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PORTFÓLIO 1, CICLO 2 
HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUÍS – MA 
2022 
 A partir do século XV, surgiu um movimento artístico na Itália e que se espalhou pela 
Europa em pouco tempo, o Renascentismo trouxe mudanças filosóficas, culturais e científicas, foi 
Trabalho apresentado ao Centro Universitário 
Claretiano para a disciplina de História da 
filosofia moderna, ministrada pelo(a) tutor(a) 
Edson Renato. 
 
 
caracterizado por estabelecer princípios, métodos e formas artísticas com características da arte 
clássica da cultura greco-romana. Com ele foi possível abandonar alguns conceitos e ideias da idade 
média. Nesse período começam a surgir os filósofos modernos, Nicolau Maquiavel, Tommaso 
Campanella e Thomas Morus. 
 Nicolau Maquiavel trabalhava na chancelaria de Florença como representante diplomática e 
observava os fatos políticos internos e externos do governo, enquanto observava entendeu como os 
governos crescem e caem e sua principal indagação era “Qual posição deve ser adotada para se 
alcançar o poder?”. Então se a intenção é permanecer no poder, não importam os meios para 
alcançar tal fim. Em sua mais conhecida obra O Príncipe, onde ele expõe como um governante deve 
conquistar e se manter no poder, propondo que o Homem transforme a política buscando ser dotado 
de virtù e fortuna. Virtù que diz respeitos as habilidades indispensáveis a um bom governante, e 
fortuna trata da sorte e causalidade. Maquiavel enuncia também em O Príncipe que um bom 
governante sabe mudar sua pose de acordo com o proceder dos tempos: 
“Creio, ainda, que seja feliz aquele que acomode o seu modo de proceder com 
a natureza dos tempos, da mesma forma que penso seja infeliz aquele que 
com o seu proceder, entre em choque com o momento que atravessa.” 
 
 Maquiavel se preocupou em compreender a origem das organizações políticas, como elas se 
dissolviam, tentavam se reerguer e por fim se destruíam. O realismo maquiavélico tem como sua 
base o interesse nos fatos históricos, que expandiam seus horizontes, ele tem aspiração em 
compreender a realidade, a causa dos acontecimentos e como seria se não houvesse tais 
acontecimentos, rompendo com a visão religiosa e dizendo que o autor da história é o Homem e não 
Deus. Entretanto esse realismo vê o Homem como figura fiel a Deus, se o Homem não é mal por 
natureza ele tende a fazer o mal, por isso é forçado a fazer o bem. O homem virtù sabe agir no 
momento certo, aproveita as circunstâncias e antecipa os acontecimentos, mediante sua ideologia 
seria o homem grandioso aquele que unificasse a nação e gerasse forma a ela, do modo no qual 
Maquiavel propôs uma analise fria de governo e da realidade. 
 Thomas Morus, por outro lado, imaginava a realidade de uma forma mais justa e humana, 
apresentou em sua literatura “A Utopia” uma ilustração fictícia daquilo que ele gostaria que 
existisse. A utopia possui um significado dado por Morus, “Lugar Nenhum”. Morus trás a indicação 
de uma ilha que se chama Amarauto, cidade vista como uma miragem a cada passo que se 
aproximava dela. Ela é cortada por um rio, chamado Anidro, esse rio não tem água, o príncipe dessa 
cidade, Demo, é um príncipe sem povo. Em alguns trechos da obra, observa-se regras que deveriam 
ser seguidas para que tudo pudesse permanecer e evoluir de forma que nada saísse do controle. 
“A cidade compõe-se de famílias, que constituem, como acontece na maioria 
das vezes, agrupamentos unidos por laços de parentesco. As moças, depois 
que se casam, vão viver com os maridos. Filhos e netos do sexo masculino 
permanecem na família e devem obediência ao parente mais velho. Se este é 
atingido pela senilidade, seu lugar é ocupado pelo membro da família cuja 
idade vem logo abaixo da sua. Para evitar que a cidade se torne muito 
grande ou muito pequena, estabeleceu-se por decreto que não poderá haver 
mais de seis mil famílias, sem contar aquelas que vivem no campo.” 
 
 Em A Utopia, as regras da ilha eram cumpridas pela obediência unitária que reinava na 
sociedade, o governo seria dirigido por alguém escolhido pelo povo, as decisões políticas eram 
tomadas em público, ali há liberdade e respeito, honram a Deus de formas diferentes. O desejo de 
Morus era contrário a situação política, social e econômica de sua época, sua proposta falha ao não 
apresentar uma proposta real e concreta de mudança, entretanto nos apresenta uma fuga do mundo 
real a uma ficção abstrata e interessante que influenciou um homem aspirante a idealista 
revolucionário, Tommaso Campanella. 
 Campanella tinha planos que iam de encontro a uma reforma universal, escreveu diversas 
obras relacionadas ao misticismo, mas sua obra mais célebre foi “Cidade do Sol”, Campanella 
imagina uma cidade homônima, perfeita e dirigida por um príncipe-sacerdote chamado Sol, que é o 
chefe de todos. A cidade está emersa sobre um vale, acima dela existe um templo com grandes 
muralhas, no centro do templo um altar e acima do altar o mapa-múndi. Na cidade tudo é de todos e 
aos magistrados cabe regular a distribuição igualitária. “porque o amor à coisa pública aumenta na 
medida em que se renuncia ao interesse particular”, uma cidade cuja construção foi imaginada para 
captar toda a influência benéfica dos astros celestes, onde a felicidade reinasse, onde as virtudes são 
superiores aos vícios, com poucas horas de trabalho, que trabalhassem somente a ponto de ter 
fartura de alimentos, não há violência, injustiças nem desigualdades. 
As posições utópicas de Morus e Campanella viam a sociedade de forma diferente da qual 
eles viviam, em 1576 um magistrado influente chamado Jean Bodin ligado aos partidos políticos 
que dominavam a França trouxe uma filosofia rica e relevante a política onde pontuou e defendeu 
que o governo justo é aquele que unifica os membros sociais para que estes formem um único corpo 
e não haja detrimento na sociedade dirigida por este poder. 
O estado é composto da união do povo subordinado a uma única soberania diferente do 
pensamento utópico de Morus no qual a sociedade deveria decidir junto do príncipe as leis e 
decisões políticas, Bodin afirma que a soberania aplica a lei sem o consentimento do povo, fazendo 
com que o sigam. Porém o poder soberano se limita as normas éticas, as leis da natureza e as leis 
divinas, contrário a essa submissão passa a ser um governo tirano. O estado soberano de Bodin é 
liberdade e tolerância. 
Hugo Grotius consolidou o direito naturalista, sendo jurista holandês fundou o 
jusnaturalismo onde defendeu que as normas precedem logicamente as leis, os direitos positivos 
emanam de uma autoridade política ou religiosa. Grotius, assim como Bodin, acreditava haver uma 
religião natural comum que transcendesse todas as épocas e que seria base para todas as religiões 
positivas. Assim Grotius naturalizou a lei divina, destacou característica jurídica paralela aos 
aspectos teológicos da lei natural, para estabelecer a autodeterminação da razão humana em relação 
ao governo do mundo. 
Ocorrem grandes mudanças, a preocupação não é mais heliocêntrica e o direito natural tem 
como fonte agora a livre vontade de Deus, no sentido de que o papel de Deus seria o de dispor 
livremente para que a sociabilidade e a razão existissem na humanidade. Portanto o Homem tinha 
duas escolhas perante essas questões, seguia essa lei e iria de encontro com a felicidade, ou a 
ignorava e não alcançaria a felicidade, sendo assim infeliz. Assim, o jusnaturalismo tornou-se numa 
filosofia que defendeu que o direito construído deve fundamentar-se no direito natural. 
Referências: 
BOTELHO, O. S. História da Filosofia Moderna I. Batatais: Claretiano, 2013. 
BOTELHO, O. S. História da Filosofia Moderna II. Batatais: Claretiano, 2013. 
CAMPANELLA, Tommaso. A cidade do Sol. Lisboa: Guimaraes, 1953. 
RIBEIRO, Paulo Silvino. "Maquiavel e a autonomia da política"; Brasil Escola. Disponívelem: <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/ciencia-politica-maquiavel.htm.> Acesso em 24 de 
abril de 2022. 
DE ANDRADE, Luiz Felipe Netto; SAHD, Silva. Hugo Grotius: direito natural e 
dignidade. Cadernos de Ética e Filosofia Política, v. 2, n. 15, p. 181-192, 2009. 
OLIVEIRA, Bernardo Jefferson de. A ciência nas utopias de Campanella, Bacon, Comenius e 
Glanvill Kriterion: Revista de Filosofia, v. 43, n. 106, p. 42-59, 2002. 
SOUZA, Rainer, “Jean Bodin”; Mundo Educação. Disponível em: 
<https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/jean-bodin.htm.> Acesso em 24 de abril de 
2022.

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