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Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM AGUÁ E SAIS MINERAIS AGUÁ- H20 Professor Doutor Eduardo. → A água é o principal constituinte dos organismos vivos e tem diversas funções importantes para a manutenção da vida. Molécula formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. – H2O compõe aproximadamente 70% da massa dos organismos vivos. Em temperaturas abaixo de 0oC ela solidifica, e acima de 100oC ela passa para o estado gasoso. Os átomos de hidrogênio e de oxigênio estão ligados formando uma estrutura parecida com a de um tetraedro (ângulo de 105° entre os dois hidrogênios). O átomo de oxigênio forma uma ligação covalente com cada um dos átomos de hidrogênio, compartilhando com cada um deles um par de elétrons. Há na molécula da água uma distribuição desigual de elétrons, em que o átomo de oxigênio possui uma carga negativa parcial, e cada átomo de hidrogênio, uma carga positiva parcial. ligações de hidrogênio – são a atrações eletrostáticas entre as cargas negativas do átomo de oxigênio de uma molécula com as cargas positivas dos átomos de hidrogênio de outra molécula de água, que formam interações entre as moléculas. → Esse tipo de interação acontece quando um hidrogênio com carga parcial positiva é atraído por um átomo eletronegativo (p. ex., F, O, N). PROPRIEDADES DA ÁGUA → COESÃO - quando as ligações de hidrogênio mantêm as moléculas muito próximas umas das outras. É a força de atração entre moléculas de água vizinhas. → Alta Tensão Superficial – é uma propriedade da coesão, resultante da formação de uma película de molécula de água aderidas entre si, no contato com o ar. Esta propriedade permite que os insetos caminhem sobre as águas, pois para que algum objeto afunde ele precisa romper a superfície de coesão da molécula. Na solução, as moléculas de água são atraídas em todas as direções pelas moléculas vizinhas, ou seja, apresentam coesão entre si. Assim, a resultante das forças que atuam sobre cada molécula é praticamente nula. Porém as moléculas de água na superfície sofrem atração apenas das moléculas situadas ao lado e em baixo. É justamente essa atração que gera tensão nas moléculas superficiais, fazendo com que elas se comportem como uma película. → ADESÃO - é a capacidade de formar ligações de hidrogênio com outras moléculas polares e não interagir com moléculas apolares. Interação do liquido com outro material. → Substâncias Hidrofílicas: tem filia a água. São as substancias polares → Substâncias Hidrofóbicas: tem rejeição a água, não se ligam, não se aderem a água. São substancias apolares. → ALTO PODER DE DISSOLUÇÃO - capacidade de dissolver outros compostos polares ou iônicos para formar soluções aquosas. As substancias quando misturadas a água, tende a envolver a molécula, separando-as e impedindo que voltem a se unir. → A água é um solvente UNIVERSAL, ou seja, esta dissolve outras moléculas. As substancias que se dissolvem em água são as hidrofílicas ou iônicas. Ligação covalente é a interação interatômica entre átomos de natureza não metálica por meio do compartilhamento de elétrons. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM → ALTO CALOR ESPECIFICO - a água possui um elevado calor específico, ou seja, é necessário fornecer ou retirar uma grande quantidade de calor para alterar a sua temperatura. Este ajuda a célula manter temperatura constante. → ALTO VALOR DE VAPORIZAÇÃO – é necessário grande quantidade de energia para que as moléculas se desprendam e passe do estado liquido para o gasoso. A ponte de hidrogênio mantém as moléculas de águas unidas. → CAPILARIDADE: Subida de um líquido por meio de um tubo fino com extremidade aberta. → É resultante da adesão entre água e vidro, combinada com a coesão das moléculas de água entre si. Como essas forças são maiores que a força da gravidade que atua sobre a superfície d’água dentro dos capilares, o liquido sobe. O vidro é mais polar que a água. → SOLIDIFICAÇÃO ABAIXO DE 0O – para que água passe do estado liquido passe para o sólido, faz-se necessária liberação de calor. Sendo que a água em estado sólido não desempenha papel bioquímico nas nossas células FUNÇÃO DA ÁGUA → Atuar como solvente universal. → Facilitar a entrada e saída de substancias da célula (transporte) → Lubrificar tecidos e órgãos. → Atuar na manutenção de temperatura. → Atuar como dispersante de moléculas. → Equilíbrio osmótico → Participar da reação química. PERDA DIÁRIA DE ÁGUA → Perda de água não percebida ≅ 700ml/dia → PERDA DE ÁGUA CONSTANTE POR EVAPORAÇÃO NO TRATO RESPIRATÓRIO é de cerca de 350 mL/dia. Nossas moléculas gastam água para umedecer as nossas vias respiratórias, perda de água pelos pulmões durante a respiração. Sendo que essa quantidade pode mudar, dependendo de outros fatores como clima. → DIFUSÃO ATRAVÉS DA PELE ≅ 300 a 400ml/dia. Ocorre independentemente da sudorese e ocorre ainda assim com pessoas que nasceram com alterações nas glândulas sudoríparas. Pode aumentar em até 10x em casos de queimadura extensa (perda da camada córnea da pele), podendo chegar de 3 a 5L/dia. → PERDA DE ÁGUA NO SUOR é altamente variável, dependendo quantidade de atividade física, o aumento da temperatura ambiente. Estes fatores geram a perda de água. A quantidade de água perdida em dias normais é de 100 mL/dia, mas em dias quentes ou em exercícios pesados, apode ocorrer aumento para 1 a 2L/dia. O suor ajuda diminuir o calor do corpo, mas não é a produção do suor que esfria o corpo, e, sim, sua evaporação. Na verdade, o suor rouba calor do corpo para evaporar. → PERDA DE ÁGUA NAS FEZES ocorre em média perda de 100 mL/dia, podendo varia se a pessoa se encontra em estado de diarreia grave, podendo este gerar até óbito por desidratação. Por isso em casos de crianças, faz-se necessário acompanhamento. → PERDA DE ÁGUA NOS RINS é variável, 0,5L em pessoas desidratadas e 2L/dia em pessoas que bebem uma grande quantidade de água. ▪ O desidratado mantém em seu corpo substâncias tóxicas, que fazem mal ao organismo. GANHO DIÁRIO DE ÁGUA Existem duas principais fontes, sendo elas: Ingestão de líquidos e de alimentos, que geram um ganho diário ≅ 2.100 mL/dia. Síntese do corpo como resultado de oxidação de carboidratos ≅ 200 mL/dia. → A entrada de água no corpo é variável em cada indivíduo, dependendo assim do: ▪ Clima ▪ Habito ▪ Nível de atividade física. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM → A perda de água justifica a necessidade de ganho e consumo de água diário de um ser humano. DESIDRATAÇÃO → A perda de mais do que 10% de água corporal pode acarretar em morte, em caso de diarreia grave, dependendo o agente de imediata ajuda médica. → É possível ficarmos sem comer por dias sem comprometer a saúde, porem a água agrava o estado do agente após 36 horas de déficit. INGESTÃO DE LÍQUIDOS DURANTE REFEIÇÕES → O excesso de ingestão pode causar desconforto e até atrapalhar a digestão. → O excesso de água dilui os sucos digestivos, dificultando o processamento dos alimentos. ▪ Neste caso o correto é consumir alimentos ricos em água como verduras, legumes e frutas, que evitam a necessidade de ingestão de líquidos durante as refeições CARACTERIZAÇÃO DE ALGUNS COMPOSTOS INORGANICOS → Ácidos, bases e sais são dissolvidos em ambiente aquoso, pois sofrem ionização ou dissociação. → H+ (íons de hidrogênio); OH- (íons hidroxila) → A quantidade de íons de hidrogênio é igual a quantidade de íons de hidroxila, na água neutra. Isso é fundamental para importância de bioquímica. → Quando há aumento, de H+ (íons de hidrogênio); ocorre a diminuição de OH-, isto a fim de manutenção do equilíbrio e vice-versa. → Coeficiente de ionização da água é 10-7 mol/L (2 moléculasde água se ionizam a cada um bilhão de moléculas) = 0,0000001. POTENCIAL HIDROGÊNICO (PH) → Para a água neutra, o pH é igual à 7. Quando o pH cai, a concentração de íons H+ sobe e a de OH- cai, quando o pH sobe, a concentração H+ cai e a de OH- sobe. → O PH faz parte da homeostase do indivíduo, indicando um estado de equilíbrio interno, que se mantém relativamente constante independente das alterações que ocorrem no meio externo. → Cada compartimento do nosso corpo tem um pH especifico, isso inclui o sangue. → As enzimas são modificáveis pelo pH. → O cálculo do pH, nada mais é do que o log [H+]. → A escala é inversamente proporcional ao hidrogênio. Quanto menor o pH, maior quantidade de H+ livre. Quanto maior o pH, menor a quantidade de OH- livre. → pH maior que 7 é alcalino ou básico, sendo a concentração de OH- maior do que a de H+. → pH menor que 7 é ácido, sendo a concentração de H+ maior do que a de OH-. → pH igual a 7 é neutro. → Escala vai de 0 a 14. Sendo 0 ácido, 14 básico e 7 neutros. → Quanto mais próximos o pH estiver do 0, mais hidrogênios livres (H+), ou seja, mais ÁCIDA a substancia. → Quanto mais próximo o pH estiver do 7, mais NEUTRO, porque 10-7 mol/L é coeficiente de ionização da água, logo se tem a mesma quantidade de hidroxila e de hidrogênio. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM → Quanto mais próximo o pH de 14, menor a quantidade de hidrogênio (H+), maior a concentração de hidroxila (OH-), mais BÁSICA a substância. → O pH serve como determinante do perfil de funcionamento de uma série de proteínas. Sua variação no pH pode afetar o funcionamento destas proteínas. Obs. O sangue humano é próximo do neutro. TAMPONAMENTO EM SISTEMAS BIOLÓGICOS → Tampão é uma solução que impede que ocorram variações de pH em uma determinada faixa. → São sistemas aquosos que tendem a resistir a mudança de pH quando pequenas quantidades de ácido H+ ou de base (OH-) são adicionados, proporcionando um equilíbrio acidobásico constante. → O pH tem sua variação feita por sistema tamponamento. São soluções que conseguem manter constate o valor do pH, mesmo que você adicione soluções básicas ou ácidas. → IMPORTANCIA DOS TAMPÕES BIOLÓGICOS: manutenção da carga final de proteínas; manutenção da atividade enzimática; preservar as características das membranas celulares; regulação das funções celulares (digestão, excreção, secreção); manutenção da pressão osmótica. → Células e organismos mantêm um pH citosólico específico e constante, em geral perto de pH 7, mantendo biomoléculas em seu estado iônico otimizado. Em organismos multicelulares, o pH dos fluidos extracelulares também é rigorosamente regulado. A constância do pH é atingida principalmente por tampões biológicos: misturas de ácidos fracos e suas bases conjugadas. COMO SE FORMA O TAMPONAMENTO Ácido fraco + sal desse acido Base fraca + sal dessa base → A dissociação do ácido ou básico vão fazer o tamponamento, o que gera no meio, de maneira balanceada, radicais que consumirão hidroxila ou hidrogênio, caso haja o fornecimento desses no meio, não permitindo assim a variação do pH. SAIS MINERAIS → São fundamentais para o bom funcionamento dos organismos. MICRONUTRIENTES - não tem a ver com o tamanho do sal, mas sim a quantidade requerida no corpo – até 20mg por dia. Ex. ferro, selênio, zinco, cobre, iodo, flúor, cromo, cobalto, etc. MACRONUTRIENTES - tem necessidade diária alta – ultrapassando 100 mg/dia. Ex. cálcio, fosforo, potássio, etc. → FOME OCULTA: carência de nutrientes minerais e vitaminas no organismo. É decorrente de dietas pobres, desbalanceada, de dietas ricas em carboidratos e lipídios. Esta carência se manifesta por meios de sintomas como desanimo, apatia, falta de iniciativa, dificuldade de raciocínio, queda de cabelos, etc. → Quem possui uma dieta equilibrada não necessita se preocupar com carência de sais minerais e não necessita suplementação, devendo a suplementação ser acompanhada por um médico, pois o excesso de determinados nutrientes pode prejudicar o organismo. → Formas em que se encontram os sais minerais: → INSOLÚVEIS – fazem parte da estruturas esqueléticas do corpo dos seres vivos e de ovos de animais adaptados ao ambiente terrestre (casca). Ex. fosfato de cálcio é abundante nos ossos e dentes → SOLÚVEIS EM ÁGUA – dissociados em seus íons constituintes: É sob a forma de íons que exercem importante papel no metabolismo celular do homem. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM CÁLCIO: Depositado nos ossos e reabsorvido de acordo com as necessidades do organismo. FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Formação e manutenção da estrutura de ossos e dentes; Coagulação Sanguínea; Funcionamento normal de nervos e músculos; Previne a osteoporose e ajuda a reduzir a pressão arterial. Cãibras, unhas quebradiças. FÓSFORO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Formação e manutenção da estrutura de ossos e dentes; Indispensável para a formação do ATP; Metabolismo de gordura, carboidrato e proteínas; Componente de ácidos nucleicos; Integridade do sistema nervoso central e dos rins; Auxilia o corpo na utilização de vitaminas. Emagrecimento, redução da memória, fraqueza muscular, cansaço, dores musculares e nos ossos. POTÁSSIO: Previne a hipertensão e doenças cardiovasculares. FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Manutenção do equilíbrio hídrico (intracelular); Contração muscular e transmissão de impulsos nervosos; Regulação da pressão sanguínea; Síntese de glicogênio, proteínas e metabolismo energético. Sede excessiva, fraqueza muscular. SÓDIO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Manutenção do equilíbrio hídrico (+ extracelular); Transmissão dos impulsos nervosos e contração muscular. Rara: Baixa pressão arterial, cãibras e vômito. CLORO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Manutenção do equilíbrio hídrico (extracelular). Convulsões em crianças ENXOFRE FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Compõe proteínas; Constituição de cartilagem; Atividade metabólica normal. Fadiga e atraso no crescimento. MAGNÉSIO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Ativa enzimas que atuam no metabolismo; Funcionamento normal de nervos e músculos; Estrutura dos ossos; Síntese de ATP; Dores e espasmos musculares, função cardíaca debilitada. OSTEOPOROSE: Doença resultante da perda gradual de massa óssea; Enfraquecimento dos ossos; Mais comum em mulheres do que em homens. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM Permeabilidade da membrana junto com o cálcio; Constitui a clorofila. FERRO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Componente da hemoglobina e mioglobina (transporte de O2 no sangue e músculos); Processos de produção de energia na célula (compõe os citocromos); Anemia. ZINCO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Componente de enzimas; Funcionamento correto dos sistemas imunológico e reprodutor; Cicatrização. Atraso no crescimento e na maturação sexual, predisposição a doenças infecciosas. COBRE FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Síntese de hemoglobina; Anemia e atraso no crescimento. IODO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Compõe os hormônios da glândula tireoide e regulam seu metabolismo. Adultos: Hipotireoidismo (bócio); Crianças: Cretinismo (retardamento do desenvolvimento físico, mental e sexual). FLÚOR FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Manutenção da estrutura de ossos e dentes; Predisposição a cáries. CROMO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Metabolismo da glicose; Manutenção dos níveis de açúcar no sangue e controle da taxa de colesterol; Hipoglicemia, cansaço. SELÊNIO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Antioxidante; Prevenção de anemia e esterilidade. Fraqueza muscular e manchas brancas nas unhas. COBALTO Funções: FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Componente da vitamina B12; Produção de glóbulos vermelhos. Anemia perniciosa. MANGANÊS FUNÇÃO DEFICIÊNCIAUtilização da glicose para o fornecimento de energia. Reações alérgicas aumentadas, redução da fertilidade. MOLIBDÊNIO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Ativação de enzimas. Redução de visão noturna. VANÁDIO FUNÇÃO DEFICIÊNCIA Mineralização de ossos e dentes. Síntese de hormônios tireoidianos. Diabetes; Doença cardiovascular. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM COMPONENTES CELULARES:CARBOIDRATOS E LIPÍDEOS CARBOIDRATOS OU HIDRATOS DE CARBONO → Podem ser chamados ainda de Glicídios, glucídios, açucares ou hidratos de carbono) → Fornecimento de ENERGIA química para utilização imediata pelo organismo. A gente ingere esse carboidrato e quando eles são quebrados na forma de monossacarídeos, já consigo utilizar esses carboidratos para fonte energética do nosso organismo. → São as biomoléculas produzidas/sintetizadas exclusivamente por seres vivos, no ambiente intracelulares. → São os mais abundantes no planeta e isso se deve na celulose (encontrada na célula vegetal) e isso acaba tornando a celulose o carboidrato mais abundante do planeta. → A celulose produz energia pra estrutura da célula vegetal e alguns outros organismos como os ruminantes. Nós aproveitamos a celulose no processo industrial. → Ex. celulose, amido, glicogênio, o amido. → São os “combustíveis” do nosso organismo. → “Fornecer combustível para as atividades celulares” → Os carboidratos também têm FUNÇÃO ESTRUTURAL. Membrana plasmática Pentose EM RELAÇÃO A COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS CARBOIDRATOS: → São formados por átomos de C, H e O. → O que define as características de uma molécula são os grupos funcionais → A ocorrência de H e O é de 2:1, por isso o nome do carboidrato (carbono hidratado) → Formula geral – (CH2O)n. → Ex. ribose C5H10O5 Glicose C6H12O6 Sacarose C12H22O11 CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS Com base no seu tamanho Estamos referindo a unidade sacarídea → MONOSSACARÍDEOS – são as menores unidades, com 3 a 9 átomos de carbono. → OLIGOSSACARÍDEOS - são ligações de 2 e 10 unidades de monossacarídeos. Os mais comuns são os dissacarídeos, formados pela união de duas unidades de monossacarídeos. → POLISSACARÍDEOS - mais de 10 monossacarídeos (∞). MONOSSACARÍDEOS → Menor unidade do carboidrato, são os carboidratos mais simples. Podem ter de 3 á 9 Carbonos. → Se apresentam na forma cíclica. Ex. hexoses → Os vértices das moléculas cíclicas representam os carbonos. 3 C – Triose 4 C – Tetroses 5 C – Pentoses 6 C – Hexoses 7 C – Heptoses 8 C – Octoses 9 C – Nonoses Duas pentoses: ribose e desoxirribose PRINCIPAIS PENTOSES Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM → São exemplo de Pentoses que tem função estrutural DNA – DESORRIBOSE (há apenas um hidrogênio) RNA – RIBOSE (há uma hidroxila – OH-) PRINCIPAIS HEXOSES → São exemplo de Hexoses que tem função de energia. → Glicose é o monossacarídeo mais abundante no corpo humano. → A formula geral da HEXOSE é C6H12O6 o que muda são as posições do átomo. Com base no seu grupo funcional ALDOSES: ALDEÍDO CETOSES: CETONA Uma ALDOSE é um monossacarídeo que apresenta um grupamento aldeído em uma extremidade, por exemplo a glicose. Já a CETOSE é um monossacarídeo que tem um grupo cetona, normalmente no carbono 2, como exemplo temos a frutose. → ALDOSES Aldrotriose: monossacarídeos de 3 carbonos Aldotetroses: monossacarídeos de 4 carbonos Aldopentoses: monossacarídeos de 5 carbonos Aldoexose: monossacarídeos de 6 carbonos → CETOSES Cetotriose: monossacarídeos de 3 carbonos Cetrotroses: monossacarídeos de 4 carbonos Cetropenses: monossacarídeos de 5 carbonos Cetoexoses: monossacarídeos de 6 carbonos OLIGOSSACARÍDEOS → São formados quando há ligações covalentes de 2 e 10 monossacarídeos na reação de síntese por desidratação. OH + H = H2O OH hidroxila H hidrogênio LICAÇÃO GLICOSÍDICA: A mais comum é a ligação 1 -> 4. É a ligação de um monossacarídeo 1 se ligando com um monossacarídeo 4 de outras moléculas. Começamos a contar a molécula sempre da direita pra esquerda e de acordo com as ligações. DISSACARÍDEOS → Tem aspecto de açucares – são compostos cristalinos, solúveis em água, com sabor doce. → Compostos por DOIS monossacarídeos. → Um tipo de oligossacarídeo. → O processo de digestão quebra os dissacarídeos em monossacarídeos, o organismo absorve os monossacarídeos e conseguimos utilizá-los. Exemplo: Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM Frutose faz ligação 1-2. É como se uma das moléculas fizesse um giro, essa é a diferença da ligação 1-4 POLISSACARÍDEOS → As principais funções desempenhadas pelos polissacarídeos são reserva energética e estrutural. Os polissacarídeos mais relevantes a nível energético são o AMIDO e o GLICOGÉNIO, que representam as principais reservas nutritivas nas plantas e animais, respectivamente. → São formados por dezenas ou centenas de monossacarídeos ligados por desidratação. Pode chegar a milhares monossacarídeos. → Possuem cadeia principal, as vezes ramificações. → Macromoléculas de grande Peso Molecular. → Exemplos: ATENÇÃO! É o papel na célula em que são produzidos e não em nossos organismos. Nós conseguimos digerir o amido e utilizar de sua energia. Porém não conseguimos digerir a celulose, não temos enzimas para o tal e nem bactérias que o consigo, então não encontraremos celulose sendo aproveitada no organismo humanos. Glicogênio são as moléculas que os animais produzem para armazenar energia no organismo. O homem armazena o glicogênio no fígado e musculatura e quando necessária energia, estes mesmos quebram o glicogênio para produção de energia no nosso organismo. → Os polissacarídeos se diferente entre si: o Tipo de monossacarídeos constituintes. o Tipos de ligações glicosídicas existentes. o Comprimento de suas cadeias o Grau de ramificação. HETEROPOLISSACARÍDEOS → Polissacarídeos formado por mais de um tipo de monossacarídeos. Podem ser ramificados ou lineares AMIDO: → Pode ser encontrado na forma de dois polissacarídeos AMILOSE é formado por uma molécula linear, formada por ligações 1:4 AMILOPECTINA é formada por uma molécula ramificada, formada por ligação 1:4 e 1:6 GLICOGÊNIO: → Encontrado no nosso fígado, musculatura e é nossa grande reserva de energia → Polímero formado por unidades glicose 1:4 e 1:6, é um polissacarídeo ramificado. QUAL A DIFERENÇA ENTRE AMILOPECTINA E GLICOGÊNIO? O glicogênio é mais ramificado e compacto que amilopectina. Glicogênio você encontra nos animais e amilopectina tu encontras nos vegetais. POR QUE AMIDO E GLICOGÊNIO SÃO POLIMEROS DE RESERVA? Porque a quebra das suas ligações glicosídicas libera unidades de glicose livre, principal combustível para as células. Quando você precisa de energia e precisa enviar moléculas pros tecidos, há quebra dessas moléculas, que liberam glicose, que são combustíveis para a célula. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM GLICOGÊNIO → Encontrado no tecido hepático e no tecido muscular esquelético → É armazenado em grânulos no citoplasma celular. Os grânulos contêm as enzimas responsáveis pela síntese e degradação do próprio glicogênio. → Grânulo é a FORMA DE ARMANEZAMENTO. → A quebra do glicogênio é uma reação de anabolismo. A síntese é uma reação de catabolismo. CELULOSE → Polímero formado por ligações 1:4, além de Ponte de Hidrogênio. É uma molécula linear. Exemplo: CARBOIDRATOS CONJUGADOS → Glicoproteínas e Glicolipídios, Proteoglicanos – São as associações de carboidratos com outras moléculas → GLICOPROTEÍNAS são cadeias de carboidratos ligados a uma proteína da membrana plasmática. → GLICOLIPÍDIOSsão carboidratos ligados a um lipídeo da membrana plasmática. → PROTEOGLICANOS são as associações de carboidratos com proteínas. LIPÍDEOS → São moléculas fundamentais para o metabolismo. → São um grupo heterogêneo de substância (variedade estrutural) amplamente distribuídas em animais e vegetais. → São fontes de energia química armazenadas pelos organismos, juntamente com os carboidratos. → Quarto grupo principal de moléculas encontrada na célula. CARACTERISTICAS → Lipídios vem do termo lipos, que significa gordura. → Não formam polímeros. → São constituídos por C, H, O → Não se caracterizam por um grupo funcional como os carboidratos que se caracterizam por aldeído e cetona. → A melhor molécula é um ácido graxo. → Insolúveis em água. Lipídios são hidrofóbicos. → Solúveis em solventes orgânicos (clorofórmio, álcool e éter). → É formado por duas regiões: Hidrofílica (polar) Hidrofóbica (apolar) → Devido a essa propriedade hidrofílica e hidrofóbica, eles têm a capacidade de se agregar (formar micelas), estado em que eles desempenham seu papel das membranas biológicas. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM FUNÇÃO DOS LIPIDEOS → Reserva energética da célula (fonte de energia armazenada no tecido adiposo). Tem uma quantidade energia MUITO maior que os carboidratos. → Componentes essenciais da membrana (formando a bicamada lipídica, juntamente com as proteínas). → Participam do processo de sinalização intra e intercelulares. (formam os hormônios). → Isolantes térmicos (tecido adiposo; a manda lipídica) → Isolamento elétrico (bainha de mielina – rápida propagação dos impulsos). GRUPOS DE LIPIDEOS ACIDOS GRAXOS TRIGLICERIDEOS CEORIDEOS FOSFOLIPIDEOS ESFINGOLIPIDEOS ESTEROIDES VITAMINAS LIPOSOLUVEIS (A, D, E e K) ACIDOS GRAXOS → Consiste em uma cadeia de hidrocarboneto com um grupo carboxila terminal. → Em pH fisiológico, o grupo carboxila terminal perde o H, tornando-se COO. → Os ácidos graxos são considerados unidade estrutural dos lipídios, pois são os menos grupos de lipídios e ocorrem em outros grupos de lipídio também → São encontrados em gorduras naturais, ou seja, são sintetizados. → O que os diferencia são os tamanhos de hidrocarbonetos → Os mais abundantes na natureza são os ácidos graxos que possuem 16 ou 18 carbonos: ácidos linoleico, palmitico, oleico, etc. → É uma molécula anfipática → Anfipático – hidrofílico e hidrofóbico ao mesmo tempo. Possuírem uma região hidrofílica, e uma região hidrofóbica. A natureza predominante é a hidrofóbica, por isso não são solúveis em água. → SATURAÇÃO E INSATURAÇÃO DAS CADEIAS DE C: Saturação: formada por ligação simples, ausência de ligações duplas na cadeia carbônica: É uma cadeia saturada. Insaturação: presença de ligação dupla na cadeia carbônica Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM É uma cadeia insaturada. A insaturada pode ter mais de uma ligação dupla (lembrando – o carbono precisa fazer 4 ligações). São consideradas gorduras “melhores” pela maior facilidade de metabolizar. LIGAÇÃO DUPLAS: CIS OU TRANS: → Configuração cis: ocorrência natural → Causam um dobramento da cadeia de hidrocarboneto. → Configuração tras: hidrogenação de óleos vegetais líquidos (margrinas) → O carbono 1 é o que contém radical carboxila. → Todavia, os carbonos podem também ser contados pela extremidade ômega, até a primeira dupla ligação. Extremidade do grupo carboxila: inicia a contagem de carbonos pela extremidade carboxila do ácido graxo. Extremidade do grupo ômega: inicia a contagem de carbonos pela extremidade ômega. E o número do ômega é o carbono que apresenta a primeira dupla ligação, sendo este o ômega que conferimos nome. Na foto acima temos o ômega 3, e a posteriori o ômega 6. → Ácidos graxos são as moléculas menores para formação de outros lipídios. ÔMEGA: → Acido graxo essencial, pois não é sintetizado pelo organismo humano. → Papel de proteção cardiovascular. → Denominado 3 (acido linolênico), adquirido na alimentação de peixe de clima frio e 6 (ácido linoleico), sendo adquirido pela alimentação de vegetais. → Percursos de biomoléculas de extrema importância biológica, pois auxiliam na manutenção e no bom funcionamento de membranas celulares, funções cerebrais, na transmissão de impulsos nervosos, etc. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM TRIGLICERIDEOS → Triglicerídeos aumentados: acumulo grande de gordura. Ele fica guardado no tecido adiposo. → É um tipo de lipídeo. → Triglicerídeos são sempre serão formados de três ácido graxos → São denominados gorduras ou triglicerídeos → Estrutura: glicerol (um álcool) + 3 ácidos graxos. → São os óleos. → Estrutura de um triglicerídeo. CLASSIFICAÇÃO → Homoglicerídeos: formado por 3 ácidos graxos iguais → Heteroglicerídeos: formado por 3 ácidos graxos diferentes. FUNÇÕES Reserva energética na forma de ácido graxo Isolamento Térmico. Proteção Mecânica – coxinha da mão SAPONIFICAÇÃO A partir desses óleos é que se faz o sabão, na reação chamada de saponificação. ATUAÇÃO DO SABÃO E DETERGENTE NA LIMPESA FOSFOLIPIDEOS → Lipídeos formadores da estrutura da membrana → Formado por uma molécula de glicerol unidos a dois ácidos graxos + um grupo fosfato (além de um grupo formado ao fosfato) → Estrutura básica: → Estrutura fundamental do fosfolipídio: O grupo fosfato é carregado negativamente e confere característica anfipática a estes lipídeos. FUNÇÃO → Estrutural, formar a estrutura das membranas celulares. Bicamada lipídica. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM ESFINGOLIPÍDEOS → Formam a bainha de mielina. → São importantes componentes das membranas biológicas. O nome homenageia a esfinge (estrutura misteriosa). → São conhecidos como ceramidas → Estrutura básica: 1 esfingosina + 1 ácido graxo + R (molécula polar) Exemplo: ESFINGOMIELINAS: presentes na bainha de Melina que reveste e isola eletricamente muitos axônios das células nervosas. → O esfingolipídio promove o isolamento elétrico. → O impulso sai e ele pula rapidamente as bainhas de mielina, uma vez que essas possuem um isolamento elétrico. CERÍDEOS OU CERAS → São gorduras sólidas, como cera automotiva. → As ceras de origem biológica são ácidos graxos de cadeia longa com álcoois de cadeia longa. → Possuem função de proteção e lubrificação. → Certas glândulas da pele de vertebrados secretam ceras para proteger pelos e a própria pele, mantendo- os flexíveis, lubrificados e à prova de água. → Os pássaros marinhos, secretam ceras de suas glândulas do bico para manter suas penas repelentes à água. → As folhas lustrosas de muitas plantas tropicais são cobertas por uma grossa camada de cera, a qual impede a evaporação excessiva da água e protege a planta contra parasitas. → Um favo de mel, construído de cera de abelha, é firme a 25ºC e completamente impermeáveis a água. ESTERÓIDES → Está presente em todas as membranas celulares. → É necessário para a síntese de vitamina D na pele. → É utilizado pelos ovários e testículos na síntese dos hormônios sexuais. → Possuem cadeias cíclica → 3 anéis de 6C e 1 anel de 5C → Sua função, manutenção dos receptores da membrana, bem como mensageiros químicos. COLESTEROL : → Necessário para construir e manter as membranas celulares → Regula a fluidez da membrana em diversas faixas de temperatura → Pode atuar como antioxidante → Ajuda na fabricação da bílis (que armazenada na vesícula biliar e ajuda a digerir gorduras). → Importante para o metabolismo das vitaminas lipossolúveis → Relacionado a processos de sinalização celular “COLESTEROL RUIM” : Maria Carolina Soares Rodrigues– Módulo PCM → Lipoproteína de baixa densidade (LDL), faz parte da família das lipoproteínas. → É chamado de colesterol ruim ou colesterol mau, porque em altas taxas ela está relacionada com o infarto e AVC. → LDL transporta lipídeos do fígado e intestino para as células e tecidos que estão necessitando dessas substancias. “COLESTEROL BOM”: → Lipoproteína de alta densidade (HDL) faz parte da família das lipoproteínas → É chamada de colesterol bom porque se acredita que ela seja capaz de retirar lipídeos das artérias. → O HDL transporta lipídeos do tecido do corpo humano para o fígado, diminuindo as chances de se desenvolver doenças cardiovasculares ❖ O LDL quando em excesso deposita-se nas paredes dos vasos sanguíneas. ❖ Com o tempo o LDL acaba sendo oxidado por radicais livres presentes na célula. ❖ A oxidação aciona um mecanismo de defesa e os glóbulos brancos juntam-se ao sítio inflamando-o. ❖ Após algum tempo cria-se uma placa no meio do vaso sanguíneo onde ocorre uma deposição lenta do cálcio, na tentativa de isolar a área afetada. ❖ Isto pode interromper o fluxo sanguíneo normal e provocar inúmeras doenças cardíacas. A concentração elevada de LDL no sangue é a principal causa de cardiopatias. OUTROS ETERÓIDES : → Hormônios: utilizados pelos ovários e testículos na síntese dos hormônios sexuais. São feitos à base de lipídeos. RESUMO DE LIPÍDEOS → Os lipídeos têm uma extrema importância metabólica, energética e estrutural no nosso organismo, MAS... → Estão ligados a doenças cardiovasculares, obesidade patológica. → Entre as principais causas estão a vida sedentário, o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura. MEMBRANA PLASMATICA ESTRUTURA E TRANSPORTE → Membrana plasmática é aquela que envolve todas as células. Define os limites e os compartimentos celulares e mantem as diferenças essenciais entre os meios intra e extracelular. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM → Essa membrana também está presente revestindo algumas organelas celulares (não todas organelas), sendo uma delas a carioteca. Por isso dizemos que a membrana define os compartimentos celulares. PROPRIEDADES DA MEMBRANA: PERMEABILIDADE SELETIVA → permeável apenas a algumas substancias. MIC (meio intracelular) e o MEC (meio extracelular): A concentração é diferente dentro ou fora da célula. A membrana da célula será essa linha vermelha. O que permite a diferença concentrações é a membrana que seleciona o que entra e sai da célula, mantendo o meio intra ideal para funcionamento da célula. Estrutura fina, flexível (fluída) e elástica Possui de 7,5 a 10 nm de espessura. Camada trilaminar. Camada mais escura é a parte polar, cabeça dos fosfolipídios. A parte mais clara é a parte apolar, são as caudas dos fosfolipídios. COMPOSIÇÃO APROXIMADA: ▪ 45% → fosfolipídios ▪ 35% → proteínas ▪ 13% → colesterol ▪ Outros lipídios → 4% ▪ Carboidratos → 3% FOSFOLIPIDEO Antipático (anfifílicas): possuem uma extremidade polar ou outra polar. Principalmente o fosfato, colina e glicerol dá a característica anfipático Os fosfolipídios formam micelas em ambiente aquoso, escondendo as hidrofóbicas e expondo as partes hidrofílicas ao meio aquoso. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM ▪ A lâmina de fosfolipídios é energeticamente desfavorável, por isso ela forma uma esfera, para se tornar energeticamente favorável FLUÍDA – consistência cerosa/pastosa. Permite a movimentação das moléculas. Reforço da estrutura com intercalarmente de moléculas de esteróis (COLESTEROL) → participa da maior rigidez. ▪ Célula eucariótica: colesterol ▪ Célula procariótica: NÃO possuem esteróis (menos rigidez). PROTEINAS DA MEMBRANA → Dois tipos de proteínas: PROTEÍNAS PERIFÉRICAS: dispostas em uma monocamada lipídica (face externa ou interna). Podem ser removidas sem rompimento (ex. algumas enzimas). Fica mais na periferia, em um dos lados da bicamada. Reconhecimento de moléculas e enzimas. Função catalítica. PROTEÍNAS INTEGRAIS: completamente embebidas na bicamada lipídica: Não podem ser removidas sem rompimento da membrana (ex. proteínas transmembranas sinalização. Estão intrinsicamente ligadas a membrana, presas. Transporte de membrana. PROTEÍNAS INTEGRAIS: → Várias funções: ▪ Transporte de substancia. Função catalítica, recepção de sinais, reconhecimento, comunicação entre as células (junções gap). CARBOIDRATO DE MEMBRANA → GLICOCÁLIX: Envoltório externo à membrana plasmática. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM → FUNÇÕES: Reconhecimento celular – proteínas participam desse processo e o glicocálix também Adesão celular Receptores de membrana Retém nutrientes e enzimas Proteção contra lesões mecânicas, físicas e químicas Inibição do crescimento por contato – quando o glicocálix encontra na célula vizinha, ele entende que acabou espaço e as células param de se multiplicar. ▪ MHC (complexo principal de histocompatibilidade) - glicoproteínas que participam do reconhecimento celular – responsáveis pelo processo de rejeição (transplante), que é um reconhecimento de compatibilidade. O glicocálix participa da determinação de hemácias, que confere o tipo sanguíneo. QUAIS AS FUNÇÕES DA MEMBRANA? BICAMADA LIPÍDICA → Devido ao seu interior hidrofóbico, a bicamada lipídica serve como uma barreira à passagem da maioria das moléculas polares → Uma camada hidrofílica não consegue entrar e atravessa para dentro da célula. → Quem atravessa a membrana, a bicamada? Moléculas apolares pequenas. Para outras moléculas é necessário mecanismo de transporte para que consigam entrar. → A bicamada lipídica é uma importante barreira para moléculas grandes, polares, íons, etc. Moléculas grandes, mesmo sendo apolares não entram. → TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA: PROCESSO PASSIVO: não gasta energia. Ocorre mais facilmente. Proteínas participam do transporte. Meios: difusão passiva, difusão facilitada e osmose. Difusão é transporte de soluto. Osmose é transporte de solvente. PROCESSO ATIVO: gasta energia. As proteínas fazem o transporte. É mais custoso. Meios: transporte ativo (por bomba), endocitose e exocitose. OSMOSE → É o transporte de um fluido através de uma membrana com permeabilidade seletiva. → Pode ser entendida como transporte do solvente. ▪ O transporte é de onde tem muito solvente (meio hipotônico – pouco soluto), para onde tem pouco solvente (hipertônico – muito soluto). → CANAIS (poros) Permitem a passagem de moléculas de água e substancias hidrossolúveis, principalmente íons, entre os fluidos extra e intracelular. Tem propriedades seletivas e permitem a passagem de substancias específicas. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM As moléculas pequenas apolares atravessam a bicamada por osmose, não precisam de transportadores. As hidrofílicas, mas são pequenas, como água e íons, atravessam pelos poros. → O transporte ocorre até o equilíbrio, ou seja, a concentração osmótica ser igual do meio intra e extra. → A concentração osmótica muda o formato da célula. Se você colocar uma hemácia num ambiente hipertônico, a solução de soluto é muito maior da célula, irá ocorrer osmose de dentro pra fora, ela vai perder água e ficará crenada. Ela fica ressecada. Se você coloca a célula num ambiente hipotônico, soluto é maior no meio extracelular, irá ocorrer osmose de fora pra dentro, ela irá inchar. E se esse processo não for controlado, ela pode romper (lisada). → O transporte de agua na osmose é do meio hipertônico para o meio hipotônico. DIFUSÃO → É o movimento de um soluto atravésde uma membrana com permeabilidade seletiva. → Do meio HIPERTONICO (muito soluto, pouco solvente), para o meio HIPOTONICO (pouco soluto, muito solvente). Diferente da osmose. → Difusão é um movimento liquido de moléculas ou íons de uma área de maior concentração para uma área de menor concentração, ou seja, A FAVOR DO GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO. ▪ DIFUSÃO SIMPLES: moléculas hidrofílicas com passagem pela bicamada lipídica. ▪ DIFUSÃO FACILITADA: moléculas hidrofílicas, atravessam por meio de proteínas integrais funcionam como como canais ou carreadoras (proteínas transportadoras). DIFUSÃO SIMPLES → As moléculas se movem do meio mais concentrado para o meio menos concentrado porque existe uma diferença de concentração → gradiente Soluto atravessa livremente pela membrana, não necessita de canais DIFUSAO FACILITADA → Segue as regras da difusão sempre é a favor do gradiente elteroquimico de concentração. Não precisa de energia celular → Precisa ser mediada por canais ou proteínas carreadoras Transporte de várias moléculas importantes pra célula: glicose, íons, diversos hormônios. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM DIFUSÃO FACILITADA DA GLICOSE ▪ É uma difusão facilitada, mas mediada por meio de uma molécula ligante (insulina). ▪ Se nosso corpo expressa insulina, ela se liga na proteína que transporta glicose e o canal se abre, o transporte se concretiza para glicose. Porém não precisa de energia. TRANSPORTE ATIVO → Transporte mediado por proteínas (bombas) → Co-transporte (“carona” que algumas moléculas pegam) → Transporte mediado por vesículas (bloco): fagocitose, pinocitose, exocitose. É um transporte em quantidade. ▪ É CONTRA O GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO, por isso a necessidade ser bombeado e necessita energia, transporta na “marra”. PROTEÍNA TRANSPORTADORA (BOMBA): → Transporta substancias de um lado para o outro da membrana. → São seletivas e carregam somente substancias específicas. → Possuem um sitio de ligação, ou seja, um local especifico para que a substancia a ser transportada se ligue. → Bomba de sódio e potássio é um exemplo clássico do transporte ativo. Ele é sempre contra o gradiente de concentração. Impulso nervoso: TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO (COTRANSPORTE OU TRANSPORTE IMPULSIONADO POR GRADIENTE IÔNICO) → Há sempre gasto de energia. → Tipo de transportem que você tem um íon transportando por uma proteína e uma outra molécula pega uma “carona” neste transporte e é transportada junto. → Formas de co-transporte: ▪ Simporte – íon sendo transportado para um lado, a outra molécula vai junta para o mesmo lado. Atravessa membrana junto com o íon. ▪ Antiporte – íon sendo transportado para um lado e outra molécula aproveita a mesma via e vai para o outro lado. Atravessa membrana junto com o íon. TRANSPORTE MEDIADO POR VESÍCULAS/TRANPORTE EM BLOCO/ TRANSPORTE EM QUANTIDADE → Endocitose e Exocitose: Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM Endocitose transporte em bloco para dentro da célula. Exocitose transporte em bloco para fora da célula. ENDOCITÓSE : → O tipo mais famoso é a FAGOCITOSE: quando a célula deforma o citoplasma e forma braços que englobam uma molécula e elas passam a fazer parte do ambiente interno da célula. Englobamento de partículas solidas por meio de emissão de pseudópodes Ocorre em certos protozoários (ex. amebas) e células de defesa responsáveis pela fagocitose de partículas estranhas. → A vesicula resultante da pinocitose é um ENDOSSOMO. → CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DA FAGOCITOSE: apenas para partículas/substâncias SÓLIDAS; a fagocitose é seletiva, a célula decide se fagocitará ou não. → PINOCITÓSE: não é seletiva, a célula não controla e esse é um tipo de transporte para fluídos. → Na pinocitose é invaginação da membrana, ela sede. → A vesicula resultante da fagocitose é um FAGOSSOMO. EXOCITÓSE → Ocorre para fora da célula, eliminação. → As moléculas maiores ou em maior quantidade e você precisa jogar para fora, essa vesícula vem da membrana das organelas (golgi, retículo endoplasmático) e engloba essas moléculas que você quer eliminar, ou porque é tóxico ou porque são produtos que a célula tem e precisa ser usado em outro local (como por exemplo os hormônios). → Como a natureza da membrana é a mesma da membrana que reveste a célula, as membranas conseguem se juntar para eliminar a substância. → Processo pelo qual a célula secreta para o meio extracelular ou para cavidades ou superfícies corporais substancias importantes para o corpo Hormônios Neurotransmissores Muco → célula caliciformes dos epitélios de revestimento do intestino e da traqueia Glândulas exócrinas Suor, saliva secreção da porção exócrina do pâncreas (enzimas digestivas) Elimina os resíduos da endocitose. Exemplo: sinapse → O sinal elétrico promove a exocitose do neurotransmissor. Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM ESPECIALIZAÇÃO DAS MEMBRANAS → Modificações que a membrana sofre para exercer funções específicas – absorção, adesão, vedação, comunicação (não há gasto de energia, pois não é mecanismo de transporte). → MICROVILOS OU MICROVILOSIDADES: Prolongamento de citoplasma (coberto por membrana), logo, consequentemente prolonga a membrana. O prolongamento é feito pois o citoesqueleto do citoplasma pressiona, fazem os microvilos. Quando forma essa microvilos, a superfícies de membrana também é prolongada. Uma das principais funções da membrana é atividade de transporte, de absorção, então se tenho mais área de membrana, tenho mais transporte. Esse tipo de modificação é comum em células especializadas em absorção, células dos intestino e rins. A região de microvilos é chamada de BORDA ESTRIADA. → ESTERIOCÍLIOS: Os eteriocílios filiformes, que podem ser ramificados. Tem capacidade de aumentar capacidade de absorção de água, comum em células epiteliais, nos órgãos masculinos. → DESMOSSOMOS: Região da membrana em que há acumulo de proteínas especificas, formando PLACA DESMOSSOMAL. Comuns em células de tecido submetido à trações: epitélio, esôfago, coração. Células epiteliais se aderem à lâmina basal (espaço que não tem célula) por meio de hemidesmossomos. Proteína principal é a proteína CADERINAS, elas se encontram no espaço extracelular. Na presença de cálcio, elas se aderem as proteínas transmembranas de uma célula a outra célula. São adesivas. Função: adesão celular. → JUNÇÃO ADERENTE: Algumas células são ricas em filamento de aquitina (proteína) e esses filamentos podem extravasar a membrana (se tornam transmembrana) e se encontram no espaço entre duas células. Na presença de cálcio se tornam adesivos e se aderem. Muito comum em tecido epiteliais de intestino. → ZONA DE OCLUSÃO: Células vizinhas apresentam na região externa da membrana uma concentração de proteínas, de moléculas que vedam a passagem entre uma célula e outra. A membrana se modifica, você tem estruturas (proteínas) e você tem essas estruturas transmembranas na outra célula, que fecham o espaço entre duas células, vedam esse espaço. Encontrado no tecido epitelial, de revestimento, do intestino. Para evitar que qualquer objeto entre dentro da célula, sendo que se não vedarem bem esse espaço entre si, havendo uma molécula indesejada (bactéria), com esse espaço não Maria Carolina Soares Rodrigues – Módulo PCM vedado, essa bactéria consegue avançar para dentro do tecido, para isso existe a zona de oclusão. Por isso a membrana é rica em proteínas que vedam, funcionam como um verdadeiro “cimento”. → JUNÇÃO COMUNICANTE(NEXO): A disposição de algumas proteínas que fazem canais de comunicação entre células vizinhas. São verdadeiros canais entre células vizinhas para a comunicação. A comunicação entre uma célula e outra ocorre por meio de sinais químicos, através da troca de moléculas e ai sim, essas moléculas podem ser reconhecidas pelos receptores de membrana (há um processo pra isso) e isso desencadeia uma resposta celular. A junção comunicante é uma modificação de membrana facilitando isso, abrindo canais entre os citoplasmas de células, sem depender de controle da membrana. Em geral são moléculas pequenas que passam como íons. → São 6 proteínas que se dispõe circularmente, formando um canal. → Os canais abrem e fecham de acordo com a necessidade de comunicação. 1- Glicoproteína – função: glicocálice. 2- Glicoproteína – função: glicocálice 3- Glicoproteína – função: glicocálice 4- Fosfolipídio (apolar) 5- Proteína integral 6- Proteína periférica 7- Proteína de canal 8- Cauda hidrofóbica do fosfolipídio (polar) 9- Colesterol função: rigidez da membrana.
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