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Medicina Legal Infortunística e Acidentes de Trabalho

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Medicina Legal
Infortunística
- Infortunística é a parte da Medicina Legal que estuda os acidentes do trabalho, as doenças profissionais e as doenças do trabalho.
· ACIDENTE DE TRABALHO:
- Aquele que ocorre pelo exercício de uma atividade, a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade de trabalhar permanente ou temporariamente.
- Doenças profissionais produzidas ou desencadeadas pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade (tecnopatias) que resultem sequelas permanentes com redução da capacidade de trabalho.
- Consideram-se ainda equivalentes ao acidente do trabalho as doenças do trabalho adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacionam diretamente - “doenças indiretamente profissionais”.
- Acidentes que ocorrem no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela, independente do meio de transporte e desde que não tenha havido alterações relevantes do itinerário para cumprimento de interesses meramente pessoais.
- Por outro lado, não se considera como doença do trabalho a doença degenerativa, a inerente a grupo etário e a que não produz incapacidade laborativa.
- Deverá ser caracterizado administrativamente pelo setor de benefícios do INSS, que estabelecerá o nexo entre o trabalho exercido e o acidente, e tecnicamente pela Perícia Médica do INSS, que estabelecerá o nexo de causa e efeito entre a doença e a lesão, entre a doença e o trabalho e entre a causa mortis e o acidente.
· FATO:
- As causas dos altos índices dos acidentes do trabalho entre nós são o sucateamento do maquinário utilizado nas empresas, o não cumprimento das Normas Regulamentadoras (NR), a falta de uma fiscalização mais efetiva por parte do Ministério do Trabalho e a ausência de uma política de conscientização da classe trabalhadora.
· TEORIA DO RISCO:
- A doutrina anterior à do risco encontrava apoio no possível ressarcimento do dano oriundo do trabalho através dos conceitos de:
 	Culpa subjetiva (aquiliana e contratual).
Culpa objetiva pelo risco originado.
- A doutrina da culpa aquiliana defende a existência de uma culpa delituosa cujo responsável era o Empregado.
- A doutrina de culpa contratual responsabilizava o patrão, o qual deveria cuidar da proteção do operário, dando a esta toda proteção indispensável ao infortúnio. Como ao empregado cabia apresentar provas, o mais favorecido era sempre o patrão.
- A doutrina da culpa objetiva do risco criado fundamenta-se no critério de que o risco depende da coisa e, por isso, a responsabilidade era toda do patrão. Cabia a este o ônus, pois sua máquina ou ferramenta criou o próprio risco.
- Na prática, devido ao inconveniente da prova, era o operário na maioria das vezes o responsável.
- Atualmente, é na conceituação do risco profissional que as legislações de acidentes do trabalho se fundamentam - defende o ponto de vista de que todo trabalho, por mais simples que seja, traz sempre consigo um risco próprio independente de culpa do patrão ou do empregado.
- O risco profissional é específico e inerente ao próprio trabalho, não se tendo a preocupação de apurar a culpabilidade do patrão, do operário, de terceiros ou atribuí-la a causas estranhas.
- Considera-se - inevitável, havendo, interesses e prejuízos mútuos – patrão e empregado perdem e ganham - O patrão não paga pelo acidente, mas fica sem a mão de obra e operário não deixa de ganhar; todavia, o que recebe não satisfaz plenamente suas necessidades - Ambos anseiam pela volta mais breve ao trabalho.
- O risco profissional pode ser: 
Genérico - aquele que incide sobre todas as pessoas quaisquer que sejam suas atividades ou ocupações.
Específico - aquele a que está sujeito determinado operário em função da própria natureza do trabalho que lhe cabe fazer.
Genérico agravado - aquele a que está sujeito o empregado, em virtude de circunstâncias especiais do trabalho ou das condições em que este o realiza.
· SÍNDROME DE BURN-OUT:
- A síndrome do burn-out ou síndrome do esgotamento profissional pode surgir no final da vida laborativa, principalmente das ocupações liberais.
- Manifesta-se por depressão, apatia, esgotamento físico, retraimento, atitude negativa em relação a si mesmo, cansaço emocional e falta de perspectiva levando a perda de motivação e tendência para sentimentos de inadequação e fracasso.
- Ocorre em torno de 40 a 50 anos e atinge cerca de 4 a 5% da população, sendo mais comum entre as mulheres.
- Sugere que o indivíduo passa a ser consumido por algo externo, um tipo de estresse, que repercute física e emocionalmente, traçando-lhe um perfil irritadiço, agressivo e desmotivado.
- Ele se sente ou afirma ser um fracassado e incapaz, tornando-se desmotivado para exercer suas atividades profissionais com eficiência e prazer ou se desculpa sinalizando defeitos e desvantagens na função que exerce, avaliando seu tipo de trabalho negativamente.
- Em geral, o paciente torna-se intolerante, afasta-se das atividades sociais, desmotiva-se das obrigações profissionais, provocando também conflitos na sua vida familiar e afetiva.
Tende ao uso imoderado de tabaco, álcool e drogas proibidas.
- Essa síndrome é mais observada em profissões relacionadas com o contato interpessoal mais ativo e frequente, como médicos, psicanalistas, professores, enfermeiros, assistentes sociais, ou aqueles que interagem de maneira mais pessoal em suas atividades.
· PERÍCIA:
- A perícia do acidentado deve ser muito minuciosa, a fim de estabelecer um critério justo na solução dos problemas de Infortunística.
- Três são os aspectos relevantes e concludentes exigidos no exame do acidentado:
Esclarecer a causa e a natureza do acidente ou da doença profissional, concluindo pelo nexo de causa e efeito.
Afastar as possibilidades de simulação, metassimulação e dissimulação.
Avaliar o grau de incapacidade.
· INCAPACIDADE:
- A incapacidade laborativa por acidente de trabalho pode-se apresentar nas seguintes modalidades:
Incapacidade temporária, cuja intensidade, localização e extensão das lesões pode ser total ou parcial.
Incapacidade permanente, que também pode ser total e parcial ou, levando em conta o tipo de trabalho, genérica e específica.
- Todavia, para a concessão de percentuais estipulados no Anexo III da lei acidentária, é necessário que a perícia estabeleça, após a consolidação das lesões, se as formas de incapacidade anteriormente referidas produziram:
I – Redução da capacidade laborativa que exija maior esforço ou necessidade de adaptação para exercer a mesma atividade, independentemente de reabilitação profissional.
II – Redução da capacidade laborativa que impeça, por si só, o desempenho da atividade exercida à época do acidente, porém não o de outra do mesmo nível de complexidade, após reabilitação profissional.
III – Redução da capacidade laborativa que impeça, por si só, o desempenho da atividade exercida à época do acidente, porém não o de outra de nível inferior de complexidade, após reabilitação profissional.
IV – Invalidez por incapacidade total e definitiva para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
· AUXÍLIO ACIDENTE:
- O auxílio-acidente será concedido ao segurado, após a consolidação das lesões decorrentes do acidente, conforme o Anexo III, que implique:
Redução da capacidade laborativa que exija maior esforço ou necessidade de adaptação para exercer a mesma atividade, independentemente de reabilitação profissional.
Redução daquela capacidade que impeça o desempenho de outra atividade, porém não do mesmo nível de complexidade.
Redução daquela capacidade que impeça o desempenho de outra atividade, porém não o de outra de nível inferior de complexidade após reabilitação profissional.
- Os litígios e as medidas cautelares relativos a acidentes do trabalho serão apreciados:
Esfera administrativa, pelos órgãos da Previdência Social.
Via judicial, pela Justiçados Estados e do Distrito Federal, segundo o rito sumaríssimo, inclusive durante as férias forenses, mediante petição instruída pela prova efetiva notificada do evento à Previdência Social, através da comunicação de Acidente de Trabalho.
Prescrevem as ações referentes a acidentes do trabalho em 5 anos, contados da data do acidente, verificada pela perícia da Previdência, ou da data em que for reconhecida a incapacidade permanente ou agravamento das sequelas do acidente.

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