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APTIDAO FISICA E SAUDE

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APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE: A MUSCULAÇÃO E AS PESSOAS HIPERTENSAS 
 Higor Augusto Lunici Messias 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
 Bacharel em Educação Física (BEF0022/7) 
 01/12/2020 
 
 
RESUMO 
 
Este paper tem como foco a atuação nos cuidados e limitações para a realização de 
exercícios em grupos especiais, mais especificamente, com as pessoas hipertensas. 
Objetiva-se analisar a importância e benefícios da musculação para as pessoas 
hipertensas. E, em específico: discorrer sobre a hipertensão; falar sobre a musculação; 
fazer a relação da musculação praticada por hipertensos. Por meio da abordagem 
qualitativa e a literatura pretendeu-se mostrar que todo e qualquer grupo especial 
requer do educador físico uma maior atenção e conhecimento, logo, é importantíssimo 
o acompanhamento médico bem como a qualificação profissional do educador físico 
para que se faça um trabalho que vise realmente à qualidade de vida e saúde dessas 
pessoas. 
 
Palavras-Chave: Academia. Hipertensão. Musculação. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como foco a prática de musculação com o grupo especial de 
pessoas com hipertensão. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença muito 
comum que pode aparecer em crianças, adultos e idosos, embora seja neste último 
grupo que haja maior predomínio. Os dados apontam cerca de 60 milhões de 
brasileiros sofrem com isso e cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. 
Dada a frequência com que essa patologia ocorre, sua importância e suas 
interações com a atividade física, neste relatório informo de maneira geral sobre as 
considerações a serem levadas em consideração, tanto para questões de segurança 
quanto para conscientização ao trato da musculação com o grupo. 
Este paper tem por objetivo analisar, por meio da abordagem qualitativa da 
pesquisa bibliográfica a importância e benefícios da musculação para as pessoas 
hipertensas. E, em específico: discorrer sobre a hipertensão; falar sobre a musculação; 
fazer a relação da musculação praticada por hipertensos. Justifica-se esse estudo à 
medida que o estudo da efetividade do exercício no tratamento da hipertensão é o modo 
mais eficaz de prevenção e tratamento da doença. 
 
A HIPERTENSÃO 
 
Hipertensão é outro nome para pressão alta. Pode levar a graves complicações 
de saúde e aumentar o risco de doenças cardíacas, derrame e, às vezes, morte 
(MORAES et al., 2007). A pressão arterial é a força que o sangue de uma pessoa 
exerce contra as paredes dos vasos sanguíneos. Essa pressão depende da resistência 
dos vasos sanguíneos e da força do coração para trabalhar (POMPEU et al, 2007). 
 
A hipertensão é um fator de risco primário para doenças 
cardiovasculares, incluindo acidente vascular cerebral, ataque 
cardíaco, insuficiência cardíaca e aneurisma. Manter a pressão arterial 
sob controle é vital para preservar a saúde e reduzir o risco dessas 
condições perigosas (FERREIRA et al., 2007, p. 43). 
 
A incidência de acidente vascular cerebral aumenta aproximadamente 8 vezes 
em pessoas com hipertensão definida. Estima-se que 40% dos casos de infarto agudo 
do miocárdio ou acidente vascular cerebral são atribuíveis à hipertensão (OMS, 2003). 
Pickering et al. (2005) relatam uma recente análise que agregou dados em 61 
estudos observacionais prospectivos e descobriram que havia fortes e diretas relações 
entre hipertensão e mortalidade vascular. Essas relações foram evidentes nos 
indivíduos de meia idade e mais velhos. Verificou-se que a mortalidade cardiovascular 
aumenta progressivamente em toda a faixa de pressões sanguíneas incluindo a faixa 
pré-hipertensiva (designação NIH-JNC7 de 120 / 80-139,89 mmHg). A hipertensão 
acelera a aterosclerose e a lesão dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de 
doença vascular e dano subsequente ao órgão final (coração, cérebro, rim, olho ou 
membros). A aterosclerose é uma doença complexa, difusa e processo progressivo, 
com distribuição variável e apresentação clínica, 
dependente do nível regional circulação envolvida. 
Fatores que podem influenciar essas diferenças incluem o tamanho e a estrutura 
da artéria afetada, fluxo local e regional, alterações nas alterações microcirculatórias e 
danos nos órgãos-alvo. Apesar da disponibilidade de tratamentos eficazes, estudos 
mostraram que em muitos países menos de 25% dos pacientes tratados para 
hipertensão alcançam um ótimo controle da pressão arterial. 
 
Consequentemente, devido à baixa adesão ao tratamento anti-hipertensivo, 
aproximadamente 75% dos clientes com diagnóstico de hipertensão não alcançam o 
controle ideal. 
As organizações devem garantir que todos os profissionais de saúde 
envolvidos no fornecimento de assistência à hipertensão trabalhem em um ambiente 
que lhes permita praticar de acordo com as diretrizes e ter acesso a ferramentas de 
avaliação apropriadas. Para que um trabalho em equipe eficaz ocorra, os sistemas e 
provedores de saúde precisam desenvolver meios de avaliar com precisão não apenas 
a adesão, mas também os fatores que contribuem para isso. 
Os profissionais devem ter acesso a treinamento específico em gerenciamento 
de aderência, e os sistemas em que trabalham devem projetar e apoiar sistemas de 
entrega que respeitem esse objetivo (OMS, 2003). 
Um passo inicial crítico na implementação das diretrizes deve ser a adoção 
formal das diretrizes. As organizações precisam considerar como incorporar 
formalmente as recomendações a serem adotadas em sua estrutura de políticas e 
procedimentos (GRAHAM, HARRISON, BROUWERS, DAVIES E DUNN, 2002). Um 
exemplo dessa adoção formal seria o estabelecimento de uma política e procedimento 
relativos à manutenção e calibração regulares de monitores de pressão arterial dentro 
do ambiente de prática. 
Essa etapa inicial abre caminho para a aceitação geral e a integração das 
diretrizes em sistemas como o processo de gerenciamento da qualidade. O 
compromisso de monitorar o impacto da implementação das diretrizes de melhores 
práticas em Gerenciamento de Hipertensão é uma etapa fundamental que não deve 
ser omitida se houver uma avaliação do impacto dos esforços associados à 
implementação. 
Sugere-se que cada recomendação a ser adotada seja descrita em termos 
mensuráveis e que a equipe de profissionais seja envolvida nos processos de 
avaliação e monitoramento da qualidade. 
Uma lista sugerida de indicadores de avaliação é fornecida posteriormente nesta 
diretriz. Novas iniciativas, como a implementação de uma diretriz de melhores práticas, 
exigem uma forte liderança de profissionais capazes de transformar as 
recomendações baseadas em evidências em ferramentas úteis que ajudarão a 
direcionar a prática. 
 
 
 
 
1.1 A MUSCULAÇÃO 
 
 
A musculação regular melhora o nível da pressão arterial, especialmente o 
aeróbio, devido à sua influência nas adaptações cardiovasculares. Embora, deve ser 
lembrado que, antes de iniciar qualquer programa de treinamento, o médico deve dizer 
o que os praticantes de musculação são liberados para exercitar. 
É verdade que existem certas restrições e considerações. Por exemplo, os 
betabloqueadores diminuem a frequência cardíaca e a impedem de se elevar como 
uma resposta normal ao exercício; portanto, não é possível usar a frequência cardíaca 
como uma indicação da intensidade do exercício, exigindo o recurso à escala do 
esforço percebido (ZILIO, 2005). 
Em relação à intensidade, com 40-50% do consumo máximo de oxigênio 
(VO2max), nos beneficiamos das adaptações positivas do treinamento sem aumentar 
o risco para o hipertenso. Segundo a pesquisa, o exercício de baixa intensidade é 
mais benéfico do que o exercício de intensidade moderada para reduzir a pressão 
sanguínea em repouso e as respostas da pressão arterial ao estresse (LIMA, 2008). 
Você pode treinar com pesos? Sim, você só precisa levar em conta certas 
considerações. Existe uma antiga crença popular(mesmo entre alguns profissionais de 
saúde) de que você não deve treinar com pesos, mas é falso. Uma vez que o HTA é 
controlado, com algumas precauções, podemos retomar (ou iniciar, conforme o caso) 
no treinamento com cargas (MASCAYANO, 2006). 
Dado que a resposta imediata do exercício eleva a pressão arterial, o 
treinamento com cargas pode produzir picos de tensão que devem ser evitados como 
medida de precaução, pois o hipertenso pode ter problemas para assimilar e regular 
essas elevações. As situações que devem ser evitadas e levadas em conta são as 
seguintes (SBC, 2010): 
Teste de 1RM: O caráter máximo de estresse desses testes aumenta muito a 
tensão, portanto, esses testes devem ser evitados. Podemos ser guiados por outros 
marcadores para regular a intensidade, como a relação entre as repetições e a 
proximidade ao fracasso, ou a percepção do esforço. 
Série para falha: Nessas últimas repetições é onde uma série mostra a maior 
elevação da pressão arterial, portanto, também evitaremos alcançá-la. 
 
Cadência das repetições: Tanto uma velocidade explosiva quanto uma 
velocidade excessivamente lenta aumentam a pressão sanguínea. A recomendação é 
mover o peso a uma velocidade que seja "natural" para o levantador e a carga dada. 
Manobra de Valsava: Manter a respiração por vários segundos também a eleva, 
sendo totalmente desaconselhado a sua prática em pessoas hipertensas. Respirar 
corretamente e não aumentar a pressão intratorácica nos ajudará que o 
T.A. Não atire. 
Exercícios básicos: Os exercícios que mobilizam mais massa muscular e peso 
têm maior impacto sobre o T.A. Por exemplo, o agachamento terá um impacto maior 
do que as extensões de perna. Da mesma forma, a extensão das pernas com ambas 
as pernas ao mesmo tempo terá maior repercussão que a sua variante para uma 
perna. Isso não significa que não pode fazer o básico, é simplesmente um detalhe que 
deve ser conhecido ao planejar o treinamento e sua intensidade. 
Membros superiores: Também é necessário avaliar que realizar exercícios de 
braço eleva o T.A. acima do que os exercícios de perna fazem porque oferece maior 
resistência ao fluxo sanguíneo devido à menor vascularização (reduzindo o caráter do 
esforço um pouco é suficiente). 
Levantamento acima da cabeça: Esse tipo de movimento, como uma palmada, 
por exemplo, deve ser limitado, porque ao erguer os braços, criamos uma coluna de 
sangue que aumenta a pressão arterial. Se feito, a carga deve ser reduzida e a série 
de curta duração. 
Exercícios invertidos: exercícios invertidos ou semi-invertidos causam elevações 
do T.A. Por isso, é conveniente evitá-las (quanto mais você se aproxima dessa 
inversão do corpo), assim como mudanças súbitas de posição. 
Levando em consideração todas as considerações acima e outras, o treinamento 
com cargas poderia consistir em séries de 15 a 20 repetições durante o período inicial, 
usando uma carga que nos permite completar estas repetições por nossos próprios 
meios (e sem falhar). Seguindo essas diretrizes, estaríamos trabalhando 
automaticamente em torno de 50-60% da 1RM. Para exercícios de trem superior, 
recomenda-se começar algo mais suave, com um peso menor que nos deixa com 
várias repetições da falha (o que poderia ser em torno de 40% da 1RM) (ARAUJO, 
2003). 
 
Após os primeiros meses, se respondermos bem ao treinamento, podemos 
elevar a intensidade gradual e progressivamente até atingir 8-12 repetições (lembrar, 
evitando o fracasso). Com isso, estaríamos em torno de 60-75% de 1RM. Como 
precaução, recomenda-se não aumentar a intensidade acima desses valores 
(CANARIO, 2009). 
O trabalho isométrico pode opcionalmente ser incluído se for feito de forma 
muito suave, com um valor inferior a 50% do CMV (contração voluntária máxima) e de 
curta duração. O problema com o trabalho isométrico é que a contração muscular 
constante e estática corta o fluxo sanguíneo, elevando a pressão arterial. Nas 
contrações dinâmicas comuns, os relaxamentos entre as repetições permitem alguma 
circulação, resultando menos restritiva. Por essa razão, os isométricos foram 
contraindicados há algum tempo, mas executados de maneira prudente e 
conservadora (DANTAS, 2009). 
 
2 METODOLOGIA 
 
 
A pesquisa é do tipo qualitativa, exploratória em pesquisa bibliográfica e 
transversal, na qual foram utilizadas as plataformas de dados: Scielo, Google 
acadêmico, Medline e Lilacs, no período de maio a junho de 2020, com as seguintes 
palavras chaves: “hipertenção”, “musculação”, “atividade física”. 
Segundo Prodanov (2013), pelo método “podemos entender o caminho, a 
forma, o modo de pensar. É a abordagem ao nível de perceber a abstração dos 
fenômenos. É a conexão entre processos e operações mentais na pesquisa” (p. 26). 
Então, este estudo, também, por meio de uma pesquisa reflexiva, entendida como 
“uma categoria de pesquisa que tem como objeto do estudo de uma unidade de forma 
aprofundada, podendo ser tratado de um assunto, um grupo de pessoas ou um 
comunidade”(PRODANOV, 2013, p. 60). 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
3.1 MUSCULAÇÃO X HIPERTENSÃO 
 
 
A pressão alta é um sério desafio à saúde pública no mundo todo. Estudos 
epidemiológicos indicam que níveis elevados de pressão no sangue levam a 
acidente vascular cerebral, doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca e doença 
renal em estágio terminal (MELO, 2009). 
As orientações europeias ESH-ESC de 20074 no tratamento hipertensão arterial 
indicam os seguintes valores "normais": ideal: <120 / <80, normal: 120-129 / 80-84 e 
alto normal: 130-139 / 85 -89 mmHg. De acordo com essas diretrizes, a pressão 
arterial hipertensão arterial (HA) é definida com base na pressão arterial (PA)> 140 
mmHg para pressão sistólica e 90 mmHg para pressão diastólica (FLECK E 
KRAEMER, 2004). 
 
 
 
 
Figura 1 – Mapa mental de hipertensão 
 
Fonte: Sanar Carreira Médica, 2019. 
 
Uma redução na pressão de 4-6 mmHg corta os casos de ictus em 35% a 40%, 
cardiopatia isquêmica em 20% a 25% e mortalidade cardiovascular em 25% 5. Pressão 
sistólica reduzida de 10 mmHg pressão diastólica de 5 mmHg permite uma redução de 
50% - 60% no risco de ictus e de 40% a 50% na doença coronariana (GOMES E 
NUNES, 2008). 
 
Juntamente com a terapia farmacológica, agora está estabelecida evidências e 
consenso geral nas diretrizes atuais sobre a efetividade da atividade física regular no 
tratamento da hipertensão, em combinação com terapia medicamentosa ou mesmo 
isoladamente (GUEDES, 2008). 
A inatividade física é um importante fator de risco reconhecido para doenças 
cardiovasculares, e pessoas menos ativas e menos fit têm um risco 30% a 50% maior 
de pressão alta. Dois estudos de corte demonstraram que o exercício regular reduz a 
incidência de hipertensão. Além de prevenir hipertensão, verificou-se que o exercício 
físico regular reduz a pressão em hipertensos. Em homens levemente hipertensos, 
atividade física de curto prazo diminuiu a pressão arterial de 8 a 12 horas após o 
exercício, e a pressão arterial média foi mais baixa dias de exercício do que em dias 
sem exercício (SOUZA, 2008). 
Na hipertensão homens, atividade física moderada realizada por 16 a 32 
semanas resultou em uma diminuição da pressão arterial diastólica, que foi sustentada 
após redução da medicação anti-hipertensiva. Ensaios clínicos randomizados 
mostraram que o treinamento físico é capaz de reduzir a pressão arterial em até 11 e 8 
mmHg, pressões sistólica e diastólica, respectivamente, em aproximadamente 75% 
dos hipertensos de ambos os sexos com média redução de 6,9 e 4,9 mmHg para 
pressão sistólica e diastólica, respectivamente (ROCHA, 2008). 
Em termos práticos, isso significaria uma regressão de uma "alta" para um 
estado de pressão arterial “normal” para grande parte dos hipertensos, a maioria dos 
quais geralmente se enquadram na categoria de hipertensão leve. Atividade física 
regular provou ser eficazna melhoria do controle farmacológico como dose terapêutica 
também pode ser reduzido (NIEMA, 2011). 
A ação combinada de treinamento, peso perda, controle da hiperglicemia e 
dislipidemia podem normalizar formas menores de hipertensão arterial, sem a 
necessidade de drogas. É importante, no entanto, na presença de outros fatores de 
risco, associar um estilo de vida apropriado ao treinamento físico, caracterizada por 
uma dieta pobre em sódio e perda de peso uma dieta hipocalórica com baixo teor de 
gordura animal no caso de situação de excesso de peso, ingestão limitada de açúcar e 
álcool, aumento de frutas e legumes e abolição do fumo (POLITO, 2010). 
 
De fato, o exercício físico pode reduzir em 25% o risco cardiovascular de 10 
anos 9 e agora é definitivamente indicado como parte da terapia em hipertensos para 
melhor controle da PA e de risco cardiovascular concomitante. 
 
3.1.1 Programa de treinamento físico 
 
 
O exercício aeróbico de resistência parece ser mais eficaz em diminuir a pressão 
arterial do que outros tipos de exercícios, incluindo exercícios resistidos. Qualquer 
atividade aeróbica parece funcionar, incluindo caminhada, corrida ou ciclismo, embora 
o ciclismo pareça ser o mais eficaz (ROBERTS, 2002). 
O exercício de intensidade moderada parece ser o mais eficaz para reduzir a 
pressão arterial em pacientes hipertensos. O treinamento aeróbico moderado 
corresponderia a uma frequência cardíaca alvo de 75% a 85% da FCmax ou de 65% a 
75% em indivíduos mais velhos, a serem alcançados e mantidos gradualmente 
durante todo o programa de treinamento (SAFONS, 2007). 
Um teste ergométrico pré-treinamento é, de outra forma, obrigatório em 
pacientes hipertensos com comorbidades, por exemplo, isquêmicas doenças 
cardíacas etc. Uma abordagem útil para a prescrição de atividades é identificar a 
desirableração do esforço percebido e instruir indivíduos a aderir a essa intensidade 
(SANTAREM, 2012). 
O processo de treinamento físico deve contemplar um aumento no número e 
duração de sessões e somente mais tarde em sua intensidade. Em desacordo com 
outras doenças cardiovasculares, resistência e acima de tudo exercícios de força são 
não ser recomendado em pacientes hipertensos, devido à a possibilidade de atingir 
valores muito altos da pressão arterial durante esses tipos de exercícios e o efeito 
muito mais limitado sobre redução da pressão arterial (SOUSA, 2012). 
É importante descrever a necessidade de 5 a 10 minutos de aquecimento (ou 
seja, exercitar-se em baixa intensidade) antes e depois (relaxamento) da sessão de 
treinamento. Essas atividades ajudam a alongar e aquecer músculos e ligamentos na 
preparação da atividade sessão. 
O período de resfriamento também evita a hipotensão, que pode ocorrer com 
a interrupção repentina do exercício. Reduções na pressão arterial são vistas 
geralmente dentro de 10 semanas depois de iniciar um programa de treinamento 
físico. Esse resultado poderia reforçar a motivação dos pacientes (PINTO, 2012). 
 
É importante ter em mente que a terapia com exercícios deve continuar por toda 
a vida, musculo-esquelética comorbidades permitindo. 
Apesar da reconhecida eficácia da atividade física regular na redução da 
pressão arterial, os mecanismos responsáveis pela redução da pressão arterial 
induzida pelo exercício não são completamente definidos, mas é muito provável que 
vários mecanismos entrelaçados contribuem, pois, a etiologia da hipertensão essencial 
é multifatorial. O melhor mecanismo hemodinâmico que sustenta diminuição da 
pressão arterial com o treinamento físico é uma redução na resistência vascular 
periférica. 
O principal problema prático é a adesão a toda a vida de programas regulares de 
atividade física, que é um elemento essencial para o sucesso em alcançar e manter o 
benefício de exercício sobre pressão arterial, bem como outros fatores de riscos 
cardiovasculares e saúde. 
A flexibilidade de acumular a dose adequada de atividade física atividades 
breves e repetidas ao longo do dia podem melhorar a motivação e adesão a 
programas regulares de exercícios. 
Outro fator importante, principalmente no início dos programas de exercício é 
começar com intensidades mais baixas do que o previsto e depois progredir 
gradualmente para o exercício de acordo com a prescrição recomendada, com 
avaliação de sucesso e reforço fornecido regularmente. 
Sucessos a curto prazo podem aumentar a auto-eficácia do paciente por ser 
fisicamente ativo. Atualmente, visitas periódicas de acompanhamento com incentivo e 
reforço pelo médico parece obrigatório para atingir esse objetivo. 
Agora é a hora de considerar a atividade física como uma terapia, e médicos 
devem ser treinados para serem capazes de prescrever a dose apropriada de 
exercício, em termos de tipo, intensidade e frequência, como se fosse a dosagem de 
um medicamento. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
 
THA é um problema frequente e importante em nossa sociedade. Devemos, 
portanto, nos conscientizar disso, realizando verificações periodicamente 
(principalmente pessoas de 40 anos ou mais, quanto mais velhas). Sendo uma 
patologia silenciosa, podemos tê-lo e não o conhecer. 
 
Alguns hábitos saudáveis nos ajudarão a retardar sua aparência e a precisar de 
doses menores de medicamentos para evitar que o problema seja resolvido em caso 
de sofrimento. Tanto a dieta quanto o exercício são bases importantes para isso. 
O exercício cardiovascular de baixa intensidade melhora a pressão sanguínea em 
repouso, até melhor que a intensidade moderada. O treinamento com cargas também 
pode fornecer pequenas melhorias nesse sentido (além das típicas em um programa 
de força, é claro). Podemos, portanto, combinar os dois tipos de treinamento. 
Em suma, pessoas com pressão alta podem se beneficiar da realização de um 
programa de treinamento, simplesmente seguindo algumas diretrizes de segurança e 
controle. Logo, a vivência com esse grupo proporcionou meus conhecimentos 
acadêmicos para observar e fazer o melhor trabalho. 
Todo e qualquer grupo especial requer do educador físico uma maior atenção 
e conhecimento, logo, é importantíssimo o acompanhamento médico bem como a 
qualificação profissional do educador físico para que se faça um trabalho que vise 
realmente à qualidade de vida e saúde dessas pessoas. 
As políticas de saúde pública são obrigatórias para identificar formas de 
melhorar a prescrição de exercícios por parte dos médicos e a adesão a programas de 
treinamento pelos pacientes. Estudos adicionais são claramente necessários para 
melhor definir a mecanismos envolvidos no efeito redutor da pressão arterial por meio 
do exercício. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARAÚJO, C.G.S. Fisiologia do Exercício Físico e a Hipertensão Arterial. Uma Breve 
Introdução. Revista Hipertensão. 2003. Acesso 15 de mai, 2020 
www.sbh.org.br/revistan3v4. 
 
CANÁRIO, Ana; DANTAS, Lira; MELO, Conceição. Exercício físico resistido crônico 
promove regulação da pressão arterial e Pode influenciar na recuperação da síndrome 
do pânico: estudo de caso. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 
São Paulo, v.3, n.13, p.22-32.Jan/Fev. 2009. 
 
MORAES H, DESLANDES A, FERREIRA C, POMPEU FAMS, RIBEIRO P, LAKS P. 
O exercício físico no tratamento da depressão em idosos: revisão sistemática. Rev. 
Psiquiatr, 2007; 29(1). 
 
FLECK, Steven J.; KRAEMER, William J. Fundamentos do Treinamento de Força 
Muscular: Fisiologia Neuromuscular e Adaptações ao Treinamento de Força. 3ª 
Edição. Rio de Janeiro. Artmed. 2004. p. 67-138. 
 
GOMES, Marcelo, NUNES, Newton. Respostas hemodinâmicas agudas do 
treinamento de força em hipertenso controlado. Revista Brasileira de Prescrição e 
Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.2, n.8, p.265-271. Março/Abril. 2008. ISSN 1981-
9900. 
 
GUEDES JR, D. P., SOUZA JR,T.;ROCHA, A. C. Treinamento Personalizado em 
Musculação. Phorte editora, 2008. 
http://www.sbh.org.br/revistan3v4

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