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TRAB DIR DE FAMILIA

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UNIVERSIDADE CEUMA
ELODY CARVALHO COSTA 
HAKKINEN MARTINS DA SILVA
IARA VERÔNICA DA SILVA
JOSÉ FHELIPE BULHÕES A. PINTO 
VANESSA LAYS GUIMARÃES DE JESUS 
DIREITO DE FAMÍLIA
SÃO LUÍS/MA
2020
UNIVERSIDADE CEUMA – CAMPUS ANIL 
ELODY CARVALHO COSTA – 91513
HAKKINEN MARTINS DA SILVA - 94678
IARA VERÔNICA DA SILVA - 90304
JOSÉ FHELIPE BULHÕES A. PINTO - 93715 
VANESSA LAYS GUIMARÃES DE JESUS - 105949
DIREITO DE FAMÍLIA: ESPÉCIES DE FAMÍLIA
 Este trabalho irá complementar a prova do 2º bimestre da disciplina de Direito de Família. 
SÃO LUÍS/MA
2020
SUMÁRIO
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................4
2. ESPÉCIES DE FAMÍLIA..................................................................................5
2.1 CASAMENTO................................................................................................5
2.1.1 Conceito...............................................................................................5
2.1.2 Natureza Jurídica.................................................................................5
2.1.3 Finalidade............................................................................................6
2.1.4 Formas especiais de casamento...........................................................6
a) Casamento por procuração.........................................................6
b) Casamento nuncupativo..............................................................6
c) Casamento em caso de moléstia grave.......................................7
d) Casamento celebrado fora do país, perante autoridade diplomática brasileira..................................................................7
e) Casamento celebrado fora do país, perante autoridade estrangeira....................................................................................8
2.1.5 Capacidade, Habilitação, Impedimentos e Causas Suspensivas, e Celebração Matrimonial......................................................................8
2.1.5.1 Capacidade para o casamento........................................................8
2.1.5.2 Habilitação.....................................................................................9
a) Requerimento e apresentação de documentos....................9
b) Proclamas...............................................................................9
c) Registro das proclamas.......................................................10
d) Certificado............................................................................10
2.1.5.3 Impedimentos e Causas Suspensivas...........................................10
2.1.5.4 Celebração do Casamento...........................................................11
2.1.6 Prova do Casamento..........................................................................11
2.1.7 Regime de Bens.................................................................................11
a) Comunhão parcial de bens........................................................12
b) Comunhão universal de bens....................................................12
c) Separação de bens......................................................................13
d) Participação final nos aquestos................................................13
2.1.8 Extinção do casamento......................................................................13
2.2 CONCUBINATO..........................................................................................14
2.3 UNIÃO ESTÁVEL.......................................................................................14
2.4 FAMÍLIA MONOPARENTAL....................................................................15
2.5 FAMÍLIA ANAPARENTAL........................................................................16
2.6 FAMÍLIA PLURIPARENTAL.....................................................................17
2.7 EUDEMONISTA..........................................................................................18
2.8 UNIÃO HOMOAFETIVA............................................................................19
2.9 FAMÍLIA PARALELA.................................................................................20
2.10 FAMÍLIA UNIPESSOAL.......................................................................21
3. CONCLUSÃO....................................................................................................22
REFERÊNCIAS.................................................................................................23
	1. INTRODUÇÃO
Na vigência do Código Civil de 1916, somente uma forma de família era reconhecida, especialmente porque nesta época, o próprio conceito de família era voltado para a procriação – gerar descendentes, por isso, o casamento (entre homem e mulher) era o único tipo de entidade familiar reconhecido e regulamentado pelo Estado.
 Entretanto, através das transformações sociais e com o advento da modernidade, tem-se o surgimento de diversas outras estruturas de convívio, pois as relações socias estão em constante mudança, essas novas entidades familiares que surgiam, aos poucos, foram sendo reconhecidas e asseguradas pelo Estado, para a efetivação, principalmente, da Dignidade da Pessoa Humana. 
O presente trabalho versa sobre as Espécies de Família existentes no Direito de Família, sendo elas: Casamento (família matrimonial), Concubinato, União Estável, Família Monoparental, Anaparental, Paralela, Pluriparental, Eudemonista, União Homoafetiva e Unipessoal, que ao longo do trabalho serão abordadas mais especificamente, principalmente, sobre suas características, suas particularidades e diversidades. 
2
A metodologia usada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com alguns livros sobre o tema, mas também com jurisprudências.
2. ESPÉCIES DE FAMÍLIA
2.1 CASAMENTO
0. Conceito 
É a união estável e formal entre duas pessoas naturais, como objetivo de satisfazer-se e amparar-se, mutuamente, constituindo, assim, família. O casamento deriva efetivamente de um sistema organizado socialmente, com o estabelecimento de regras formais, de fundo espiritual ou laico. 
De acordo com LAFAYATTE em sua renomada obra, o casamento: “é o ato solene pelo qual duas pessoas de sexo diferente se unem pra sempre sob a promessa recíproca de fidelidade no amor e nas mais diversas atreitas comunhão da vida”. 
MARIA HELENA DINIZ, por sua vez, traça o conceito de que o casamento é: “O vínculo jurídico entre o homem e a mulher que visa oi auxílio mútuo material e espiritual, de modo que haja uma integração fisiopsíquica e a constituição de uma família”. 
PAULO LOBO assevera: “O casamento é um ato jurídico, solene, público e complexo, mediante o qual um homem e uma mulher constituem família, pela livre manifestação da vontade e pelo reconhecimento do estado” 
Por fim, RUGGIERO, o conceitua como:
Instituto, não só jurídico, mas ético, social e político e é tal sua importância que a própria estrutura do organismo social depende de sua regulamentação. Impera nele não só a direito, mas também o costume e a religião: todos os três grupos de normas se contêm no seu domínio e, como se verá, uma das características mais salientes da história do instituto é aluga entre Estado e Igreja para obter competência exclusiva para o regular.
0. Natureza Jurídica 
O casamento é um instituto jurídico de Direito Privado que possui natureza jurídica híbrida, isto é, tal núcleo familiar é tudo como contrato no momento de sua celebração, é instituição social enquanto vida comum. Sendo assim, o casamento, citando indiretamente Caio Mário da Silva Pereira, é um contrato especial dotado de consequências singulares, que possuem maior profundidade e extensão que outras convenções de efeitos puramente econômicos, ou contrato de Direito de Família, em razão das relações específicas por ele criadas.
 Sob essa perspectiva, pôde-se asseverar que o casamento trata-se de um contrato especial, de característicaspróprias, de Direito de Família, pelo qual os nubentes formam entre si um núcleo de afeto, amor e existência, por meio da instituição de direitos e deveres, recíprocos frente aos seus descendentes, permitindo, desse modo, a realização dos seus planos de vida, próprios ou em comunhão.
Diante dessas considerações, temos como como características desse contrato especial: o ato formal e plurilateral (entre duas pessoas naturais), o intuitu personae e a dissolubilidade.
0. Finalidade
Nos tempos remotos do Direito de Família, o casamento tinha como finalidade apenas a procriação, a mútua assistência e a satisfação sexual das partes, geralmente é, principalmente, a do homem. Entretanto, com as novas acepções dadas graças ao desenvolvimento da sociedade e do ordenamento jurídico, a união matrimonial, hodiernamente, trata-se do locus de realização e busca da felicidade e satisfação dos integrantes que compõe o núcleo familiar, sendo essa a verdadeira função social da família.
0. Formas especiais de casamento 
Devido à legislação civil vigente no Brasil, uma série de modalidades especiais de casamento são admitidas no ordenamento jurídico brasileiro. Sendo assim temos como formas especiais de casamento: 
a) Casamento por procuração 
No Brasil, alguns atos jurídicos tem como característica a pessoalidade, e, por isso, não é admitida a representação, a exemplo do testamento, da adoção ou do exercício do direito de voto. O casamento, entretanto, escapa essa regra, tendo em vista que há a possibilidade do casamento ser realizado através de mandato, isto é, de contrato de representação voluntária, configurando a procuração apenas como o instrumento delimitador dos poderes do procurador ou mandatário. Vale ressaltar que, por causa da importância de tal ato, o legislador cuidou de dar maior importância e segurança jurídica ao mesmo, exigindo-lhe a forma pública e poderes especiais:
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais. § 1º A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos. § 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo. § 3º A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias. § 4º Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
Desse modo, a procuração para casar não pode ser genérica, devendo conter poderes especiais, observando a forma pública, ou seja, lavrada no Livro de Notas do Tabelião, com o prazo máximo de noventa dias.
b) Casamento nuncupativo
Trata-se de casamento contraído, de viva voz, por pessoa que se encontra moribunda, na presença de, no mínimo, 6 testemunhas, independentemente de autoridade competente oi seu substituto. Para ser válido, entretanto, alguns requisitos legais devem ser observados durante a sua realização, e após a mesma.
O nubente, posto no limiar da vida, deve, portanto, deter saúde e higidez mental, bem como a vontade de contrair núpcias com o parceiro. Tal modalidade está baseada no respeito ao afeto da pessoa durante seus instantes finais de vida. O Código Civil Brasileiro disciplina a matéria no seu dispositivo legal do art. 1540: 
Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Após realização do casamento as testemunhas (6, pelo menos) devem comparecer diante a autoridade judicial mais próxima em dez dias, requerendo que, em termos, seja realizada a declaração de que: foram convocadas por parte do enfermo; este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo; em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por casados. Posto isso, seja instaurado um procedimento de jurisdição voluntária, com participação do Ministério Público, no bojo do qual o juiz, após averiguar se os nubentes poderiam ter se habilitado, ouvirá os demais interessados e, tendo as formalidades sido observadas e o procedimento livre de quaisquer fraudes,  decidirá, determinando, por mandado, o registro do ato. A ausência de tal registro implicará na nulidade absoluta do matrimônio contraído.
c) Casamento em caso de moléstia grave
Diferente do casamento nuncupativo, no qual um ou ambos os nubentes se encontram em leito de morte, aqui a habilitação foi realizada, mas por conta de grave doença, tornou-se impossível o comparecimento do cônjuge à celebração matrimonial. Por isso, pode o nubente solicitar a que a autoridade celebrante vá ao seu encontro. Assim assevera o art. 1539 do CC/02:
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever. § 1o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato. § 2o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado.
d) Casamento celebrado fora do país, perante autoridade diplomática brasileira
Estando fora do território nacional, pode o brasileiro (vide art. 12, Constituição Federal) contrair matrimônio. Sendo assim, o nubente pode celebrar matrimônio conforme as leis brasileiras, mesmo estando em outra nação. A celebrava dar-se-á mediante as normas legais, na forma art. 18 da LINDB. Para ser válido, além de todos os requisitos existentes na Habilitação, devem os cônjuges registrar o ato em 180 dias, a contar da volta de um ou de ambos. Esse prazo é decadencial, e, caso não seja observado, o ato jurídico não irá gerar efeitos, logo casal não será considerado casados pela lei brasileira.
e) Casamento celebrado fora do país, perante autoridade estrangeira
Modalidade especial de casamento que é tutelada pelo ordenamento jurídico brasileiro. O casamento dos nubentes dar-se-á mediante as normas estrangeiras, observados os seus três planos: I - existência; II - validade; III - eficácia. Do mesmo modo, o regime de bens adotado. Sendo assim, é o local do domicílio do casal que determinará as regras de existem e validade do casamento. 
0. Capacidade, Habilitação, Impedimentos e Causas Suspensivas e Celebração Matrimonial
2.1.5.1 Capacidade para o casamento 
Diferente de alguns atos que podem ser exercidos somente com a maioridade, o casamento pode ser celebrado quando o homem ou a mulher atingirem a idade núbil de 16 anos completos. É o que afirma o CC no seu art. 1517:
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631.
O parágrafo único desse artigo versa sobre o impedimento matrimonial por falta de consentimento. É o caso dos nubentes maiores de 16 e menores de 18 que desejam se casar, mas seus pais não autorizam. (Exigência de autorização do nubente menor; vide art. 1517, CC).
Ambos os pais devem autorizar. Somente é possível a autorização unilateral se o outro genitor for morto, ausente por declaração judicial ou estiver destituído do poder familiar. Sendo assim, caso os dois genitores não autorizem o casamento, descartando as exceções, não será possível a realização do casamento.
Todavia, poderia o juiz suprir o consentimento dos pais, por sentença, proferida em procedimento de jurisdição voluntária, iniciado pelo Ministério Público ou por um dos nubentes interessados. Essa medida tem como propósito de servir como remédio contra o despotismodos pais tiranos ou caprichosos, encontrando, assim, um corretivo contra a prepotência parental.
Vale ressaltar que o consentimento dos pais, antes dado, poderá ser revogado até momentos antes da cerimônia matrimonial (art. 1518, CC). Sendo assim, havendo retratação, poderá ser requerido o suprimento judicial. Se deferido, será expedido alvará, autorizando a celebrava do casamento, que deverá ser juntado aos autos do procedimento de habilitação.
Além do suprimento judicial do consenso dos genitores, há, também, o suprimento etário dos nubentes, cabível sempre que o nubente tiver menos de 16 anos de idade. É o que ocorre no caso da ocorrência de gravidez. Ademais, é importante salientar que, mesmo havendo consentimento dos genitores, não há possibilidade do nubente menor de 16 anos contrair núpcias. 
Além disso, válido frisar que todos os casamentos celebrados com suprimento judicial de idade ficam submetidos à separação total de bens. Esse dispositivo tem como objetivo a proteção do patrimônio do incapaz. Todavia, tal refreamentos poderão ser suspenso, tendo em vista que há a possibilidade de mudança de regime após nubente atingir a maioridade.
2.1.5.2 Habilitação 
Trata-se de um processo composto de vários atos que ensejam, caso todos os requisitos sejam respeitados, na celebração do casamento válido e livre de vícios. Nessa fase são compreendidos os seguintes atos: 
a) Requerimento e apresentação de documentos
O requerente de habilitação para casamento será firmado por nubentes, de próprio punho. No que tange aos documentos a serem apresentados os mesmos estão delineados no art. 1525 do Código Civil:
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos: I - certidão de nascimento ou documento equivalente; II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra; III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar; IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
b) Proclamas 
Edital que será afixado por período de 15 dias no mural do cartório, após apresentação dos documentos e preenchimento do formulário. Tal prazo será computado da publicação dos editais em cartório. 
Nos casos de urgência, as proclamas poderão ser dispensadas pela autoridade competente pela homologação do casamento. É o que acerto o parágrafo único do art. 1527, CC: “A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a publicação.”
Havendo oposição de impedimentos, o oficial deverá cientificar os nubentes, entregando-lhes as notas de oposição - com indicação do nome do oponente e suas razões. No prazo de três dias os nubentes devem se manifestar, defendendo-se ou indicando as provas que pretendem produzir.
c) Registro das proclamas 
Não havendo impugnação de terceiros ou do Ministério Público no processo de habilitação, haverá o registro das proclamas no cartório que os publicou. 
d) Certificado 
Após emissão do certificado, será de 90 dias o prazo para que a celebração nupcial seja realizada, caso não a seja, o processo de habilitação deverá ser refeito, tendo em vista que o prazo de 90 dias é decadencial.
2.1.5.3 Impedimentos e Causas Suspensivas 
Os impedimentos são as causas que tornam o casamento impossível para um ou pra ambos os noivos. Visam evitar uniões que possam, de algum modo, ameaçar a ordem pública, resultante de circunstâncias ou fatos impossíveis de serem sanados e, caso ocorram, o casamento torna-se nulo. Estão delineados no art. 1521 do Código Civil.
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
As causas suspensivas, por sua vez, não tornam o casamento nulo, apesar de impor sanções diretas. Essas estão descritas no art. 1523 do Código Civil:
Art. 1.523. Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
A oposição dos impedimentos deve dar-se antes ou durante a cerimônia. Uma vez concluída a celebração matrimonial, o casamento estará realizador deverá ser anulado ou nulo, se for o caso. Os impedimentos matrimoniais, diferente das causas suspensivas que podem sem opostas somente pelos parentes em linha reta, irmãos, cunhados e ex-cônjuge, podem ser opostos por qualquer pessoa, inclusive o Oficial de Registro, Ministério Público e, ou, Juiz, de ofício. A oposição deve ocorrer no momento da habilitação, na fase das proclamas, junto ao Registro Civil.  
O oponente deve apresentar-se pessoalmente e comprovar que é maior e capaz. Posteriormente, suas alegações serão reduzidas a termos, assinadas e comprovadas pelo mesmo. Tratando-se, portanto, de causas suspensivas, o oponente te deve provar que é habilitado para tanto. Após esse procedimento, os documentos da oposição devem ser apresentados aos nubentes para que os mesmos exerçam o contraditório. Vale ressaltar que, caso o oponente esteja agindo de má-fé ou esteja sendo leviano, os noivos poderão tomar medidas civis reparatórias e criminais.
2.1.5.4 Celebração do Casamento 
Após a devida a habilitação, os noivos estarão aptos para requerer ao juiz ou ministro religioso para marcar data de celebração matrimonial.  Necessária a presença dos noivos e de mais duas testemunhas (quatro se a celebração for realizada em casa partícula ou se um dos nubentes não souber escrever). Vale ressaltar que as testemunhas devem se presentes desdenho processo de habilitação. 
Durante a celebração, quando perguntados se desejam se casar, os noivos devem responder em voz alta e clara, “sim” ou “não.  Não pode haver aceitação condicional, e, caso a resposta seja negativa, a cerimônia será suspensa, podendo aquele que disse “não” retratar-se dentro de 24 horas, celebrando nova decisão. Havendo resposta positiva por parte de ambos, o celebrante irá proferir a fórmula do art. 1535, dando os noivos por casados.
0. Prova do casamento 
A prova do casamento pode ser direta ou indireta. Será direta quando se constituir certidão de casamento. Quando perdida, poderá ser apresentada a certidão de nascimento dos filhos em que consta serem os pais casados; por intermédio de testemunhas núpcias; outro meio de prova admitido em direito. A prova indireta são aquelas concedidas a todos os interessados que possam se beneficiar da existência do casamento.
0.Regime de Bens 
A regra é a livre escolha pelos nubentes do regime que irá rever o casamento. Atualmente, pode o regime de bens ser alterado, caso seja apresentada as razões perante o juiz, por ambos os cônjuges, explicitando os motivos, os quais não sei idem prejudicar direitos de terceiros. São espécies dos regimes de bens: 
a) Comunhão parcial de bens 
Tem como características: I - o patrimônio particular de cada um dos cônjuges se constitui dos bens havidos pelo esforço ou condição individual; II - o patrimônio comum faz referência a todos os bens havidos pelo esforço comum do casal; III - a administração do patrimônio compete aos dois, em regime de solidariedade; IV - necessária a anuência de ambos os nubentes para a cessão gratuito do uso ou gozo de bens comuns; V - são presumidos adquirimos na constância do casamento os bens móveis, até prova em contrário. 
O Código Civil nos seus arts. 1659, 1660 e 1661 delimita quais bens integram a comunhão, bem como quais se excluem e não se comunicam.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; III - as obrigações anteriores ao casamento; IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Art. 1.660. Entram na comunhão: I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior; III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Art. 1661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.
b) Comunhão universal de bens
Caracteriza pela comunhão na qual existe somente um patrimônio, pertencendo tudo aos cônjuges. Alguns bens não integram a comunhão (art. 1668, CC). Além disso, os frutos dos bens incomunicáveis pertencerão ao patrimônio comum, desde que colhidos na constância do casamento. A administração do patrimônio compete aos dois cônjuges, em regime de solidariedade.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão: I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
c) Separação de Bens
Regime no qual cada cônjuge terá seu patrimônio separado. Os bens adquiridos por esforço comum deverão ser devidos em pacto antenupcial a quem caberá a propriedade total ou parcial. A separação de bens poderá ser convencional, ou seja, instituída por livre deliberava entre os nubentes, ou legal, imposta por lei. São casos de separação de bens necessária ou legal: I - casamento com inobservância de causa suspensiva; II - casamento com homem ou mulher maior de 70 anos; III - casamento de menores sob tutela ou daqueles que dependem de autorização judicial para contrair núpcias. 
d) Participação final nos aquestos 
Trata-se de regime misto, no qual cada cônjuge possui patrimônio próprio, cabendo-lhe, à época da dissolução da sociedade conjugal, metade do patrimônio adquirido a título oneroso, na constância do casamento. Importante asseverar os bens que não integram o montante partilhável de aquestos. São eles, os bens anteriores ao casamento é os adquiridos para substituí-los, os bens adquiridos a título de doação e herança e, por fim, as dívidas relativas a esses bens supracitados.
0. Extinção do casamento
O casamento pode extinguir-se por meio das maias variadas possibilidades. São elas: morte do cônjuge, nulidade ou anulação do casamento, divórcio, separação judicial, separação e divórcio extrajudiciais.
2.2 CONCUBINATO
A palavra concubinato, agregada a adjetivos de conteúdo pejorativo, continuou fora do Direito de Família. No entanto, para que ditos vínculos múltiplos fossem reconhecidos no Direito das Obrigações e tratados como sociedade de fato, foi acrescentada mais uma qualificação: boa-fé, a significar a ignorância da duplicidade relacional. Mas só isso não bastava, era necessário mais um adjetivo: putativo, aa significar firme convicção da exclusividade da relação. Assim, alegando a mulher desconhecer a infidelidade do parceiro, o máximo que se passou a deferir foi a divisão do patrimônio amealhado, mediante a prova da participação na constituição dos lucros, tal qual uma sociedade comercial.
Agora vem o Código Civil, por meio do art. 1.727 chamar de concubinato o que a doutrina e a jurisprudência identificam pela expressão composta: concubinato aduterino putativo de boa-fé. Pela atual definição, concubinato são relações eventuais entre pessoas impedidas de casar. Não são reconhecidas como união estável. Mas, na verdade, somente as chamadas relações adulterinas foram defenestradas. 
Como é permitido o reconhecimento da união entre pessoas separadas de fato ou separadas judicialmente, e em ambas as hipóteses há o impedimento de casar, não se vê o alcance que a lei quis dar ao que chamou de concubinato. Pelo jeito houve tão-só uma tentativa de referendar a não inclusão de tais entidades espúrias no conceito de entidade familiar. 
Ademais, criar uma figura e nada dizer sobre ela revela postura meramente punitiva. Se um do par deixa de cumprir o dever de fidelidade e mantém duplo vínculo familiar, afronta o consagrado sistema da monogamia. Logo, é injustificável que quem assim aja seja beneficiado. Ao vetar a lei possibilidade de reconhecimento, está suprimindo os efeitos patrimoniais do vínculo que, com ou sem respaldo social, existiu. Isso só beneficiará o parceiro adúltero, que não irá dividir o patrimônio amealhado com a colaboração mútua, o que é causa de enriquecimento ilícito.
A concubina por sua vez, não possui direito sucessório regulado em Lei, portanto, não há que se falar em direitos à herança, mas apenas a jurisprudência vem se posicionando nesse sentido, sendo observados de antemão a boa-fé por parte dela, o esforço comum quando houver e ainda a durabilidade do relacionamento, para que seja entendido como sociedade de fato e assim possa ser feita a divisão do patrimônio construído de acordo com o percentual do esforço de cada um. 
Alguns entendem ser possível a divisão por pensão por morte, a depender do caso in concreto, pois, conforme já dito, vai depender da boa-fé por parte da concubina, e por mais que esta tenha dependência financeira do falecido, não significará que terá adquirido o direito à pensão ou mesmo a requerer alimentos. 
Embora o concubinato seja, em princípio, uma relação descompromissada, a lei criou obrigações pecuniárias para os conviventes e, pois, estabeleceu, também, para eles, direitos e deveres. Dispõe o art. 2º da Lei nº 9.278: “São direitos e deveres iguais dos conviventes: I – respeito e consideração mútuos; II – assistência moral e material recíproca; III – guarda, sustento e educação dos filhos comuns.”
O art. 2º da lei simplesmente transfere para o âmbito da entidade familiar por ele regulada os direitos e deveres que já existem no casamento, salvo o de coabitação, numa linguagem, no entanto, mais atual. Enquanto o Código Civil fala nos deveres de fidelidade e mútuaassistência, a nova lei fala nos deveres de respeito e consideração mútuos e assistência moral e material recíproca. 
Parece natural que se duas pessoas resolvem se unir com o objetivo de constituição de família, devam, uma à outra, respeito e consideração mútuos, o que implica, a nosso ver, implicitamente, no dever de fidelidade. Embora não tenha vindo ele expresso na lei, respeitar e ter consideração ao outro, parece-nos, é também ser-lhe fiel, embora a omissão da lei possa autorizar a ausência do dever de fidelidade em respeito à vontade dos concubinos. A assistência material cria, entre os conviventes, a obrigação alimentar, quando ocorrer a separação de fato, por infração aos deveres da lei.
Surge, ainda, para os conviventes, os deveres de guarda, educação e sustento dos filhos comuns, naturalmente menores, o que parece resultar do bom senso e ser exequível, independentemente de texto expresso de lei formal. O dever de coabitação parece incompatível com o texto, pois, além de não previsto, expressamente, a união estável admite a convivência sem o mesmo teto. 
2.3 UNIÃO ESTÁVEL
O artigo 226 da Constituição Federal equiparou a união estável entre homem e mulher ao casamento, dispondo em seu parágrafo 3º que “é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher, como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”, e, no parágrafo 4º, preceitua que “entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”. 
O novo Código Civil, nos artigos 1.723/1.727 e 1.790, estabelece os requisitos fundamentais para a constituição da união estável entre homem e mulher, assim como seus efeitos patrimoniais por motivo de dissolução por convenção entre os conviventes ou pela morte de um deles, matéria que antes era tratada em legislação esparsa. O Código Civil foi omisso com relação às uniões homoafetivas, cabendo à jurisprudência a extensão da aplicação da lei a essas relações.
Nada justifica a tentativa de prever impedimentos à configuração da união estável. A remissão feita no §1º do art. 1723 ao art. 1521 do CC, invocando os impedimentos dirimentes para o casamento, visa a restringir a constituição da união estável, nas mesmas hipóteses em que não se admite o casamento. Olvida-se o legislador, no entanto, que é possível impedir o casamento, pois sua celebração depende da chancela do Estado. O ato é levado a efeito por um agente estatal, sendo inscrito em registros cartorários públicos que dispõem de eficácia constitutiva. Assim, pode a lei impor limitações, restrições e impedimentos. Inadimplidas as exigências legais, simplesmente o casamento não acontece. 
A união estável, porém, não dispõe de qualquer condicionante. Nasce do vínculo afetivo e se tem por constituída a partir do momento em que a relação se torna ostensiva, passando a ser reconhecida e aceita socialmente. Não há qualquer interferência estatal para sua formação, sendo inócuo tentar impor restrições ou impedimentos. Tanto é assim que as provas da existência da união estável são circunstanciais, dependem de testemunhas que saibam do relacionamento ou de documentos que tragam indícios de sua vigência.
Inócua a remissão feita pelo § 2º do art. 1723 ao art. 1.523, tão-só para dizer que não incidem na união estável os impedimentos impedientes para o casamento. São limitações de caráter temporário, que não afetam a existência, a validade ou a eficácia do casamento. Como para estabelecer a união estável inexiste qualquer formalidade, a remissão é absolutamente ilógica.
A exceção aberta, autorizando o reconhecimento da união estável na hipótese de ser a pessoa casada, mas estar separada de fato ou judicialmente, trata-se de verdadeira manobra legal para, a contrario sensu, excluir da figura jurídica da união estável o que a doutrina chama de concubinato adulterino, ou impuro,ou concubinagem. Tanto é assim que acabou o Código Civil por ressuscitar o concubinato no seu art. 1.727.
Não é estabelecida a presunção de colaboração mútua na aquisição dos bens. Tal, no entanto, não pode afastar o estado condominial e consequente partição igualitária do patrimônio. Para isso é suficiente a determinação de aplicação supletiva do regime da comunhão parcial dos bens feita no art. 1.725.
Não deve causar preocupação o silêncio, no título que regula a união estável, quanto aos direitos reconhecidos aos parceiros. O fato de não haver qualquer menção à obrigação alimentar, não pode dar ensejo a que se pense que houve a exclusão de dito direito. A referência do art. 1.694 assegurando o direito a alimentos, basta para suprir a necessidade de uma melhor explicitação. Ao depois, a imposição do dever de assistência (art. 1724) garante o reconhecimento da permanência da obrigação alimentar entre os companheiros.
O artigo 1.723 preceitua que “é reconhecida como entidade familiar a união estável entre homem e mulher, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento, configurada pela convivência pública, contínua e duradoura estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Existe nesse dispositivo omissão do legislador com relação à união homoafetiva, que já foi suprida pelo julgamento da ADIN nº 4.277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 132 pelo STF, que julgou procedentes os pedidos.
Não é imperativa a coabitação como requisito para a caracterização da união estável, mas a convivência sob o mesmo teto pode ser um meio de prova do relacionamento. Assim, inexistindo a coabitação não resta desqualificada a existência da união estável. 
2.4 FAMÍLIA MONOPARENTAL
A família monoparental está prevista no §4º do artigo 226 da Constituição Federal: “Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer um dos pais e seus descendentes”, sendo assim, na família monoparental há apenas um genitor que será o responsável pela criação, educação e sustento dos filhos. 
A respeito da origem das famílias monoparentais, o doutrinador Rolf Madaleno (2018) conclui que: 
[...] as famílias monoparentais podem ter diversos pontos de partida, advindas da maternidade ou paternidade biológica ou adotiva e unilateral, em função da morte de um dos genitores, a partir do divórcio, nulidade ou anulação do casamento e da ruptura de uma união estável.
Além disso, existem outras causas que desencadearam a origem da monoparentalidade, como a natalidade de mães solteiras, através dos avanços da medicina e da tecnologia que possibilitaram as técnicas de inseminação artificial, mas também, através do divórcio, da separação de fato, da viuvez. (MADALENO, 2018)
Segundo Demian Diniz da Costa apud Rolf Madaleno (2018), é ideal pensarmos que a constituição monoparental formada por uma mulher e um homem, sem cônjuge, “que apenas vivem em uma união livre, ou casais com posterior separação, porém que exista a presença de filhos”. É necessário ressaltar que o filho é considerado dependente econômico dos seus pais até os 25 anos de idade, ou seja, até essa idade mantem-se uma família monoparental.
Uma matéria jornalística do G1 (2017), revela dados de pesquisas do IBGE em relação ao crescimento das famílias monoparentais no Brasil. Os mesmos mostram que em 1990, 13,9% da população brasileira já era composta por famílias monoparentais. Com o passar dos anos, essa porcentagem só aumentou, de 1995 a 2005 as famílias monoparentais comandadas por mulheres, passou de 17,4% para 20,1% no Nordeste do país, já no Sudeste passou de 15,9% para 18,3%. 
No ano de 2005 existiam 10,5 milhões de famílias monoparentais constituídas por mulheres sem cônjuge e com filhos e em 2015, dados apontam que já existiam 11,6 milhões de famílias. Entretanto, os resultados desses dados não significam que não há monoparentalidade chefiadas apenas pelo pai, há sim, contudo, os números são baixos em relação a quantidade de famílias que são compostas só pela mãe.
2.5 FAMÍLIA ANAPARENTAL
Trata-se de um dos novos arranjos familiares tutelados pelo ordenamento brasileiro a partir da evolução da sociedade. Tal núcleo familiar consistena inexistência dos pais, na convivência entre parentes ou pessoas, em um mesmo lar, “[…] dentro de uma estruturação com identidade de propósito” (DIAS, 2009). 
A verticalidade dos vínculos, ou seja, os parentes em linha reta dão resultado na família monoparental, enquanto na família anaparental há uma modalidade de família pluriparental, ou seja, resulta da colateralidade de vínculos, sendo assim ela pode ser formada por vários irmãos, ou dos tios e sobrinhos, ou então duas primas, dentre tantas outras possibilidades.
 A convivência entre parentes, ou entre pessoas, ainda que não sejam parentes, dentro de uma estruturação com identidade de propósito, ou seja, ela não atribui a conceituação de família anaparental a qualquer convivência, pois um dos requisitos é que haja uma identidade de propósito, vale dizer, que seja efetivamente a de constituir uma família, que possua assistência mútua material e emocional. Não só da parentalidade decorre a família anaparental, mas também da convivência de pessoas, do mesmo sexo ou não, que, sem conotação sexual, vivem como se família fossem. O Estado, similarmente ao que ocorre com a família composta pelos irmãos, não a vê como uma entidade familiar. Mas não há como negar que essa união, bem como a existente na família formada pelos irmãos, são sim, entidades familiares, afinal, todos os pressupostos para se configurar uma família em ambas se fazem presentes.
2.6 FAMÍLIA PLURIPARENTAL
Atualmente, o direito de família regula variadas formas de família, que conforme a evolução da sociedade foram surgindo, o que traz consigo a necessidade de tutela do nosso ordenamento jurídico. Uma dessas modalidades de família é a pluriparental, que, em suma, trata das relações familiares dos parentes colaterais, não importando assim a igualdade ou diferença do grau de parentesco entre eles.
Esse conceito de família por muito tempo não foi bem visto por uma parcela da sociedade, tendo em vista que foge dos padrões tradicionais de família, porém com passar dos tempos tornou-se mais comum e assim surgiu a necessidade de ser normatizado pelo direito.
Em suma, essa estrutura familiar é derivada de um matrimônio ou de uma união estável, na qual um, ou ambos, possuem filhos advindos de outras relações anteriores, assim também como a convivência entre irmãos, ou qualquer outra relação afetiva estável que existe entre parentes colaterais. Portando, o vínculo de filiação entre os ascendentes de seus parentes em linha reta descendente é transgeracional.
Com a notável ampliação e evolução das formas de constituição familiar, a velocidade com que foram surgindo tais entidades familiares, observou-se que a legislação não foi capaz de acompanhar a velocidade dessas mudanças, por desleixo ou até mesmo por preconceito, tendo em vista que tal modelo não se encaixa nos moldes tradicionais do modelo de família previsto em lei, sobrando assim para o judiciário combater as injustiças que surgiram por consequência da falta de previsibilidade legal.
A família pluriparental é normatizada pelo Estatuto das Famílias no seu artigo 69, §2º: “família pluriparental é a constituída pela convivência entre irmãos, bem como as comunhões afetivas estáveis existentes entre parentes colaterais”.
2.7 FAMÍLIA EUDEMONISTA 
Há séculos que sabemos que o principal objetivo de formar uma família era pra que houvesse a procriação e o intuito do eudemonismo é de romper essa imposição que sempre fora imposta pela sociedade, e voltar-se a criação de um seio familiar inteiramente voltado para a evolução do próprio indivíduo enquanto pessoa sem que a aprovação social para procriar filhos seja mais importante que a liberdade, amor, afeto, solidariedade, companheirismo. 
Um dos princípios que regem o direito de família, é o princípio da liberdade do planejamento familiar que defende que o casal é livre para se planejar da forma que quiser sem qualquer impedimento ou restrição. Esse princípio é assegurado através do Código Civil de 2002:
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. (...) § 2º O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas. 
Também é assegurado através da CF em seu art. 226, §8º: “O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações”.
De acordo com uma matéria do portal O Globo, pesquisas do IBGE de 2014 apontam que 19,9% dos casais brasileiros não possuem filhos. No documento do IBGE, a mudança apontada no perfil de domicílios brasileiros é atribuída a fatores como “o aumento da esperança de vida, o declínio da fecundidade (...). 
A família eudemonista decorre dos laços afetivos criados através do convívio por pessoas que buscam atingir a felicidade individual e a independência de seus membros, sem que para isso precisam promover a geração de descendentes. A doutrinadora Maria Berenice Dias diz que “o eudemonismo é a doutrina que enfatiza o sentido de busca pelo sujeito de sua felicidade.”. 
2.8 UNIÃO HOMOAFETIVA
A união homoafetiva é caracterizada pela união de pessoas do mesmo sexo. Como se sabe, vivemos em um país com uma sociedade aonde o patriarcalismo está enraizado, então como já foi dito antes, a família, composta por um homem e uma mulher servia apenas para a procriação, desde os primórdios era o único modelo, sendo assim, o modelo dominante de entidade familiar. Entretanto, com a modernidade, a procriação não é mais fator essencial para a formação da família, de acordo com Silvio Neves Baptista apud Lima (2019): “A base da família deixou de ser procriação, a geração de filhos, para se concentrar na troca de afeto, de amor, é natural que mudanças ocorressem na composição dessas famílias.”
Além disso, com o avanço da modernidade e consequentemente da legislação, já existe a união estável homoafetiva, assegurada por lei, como também o casamento. Em 2012, o STJ, no julgamento do REsp 1.183.378, decidiu pela legalidade e constitucionalidade do casamento direto de casais homossexuais e não apenas por conversão de união estável. De acordo com o Ministro do Supeior Tribunal da Justiça, Luis Felipe Salomão:
[...] os homossexuais têm o direito de receber igual proteção das leis e do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. Essa afirmação, mais do que simples proclamação retórica, traduz o reconhecimento, que emerge do quadro das liberdades públicas, de que o Estado não pode adotar medidas nem formular prescrições normativas que provoquem, por efeito de seu conteúdo discriminatório, a exclusão jurídica de grupos, minoritários ou não, que integrem a comunhão nacional. (BRASIL, 2012)
Logo, a união homoafetiva pode ser reconhecida como entidade familiar, pois preenche os requisitos de família. Para Paulo Lôbo apud Lima (2019), o que reafirma que a união homoafetiva é família se dá pelo fato de que a CF “não veda o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo com finalidades familiares”.
2.9 FAMÍLIA PARALELA
Observando o contexto das diversas transformações que a sociedade vem passando, nota-se também o surgimento de novas formas de entidades familiares. Nota-se também que a legislação apresenta dificuldades para acompanhar essas dificuldades, e a complexidade de cada entidade familiar que surge, ou melhor, que é reconhecida, um bom exemplo são as uniões paralelas.
A Constituição de 88 trouxe consigo mudanças muito importantes no que se refere a família o reconhecimento da sua diversidade, dando um caráter com mais afeto e pela liberdade individual de cada um, mas também, tirando muito do caráter patrimonialque outrora era engessado acerca da dessa entidade. A Constituição também não determina qual o modelo de família padrão a ser tutelado, deixando aberto para que essa segurança venha a ser dada a todo núcleo de familiar que se reconheça como tal, desde que não defeso por lei.
A característica marcante das uniões paralelas é a simultaneidade, no que diz respeito à “circunstância de alguém se colocar concomitantemente como componente de duas ou mais entidades familiares diversas entre si”, portanto, é o fato e que uma pessoa possui mais de uma união ao mesmo tempo, uma após a outra. Muito embora seja bastante lenta o reconhecimento dessas relações no mundo jurídico, atualmente nós temos várias decisões de tribunais reconhecendo a sua existência.
Por mais que essa seja uma entidade reconhecida pelo direito, há uma grande dúvida sobre a sua possibilidade de reconhecimento de uma relação paralela. Em regra, se uma pessoa já tem um casamento ou união estável mantém outro relacionamento paralelo, ainda que seja uma relação duradoura e até mesmo filhos, não há o que se falar em reconhecimento de uma entidade familiar, juridicamente falando. Se dessa relação houver a produção de patrimônio por esforço de ambos, essa situação será regulada pelo direito civil, e não pelo direito de família.
Há a possibilidade de reconhecimento da união estável, quando houver boa-fé, e somente quando um dos membros da família é impedido de iniciar outro relacionamento, por conta de um dos impedimentos matrimoniais.
2.10 FAMÍLIA UNIPESSOAL
A família unipessoal é aquela formada apenas por uma pessoa, seja ela solteira, divorciada ou viúva. O conceito de família unipessoal nasceu da necessidade de caracterizar pessoas que devido inúmeras circunstâncias moram sozinhas, para que as mesmas fossem inclusas e possuíssem respaldo legal.
 É importante evidenciar que o direito deve reconhecer e respeitar todos os diferentes modelos de família que existem numa sociedade, logo, é unicamente papel do Estado proteger aquelas pessoas que se encontram em situações distintas contra quaisquer tipos de discriminação. 
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 Para que isso seja efetivado, tem-se a Súmula nº 364 do STJ, que diz: “O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.” A Súmula nº 364 do STJ tem como principal objetivo reconhecer e proteger o bem de família.
4. CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos o tema Espécies de Família, um ramo do Direito de Família, que versa sobre a pluralidade de entidades familiares que existem e que são reconhecidas e asseguradas pelo Estado. Pode-se observar a evolução de uma sociedade onde só existia um tipo de entidade familiar, que era voltado, inteiramente, para a geração de descendentes, para uma sociedade em que há uma diversidade de tipos familiares, decorrente da mudança do conceito de família, que, atualmente é voltado para os vínculos afetivos, o companheirismo, o amor, deixando pra trás a função da família de ter apenas o objetivo de procriar.
As diversas entidades familiares são totalmente únicas e particulares, com suas próprias características e funções sociais. Atualmente, quando se pensa em família, se pode pensar em uma entidade familiar formada apenas por uma pessoa, por duas pessoas do mesmo sexo, por duas pessoas que decidem ter uma união livre. O conceito de família se modificou concretamente, não é o mesmo do século XIX. 
Cumprimos todos os objetivos que foram propostos com a caracterização dos diversos tipos de famílias, além de ressaltar suas singularidades através de doutrinas civilistas e de jurisprudências sobre o presente tema.
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