a maior parte dos animais caçados por eles, os neandertais 
não conseguiram se alimentar, sendo eventualmente extintos. 
Homo Sapiens 
Do latim "homem sábio", é o membro da família homo com o cérebro mais 
desenvolvido. Estima-se que os primeiros homo sapiens tenham surgido cerca 
de 300 mil anos atrás. 
Com a capacidade de raciocínio apurada, os homo sapiens foram capazes de 
interpretar o ambiente ao seu redor, solucionar problemas e assim prosseguir no 
processo de adaptação até os dias atuais. A ciência classifica o ser humano 
moderno como homo sapiens sapiens que significa "homem que sabe que sabe". 
Isso significa que o ser humano atual desenvolveu a consciência dos seus 
conhecimentos e aprendeu a usá-los na busca de novos.

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