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INTRODUÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR

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Direito do Consumidor 
Introdução 
 
Noções introdutórias 
➢ Surge com necessidade de proteção do consumidor (insuficiência dos outros ramos) 
➢ 1972 – conferencia de Estocolmo 
➢ Equilibrar a relação entre consumidor e fornecedor 
➢ Código de defesa do consumidor surgiu em 1990 – Lei 8.078/90 
➢ Ramo do direito privado 
 
1. Conceito 
▪ Conjunto de normas e princípios que regula a tutela de um sujeito especial de 
direitos, a saber, o consumidor, como agente privado vulnerável., nas suas relações 
frente a fornecedores. 
 
2. Previsão constitucional 
▪ Art. 5º, XXXII → Direito do consumidor como direito fundamental 
▪ É cláusula pétrea 
▪ Teoria da eficácia horizontal → Direito fundamentais devem ser observados no 
âmbito das relações privadas 
▪ Art. 170 → Prevê a defesa do consumidor como princípio da ordem econômica 
 
3. Competência legislativa 
▪ Concorrente 
▪ Art. 24 CF 
▪ Município pode legislar sobre direito do consumidor – Art. 30, I, CF 
 
Características 
➢ Lei º 8.078/90 → Código do Consumidor 
 
1. Características gerais 
▪ Microssistema jurídico – princípios gerais 
▪ Normas multidisciplinares (processual, material, criminal) 
▪ Normas de ordem pública e interesse social 
▪ Cláudia Lima → Pode retroagir (posição minoritária – STJ discorda) 
▪ A doutrina majoritária afirma que o juiz está autorizado de oficio reconhecer práticas 
abusivas. Contra o consumidor (STJ também discorda súm. 381 e se aplica nos 
demais contratos) 
2. Política nacional das relações de consumo 
▪ Art. 4º CDC → princípios e objetivos da política nacional das relações de consumo 
a) Defesa dos interesses dos consumidores 
b) Transparência nas relações de consumo 
c) Harmonia entre consumidores e fornecedores 
 
3. Teoria do diálogo das fontes 
▪ Dentro dos conflitos aparentes de norma 
▪ Critérios: 
a) Cronológico → posterior revoga anterior 
b) Especialidade → Especial prevalece sobre geral 
c) Hierarquia → Superior revoga inferior 
d) Diálogo das fontes → duas ou mais normas são aplicáveis ao mesmo 
caso. 
 
▪ Espécies de diálogo 
a) Diálogo sistemático de coerência 
→ CDC usa conceitos trazidos pelo Código Civil 
→ Ex. CDC conceitua o que é produto, mas não conceitua o que é “bem” 
 
b) Dialogo sistemático de complementariedade 
→ Ausência de regra no CDC 
→ Ex. prescrição 
 
c) Diálogo das influências recíprocas sistemáticas 
→ Influência de uma norma na interpretação da outra 
 
Princípios do Direito do Consumidor 
1. Vulnerabilidade 
▪ Ação consumerista é por natureza desequilibrada 
▪ Presunção absoluta de vulnerabilidade do consumidor 
▪ Art. 4, I, CDC 
▪ Há 3 espécies: 
a) Técnica: Falta de conhecimento pelo consumidor das características do 
produto ou serviços 
b) Jurídica: Falta de conhecimento pelo consumidor aos direitos e deveres 
c) Econômica: Fragilidade do consumidor perante o poder econômico do 
fornecedor. (monopólio ou essencialidade da atividade do fornecedor) 
 
2. Princípio da boa-fé objetiva 
▪ Art. 4º, III, CDC 
▪ Padrão de conduta que se espera que o fornecedor pratique. 
▪ Condutas éticas do fornecedor 
▪ A boa-fé subjetiva não é princípio do CDC 
▪ Funções da boa-fé objetiva: 
1) Função interpretativa/Critério hermenêutico: Havendo dúvida na 
interpretação, adota-se a que seja de acordo com a boa-fé objetiva 
2) Integrativa: Criação de deveres jurídicos, deveres anexos (não está 
previsto expressamente no contrato) Ex. Informação, cooperação, 
cuidado. 
→ Se os deveres anexos forem violados teremos a violação positiva 
do contrato. 
3) Função de controle: Limita direitos subjetivos, limita atuação do 
fornecedor (cláusulas contratuais violando boa-fé) 
 
3. Princípio do equilíbrio nas relações de consumo 
▪ Reestabelecer o equilíbrio das relações de consumo 
▪ Deve estar presente tanto no plano material (ex. responsabilidade objetiva), quanto 
processual (ex. inversão do ônus da prova) 
 
4. Princípio da defesa do consumidos pelo Estado 
▪ O estado pode e deve intervir nas relações de consumo 
 
5. Princípio da harmonização 
▪ Tem que haver harmonia entre os interesses do consumidor e fornecedor 
 
6. Princípio da transparência 
▪ A relação tem que ser transparente em todas as fases (inclusive pós-contratual) 
 
7. Princípio da confiança 
▪ Não está expresso no CDC 
▪ Legitimas expectativas do consumidor 
 
8. Princípio do combate ao abuso 
▪ Fornecedor não pode desrespeitar abusivamente os direitos do consumidor 
▪ Deve respeitar o direito do consumidor 
▪ Pode ser aplicado entre os fornecedores (concorrência desleal) 
 
9. Principio da informação e educação 
▪ Art. 4º, IV, CDC 
▪ O consumidor deve ser informado dos seus direitos e deveres 
 
10. Princípio da precaução 
▪ Origem no direito ambiental 
▪ Incerteza científica 
▪ Ex. Medicamento novo no mercado, o fornecedor tem que ter cautela com esse 
serviço ou produto. 
 
Direitos básicos do consumidor 
➢ Art. 6 e 7 CDC 
➢ Rol exemplificativo do art. 6 
 
1.1 Introdução 
→ Art. 7º CDC - Cláusula de abertura do microssistema: os direitos previstos no CDC 
não excluem outros. 
→ Ex. CF e Estatuto do idoso (gratuidade nos transportes) -65 anos 
→ Ex.2: Resolução da ANAC, crianças de colo que não ocupam assento, até 2 anos, 
a companhia só pode cobrar até 10 %. 
1.2 Direito à vida, saúde e segurança do consumidor 
→ Obrigação ao fornecedor para que ele só coloque no mercado produtos que não 
geram perigo a vida, saúde ou segurança do consumidor 
1.3 Direito à educação 
→ Direito de ser educado sobre seu direito 
→ Sob 2 óticas: 
a) Formal: Currículo do ensino básico 
b) Informal: Disponibilizada por órgãos de defesa do consumidor (PROCON 
+Imprensa) 
1.4 Direito à liberdade de escolha 
→ Livre iniciativa e livre concorrência 
→ Consumidor tem direito de escolher o serviço/produto que quer (proibição da venda 
casada) 
 
1.5 Direito a igualdade nas contratações 
→ Veda-se qualquer pratica discriminatória contra os consumidores 
→ Dois consumidores idênticos têm direitos idênticos no âmbito do D. do consumidor 
 
1.6 Direito à informação 
→ Consumidor tem direito que os bens de consumo tenham informações claras ao 
seu respeito 
→ Desrespeito ao direito de informação cabe danos morais (ex. descredenciamento de 
hospital da rede conveniada ao plano) 
 
1.7 Direito à Proteção contra práticas e cláusulas abusivas 
→ Direito de ser amparado contra essas práticas e cláusulas abusivas 
 
1.8 Direito à modificação e revisão das cláusulas contratuais 
→ Preservação do equilíbrio 
→ Estado intervém 
a) Modificação da cláusula contratual 
▪ Contrato já nasce com desequilíbrio 
▪ O defeito está no Sinalagma original do contrato 
▪ Clausula contratual que coloque o consumidor em desvantagem 
exagerada é NULA em pleno direito (art. 51 CDC) 
▪ Pode modificar a cláusula ou pleitear a nulidade 
 
b) Revisão da cláusula contratual 
▪ O contrato nasce equilibrado, mas por fatos supervenientes, ele se 
desequilibra 
▪ Desequilíbrio no Sinalagma Funcional 
▪ CDC → adotou a teoria da base objetiva do negócio jurídico, (para 
revisar a clausula, basta o fato superveniente, não é necessário que seja 
imprevisível) 
 
1.9 Direito à efetiva prevenção e reparação dos danos patrimoniais e morais 
→ CDC adota o principio da reparação integral dos danos 
→ Exceção danos patrimoniais: consumidor pessoa jurídica poderá firmar acordo com o 
fornecedor, nesse acordo poderá determinar a diminuição da reparação dos danos 
→ Dano moral: ofensa a um direito da personalidade (art. 11 a 21 cc), é um direito 
constitucional. 
✓ Função compensatória 
✓ Função punitiva 
 
A) Dano moral presumido (in re ipsa) 
 prova-se apenas a prática do ilícito 
 Ex. inscrição indevida no SPC 
b) Dano moral coletivo 
 STJ e doutrina majoritária entendem que há possibilidade de dano moral coletivo 
(art. 6º, IV, CDC) 
 Comprovação de dois requisitos: Razoável significância do fatoe Repulsa social 
 Súmulas do STJ 
370 → Cheque pré-datado (só pode apresentar na data) 
385 → Anotação irregular em SPC não gera dano moral quando pré existente 
legitima inscrição. 
387 → Possível a cumulação de dano moral + dano estético 
288→ A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral 
20. Direito de acesso à justiça 
→ Direito de acesso a um ordenamento jurídico justo 
→ Assistência ao consumidor 
→ Consumidor pode demandar no seu domicilio 
→ Ações coletivas 
21. Direito à inversão do ônus da prova 
→ Em regra, o autor tem que provas os fatos constitutivos do seu direito e o réu tem 
que provas os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do autor. 
→ Nas regras consumeristas pode ser invertido 
22. Direito à prestação adequada e eficaz de serviços públicos 
→ Pode ser aplicado ao serviço público

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