Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 7 BRADIARRITMIAS Bradiarritmia = FC < 50bpm. Podem acontecer por alterações patológicas em alguns pontos do sistema de condução elétrica: · Dentro do nó sinusal · Dentro do nó AV · Dentro do feixe de His e seus ramos = mas não causam bradiarritmias IMPORTANTE · Existe um “sistema de segurança” que assume o comando caso a estrutura com maior frequência de disparo falhe! · Ou seja, se o Nó sinusal parar, não quer dizer que o paciente vá entrar em assistolia, porque esse sistema de segurança, que é crânio caudal, faz com que alguém abaixo do nó sinusal assuma o comando. · Nó sinusal foco atrial foco juncional foco ventricular = mas quanto mais baixo, menor a FC · Qualquer bradiarritmia com repercussão hemodinâmica (alteração de consciência, hipotensão, PCR) será tratada com MARCAPASSO · Quanto mais inferior no sistema de condução for o acometimento, maior a repercussão clínica · Envelhecimento do sistema de condução (doença de Lev-Lenegre) e o uso de determinadas drogas (BB, BCC não hidropiridínicos, digitálicos) são os principais mecanismos fisiopatológicos das bradiarritmias de maior importância clínica. Bradicardia sinusal · Tem todas as características do ritmo sinusal, mas a FC < 50 bpm. · Não é doença, pode ser uma característica individual de cada pessoa. · Uso de drogas cronotrópicas negativas (BB, BCC, digitálicos e antiarrítmicos) · Cronotropismo = FC · Bromotropismo = velocidade de condução · Inotropismo = força de contração · Condicionamento físico Parada sinusal · Até 2s é normal · > 2s é patológico (>10 quadrados) · O tempo da pausa NÃO É múltiplo do tempo de disparo habitual. É um tempo aleatório. · O nó sinusal nem produz o estímulo elétrico · > 3s cursa com sintomas (síncope) Bloqueio sinoatrial · O tempo de parada é 2x o tempo entre as sístoles normais, ou seja, o nó sinusal gerou um estímulo elétrico, mas não saiu dele e não foi conduzido · Pausa sem estímulo é múltipla dos Ps anteriores, do tempo de disparo habitual · Não há debito entre as sístoles Bloqueio atrioventricular de 1º grau · Distância PR deve ser de no máximo de 5 quadradinhos (0,20s) há o aumento desse intervalo · É um atraso na condução atrioventricular. Não é um bloqueio propriamente dito, pois todo o estímulo produzido chega ao ventrículo, só é atrasado. · Para cada P, tem um QRS · Tem acometimento mais cranial = melhor “prognóstico” · Causas principais: doença degenerativa ou manifestação transitória de miocardite ou intoxicação por medicamentos Bloqueio atrioventricular de 2º grau – Mobitz I (Wenckebach) · Cursa depois com mais de uma onda P para cada QRS = não pode ser mais 1º grau · PR aumentado progressivamente, até ocorrer o bloqueio Tem um supra de ST na parede inferior (AVL e AVF) = parede inferior é irrigada pela coronária direita, que pode dar ramos para o nó AV e nó sinusal. Então se a obstrução está acima da emergência desses ramos, além da doença isquêmica, podemos ter bloqueios, que são temporários e intermitentes. Bloqueio atrioventricular de 2 º grau – Mobitz tipo II · Sem aviso prévio uma onda P não foi conduzida · Nessa imagem abaixo, tipo 2:1 = duas ondas P para cada QRS · Não há alargamento do intervalo PR · Se a relação P/QRS > 2:1 = bloqueio avançado · E quanto maior, mais sintoma Bloqueio atrioventricular de 3º grau (total) · Nó sinusal está criando o estímulo elétrico e despolarizando o átrio (tem onda P), mas não está existindo nenhuma relação temporal entre a chegada da onda P e a sístole ventricular, pois existe um bloqueio completo · QRS estreito (< 1,2s)= supra hissiano · O átrio trabalha em maior frequencia que o ventrículo, o qual ficou esperando o estímulo do átrio que não chegou nó AV dispara por conta própria = QRS estreito · Pode dar atropina = vai bloquear o sistema colinérgico = prevalece o simpático = aumento de disparo do nó AV. · Se funcionar = supra hissiano QRS estreito = supra hissiano QRS > 3 quadradinhos = infra hissiano Para entender arritmia: Atropina tem meia vida curta = ação fugaz.
Compartilhar