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RESUMO: Políticas da Natureza – Bruno Latour A obra “Políticas da natureza” do sociólogo francês Bruno Latour continua a reflexão iniciada em “Jamais fomos modernos” (1991), onde Latour propõe uma nova forma de fazer ecologia política que abandonaria a ideia de natureza que, segundo ele, apenas corta os debates e ofusca as questões reais que os atores politicamente engajados precisam discutir. Capítulo 1: Por que a ecologia política não pode conservar a natureza? Latour começa Política da Natureza derrotando o ecologismo moderno, que em última análise não se relaciona com a natureza! A ecologia política (que ele pretende definir neste trabalho) não pode, portanto, "conservar a natureza". De fato, isso separa o objetivo do subjetivo, os fatos dos valores. O bicameralismo moderno, que opõe a natureza à sociedade, o pesquisador ao político, deve ser substituído. Capítulo 2: Como reunir o coletivo? Como reunir o que a antiga constituição se opunha (natureza versus sociedade)? A política, buscando a composição do "bom mundo comum", deve convocar um coletivo que Latour define em termos de humanos e não humanos. Claro, será necessário realizar uma “partilha de capacidades”, no que diz respeito à sua capacidade de falar em particular. Capítulo 3: Uma nova separação de poderes O coletivo assim formado deve ter sua própria separação de poderes, mas não em termos de fatos e valores. Latour define quatro requisitos, agrupados dois a dois em duas potências: O poder de levar em conta: a necessidade de perplexidade e a necessidade de consulta; O poder de ordenar: exigência de hierarquia e exigência de instituição. Esses novos poderes definirão a nova dinâmica do coletivo. Perplexidade Por esse primeiro requisito, nos preocupamos em não limitar o número de proposições candidatas à existência no coletivo. Latour não visa a conveniência, mas sim a completude. Consulta Assim como não há limite para o número de candidatos à existência, deve-se também garantir que todos os votos possam ser emitidos, e que nenhum seja obrigado a ficar calado ou não ouvido nas fases subsequentes do debate. do coletivo. Hierarquia A exigência de hierarquia exige a verificação de que cada candidato à existência no coletivo é compatível com as entidades já existentes no coletivo. Se e somente se for compatível, então lhe é dado um lugar legítimo no coletivo. Caso contrário, esta entidade deve ser rejeitada. Instituição Uma vez que a entidade adquiriu seu lugar legítimo, o poder de uma instituição encerra a discussão. O objetivo é, assim, garantir a coerência e a sustentabilidade do coletivo ao longo do tempo. Capítulo 4: Coletivo de Habilidades Latour chama a atenção para o fato de que economia política não deve ser confundida com ecologia política. A economia política é apenas uma das competências do coletivo, assim como a moral, a política e, claro, a ciência. Definimos assim uma "casa comum [...] que torna as ciências compatíveis com a democracia". Capítulo 5: Explorando mundos comuns Aqui, Latour critica os modernos que pensavam apenas em termos de progresso. Aos dois poderes definidos no Capítulo 3, deve-se acrescentar um terceiro poder: o poder de acompanhamento. Esse novo poder "levanta a questão do Estado". Por fim, o autor insiste no fato de que o ecologismo não pode prescindir da diplomacia.
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