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APS Educação Inclusiva - Pietra Coelho

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ATIVIDADE PRÁTICA 
SUPERVISIONADA 
O Primeiro da Classe – Análise do filme 
 
 
ABRIL DE 2022 
FMU – EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
Aluno: Pietra Coelho de Paiva Galhardo 
RA: 3204032 
 Ao assistir e analisar o filme “O Primeiro da Classe”, é possível tirar diversas 
conclusões sobre como é o desenvolvimento escolar e as relações sociais das 
pessoas com deficiência, mais especificamente, as que possuem a Síndrome de 
Tourette, como é o caso do protagonista do filme. Somos apresentados à 
diversas situações no decorrer da vida de Brad, desde sua relação com sua 
família até a vida social escolar e eventualmente a vida adulta e seus desafios, 
como trabalho e vida amorosa. 
 Em relação à sua família, vemos que seus pais tiveram muita dificuldade em 
compreender a deficiência, muito por culpa do desconhecimento da doença, mas 
não apenas por isso. O pai de Brad constantemente o reprimia por seus tics, que 
eram vistos como brincadeiras, mau comportamento, chega a dizer que “não tem 
nada de errado com você que um pouco de autocontrole não possa consertar”, 
uma frase muito opressiva porque sabemos que os tics da Síndrome de Tourette 
são involuntários, como Brad diz: “como espirros”. Compreensão foi algo que o 
pai do protagonista não pôde ofertá-lo, o que fez com que a relação dos dois se 
distanciasse. 
 Já a mãe do protagonista tem uma abordagem diferente, muito preocupada em 
descobrir o diagnóstico do filho, se mostra solicita e muito mais compreensiva 
que o pai. Ela conversa com professores, médicos, e sempre defende o filho e 
busca confiar quando o mesmo diz que não consegue controlar os tics. Ela é 
exemplo de como a família deve agir na situação de uma possível deficiência. 
 Mudando de ambiente, vê-se que a escola também falha em acolher Brad e sua 
deficiência. A maioria dos professores compartilham do pensamento do pai do 
protagonista, supondo que os tics do garoto sejam brincadeiras para atrapalhar 
a aula e divertir os colegas, é mostrado vezes em que o menino é tirado da sala, 
repreendido por emitir sons, e chegando até a ter que pedir desculpas para a 
classe simplesmente por ter uma síndrome que não é compreendida. Como 
consequência, o diretor da escola o ameaça de expulsão, e diz que Brad está se 
autossabotando por supostamente fazer os sons de propósito. 
 Ao estudar as legislações que normatizam a educação inclusiva, fica claro o 
quanto a escola pecou em atender as normas, não dando suporte algum ao 
aluno. Como primeiro exemplo, parafraseando a Política Nacional de Educação 
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a Constituição Federal de 1988 
traz como um dos seus objetivos fundamentais, “promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação” (art.3º inciso IV). Define, no artigo 205, a educação como um 
direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da 
cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece 
a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”, como um dos 
princípios para o ensino e, garante, como dever do Estado, a oferta do 
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de 
ensino (art. 208). Vê-se que o artigo 206 foi desrespeitado porque o aluno com 
Tourette não teve a possibilidade de permanecer na escola por pura 
discriminação, parte essa que acaba desrespeitando o art.3º inciso IV. 
 No mesmo documento, fala-se sobre a Resolução CNE/CP nº1/2002, que 
estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores 
da Educação Básica, define que as instituições de ensino superior devem prever 
em sua organização curricular formação docente voltada para a atenção à 
diversidade e que contemple conhecimentos sobre as especificidades dos 
alunos com necessidades educacionais especiais. Essa resolução claramente 
não é refletida no comportamento dos docentes que acompanham Brad, já que 
os mesmos não acolhem as diferenças e necessidades do aluno. 
 Nesses três exemplos de legislações que não foram atendidas pela escola do 
filme, vê-se como o debate sobre a educação inclusiva precisa ser reforçado, já 
que, mesmo o filme contando um caso mais antigo, ainda é comum 
discriminação e falta de acessibilidade no ambiente escolar para com as PcDs. 
Existem obstáculos sociais, culturais e históricos a respeito da inclusão, que 
precisam ser superados com educação, como por exemplo, a atitude do diretor 
da segunda escola em que Brad estudou, que o trouxe a frente de todos os 
colegas para que pudesse contar sobre sua deficiência de forma saudável. 
Também é importante a inclusão de professores PcDs, na segunda metade do 
filme é mostrado como as crianças são compreensivas e tolerantes quanto às 
diferenças, e a diferença que faz ter contato com aquilo “fora do padrão” desde 
a primeira infância. 
 
REFERÊNCIAS 
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva – 
Brasília, Janeiro de 2008

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