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Tutoria 04 -M1 - Etapa 3 - Mariana vai à escola

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Tutoria 04 -M1 - Etapa 3
Mariana vai à escola
● Conhecer os marcos do desenvolvimento;
● Esclarecer as IVAS e IVAI’s (Definição e manifestação
clínica: ausculta/saturação, diagnóstico);
● Apontar as causas do contágio das IVAS e IVAI’s
(Na criança);
● Relatar as medidas preventivas (das IVAS e IVAI’s)
Conhecer os marcos do desenvolvimento - -
● O estudo do desenvolvimento compreende alguns domínios de função
interligados, quais sejam: sensorial, motor (geralmente subdividido em
habilidades motoras grosseiras e motoras finas), da linguagem, social,
adaptativo, emocional e cognitivo.
● O termo “desenvolvimento” tem sido o mais utilizado para abranger os vários
aspectos interligados que caracterizam a evolução dinâmica do ser humano a
partir de sua concepção.
● Os marcos do desenvolvimento infantil são comportamentos e atitudes que
crianças de cada idade devem manifestar. Funcionam como referências para
identificar seu avanço e crescimento. Os marcos são importantes para o
diagnósticos de distúrbios, principalmente o Transtorno do Espectro Austita
(TEA), e quanto mais cedo o diagnóstico, mais cedo vai acontecer uma
intervenção, o que contribui para melhorar os resultados evolutivos gerais das
crianças no espectro possibilitando mais qualidade de vida e autonomia nas
tarefas diárias, desde brincar, se vestir, até estudar, etc;
● A avaliação do desenvolvimento deve ser um processo contínuo de
acompanhamento das atividades relativas ao potencial de cada criança;
● No Brasil, a Caderneta de Saúde da Criança, utilizada para o registro dos
atendimentos nos serviços de saúde, disponibiliza uma sistematização para a
vigilância do desenvolvimento infantil até os 3 anos de idade. Essa ferramenta
permite acompanhar a aquisição dos principais marcos do desenvolvimento;
● O processo de avaliação precisa ser dinâmico e acontecer em todas as visitas
de puericultura, de forma individualizada e compartilhada com a família.
Tendo como conhecimento o contexto familiar e social que a criança está
inserida: desde quando foi gerada, se foi planejada, quem é o responsável
pelos cuidados, rotina da criança… Ademais, dados relacionados a fatores de
risco para distúrbios do desenvolvimento, como ausência do pré-natal,
dificuldades no nascimento, baixo peso ao nascer, prematuridade,
intercorrências neonatais, uso de drogas e histórico familiar devem ser
levados em consideração.
Motor:
● A regra do desenvolvimento motor é que ocorra no sentido crânio caudal e
próximo-distal, por meio de aquisições mais simples para mais complexas.
Assim, a primeira musculatura a ser controlada é a ocular. Depois, há o
controle progressivo da musculatura para a sustentação da cabeça e depois do
tronco. Finalmente, durante o 3º trimestre, a criança adquire a posição
ortostática. O apoio progressivo na musculatura dos braços permite o apoio
nos antebraços e as primeiras tentativas de engatinhar. No entanto, algumas
crianças andam sem ter engatinhado, sem que isso indique algum tipo de
anormalidade.
● Se divide em motor fino (ex: pegar pequenos objetos, desenhar) e capacidades
motoras amplas (ex: andar, subir escadas);
● É um processo contínuo que depende do padrão da família, de fatores
ambientais (ex: quando a atividade é limitada por uma doença prolongada) e
disfunções específicas (ex: paralisia cerebral, retardo mental, distrofia
muscular). Normalmente, as crianças começam a andar aos 12 meses, podem
subir escadas mantendo-se firme aos 18 meses e correm bem aos 2 anos, mas
a idade em que essas habilidades são adquiridas pelas crianças normais
variam amplamente. O desenvolvimento motor não deve ser acelerado de
modo significativo pela aplicação de estímulos aumentados;
● Motor fino: Se dá no sentido próximo-distal. Ao nascimento, a criança fica
com as mãos fechadas a maior parte do tempo. Por volta do 3º mês, em
decorrência da redução do tônus flexor, as mãos ficam abertas por período
maior de tempo, e as crianças conseguem agarrar os objetos, embora ainda
sejam incapazes de soltá-los. Entre 5º e o 6º mês, conseguem apreender um
objeto voluntariamente e iniciam o movimento de pinça, que será aprimorado
progressivamente até se tornar completo, polpa com polpa.
Desenvolvimento da linguagem:
● A habilidade de compreensão da linguagem precede a habilidade da fala;
crianças com poucas palavras geralmente podem compreender bastante.
Embora atrasos de linguagem não sejam tipicamente acompanhados de
outros de desenvolvimento, todas as crianças com excessivo atraso de
linguagem deveriam ser avaliadas quanto à existência de outros atrasos de
desenvolvimento. Crianças com atrasos das linguagens receptiva e expressiva
apresentam, mais frequentemente, outros problemas de desenvolvimento. A
avaliação de qualquer retardo deve ser iniciada com testes auditivos. A
maioria das crianças que apresentam atraso de linguagem tem inteligência
normal. Por outro lado, crianças com desenvolvimento acelerado da
linguagem estão frequentemente acima da média de inteligência;
● Progressos de linguagem abrangem desde o modo de expressar os sons vogais
(arrulhar) até a introdução de sílabas que se iniciam com consoantes
(ba-ba-ba). A maioria das crianças pode dizer “Papa” e “Mama” aos 12 meses,
usa várias palavras aos 18 meses e forma frases de 2 ou 3 palavras aos 2 anos.
Aos 3 anos, em média, uma criança pode manter uma conversação. Aos 4
anos, ela pode contar histórias simples e envolver-se em uma conversa com
adultos ou outras crianças. Aos 5 anos, a criança pode ter um vocabulário de
várias milhares de palavras.
● Mesmo antes dos 18 meses, as crianças podem ouvir e compreender a história
que é lida para elas. Aos 5 anos, as crianças são capazes de recitar o alfabeto e
reconhecer palavras simples escritas. Todas essas habilidades são
fundamentais para aprender a ler palavras, frases e sentenças simples.
Dependendo da exposição a livros e habilidades naturais, a maioria das
crianças começa a ler aos 6 ou 7 anos de idade. Esses limites são muito
variáveis;
● Nesta conduta incluem as reações de comunicação não verbal (sorriso, riso
alto, choro, apontar, expressões faciais) e verbal (sons guturais, balbucio,
lalação, primeiras palavras, frases, histórias);
● Capacidade de compreender e exprimir sensações e pensamentos.
Desenvolvimento cognitivo:
● Refere-se ao amadurecimento intelectual das crianças. Afeto e educação
apropriados ao lactente e no início da infância são reconhecidos como fatores
críticos para o crescimento cognitivo e a saúde emocional. Por exemplo, a
leitura para a criança, desde cedo, contribui com experiências
intelectualmente estimulantes e propicia um relacionamento educativo
caloroso, o que trará importante impacto sobre o crescimento nesses
domínios. O intelecto das crianças pequenas é avaliado pela observação das
aptidões de linguagem, curiosidade e habilidades de resolver problemas.
Assim que a criança começa a verbalizar, torna-se mais fácil avaliar a função
intelectual utilizando ferramentas clínicas especializadas. No momento em
que a criança vai à escola, ela fica sob monitoramento constante como parte
do processo acadêmico.
● Aos 2 anos, a maioria das crianças entende o conceito de tempo em termos
amplos. Muitas crianças com 2 e 3 anos de idade acreditam que tudo o que
aconteceu no passado aconteceu "ontem", e tudo o que acontecerá no futuro,
acontecerá "amanhã". Uma criança nessa idade tem imaginação fértil, mas
tem dificuldade de distinguir fantasia da realidade.
● Aos 4 anos de idade, a maioria das crianças tem uma compreensão mais
complicada do tempo. Elas percebem que o dia é dividido em manhã, tarde e
noite. Elas podem até mesmo apreciar a mudança das estações.
● Aos 7 anos, as capacidades intelectuais das crianças se tornam mais
complexas. Nesse momento, as crianças são cada vez mais capazes de focalizar
mais de um aspecto de um evento ou situação ao mesmo tempo. Por exemplo,
crianças em idade escolar podem reconhecer que umfrasco alto e estreito
pode armazenar a mesma quantidade de água do que um curto e largo. Elas
podem reconhecer que remédios podem ter um gosto ruim, mas podem
fazê-las se sentir melhor, ou que a mãe pode estar nervosa com elas, mas
mesmo assim, pode amá-las. As crianças são cada vez mais capazes de
entender a perspectiva de outra pessoa e, assim, aprender os fundamentos de
esperar sua vez em jogos ou conversas;
Período neonatal (0 a 28 dias de vida):
● As respostas a estímulos evoluem de reflexos generalizados, envolvendo todo
o corpo para ações voluntárias, definidas pelo córtex. São chamados reflexos
corticais. Essa especialização permite à criança passar de reações simétricas,
involuntárias em respostas ao meio ambiente (gritar, agitar os braços, dar
pontapés), para movimentos assimétricos voluntários, em função de
determinado estímulo.
Essas funções nervosas, ou reflexos, se dividem em três grupos:
1) Manifestações normais durante algum tempo e que desaparecem com a
evolução, somente reaparecendo em condições patológicas: reflexo tônico
cervical e de retificação corporal, ambos desaparecendo com um ou dois
meses de idade: reflexo de Moro, que desaparece em torno de 4-6 meses: e o
sinal de Babinski, que quando bilateral, pode ser normal até 18 meses;
2) Reflexos que existem normalmente, desaparecem com a evolução e
reaparecem como atividades voluntárias: reflexo de preensão, sucção e
marcha, por exemplo;
3) Manifestações que persistem por toda a vida: os vários reflexos profundos e os
reflexos cutâneos abdominais.
Período da primeira infância: lactente (29 dias a 2 anos):
● Na primeira infância, ocorrem as maiores e mais rápidas modificações no
desenvolvimento da criança, principalmente no tocante ao domínio
neuropsicomotor. Em linhas gerais, poderia ser descrito da seguinte forma: o
desenvolvimento cefálico antecede o caudal, e o proximal antecede o distal.
Portanto, os braços passam a obedecer ao controle cortical e à orientação
visual antes que as pernas. Assim, a criança evolui de brincadeiras com as
mãos e a boca para brincadeiras com os pés e a boca o que lhe permite usar
parte de seu próprio corpo como uma experiência de prazer desligada da
necessidade. A criança suga o dedo e as mãos não necessariamente porque
está com fome, mas sim porque isso é gostoso e às vezes lhe acalma;
● Gradativamente, os ritmos de sono, alimentação e excreção vão se
estabelecendo a partir da presença e ausência da mãe (alternância): a mãe que
ora está presente ora não está; ora fala com o bebê, ora se cala; ora lhe oferece
o seio, ora lhe tira, imprime certa coordenação às funções orgânicas do bebê.
Ele começa a aprender a diferenciar o dia da noite e a tolerar melhorar a
distância entre uma mamada e outra. Os intervalos passam a fazer parte da
sua vida;
● A progressão do desenvolvimento vai desde o período em que o bebê está
totalmente dependente até o final de seu primeiro ano de vida, quando o
lactente dá os seus primeiros passos, adquirindo mobilidade e habilidades de
manipulação que lhe permitem explorar a maior parte do meio ambiente. Essa
capacidade neuromotora está a serviço do eu no seu desejo de conhecer e
dominar o ambiente que o rodeia. O mesmo acontece com a aquisição da
linguagem, que se inicia pelas trocas sonoras, ritmadas e prazerosas com sua
mãe e vai evoluindo até a criança poder falar de si mesma e se afirmar dizendo
não, fazendo suas escolhas, conhecendo e agindo no seu pequeno universo.
Dessa forma, aprendem a caminhar, alcançam objetos desejados, se separam
de suas mães, abrem portas e começam a descobrir o mundo.
Infância (2 a 6 anos):
● Período caracterizado pelo aprimoramento das habilidades até então
adquiridas, em especial a capacidade de comunicação, locomoção (andar e
correr com segurança, subir escadas, etc.), manuseio de objetos e jogos
simbólicos;
● É a idade do explorar e do brincar. Embora essas funções tenham certa
autonomia neuromotora, elas não se organizam, dependendo da atividade
centralizadora do psiquismo que possibilita suas articulações numa direção
determinada por cada sujeito. Nessa perspectiva, se essa organização psíquica
falhar, uma criança pode adquirir, por exemplo, a função da marcha, ou seja,
começar a andar, porém não saberá para onde se dirigir, pode começar a falar,
mas não saberá fazer escolhas, falar de si, fazer planos
●
Principais marcos:
Preensão palmar e plantar: flexão dos dedos após pressão na base dos
artelhos podendo ir até os 10 a 11 meses de vida.
Reflexo de sucção: desencadeado pela estimulação dos lábios, gerando
sucção vigorosa.
Preensão dos artelhos:
Reflexo cutâneo-plantar:
Reflexo de Moro: realiza-se uma queda súbita da cabeça da criança,
amparada pela mão do examinador. Isso desencadeia extensão e abdução dos
membros superiores, seguidas de choro. Deve ser sempre simétrico. É
incompleto até o 3º mês e não deve existir após os 6 meses.
Reflexo tônico-cervical: rotação da cabeça para um lado, com extensão dos
membros do lado contralateral e flexão dos membros do lado ipsilateral.
Desaparece até os 3 a 4 meses de vida
Reflexo de Marcha:o bebê inclina o tronco após apoio plantar. As pernas se
cruzam uma à frente da outra. Presente até os 2 meses de vida.
Reflexo de colocação (Placing): desencadeado pelo estímulo tátil do
dorso do pé, segurando o bebê pelas axilas. O pé irá se elevar como se
estivesse subindo uma escada. Também dura até dois meses de vida.
Esclarecer as IVAS e IVAI - -
Características gerais das Infecção das vias aéreas:
● Processo auto-limitado e de caráter benigno;
● Etiologia: 90% viral e 10% bacteriana;
● Duração 2 a 7 dias, resolução em 14 dias;
● Períodos mais sintomáticos coincidem com maior excreção viral (resfriado
3-5º dia);
● Tratamento cuidados gerais, sintomático e reavaliações;
● Ao realizar o exame físico da criança sempre devemos lembrar dos parâmetros
medidas para a frequência respiratório:
● Observar se possui linfonodos cervicais aumentados, recusa alimentar;
dificuldade para deglutir, hidratação distensão abdominal, peso e ausculta se
tem uma diminuição de murmúrios vesiculares, roncos ou até sibilos;
São divididas em:
● Infecções das vias aéreas superiores: Os sintomas ocorrem principalmente no
nariz e garganta. As infecções virais das vias aéreas superiores podem ocorrer
em qualquer idade e incluem o resfriado comum e a gripe.
● Infecções das vias aéreas inferiores: Os sintomas ocorrem na traqueia, vias
aéreas e pulmões. Elas ocorrem com mais frequência em crianças e incluem
crupe, bronquiolite e pneumonia.
Infecções de Vias Aéreas Superiores, 75% dos casos
● As três infecções das IVAS são Rinofaringite aguda (“resfriado”),
Faringoamigdalite aguda (“infecção de garganta”) e Rinosinussite aguda
(“sinusite”);
1) Rinofaringite aguda (resfriado): É causado geralmente por um rinovírus e tem
como sinais coceira no nariz, irritações na garganta, espirros e secreções
nasais. Pode causar febre baixa nas crianças;
É mais comum na infância;
Sintomas:
Cefaléia, mialgia (dor nos músculos), calafrios;
Em lactentes: inquietação, choro fácil, recusa alimentar, vômitos, alteração do
sono e dificuldade respiratória por obstrução nasal;
Diagnóstico:
O diagnóstico de rinofaringite é essencialmente clínico;
O surgimento de um quadro de IVAS de repetição, com sintomas quase que
permanentes nos períodos de inverno e primavera, deve fazer o médico
suspeitar da existência;
2) Faringoamigdalite aguda (infecção de garganta): É uma infecção aguda da
orofaringe, produzida por um estreptococo beta-hemolítico, o
Streptococcus pyogenes. Atinge as regiões das amígdalas e garganta. Os
sinais são inchaço, dor e vermelhidão dos gânglios do pescoço, febre e mau
hálito;
Ocorre mais frequentemente em crianças após os cinco anos de vida;
Sintomas:
Febre alta, dor de garganta, prostração, cefaleia, calafrios, vômitos e dor
abdominal;
Na inspeção da orofaringe, há congestão intensa e aumento de amígdalas,com
presença de exsudato purulento e petéquias no palato;
Diagnóstico:
Aumento significativo das amígdalas, linfonodomegalia cervical dolorosa,
erupção escarlatiniforme e ausência de coriza;
Exame complementar de certeza: exame laboratorial de esfregaço da
orofaringe. Porém, o alto custo ainda dificulta a sua indicação de rotina na
prática médica no Brasil;
3) Rinossinussite aguda (sinusite): É uma complicação viral ou bacteriana que
tem como sintomas secreção nasal, tosse, obstrução nasal, dor de cabeça e
febre;
Os principais agentes bacterianos são o Streptococcus pneumoniae, o
Haemophilus influenzae e a Moraxella catarrhalis
Duração menor de 30 dias
Sintomas:
Pode ser súbito ou lento;
Formas leves: tosse diurna, com piora à noite, febre, halitose, obstrução e
secreção nasal purulenta;
Formas mais graves: manifestações citadas mais intensas, acompanhando-se,
eventualmente, de edema palpebral, cefaléia, desconforto ou dor, prostração;
Diagnóstico:
Diagnóstico clínico: história clínica, associada aos achados de exame físico;
O estudo radiológico de seios da face é raramente necessário;
Exames complementares: hemograma, cultura de secreção nasal. radiografia;
4) Otite média: É uma infecção no ouvido comum em crianças de até seis anos,
que pode causar febre, dor intensa, sinais de desequilíbrio, náuseas e vômitos
e diminuição da audição;
Sintomas:
Otalgia, febre, náuseas, vômitos, diarreia;
Em lactentes: irritabilidade ou ter dificuldade para dormir;
Diagnóstico:
Diagnóstico clínico, baseado na otoscopia e na presença de dor aguda (em 48
horas), abaulamento da membrana timpânica e, particularmente em crianças,
a presença de sinais de efusão da orelha média na otoscopia pneumática;
5) ASMA: Doença crônica do trato respiratório, sendo uma infecção muito
frequente na infância. A crise é causada por uma obstrução, devido a
contração da musculatura lisa, edema da parede brônquica e infiltração de
leucócitos polimorfonucleares, eosinófilos e linfócitos;
Manifesta-se através de crises de broncoespasmo, com dispneia, acessos de
tosse e sibilos presentes à ausculta pulmonar. São episódios autolimitados
podendo ser controlados por medicamentos com retorno normal das funções
na maioria das crianças.
Em metade dos casos, os primeiros sintomas da doença surgem até o terceiro
ano de vida e, em muitos pacientes, desaparecem com a puberdade. Porém a
persistência na idade adulta leva a um agravo da doença.
- Fatores desencadeantes: alérgenos (irritantes alimentares), infecções, agentes
irritantes, poluentes atmosféricos e mudanças climáticas, fatores emocionais,
exercícios e algumas drogas (ácido acetil salicílico e similares);
- É importante que haja:
● estabelecimento de vínculo entre paciente/ família e equipe de saúde;
● controle ambiental, procurando afastar elementos alergênicos;
● higiene alimentar;
● suspensão de alimentos só deverá ocorrer quando existir uma nítida relação
com a sintomatologia apresentada;
● fisioterapia respiratória a fim de melhorar a dinâmica respiratória, corrigir
deformidades torácicas e vícios posturais, aumentando a resistência física.
Infecções de Vias Aéreas Inferiores, 25% dos casos
1) Bronquiolite: infecção dos bronquíolos frequentemente em crianças menores
de dois anos. É causada por diversos tipos de vírus. O mais comum é o vírus
sincicial respiratório (VSR). Os sinais são parecidos com os de resfriado, tais
como nariz escorrendo, tosse leve e febre; [Bronquitete é bacteriana (mais
comum)]
2) Pneumonia: infecção dos pulmões que pode ser causada por vírus e bactérias.
Os sintomas mais comuns nas crianças são tosse persistente, febre (até
38,5ºc) e perda de apetite;
Tipos:
- Pneumonia viral: É uma infecção causada por vírus e que se instala nos
pulmões, podendo afetar a região alvéolos pulmonares. Diversos vírus
respiratórios podem causar um quadro clínico mais grave do que um resfriado
ou gripe. Os mais comuns são influenza, coronavírus, parainfluenza,
adenovírus e vírus sincicial respiratório;
- Pneumonia Bacteriana: É o tipo mais comum da doença. Ela pode ser causada
por bactérias inaladas ou presentes no próprio organismo, em locais como:
● Garganta;
● Boca;
● Nariz;
● Sistema digestivo;
● Pele.
Como já estão instaladas, podem acarretar em uma pneumonia quando a
imunidade cai. Entre os agentes mais frequentes das pneumonias bacterianas,
destacam-se as bactérias que vivem no nosso sistema respiratório.
- Pneumonia química: Diferentemente dos tipos de pneumonia mais conhecida,
essa, não é causada por bactérias ou vírus. Mas sim, pela inalação de
substâncias agressivas ao pulmão, como:
● Agrotóxicos;
● Fumaça, como por exemplo o vapor de cigarros eletrônicos;
● Poluição;
● Produtos químicos em geral.
Essas substâncias vão parar nos pulmões, causando inflamação nas vias
aéreas e nos alvéolos - pequenas estruturas que transportam o oxigênio para o
sangue. Esse tipo de inflamação facilita a ação de bactérias, permitindo que a
doença evolua para uma pneumonia bacteriana sobreposta.
- Pneumonia fúngica: É uma doença causada por fungos. Apesar de ser o tipo
mais raro, tem o potencial de ser bastante agressivo. OCorre com mais
frequência em pessoas imunodeprimidas ou com doenças crônicas, como é o
caso de pacientes oncológicos ou infectados pelo vírus do HIV;
- Pneumonia por aspiração: Partículas minúsculas provenientes da boca
migram frequentemente para as vias aéreas, mas, de um modo geral, são
eliminadas pelos mecanismos normais de defesa antes que possam chegar aos
pulmões e causar inflamação ou infecções. Se essas partículas não forem
eliminadas, podem causar pneumonia
3) Epiglotite: infecção bacteriana ou viral que causa inchaço na epiglote
(cartilagem que orienta o fluxo de ar e de alimentos na garganta), o que pode
ocasionar problemas respiratórios, até a obstrução das vias aéreas. Os sinais
são dor de garganta, febre, cianose e um som característico quando a criança
respira;
4) Laringite: é uma infecção viral que tem como principal sintoma a tosse seca
Apontar as causas do contágio das IVAS e IVAIS - - -
● As pessoas infectadas podem transmitir o vírus por meio da tosse, da fala ou
mesmo da respiração, quando expelem gotículas maiores que eventualmente
se assentam ou aerossóis menores que podem flutuar no ar;
● Muitas vezes, as infecções virais das vias aéreas se propagam quando as mãos
das crianças entram em contato com secreções nasais de uma pessoa
infectada. Essas secreções contêm vírus. Quando a criança toca no nariz ou
nos olhos, os vírus entram e causam nova infecção. Com menor frequência, a
proliferação das infecções ocorre quando a criança respira ar contendo
gotículas expelidas pela tosse ou pelo espirro de uma pessoa infectada.
● Por várias razões, as secreções nasais ou respiratórias de crianças com
infecções virais das vias aéreas contêm mais vírus que as de adultos infectados
(uma quantidade maior de ácido nucleico viral – uma alta carga viral no
nariz). Esse aumento na produção de vírus, juntamente com uma típica menor
atenção à higiene, faz com que as crianças sejam mais propensas a transmitir
a infecção a terceiros. A possibilidade de transmissão aumenta ainda mais
quando muitas crianças estão reunidas, como em creches e escolas. Ao
contrário do que se poderia pensar, outros fatores, tais como ficar exposto ao
frio, se molhar ou se cansar não causam resfriados nem aumentam a
suscetibilidade à infecção.
Medidas Preventivas das IVAS e IVAIS - - -
● Larva sempre as mãos;
● Beber líquido;
● Evitar que o seu filho adquira o hábito de levar a mão à boca ou nariz;
● Evitar lugares pouco ventilados;
● Evitar lugares fechados e aglomerados, como shopping e festas;
● Manter o calendário vacinal adequado;
● Manter uma alimentação saudável, já que dessa forma a criança se manterá
nutrida;
● Evitar trocas de utensílios com outras crianças;
● Manter os níveis de vitamina D adequado: crianças com baixos níveis de
vitamina D que passama tomar suplementos do nutriente podem chegar a
reduzir pela metade o risco de apresentar alguma infecção respiratória,
especialmente nas estações mais frias do ano. Essa é a conclusão de um estudo
feito no Hospital Geral de Massachusetts, da Universidade de Harvard, nos
Estados Unidos, na revista Pediatrics no ano de 2012;
● Lavar o nariz com soro fisiológico;
● Praticar e incentivar a prática de exercício físico regular;
● Descansar e fazer o seu filho descansar o suficiente;
● Não fumar perto das crianças: a inalação passiva de fumo de cigarro aumenta
a frequência e a seriedade das constipações, tosse, infecções de ouvido,
infecções dos seios nasais , laringites e asma;
● Evitar contato próximo com pessoas doentes;
● Quando estiver doente, manter distância das outras pessoas para evitar a
transmissão dos germes;
● Mesmo quando aparentemente saudável, ter cuidado com os “beijinhos e
abraços”!;
● Lavagem das mãos e cuidados com secreções e fômites provenientes do
paciente;
● Prevenção primária: evitar contato de pacientes mais vulneráveis (menores de
3 meses, imunodeprimidos) com pessoas infectantes por esses vírus,
especialmente em escolas e creches;
● Não existe nenhum estudo demonstrando o benefício do uso de vitamina C no
tratamento de IVAS na infância em relação à redução da freqüência ou
gravidade das rinofaringites;
● Vacina para vírus da influenza: não existe uma indicação formal em crianças
hígidas, apesar de que parece reduzir a incidência de otite média aguda.
Mesmo assim, o impacto epidemiológico talvez ainda possa ser pequeno neste
sentido, já que a maioria dos casos de IVAS não são causados por influenza.
Portanto, nesses casos, a indicação é individual. Entretanto, sua indicação é
obrigatória em pacientes com asma, doenças cardiopulmonares crônicas,
hemoglobinopatia, doenças renais ou metabólicas crônicas, doenças que
necessitam de uso contínuo de aspirina ou imunodeficiências.
● Em casos de crianças com IVAS recorrentes que frequentam creche,
resultando em grande morbidade nos períodos de inverno e primavera, deve
ser sempre pesado o risco de permanência com o benefício de retirada da
criança da creche.
O aleitamento reduz os índices de infecções respiratórias e gastrointestinais,
sendo aconselhável o estímulo ao aleitamento exclusivo por , no mínimo, 4
meses, mas preferencialmente por 6 meses; dessa forma, salienta-se o efeito
protetor contra otite média, pneumonia e diarreia, as principais causas de
mortalidade infantil de causa infecciosa em países em desenvolvimento, como
o Brasil. Leite materno exerce efeito protetor pela presença de fator de
crescimento epidérmico que induz a maturação do epitélio intestinal,
imunoglobulina A e oligossacarídeos que previnem a adesão de patógenos,
além da presença de lactoferrina cuja propriedade antimicrobiana induz a
ruptura da membrana bacteriana. O uso de probióticos em crianças com
infecções recorrentes do trato respiratório ainda necessita de estudos para
definir os efeitos de diferentes cepas de probióticos, bem como dose e
momento da suplementação, além do tempo de uso, com potencial de
modificar a frequência e a gravidade de infecções respiratórias. O uso de
probióticos resultou na redução do número e da duração de infecções do trato
respiratório superior, do uso de antibióticos e de falta escolar, embora a
qualidade da evidência tenha sido baixa. Em crianças com infecções de
repetição, independentemente da causa, é importante adequar o esquema de
imunização, conforme idade e recomendações específicas para cada
diagnóstico.
Sibilância - - -
● Os sibilos são causados por um estreitamento das vias respiratórias; A
depender da causa, outros sintomas podem incluir tosse, febre e coriza; O
diagnóstico da causa se baseia em radiografias do tórax e, algumas vezes,
outros exames; O tratamento pode incluir broncodilatadores e
corticosteróides.
● Os sibilos são causados por um estreitamento ou bloqueio (obstrução) das vias
respiratórias. O estreitamento pode ser causado por: Inchaço dos tecidos nas
vias respiratórias; Espasmo dos músculos minúsculos nas paredes das vias
respiratórias (broncoespasmo); Acúmulo de muco nas vias respiratórias
● Episódios recorrentes de sibilos são comuns nos primeiros anos de vida. Até
recentemente, os médicos diagnosticavam estes episódios como sendo asma
porque, assim como a asma, os episódios podiam ser aliviados ao inalar
medicamentos que abrem as vias respiratórias (broncodilatadores) e porque o
desenvolvimento desses sintomas teve início na infância para a maioria dos
adultos que têm asma. No entanto, os médicos atualmente sabem que apenas
alguns bebês e crianças pequenas que apresentam os referidos episódios de
sibilos de fato vêm a ter asma mais tarde na infância ou na adolescência.
● Contudo, na maioria das crianças, os episódios de sibilos param entre os seis e
os dez anos de idade, e os médicos não diagnosticam essas crianças como
tendo asma. Essas crianças têm outros fatores que causam seus episódios
recorrentes de sibilos.
● Causas menos comuns de sibilos recorrentes incluem dificuldade de
deglutição crônica que causa a inalação recorrente de alimentos e líquido para
dentro dos pulmões, refluxo gastroesofágico, um corpo estranho nos pulmões
ou insuficiência cardíaca. Com frequência, a causa dos sibilos recorrentes é
desconhecida.
● Tosse e sibilância são sintomas respiratórios muito comuns em crianças e
podem ser a expressão clínica de uma grande variedade de problemas
localizados nas vias respiratórias. Crianças menores de dois anos de vida e que
manifestam pelo menos três episódios de sibilância, em espaço de seis meses,
são denominados "lactentes sibilantes". Várias podem ser as causas de
sibilância nessa faixa etária e, embora a asma seja a mais comum, deve ser
sempre diagnóstico de exclusão.
● A fisiopatologia da sibilância recorrente ainda não está claramente definida.
Acredita-se que na criança predisposta o contato com vírus respiratórios, o
uso indiscriminado de antibióticos e alta densidade populacional
desencadeiam desequilíbrio no balanço da resposta dos linfócitos Th1 e Th2,
levando ao processo inflamatório nas vias aéreas, onde e observam-se edema
da parede brônquica, secreção de muco e contração da musculatura
peribrônquica. Esses três fatores levam à obstrução ao fluxo aéreo, de grau
variável, responsável pela tosse, sibilos e esforço respiratório, notadamente
expiratório. Cabe ressaltar ainda que as características anatômicas e
funcionais das vias aéreas dos lactentes favorecem o aparecimento de sinais
de esforço respiratório como consequência da obstrução ao fluxo aéreo,
considerando que apresentam:
● Maior resistência nasal;
● Vias aéreas de menor calibre;
● Caixa torácica mais complacente;
● Maior resistência nas vias aéreas periféricas;
● Menor número de poros de Khon e canais de Lambert.
Os lactentes sibilantes apresentam quadro clínico que sugere obstrução das
vias aéreas inferiores, a saber, tosse, que pode ser seca ou secretora,
sibilância e esforço respiratório. Tais manifestações são inespecíficas e têm
intensidade e frequência variáveis na dependência do grau de obstrução ao
fluxo aéreo. Tempo expiratório prolongado, tiragens intercostais ou
subdiafragmáticas também podem ser registradas nas exacerbações ou de
forma persistente nos pacientes mais graves. A ausculta pulmonar pode ser
normal ou exibir sibilos expiratórios ou crepitações.

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