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1 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA • Conforme o avanço da idade, vão se agregando doenças crônicas e perda de função renal Definição • Lesão renal por 3 meses ou mais, definida por anormalidades estruturais ou funcionais do rim, com ou sem diminuição da taxa de filtração glomerular e manifestada por: o Anormalidades patológicas; ou o Marcadores de lesão renal, incluindo anormalidades na composição do sangue ou urina, ou anormalidades nos testes de imagem. • TFG < 60 mL-minuto/1,73m2 por ≥ 3 meses com ou sem lesão renal. • É possível observar proteinúria, hematúria, cintilografia renal com lesão renal Estágios • A DRC é dividida em estágios a partir da TFG: • A maioria dos pacientes se encontram em estágio III. • Quanto menor a taxa de filtração, maior a creatinina sérica. Estatísticas • 15% dos adultos nos EUA tem DRC → 9 em 10 não sabem que possuem DRC, quando tem sintomas, o dano já é enorme e já perdeu uma grande quantidade da TFG • É uma doença insidiosa, que é identificada geralmente em um exame de rotina • DM e HAS são os principais causadores de DRC. • Geralmente acomete pacientes acima de 65 anos DRC em números • Em locais onde não há restrição de acesso, a hemodiálise consome de 2 a 5% do orçamento em saúde. • O SUS tem um gasto anual estimado em R$ 2,2 bilhões com terapia renal substitutiva (TRS). • Na Europa, um ano de hemodiálise custa de 50 a 100 mil euros. • A hemodiálise é a mais usada. • 8 – 9% de aumento de pacientes em TRS. 2 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 Etiologia • DM e HAS são as principais etiologias causadoras da DRC. • Haverá um aumento da prevalência em todas as regiões do mundo de DM até 2045. • Alto impacto econômico → 72% dos pacientes com DM estão na fase produtiva Fatores clínicos • DM • HAS • Doenças autoimunes → reumatológicas → algumas atacam os rins • Infecções sistêmicas • Infecções do trato urinário • Cálculos urinários • Obstrução do trato urinário baixo • Neoplasia • Histórico familiar de doenças renais crônicas • Recorrência de doença renal aguda • Redução da massa renal • Exposição a determinadas drogas → AINEs • Baixo peso ao nascer Fatores sociodemográficos • Idade avançada • Etnia: afro-americano é o mais comum • Exposição a produtos químicos e condições ambientais • Baixa escolaridade • Aumento da idade = aumento da possibilidade de DRC • Após os 40 anos, há perda de TFG. • É necessário diferenciar doença renal de perda renal pela idade → Perda de TFG glomerular pela idade, é necessário orientar nefroproteção e evitar o excesso de exames. • A prematuridade afeta a nefrogênese: o No humano, os primeiros néfrons são formados com 9 semanas de gestação e a nefrogênese se completa entre 32 e 36 semanas gestacionais. o Estudos epidemiológicos associaram prematuridade com alterações na função renal na infância e idade adulta. Prognóstico • Em todos os pacientes que têm perda de função renal, são analisados 2 aspectos: TFG (quanto menor, pior é) e proteinúria/albuminúria (quanto maior a perda, pior o prognóstico). 3 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 Complicações da progressão da DRC 1. HAS 2. Anemia 3. Distúrbios hidroeletrolíticos 4. Dislipidemia 5. DCV 6. Doença óssea 7. Desnutrição 1. HAS • A piora da DRC, aumenta o risco de HAS. • Os principais mecanismos são: o Sobrecarga salina e/ou volume. o Aumento de atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) o Disfunção endotelial (inflamação). • A prevalência aumenta conforme cai a TFG → piora da DRC, maior risco de HAS. • Pacientes com DRC possuem um status microinflamatório (disfunção endotelial) → reduz as substâncias responsáveis pela vasodilatação (óxido nítrico) → Avança rapidamente para aterosclerose → A HAS é uma causa, mas também é uma consequência. 2. Anemia • Quando a TFG cai abaixo de 30 mL/min, é possível encontrar alterações como anemia e alterações no metabolismo do cálcio e fósforo → anemia normocítica e normocrômica. (anemia de doença crônica) • Se deve a deficiência de eritropoetina, perdas nas sessões de HD (se for o caso) → A deficiência da eritropoetina leva a anemia, junto com alterações nos níveis de ferro (ferritina costuma ser normal), é causada por um bloqueio inflamatório (eritropoetina não consegue estimular corretamente a produção de hemácias). • Levam a: o Hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE), ICC e Cardiopatia isquêmica (CI) o Aumento de hospitalizações e mortalidade o Aumento do déficit cognitivo o Baixa tolerância ao exercício o Redução da qualidade de vida • Transfusões para tratar levam a sensibilização aos antígenos HLA → diminui a capacidade do paciente em receber transplante. 3. Distúrbios hidroeletrolíticos • O volume circulante aumenta, faz uma retenção de líquido: HAS, edema, ICC. • Aumento do potássio (hipercalemia/hiperpotassemia): Oligúria, ingesta alimentar e diuréticos o Hiperpotassemia é mais raro em DRC, mais comum em DRA → além da perda pela urina, também é perdida pelas fezes, o que ajuda a controlar os níveis na DRC. • Fósforo, Cálcio e PTH (TFG 25 – 30 mL/min) 4 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 o A queda do cálcio e aumento do fósforo, estimulam o paratormônio (remoção do cálcio ósseo) → mais tardiamente, há uma inversão, com aumento do PTH e aumento do cálcio. o Fósforo alto, cálcio baixo, PTH alto: Hiperparetireoidismo secundário • Acidose: o Altera o metabolismo celular e ósseo (cálcio como tampão) → Há uma diminuição da capacidade renal de remover H+, perde mais HCO3, o paciente pode apresentar déficit de bicarbonato → O corpo começa a usar o cálcio como tampão, consumindo, ainda mais, o cálcio ósseo → Predispondo a doenças ósseas. 4. Dislipidemia • Aumenta o risco cardiovascular → o status inflamatório é acelerador da dislipidemia com aumento do risco cardiovascular. • O fenótipo lipídico é característico: o Dislipidemia mista; o Predomínio de hipertrigliceridemia; o HDL baixo 5. DCV • DCV é responsável por até 50% de todas as mortes na DRC • Microinflamação → maior chance de DCV por aterosclerose acelerada devido ao estado microinflamatório alterado que causa dano tecidual o As estatinas reduzem os marcadores inflamatórios dos pacientes, podem ser usadas em pacientes com DRC mesmo sem a presença de dislipidemia. • Pacientes com DRC têm maior chance de morte por doenças cardiovasculares (DCV) do que evoluir para DRC terminal. • Risco de eventos CV aumenta com a redução da TFG < 60 mL/min/1,73m2 e de forma significativa quando a TFG < 45 mL/min/1,73m2. • Os mecanismos envolvidos não estão bem definidos → fatores de risco tradicionais e não tradicionais (mostrado na foto abaixo) • No início da diálise, 40% dos pacientes tem doença coronariana. • Inclui: o DCV não aterosclerótica ▪ HVE ▪ ICC ▪ Arritmias → FA é a mais encontrada nos pacientes idosos com DRC → aumento da distensão das câmaras cardíacas (átrios principalmente). o DCV aterosclerótica: ▪ Doença coronariana ▪ Vascular periférica ▪ Cerebrovascular Incremento na DCV com a DRC. Com a diálise, há contato com outros elementos sintéticos que aumentam ainda mais a inflamação. 5 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 6. Doença óssea • Na fase inicial → Ca2+ baixo, fósforo elevado e PTH elevado. o Para o P elevado, se dá bicarbonato de cálcio (mas perigoso para quem já tem cálcio alto) • Na tardia → o Ca2+ pode estar elevado. • Responsável por dores ósseas, fraturas e calcificações em tecidos moles. • Presente nos estágios da DRC com TFG < 30 mL/min. • Redução da massa funcionante, diminuição da formação da vitamina D, absorção intestinal de Ca2+ e redução do Ca2+ sérico, causando hiperparatireoidismo secundário → Aumenta a excreçãodo fósforo e retenção, aumenta o fósforo sérico, reduz o Ca2+ e aumenta o paratormônio → isso leva a uma degradação óssea para coletar Ca2+, por isso eleva o Ca2+ na fase tardia 7. Desnutrição • Frequente na pré-HD e HD (diálise). • Correlação direta com a perda de função renal. • Aumento da uremia, inflamação e catabolismo proteico → desnutrição. • Aumento da morbimortalidade CV. • Síndrome mia: desnutrição, estado microinflamatório e aterosclerose • À medida que aumenta o número de complicações até a síndrome mia, aumenta muito a mortalidade → É extremamente importante acompanhamento com nutricionista nos casos de DRC. 6 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 Interações obesidade x DRC x DCV • Assim como a desnutrição é um problema, a obesidade também é → O tecido adiposo tende a produzir citocinas inflamatórias e agravam, ainda mais, o estado microinflamatório (DCV). • Pacientes obesos possuem níveis de PCR mais altas. Achados do exame físico na DRC • Halitose urêmica • Prurido → deposição de substâncias • Alopecia • Unha meio a meio • Falta de apetite • Mulheres tem amenorreia • Aumento do catabolismo → perda de peso • Ressecamento dos cabelos e pele • Escurecimento da pele → elementos que dão cor à urina, se acumulam na pele – cor de palha • Neve urêmica → acúmulo de uratos ao eliminar suor Tratamentos • Conservador • Diálise: o Hemodiálise o Diálise peritoneal • Transplante: o DC o DVñR (doador vivo não relacionado) o DVR (doador vivo não relacionado) TRATAMENTO CONSERVADOR HAS • Mudança no estilo de vida → atividade física e parar de fumar. • Dieta hipossódica (2,5g/d). • IECA, BRA, bloqueador dos canais de cálcio e diuréticos o Atentar para espironolactona, pois aumenta o K+. o HCTZ não funciona com TFG abaixo de 30 mL/min. • Evidências: o Aumentam a sobrevida dos pacientes com DRC. o Reduzem a progressão das doenças renais. o Retardam a progressão para diálise → independente de quando são iniciados. o O aumento da creatinina com o seu uso não é “de todo o mal” → Necessita ser interpretada. • Alvo → PA <130/80 mmHg • BRA é excelente para tratar, pois esses pacientes possuem suprarregulação do SRAA. • Em estágios mais avançados da DRC (estágio IV e V) → é interessante tirar o IECA e o BRA → para aumentar a vasoconstrição da arteríola eferente e aumentar a perfusão e a TFG. • Reduzir a pressão, reduz os riscos → Mas em um certo ponto, se continuar baixando a PA, aumenta o risco novamente (hipoperfusão, isquemia...). Cardiopatia isquêmica • Prevenir no assintomático: o IECA/BRA o Estatinas o AAS o Clopidogrel → isolado para pacientes com DRC não funciona na totalidade, há uma redução da biodisponibilidade → Deve ser feita a combinação com AAS. o Betabloqueador 7 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 • Intervir no sintomático: o Cateterismo cardíaco ▪ Cintilografia e teste de esforço são baixos preditores Anemia • Evitar transfusão → sensibilização • Reposição de ferro: o 200 mg VO/d, 100 mg EV 10x nas HD o Controle → ferritina ≥ 100 ng/dL, saturação de transferrina > 20%. • Estimulantes da eritropoiese → eritropoietina, darbopoietina ou alfapoietina (25-40 U/kg 2-3x na semana, SC). • Alvo de hemoglobina → entre 10 e 12 mg/dL. Acima de 13 mg/dL aumenta a chance de derrames → porque esses pacientes tem lesão endotelial que podem causa trombos, principalmente nesses casos se o sangue tiver mais hemoglobina • Cuidado com a dieta → as proteínas advindas da dieta (ex. bife de fígado), aumentam os níveis do fósforo. Dislipidemia • Dislipidemia é acelerada nesses pacientes. • LDL alvo: < 100 mg/dL • Usar estatinas nesses pacientes em estágios iniciais reduz a chance de eventos CV → Esses efeitos não são tão bons mais tardiamente → Além disso, reduzem modestamente a proteinúria e o declínio da TFG. • Intercalar estatina e fibrato para controle de dislipidemias mistas e reduzir a chance de rabdomiólise → A sinvastatina é bastante segura para esses pacientes, não é necessária correção antes de TFG <15 mL/min • As estatinas pelo seu efeito pleiotrópico reduzem também processo inflamatório pelo bloqueio indireto da IL-6 → reduzindo o PCR o Vias para redução de colesterol e bloqueia IL-6. Efeito iotrópico, que não espera dessa medicação. 8 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 Doença óssea Tratamento • Controle do cálcio: o Manter níveis entre 8,4 e 9,5 mg/dL. o < 8,4 mg/dL → carbonato de cálcio ou vitamina D. o 10 mg/dL → suspender o carbonato de cálcio e/ou vitamina D. • Controle do fósforo: o Manter níveis entre 2,7 e 4,6 mg/dL. o Dieta pobre em alimentos ricos em fósforo → proteínas animais o Quelantes à base de cálcio ou Sevelamer (quelante sem cálcio) ▪ A base de cálcio usar até 1500 mg/d, nas refeições. Sevelamer é usado nas fases tardias, onde há cálcio e fósforo altos. • Produto cálcio/fósforo → < 55 mg/dL, evitar calcificação metastática em tecidos moles, vasos, válvulas cardíacas • Vitamina D → é importante repor nesses pacientes. • Vitamina D ativada 1,25(OH)2D3; calcitriol: o PTH > 3-4x do normal o Prevenção do hiperparatireoidismo. o Se o PTH subir muito, é usado o calcitriol para controle e evitar a reabsorção de cálcio aumentada. Nutrição • Apoio de uma nutricionista • Adequar a dieta • Inquérito alimentar • Acompanhamento • Dieta restrita em sódio, fósforo, potássio, proteínas e líquidos: o A restrição de proteínas possui benefícios na função renal o A restrição de líquidos depende do estágio da doença • A carne vermelha tem uma substância que causa vasodilatação da arteríola que aumenta a perfusão do rim causando um estresse hemodinâmico → preferir frango, ovos e peixe. • Atenção com suplementos e com a carambola → Suplementos possuem grande quantidade de fósforo e potássio → A carambola possui uma neurotoxina que pode levar a convulsão, coma e morte. 9 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 Controle glicêmico • HbA1c → 7% para pacientes com expectativa de vida acima de 10 anos. • HbA1c → 7 – 7,9% para pacientes idosos frágeis. • HbA1c → de 8% ou até superior podem ser apropriados em idosos fragilizados ou com expectativa de vida limitada e em casos em que o médico julgar que os riscos de um controle glicêmico rigoroso sejam maiores do que seus benefícios potenciais. **Em pacientes idosos, recomenda-se que o nível de HbA1c seja individualizado de acordo com as características de cada paciente. Prevenção • Vacinas: o Influenza → anualmente. o Pneumococo → realizar uma dose e um reforço em 5 anos o Hepatite B → avaliar se o paciente foi vacinado e se houve resposta sorológica. ▪ A vacina contra a hepatite B no paciente com DRC deve ser aplicada em dose dupla nos meses 0, 1, 2 e 6 para pacientes com anti-HBs < 10 UI/mL. ▪ Deve-se repetir o esquema para os não respondedores e realizar um novo anti-HBs em 2 meses após a última dose. ▪ Em pacientes no estágio 4 e 5 deve-se reavaliar o anti-HBs anualmente e, se valores se tornarem inferiores a 10 UI/dL, revacinar. • Prevenir ou tratar rapidamente distúrbios hemodinâmicos evitando hipotensão arterial e desidratação → diarreia, vômito, uso excessivo de laxantes ou diuréticos. • Evitar AINE, contrastes radiológicos e drogas nefrotóxicas: o Os AINEs inibem a prostaglandina (vasodilatador da arteríola aferente do glomérulo), gerando uma vasoconstrição e isquemia glomerular. o Usar contraste não iônico • RNM → atenção com gadolíneo → fibrose nefrogênica sistêmica. Ainda quanto ao manejo: • Atenção com a uropatia obstrutiva. • Controle da TFG a cada 30 – 90 dias → dependendo da velocidade de perda de função renal. • Acompanhamento com nefrologista (Segundo estudo americano, somente 30% dos pacientes em estágio IV eram acompanhados) • Apoio psicológico → paciente e familiares. Quandoencaminhar ao nefrologista? • Estágio 4 (TFG 15 – 29 mL/min/1,73 m2) → o acompanhamento desses indivíduos deverá ser realizado pela equipe multiprofissional (médico nefrologista, enfermeiro, nutricionista, psicológico e assistente social). • Proteinúria, microalbuminúria e TFG < 60 mL/min. • Hematúria persistente de origem glomerular. • Alterações anatômicas que justifiquem a perda de função renal. • Perda rápida da função renal → > 5mL/min/1,73 m2 em um período de 6 meses, em uma linha de base < 60 mL/min/1,73 m2, confirmado em 2 exames. • Presença de cilindros com potencial patológico → céreos, largos, graxos, epiteliais, hemáticos ou leucocitários. TRATAMENTO DIALÍTICO • Quando iniciar? o TFG entre 5 – 9 mL/min/1,73 m2, se associado a uremia ou hipervolemia. o Pode ser iniciada mais precocemente se sintomas exacerbados ou mais tardiamente quando o paciente não tem sintomas. • Tipos: o Hemodiálise: ▪ 4 horas, 3x na semana. ▪ Heparina: 100 U/kg/sessão; Se DM: 50 U/kg/sessão. 10 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 ▪ Acesso vascular → cateter ou fistula artério-venosa (FAV) → Diálise em descompensação aguda é feita com cateter central → Para crônicos, é possível usar FAV (shunt de Scribner). o Diálise peritoneal: ▪ 4 trocas diárias, com volume de 2 L. ▪ Implante de cateter em FIE que recebe infusão de 2L (fica por 6h) e depois drena, repetindo o procedimento 4x/dia. ▪ É feita em domicílio. TRANSPLANTE RENAL • Entra em programa de TRS em média 35 mil pacientes novos, cerca de seis mil são transplantados → Existem +31 mil pacientes em fila de espera para Tx. • Doador vivo relacionado e não relacionado; preemptivo. • Doador falecido: mais comum no Brasil. • Avaliação: o Devem ser afastadas as contraindicações de ordem física e de fundo emocional. o Compatibilidade ABO → Não há necessidade de compatibilidade de sistema Rh. o Prova-cruzada (cross-match) → soro do receptor (Ac) + linfócitos totais do doador → Avalia a existência de anticorpos no receptor dirigidos contra os antígenos do doador. o Compatibilidade HLA A, B e DR, cada qual expressado por duas proteínas → a compatibilidade HLA é a mais usada atualmente. o Estuda-se o doador para verificar se ele pode doar sem prejuízos para a sua saúde e se não tem alguma doença transmissível. o Os pacientes transplantados renais referem melhor qualidade de vida. • Quanto mais próximo, menor a chance de rejeição → porque o HLA é mais parecido Sobrevida do enxerto • Maior sobrevida nos doadores vivos X falecidos o Doadores falecidos (1989 – 2005) → de 10,6 anos para 15,5 anos o Doadores vivos: de 17,4 anos para 20,9 anos. o Dura mais o rim de doadores vivos • Redução da perda de enxerto por uso de melhores imunossupressores o Perda de enxertos no primeiro ano pós-transplante → de 8,6% para 4,5% em doadores vivos e 15,8% para 5,1% em doadores falecidos. • A rejeição aguda foi superada, mas a rejeição crônica continua acontecendo e há piora progressiva do enxerto → piora da creatinina e surgimento de proteinúria após alguns anos 11 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2
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