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Sistema de Matrizes e Cunhas - Dentística

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Para que servem? 
 Em cavidades em superfícies proximais, na 
presença do dente adjacente é necessário um suporte 
artificial temporário para o material restaurador, até que 
ele tome presa, para que ele não escoa e invada o espaço 
interproximal e as ameias vestibular e lingual. 
 
 fita de material metálico ou plástico que 
funciona como uma fôrma, dentro da qual a restauração 
será realizada. Para que ela permaneça na posição 
desejada são usados os porta-matrizes. 
 
 peça de madeira ou de plástico com secção 
piramidal que pode ser inserida no espaço interproximal 
para estabilizar a matriz, pois exerce uma pressão entre 
os dentes. 
Objetivos: 
 Permitir inserção e condensação do material 
restaurador dentro da cavidade 
 Confinar o material ainda plástico na cavidade até 
que ele endureça 
 Permitir reconstrução anatomofisiológica do dente 
 Permitir restituição do espaço interproximal 
 Permitir escultura 
 Impedir extravasamento de material para a região 
cervical (excessos e placa bacteriana) 
 Auxiliar isolamento do dente preparado, pois ajuda 
a manter o dique de borracha e afasta a gengiva 
 Cavidades classe II, III e IV, classe I composta e 
ocasionalmente classe V. 
MATRIZES 
- Uma boa matriz deve ser: 
 Delgada, para não ocupar muito espaço 
 Resistente às pressões aplicadas 
 Flexível, para se adaptar ao contorno dental 
 Lisa, para adequar a superfície da restauração 
 Rígida, para não deformar com o uso 
 Compatível com o material restaurador 
 
- São classificadas quanto ao: 
 Envolvimento da coroa 
 - Circunferenciais – envolvem todas as faces 
 - Parciais – seccionais, envolvem apenas 1 face 
 Material restaurador utilizado: 
 - Para amálgama de prata 
 - Para material estético (resina composta ou CIV) 
 
 Sistema de uso: 
 - Universais – usadas em diversas situações 
 - Individuais – específica para cada situação 
 Material que é feito: 
 - Metálicas – para dentes posteriores 
 - Plásticas – dentes anteriores e posteriores 
 
MATRIZES METÁLICAS 
- Usadas em dentes posteriores, para restauração de 
amálgama ou de resina composta (o fotopolimerizador 
pode ser aplicado na oclusal). Sua espessura é 
compensada pelo uso da cunha (que afasta os dentes) 
 Matriz metálica circunferencial: 
- Fitas planas com 0,03 ou 0,05 mm de espessura, com 
5 mm (coroas curtas) e 7 mm (coroas longas). Precisam 
ser recortadas do tamanho certo para envolver a coroa e 
ser fixadas no porta-matriz. 
- Forma de bumerangue, matrizes de Tofflemire, com 
7cm de comprimento e largura variável (para cada 
coroa), podem ter projeções para se adaptar a paredes 
gengivais muito cervicais. 
- Algumas tem sistema de fixação integrada (dispensa 
porta-matriz), indicada para dentes que receber grampo 
de isolamento. 
 Matriz metálica seccional: 
- Envolvem apenas 1 face. Indicadas para preparos de 
classe II. Podem ser preparadas manualmente (brunindo 
uma tira matriz, e utilizada com cunha e godiva) ou 
então vem prontas para o uso. 
- As prontas para uso tem tamanhos e formas diferentes, 
para melhor adaptação. Tem uma face côncava, que 
deve ser voltada para a cavidade, e uma convexa, 
voltada para o dente adjacente. Em seguida utiliza-se a 
cunha e com uma pinça porta-grampo um anel de 
afastamento é usado para adaptar as bordas ao dente 
(impede extravasamento e afasta o dente). 
 Matriz metálica cervical: 
- Para restauralçoes cervicais com materiais de presa 
química (CIV). Pouco utilizadas (preferência por 
materiais fotopolimerizáveis). 
 
MATRIZES PLÁSTICAS 
- São feitas de poliéster ou policarbonato, podem ser 
retas ou pré-contornadas, circunferencias ou seccionais. 
- Permitem a passagem de luz, então pode ser usado 
resina composta (fotopolimerizável). Sempre usadas 
em dentes anteriores e podem ser usadas em posteriores. 
Nunca devem ser usadas para amálgama (não resistem 
às forças de condensação). 
Dentística – UNESP 
ODONTOLOGIA RESTAURADORA – Estética e Funcional (Profº Carlos Rocha Gomes Torres) 
Capítulo 8 – Sistema de Matrizes e Cunhas 
Matriz: 
Cunha: 
 Matriz plástica circunferencial: 
- A tira reta de poliéster, uma fita plana e transparente, 
é a mais utilizada. Apesar de não ter a curvatura pode 
ser usada com cunha e uma técnica restauradora correta. 
Em dentes posteriores não pode ser usado com o porta-
matriz (face proximal fica plana, incompatível). 
- Para dentes posteriores foram fabricadas as tiras pré-
contornadas, que precisam do porta-matriz ou de um 
sistema de fixação integrado. 
- Uso reduzido pois são mais espessas, difíceis de 
posicionar e não podem ser brunidas. 
 Matrizes plásticas especiais: 
- Algumas possuem o formato específico da superfície 
dental desejada. Utilizadas para reconstruir ou 
reanatomizar a coroa dental, facilitanto a escultura. 
- Também tem a matriz cervical, indicada para uso de 
resina composta ou CIV modificado por resina. 
 
PORTA-MATRIZ 
- Dispositivo mecanico que segura a matriz em 
posição e ajusta ao redor do dente, ajustando o 
contorno correto, o que impede extravasamento 
de material para as ameias L e V. 
- O mais comum é o de Tofflemire, que possui 
2 angulações: o que tem fendas em 90º é 
indicado para ser colocado na face vestibular 
.dos dentes, e o inclinado para ser colocada na 
. lingual ou quando o preparo é vestibular. 
 - Pode ser removido de posição antes da retirada 
. da matriz, evitando fratura da restauração. 
 
CUNHAS 
- Peças de madeira, plástico ou material elástico, 
introduzidas no espaço interproximal, entre a matriz e 
o dente adjacente, sobre a papila gengival, para garantir 
a restauração correta do dente. Suas funções são: 
 Estabilizar a matriz 
 Reestabelecer o cotorno adequado da face perdida 
(aproxima a matriz ao dente na região cervical da 
superfície proximal) 
 Impede extravasamento de material na cervical 
 Ajuda a retrair o dique de borracha e a papila 
 Separa os dentes adjacentes para compensar a 
espessura da tira-matriz 
- Cunhas de material rígido tem a forma 
do espaço interproximal, uma pirâmide 
com o ápice no ponto de contato e a base 
no tecido gengival, ou seja, anatômicas. 
- Devem ser inseridas pela ameia lingual (exceto entre 
o 1º e 2º molar superior) com uma pinça mosquito (de 
preferencia de ponta curva). 
 De preferência usar com isolamento absoluto, pois 
pode cair na cavidade bucal e ser aspirada ou deglutida. 
CUNHA DE MADEIRA 
- Tem a vantagem de absorver pouca água 
e se expandir quando é umedecida, se 
adaptando melhor no espaço 
interproximal. É comercializada no 
formato anatômico, piramidal, ou seja, 
pré-acabada, ou no formato de pente, para ser lixada 
de acordo com a necessidade (com convergência para a 
ponta, sendo que esta ponta não pode ser muito fina, 
pois não afastaria os dentes e quebraria, nem muito 
curta, pois não penetraria todo o espaço). 
 
CUNHA DE PLÁSTICO 
- Cunhas plásticas podem ter o formato 
similar as de madeira (secção piramidal) ou 
ter, além da secção piramidal, uma curvatura, 
que segue o contorno da crista óssea. Tem várias 
espessuras, dependendo do tamanho do espaço. 
 
CUNHA ELÁSTICA 
- Cunhas elásticas possuem uma melhor adaptação às 
superfícies proximais, para posicionar corretamente a 
matriz e a separação dental. Devem ser distendidas com 
a pinça porta-grampos e então levadas à posição. 
Apresenta diversas espessuras. Tem orifícios na região 
central para (quando distendida) sejam finas o suficiente 
para colocação na região cervical. Para remoção, deve 
ser puxado um lado com a pinça e então corta-se a 
região central. 
 
Erros no uso da cunha 
 Inserir invertida no espaço interproximal: deforma 
a matriz, deixando o contorno proximal côncavo, 
além
de não selar a margem gengival, causando 
extravasamento e excesso de material, que resultam 
em placa bacteriana, inflamação gengival e cáries 
secundárias. 
 Posicionar acima do ângulo cavossuperficial 
gengival: impede que a cunha afaste os dentes, 
deforma a matriz e o contorno proximal da futura 
restauração e permite extravasamento do material. 
 Cunha com aresta muito larga: deixa o contorno 
proximal da restauração concâvo. 
 Cunha muito alta e com aresta muito larga: matriz 
fica afastada da superfície proximal do dente 
adjacente e um contato aberto pode ocorrer. 
 Cunha menor que a necessária: fica “frouxa” entre 
os dentes, não os afasta e permite extravasamento 
de material na margem gengival. 
 Lençol de borracha dentro da cavidade após 
colocação da matriz e cunha: o espaço ocupado 
ficará vazio, permitindo acumulo de placa 
bacteriana, sensibilidade e cáries secundárias. 
 
MATRIZES INDIVIDUAIS 
- Matrizes especiais preparadas manualmente, para que 
a reconstrução possa ser realizada corretamente. 
 
MATRIZ REBITADA ou SOLDADA 
- Recorta-se uma tira, que é 
colocada em posição e tem 
sua circunferência marcada, 
em seguida a matriz é fixada 
com um alicate para rebite 
ou solda. Usadas em: 
 Dentes que receberão grampo de isolamento 
 Contato do porta-matriz com o grampo impede a 
adaptação cervical da matriz 
 Cavidades amplas, onde a tensão exercida pelo 
porta-matriz faz com que a tira penetre a cavidade 
 
MATRIZ FENESTRADA 
- A matriz é colocada no dente com o porta-matriz do 
lado contrário ao que será restaurado, em seguida abre-
se uma “janela” no local da cavidade, com dimensões 
menores. Usadas no caso de: 
 Preparos de classe V extenso 
 
 
 
 
 
 
MATRIZ DE BARTON 
- Além da matriz, coloca-se um pedaço de tira matriz na 
região da caixa (V ou L) a ser restaurada, então se força 
essa tira em direção a superfície do dente com uma 
cunha. Essa técnica é indicada para: 
 Preparos de classe I composta 
 
 
 
 
 
 
MATRIZ EM T 
- Pode ser comprada ou feita manualmente. Sua 
utilização é a mesma que a da matriz rebitada/soldada.

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