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Filariose linfática

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Filar
iose linfática
Parasitologia
Clínica
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
Filariose linfática 
Características 
gerais 
Apresenta grande n° de espécies; duas das famílias são de importância médica: Onchocercidae e Dracunculidae; 
 
Três espécies parasitam humanos no Brasil: Wuchereria bancrofti, Onchocerca volvulus e Mansonella ozzardi 
(autóctone das Américas; as outras são originárias 
Posição 
taxonômica 
Reino: Animalia; Filo: Aschelminthes; Classe: Nematoda; Ordem: Spirurida; Família: Onchocercidae; Gênero: 
Wuchereria; Espécie: bancrofti 
Epidemiologia Cerca de 112mi/pessoas estão infectadas pela W. bancrofti em pelo menos 80 países 
Áreas de maior concentração de casos: África, Índia, Sudeste Asiático, Oceania 
Presença de C. quinquefasciatus + aglomeração [humana] → manutenção da doença 
Doença de enfoque populacional – + 50% dos filarêmicos são assintomáticos, mas devem ser tratados 
 
Fatores para alta 
prevalência 
Presença do mosquito [fêmea] doméstico C. quinquefasciatus 
Ser humano como única fonte de infecção 
Temperatura [25 – 30°C] e umidade elevadas [80 – 90%] 
Pluviosidade mínima anual de 1.300mm³ 
Altitude baixa 
Tempo de residência na área endêmica 
Taxa de infectividade dos mosquitos vetores 
Localização Machos e fêmeas permanecem juntos e enovelados nos vasos e gânglios linfáticos humanos; 
Regiões que comumente abrigam as formas adultas: pélvica [atinge pernas e escroto]; mamas; braços [raro] 
Microfilárias eliminadas pela fêmea grávida nos ductos linfáticos ganham a circulação sanguínea do hospedeiro 
 
 
Dia → capilares profundos 
 
Noite → sangue periférico [possível coincidência [?] entre o horário 
de atividade do vetor [mosquito] e o transporte das microfilárias 
para o sangue periférico] 
 
Acredita-se que são regulados por fatores químicos e térmicos 
 
M
o
rf
o
lo
g
ia
 
 
Verme adulto macho 
 
Verme adulto fêmea 
 
Morfologia da microfilária de Wuchereria bancrofti. 
a) bainha; b) estilete; c) células subcuticulares; d) anel nervoso; e) 
células somáticas; f) poro excretor; g) célula excretora; h) corpo 
central (reservas nutritivas); i) primórdio genital; j) células 
embrionárias; k) poro anal; l) núcleos caudais bem distintos e 
dispostos em fila simples que não atingem a extremidade posterior. 
 
Larva 
A) Ilustração da larva. 
B) Larva infectante 
saindo da proboscídea 
de Culex 
quinquefasciatus 
Vermes 
Ambos apresentam vestíbulo bucal simples 
[estilete]; corpo longo, delgado de coloração 
branca-leitosa, além de apresentarem cutícula 
lisa; permanecem JUNTOS nos vasos e gânglios 
linfáticos, vivendo de 8 – 10 anos 
Verme 
macho 
Medem 3,5 – 4,0cm comp. X 0,1mm diam.; extremidade posterior 
recurvada [enrolada ventralmente] e anterior afilada; apresentam 
par de espículos 
Verme 
fêmea 
Medem 7 – 10cm comp. X 0,1mm diam.; órgãos sexuais duplicados; a 
vulva se abre na extremidade anterior; extremidade posterior 
retilínea 
Microfilárias Forma embrionária; medem 250 - 300µm comp.; apresentam bainha cuticular lisa [Microfilárias da Onchocerca 
volvulus e Mansonella ozzardi n/ possui bainha] 
*Pode ser observados pontos negros, os quais representam as células subcuticulares e somáticas do parasito 
Larvas Encontradas no inseto vetor; 
L1 [salsichóide – originária da transformação da microfilária ingerida pelo vetor]: 300µm comp; L2: 600 – 900µm 
comp; L3: 1,5 – 2,0mm comp. 
T
ra
n
sm
is
sã
o
 
Picada do inseto vetor [C. quinquefasciatus] e deposição das larvas [L3] na pele lesada; também pode ser transmitido por 
transfusão sanguínea c/ sangue contaminado c/ L3 
Culex 
quinquefasciatus 
[mosquito, pernilongo 
ou carapanã] 
É um mosquito antropofílico transmissor da filariose; apenas as fêmeas são os vetores do parasito – são 
hematófagas –, e realizam a ovipostura em água estagnada poluída c/matéria orgânica em decomposição 
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
C
ic
lo
 e
vo
lu
ti
vo
 n
o
 v
e
to
r 
 
Ciclo evolutivo da filária no mosquito (Culex quinquefasciatus. 
1) microfilária embainhada ingerida pelo inseto; 2) microfilária que já perdeu a bainha e passou do estômago para a hemolinfa; 3 e 4) formas 
salsichóides localizadas nos músculos torácicos do mosquito; 5) L2; 6) L3 [infectante] na proboscídea do inseto vetor. 
Ciclo biológico 
 
NO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO; fêmea do mosquito vetor suga o sangue do hospedeiro humano infectado → 
ingestão de microfilárias → estômago do mosquito; as microfilárias perdem a bainha → parede do estômago → cavidade 
geral; alojam-se nos músculos torácicos → L1 → 6 – 10 dias; L1 vira L2 → 10 – 15 dias; L2 vira L3 [INFECTANTE] → migração 
pelo inseto; proboscídea [aparelho picador] → lábios do inseto → fêmea do vetor contaminada c/ L3 exerce o 
hematofagismo no HOSPEDEIRO definitivo [humano], picando a pele → as larvas deixam o lábio e penetram no orifício 
da picada [ESTAS SÃO DEPOSITADAS, NÃO INOCULADAS] → vasos sanguíneos → sistema linfático → L3 se transforma 
em verme adulto → reprodução → liberação das microfilárias → sangue do hospedeiro 
P
a
to
g
ê
n
e
se
 
Período pré-patente [penetração da L3 até o encontro das microfilárias c/ o sangue]: 7 – 9 meses 
A presença pode ser assintomática; em complicações obstrutivas pode causar linfadenites, elefantíase e pneumonia eosinofílica 
 
Assintomática Não apresenta sintomatologia aparente; linfangiectasia subclínica c/ danos nos vasos linfáticos 
ou sistema renal [hematúria] – podem apresentar ALTA MICROFILAREMIA 
Manifestações agudas Linfangite retrógrada aguda principalmente nos membros; linfadenite associada à febre e 
mal-estar, além de dor na região inguinal e axilar; ↓ eosinofilia [4 – 5%] 
Manifestações crônicas [5 – 20%] Linfedema, ascite, hidrocele [acúmulo de líquido na túnica vaginal ou testicular – podem 
apresentar microfilárias no sangue periférico e no fluído do saco escrotal], quiluria [urina c/ 
aspecto leitoso] e elefantíase [pode resultar da progressão da hidrocele] – podem NÃO 
apresentar microfilaremia periférica ou é MUITO reduzida 
Eosinofilia pulmonar tropical Resposta imune/inflamatória 
Complicações Infecções bacterianas [Wolbachia] e fúngicas; CRONIFICAM o processo 
A
çã
o
 
Ação mecânica Presença de vermes adultos nos vasos linfáticos; estase linfática c/ linfangiectasia; 
derramamento linfático [linforragia] → formação de edemas linfáticos [membros]; ascite 
linfática [abdome]; linfocele/hidrocele [túnica escrotal]; linfúria/quiluria [vias urinárias] 
Ação irritativa Presença dos vermes adultos dentro dos vasos linfáticos, bem como subprodutos do 
metabolismo e antígenos parasitários; linfangite retrógrada; linfadenite; urticária e edemas 
extrafocais; 
Eosinofilia pulmonar tropical [EPT; hiper-resposta imunológica e Ags filariais →  IgE e IgG e 
hiper-eosinofilia c/ características morfológicas de células ativadas +  n° de macrófagos 
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
infiltrados nos espaços alveolares e interstício → aparecimento de abcessos eosinofílicos c/ 
microfilárias → fibrose intersticial crônica nos pulmões [asma brônquica, tosse, falta de ar] 
 
Mecânica + Irritativa sequência de eventos na elefantíase: linfangite [inflamação dos VASOS linfáticos] → 
linfadenite [inflamação dos GANGLIOS linfáticos] → linfangiectasia [DILATAÇAO dos vasos 
linfáticos] → linforragia [extravasamento de linfa] → linfedemia [acúmulo de linfa] → esclerose 
da derme [alterações na ESPESSURA e CONSISTENCIA da pele] → hipertrofia da epiderme 
[maior espessamento da pele] → aumento do órgão afetado [princip. pernas, escroto e mamas] 
– ELEFANTÍASE – inflamação e fibrose do órgão atingido 
O sistema 
linfático 
humano 
 
Lesões 
 
Síndromes de disfunção linfática crônicas. 
A) Edema linfático de membro inferior. 
B) Elefantíase da perna direita. 
C-D) Elefantíase do membro inferior com presença de lesões verrucosas. 
E)Hidrocele. 
F) Elefantíase escrotal. 
G) Aspecto da urina quilosa (esquerda) e normal (direita). 
H) Erisipela provocada por infecção bacteriana. 
 
Síndromes de disfunção linfática agudas. 
A) Linfangite filarial aguda no braço direito. 
B) Adenite inguinal e hidrocele. 
D
ia
g
n
ó
st
ic
o
 
Clínico Diagnóstico inespecífico; sugestivo c/ aparecimento de edemas localizados ou eosinofilia c/ manifestação 
pulmonar [microfilaremia +  IgE] 
Em áreas endêmicas, pacientes c/ febre recorrente, linfangite e linfedema indicam filariose 
Alterações pulmonares, eosinofilia sanguínea, níveis elevados de IgG no soro indicam eosinofilia pulmonar tropical 
Laboratorial Métodos 
diretos 
Pesquisa de microfilárias no sangue periférico [técnica da gota espessa; realizada entre 22 – 24h; são 
colocadas de 4 a 5 gotas de sangue espalhadas de forma homogênea → após 10 – 15h do preparo da lamina, 
realiza-se a desemoglobinização → mergulhar em água destilada p/ descorar as hemácias → coloração e 
verificação em microscopia p/ microfilárias]] seguida de coloração por Giemsa, Leishman ou Wright; na 
urina [quiluria e hematúria] e líquidos [hidrocele] – o material obtido nesses métodos deve ser 
analisado usando técnicas de concentração 
*NÃO SÃO IDENTIFICADOS C/ PARASITOLÓGICO DE FEZES 
 
Confecção da gota espessa não mensurada, utilizando sangue capilar, obtido a partir da punção da região 
lateral do dedo anular para pesquisa de microfilária. 
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
Método 1 – preparo de gota espessa (única). Método 2 – Preparo de gota espessa e distendida; a gota espessa utiliza 
maior quantidade de sangue por campo analisado, sendo assim, é mais sensível que a gota distendida 
 
 
Pesquisa de microfilária no sangue periférico 
 
Métodos 
indiretos 
ELISA [pesquisa de antígenos circulantes usando a técnica imunoenzimática – semiquantitativa]; 
ICT [imunocromatografia –  especificidade]; pesquisa de DNA [PCR]; pesquisa em vermes adultos 
[ultrassonografia; biópsia]; linfocintigrafia [avalia a circulação linfática, revela alterações morfológicas 
dos vasos, pacientes c/ linfedemia – NÃO permite diagnostico etiológico] 
Tratamento Medidas 
medicamentosas 
Citrato de dietilcarbamazina [DEC; age em microfilárias e vermes adultos]; DEC + 
ivermectina [Albendazol] + sal de cozinha [coadjuvante] 
Medidas cirúrgicas Remoção dos parasitos; recuperação da área lesionada 
Tratamento p/ 
linfedemia 
Higiene local; antibióticos e antifúngicos tópicos [quando necessário]; fisioterapia ativa; 
drenagem postural; uso de meias elásticas; uso de compressas frias 
Profilaxia *Não existe medicamento profilático; deve-se evitar contato humano-vetor, cujo controle tem como base 3 princípios: 
tratamento de todas as pessoas parasitadas; combate ao inseto vetor; melhoria sanitária

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