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Colaborar - Aa1 - Pensamento Científico

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AULA ATIVIDADE TUTOR 
 
 
 
 
 
 
AULA 
ATIVIDADE 
TUTOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA ATIVIDADE TUTOR 
 
 
Disciplina: Pensamento Científico 
Teleaula: 01 
 
Título: Os diferentes tipos de conhecimento 
 
Objetivo da atividade: 
A aula atividade tem a finalidade de promover o auto estudo das competências e conteúdos 
relacionados à Unidade de Ensino 1: Pensando Ciência: Qual a diferença entre o senso comum e o 
conhecimento científico? 
 
Caro(a) tutor(a), 
Seguem as orientações indicadas para realização da aula atividade. 
Por favor, oriente os(as) alunos(as) a realizar as atividades propostas de acordo com o estabelecido 
a seguir. 
Em grupos, sob a sua orientação e com o auxílio do professor no Chat de Atividades, os alunos 
deverão proceder à leitura dos materiais de apoio e, em seguida, analisar e debater a proposta. 
Promova a participação dos(as) alunos(as) e a interatividade no Chat Atividade. 
Bons estudos! 
 
Caro(a) aluno(a), 
 
Siga todas as orientações indicadas e conte sempre com a mediação do seu tutor e a interatividade 
com o professor no Chat Atividade. 
 
AULA ATIVIDADE TUTOR 
 
 
 
Orientações: 
Para esta atividade, analisaremos os diferentes tipos de conhecimentos que estão presentes em 
nossa realidade social e as características com que se reproduzem. É bem provável que questões 
abrangentes já tenham perpassado sobre os tipos existentes de conhecimento: De onde viemos? 
Para onde vamos após a morte? Por que estamos aqui? E o modo como cada conhecimento trata 
sobre essas e outras questões é diferente. 
O senso comum, também chamado de saber popular ou conhecimento vulgar corresponde as 
opiniões das pessoas. O senso comum é um tipo de conhecimento que pode ser definido como um 
conhecimento comum a todos, corresponde a uma forma de raciocinar, entender e pensar sobre algo 
na qual pessoas de determinados agrupamentos sociais fazem da mesma forma. Trata-se de um 
conhecimento que não exige nenhum tipo de exercício crítico na verificação de seu conteúdo, não 
envolvendo nenhum tipo de verificação experimental. O senso comum é transmitido culturalmente, 
de gerações a gerações, muitas vezes preservando mitos que eram aceitos em determinada 
época. Como vimos, o senso comum não é suficiente para explicar a realidade, exatamente por 
preservar em seu núcleo ensinamentos que podem ser falsos ou simplesmente mitos. 
O conhecimento religioso exige um elemento-chave para alcançá-lo, ao menos da forma como 
defenderam diversos pensadores da Idade Média, que é a iluminação religiosa como método para 
conhecer a verdade ou a Deus. Essa iluminação religiosa seria como um sentimento de vislumbre por 
uma paisagem maravilhosa em sua experiência pessoal, de acordo com o que estudamos. É como um 
sentimento de inspiração e encantamento com algo notoriamente belo, diante do qual uma pessoa 
não encontra palavras para expressar tal sensação. O conhecimento filosófico produzido durante a 
Idade Média foi marcado pelo encontro entre a Filosofia grega e os princípios do cristianismo. Isso 
resultou numa nova visão sobre diversos temas filosóficos, entre os quais, o conhecimento. As bases 
do pensamento cristão se relacionam com a disseminação do cristianismo em diversos territórios. 
Durante este contexto histórico, foi marcante as influências dos filósofos medievais Santo Agostinho 
e São Tomás de Aquino. Como também vimos, o conhecimento religioso pode se enriquecer do 
AULA ATIVIDADE TUTOR 
 
 
conhecimento vulgar, especialmente das tradições culturais e religiosas cultivadas ao longo do 
tempo. 
O conhecimento filosófico é bastante amplo, abarcando diversos posicionamentos ao longo da 
história da filosofia, desde a antiguidade, passando pela idade média e a modernidade até chegar aos 
dias atuais. O conhecimento filosófico parte de outra perspectiva, ou seja, seu significado 
corresponde à realidade e não questionar de forma desconexa, mas sim ir além do óbvio, sem dar 
uma resposta antecipada sobre o que se vê no primeiro plano. Entende-se, nessa perspectiva, uma 
atitude filosófica, de acordo com o que denominou a filósofa Marilena Chauí. Como vimos, o 
conhecimento filosófico também pode incluir o religioso, uma vez que a base de todo conhecimento 
são os pressupostos filosóficos. Noções de verdade, intuição, dedução, cognoscibilidade, crença, 
realidade, fenômeno, utilidade e outras são conceitos filosóficos indispensáveis em qualquer tipo de 
conhecimento. Acerca da epistemologia (teoria do conhecimento) as mudanças propostas no século 
XVII em relação aos métodos de produção do conhecimento geraram longos debates sore os seus 
verdadeiros fundamentos, o que levou ao surgimento de “novos” paradigmas filosóficos: o 
racionalismo, que concede prioridade à razão na apreensão da realidade, por meio de deias inatas, 
ou seja, nesta perspectiva pressupõe-se que o conhecimento já é derivado da mente do sujeito, 
independentemente de qualquer experiência empírica; e, o empirismo, que concede prioridade à 
experiência na apreensão da realidade, por meio de impressões dos sentidos, em outras palavras, 
pressupõe a cognoscibilidade dos fenômenos com base nas experiências sensíveis do sujeito. 
O conhecimento científico é um tipo de conhecimento sui generis, ou seja, uma classe de 
conhecimento único em sua forma. Esse tipo de conhecimento levou séculos para que fosse 
desenvolvido e teve a participação de diversos filósofos ao longo da história. O conhecimento 
científico possui em seu aspecto central a revisão constante de hipóteses e teorias científicas, sempre 
submetendo à prova conjecturas e, mais ainda, proporcionando a melhor representação da realidade 
em todos os seus níveis (físico, químico, biológico, psicológico, social, artificial, etc.). 
A proposta para esta aula atividade, consiste na observação e reflexão sobre os diferentes tipos de 
conhecimento. 
AULA ATIVIDADE TUTOR 
 
 
Como sugestões de leituras, recomendamos que façam a leitura do fragmento de texto Produção e 
divulgação de conhecimentos científicos em tempos de pandemia da COVID-19 de Roberto M. Cruz, 
Jairo E. Borges-Andrade, Alexandro L. de Andrade, Daniela C. B. Moscon, João Viseu, Marcos R. D. 
Micheletto, Nádia Kienen, Germano G. L. Esteves, Paola B. Delben, Maria N. de Carvalho-Freitas, 
disponibilizado logo abaixo. Você também pode acessar o texto na íntegra, a partir do link a seguir: 
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpot/v21n1/v21n1a01.pdf. Acesso: mar. 2022. 
 
Considerando os conhecimentos sobre o tema e a partir dessas informações, analise e responda os 
questionamentos a seguir: 
1) Comente sobre as características dos diferentes tipos de conhecimento: senso comum, 
religioso, filosófico e científico. Para facilitar a organização desta dinâmica, dialoguem entre 
si e escrevam no quadro os diferentes tipos de conhecimento, buscando contemplar para 
cada um deles os seguintes questionamentos: Qual a origem? Como se reproduz? Exemplos 
de como está presente em nossa realidade. 
2) Comente sobre as particularidades do conhecimento científico e reflita sobre o que torna o 
conhecimento científico confiável. 
 
1) Espera-se que os discentes possam refletir sobre as características dos diferentes tipos de 
conhecimento, contemplando-as a partir das informações sobre origem, reprodução e 
exemplos do nosso cotidiano sobre cada tipo de conhecimento. O conhecimento vulgar, 
também chamado de senso comum ou saber popular. Etimologicamente: refere-se ao 
conceito aristotélico de doxa, ou opinião e possui as seguintes características: i) tipo de 
conhecimento que não quer nenhum tipo de exercício crítico; ii) não envolve nenhum tipo 
de verificação experimental; iii) geralmente, é transmitido culturalmente, de gerações a 
gerações, muitas vezes preservando mitos que eram aceitos em determinadas épocas; iv) 
exemplos: Chinelo virado com a sola pra cima trazazar; Trevo de quatro folhas traz sorte; 
AULA ATIVIDADE TUTOR 
 
 
v) alguns ensinamentos transmitidos pelo conhecimento vulgar possam ser verdadeiros 
(Mão no fogo; não entrar numa lagoa se não souber nadar). O conhecimento vulgar também 
pode se enriquecer do conhecimento científico com a popularização do entendimento 
científico (ex.: as carnes mais bem preservados quando congelados). Entretanto, o 
conhecimento vulgar não é suficiente para explicar a realidade, por preservar ensinamentos 
que podem ser falsos ou simplesmente mitos. O conhecimento religioso pode se enriquecer 
do conhecimento vulgar (tradições culturais e religiosas cultivadas ao longo do tempo). O 
elemento chave do conhecimento religiosos é a iluminação religiosa (sentimento de 
vislumbre ‘por uma paisagem maravilhosa’, segundo o cientista Francis Collins). Destaca-se 
a subjetividade envolvida durante a iluminação religiosa. Outro método cultivado na 
construção do conhecimento religioso: hermenêutica (filosofia subjetivista, segundo o 
filósofo argentino Mario Bunge), no qual depende da interpretação do autor. A 
hermenêutica não exige a investigação empírica da realidade. E são muitos os desafios 
lançados na validade deste tipo de conhecimento. O conhecimento filosófico é bastante 
amplo e abrangente. Conceitos filosóficos (indispensáveis em qualquer tipo de 
conhecimento): verdade, intuição, dedução, cognoscibilidade (o que pode ser conhecido 
pelo sujeito cognoscente), crença, realidade, fenômeno, utilidade, etc. Na teoria do 
conhecimento, muito se debateu sobre o racionalismo e o empirismo. O conhecimento 
empírico tem como base as experiências sensíveis do sujeito e os filósofos empiristas (David 
Hume e John Locke) defendiam que a fonte do conhecimento derivava dos dados sensíveis. 
O conhecimento racionalista afirma que o conhecimento é derivado da mente do sujeito. 
Segundo o filósofo René Descartes, o conhecimento eterno ou matemático poderia ser 
alcançado pelo simples uso da razão, sem a necessidade de qualquer experiência empírica. 
A tentativa de junção dos dois tipos de conhecimento foi feita pelo filósofo Immanuel Kant 
(o método racioempirista), cujo objetivo consistia em tomar os elementos que considerava 
verdadeiros do empirismo e do racionalismo. O incômodo de Kant, é que se apropriou de 
elementos problemáticos de ambos os conhecimentos empírico e racionalista, não levando 
em consideração a própria ciência da época na elaboração de sua filosofia. O filósofo Mario 
Brunge, no século XX, também procurou unificar o empirismo com o racionalismo, 
AULA ATIVIDADE TUTOR 
 
 
resgatando o conceito de racioempirismo, mas se desvinculando das posições kantianas. O 
conhecimento científico é único em sua forma e levou tempo a ser desenvolvido e teve a 
participação de diversos filósofos ao longo da história: Ibn al-Haytham, que aplicou 
métodos empíricos de investigação para estudar a ótica; Robert Grosseteste, tem 
importância no desenvolvimento das bases do método científico, e outros filósofos 
notoriamente conhecidos: Francis Bacon, Galileu Galilei, David Hume, René Descartes. 
Francis Bacon advogava pela noção do conhecimento intuitivo com base em observações 
particulares, em que era possível realizar generalizações. Galileu Galilei aplicou o método 
científico para a investigação de objetos celestes, indo além do que os empiristas 
defendiam, ao usar o raciocínio abstrato, a imaginação e a instrumentalização adequada 
para ultrapassar as experiências sensíveis. David Hume limitava-se a propor um método 
atrelado à percepção, de modo que fôssemos levar ao pé da letra sua posição, não seria 
possível algo como biologia molecular, cosmologia e principalmente mecânica quântica, já 
que essas disciplinas transcendem a pura percepção do investigador científico. René 
Descartes conciliou o ceticismo metodológico (também defendido por Hume), sendo esta a 
posição em que nos permite duvidar de certas conjecturas ou hipóteses que não foram 
submetidas à prova, ou seja, é basicamente uma dúvida razoável, nunca absoluta, na falta 
de boas evidências. É a posição que norteia toda a atividade científica hoje. No século XX, 
Karl Popper tentou propor um critério de demarcação entre ciência e não ciência (artes, 
filosofia e pseudociência), com o objetivo de também responder ao problema de Hume. A 
ideia de Popper era a de que nenhuma observação é suficiente para confirmar uma teoria, 
que bastaria um contraexemplo para demonstrar sua falsidade (analogamente, observar 
cisnes brancos em uma região). Para Popper, toda a teoria, para ser científica, deveria ser 
passível de falseabilidade ou falseacionismo, ainda mais porque contribuiria para seu 
refinamento. A falseabilidade é a condição de que teorias devem ter a capacidade de serem 
provadas falsas em alguma circunstância. Enfim, essas são algumas das características sobre 
os diferentes tipos de conhecimento que os discentes podem refletir e analisar durante as 
construções dos conhecimentos ao longo da história. 
AULA ATIVIDADE TUTOR 
 
 
2) Para este questionamento, temos a expectativa de que os discentes analisem e reflitam 
sobre o conhecimento científico e suas características. Como vimos, o conhecimento 
científico é único em sua forma, ou seja, é o tipo de conhecimento que produz o 
entendimento mais profundo e verdadeiro sobre a realidade, indo além das percepções 
empiristas, a partir do momento que destaca o importante papel da teorização e 
modelagem para representar a realidade com base nas evidências. A característica mais 
fundamental do conhecimento científico, é o mecanismo de autocorreção, que permite 
corrigir imprecisões e, então, refinar cada vez mais as explicações sobre o mundo. Por sua 
natureza particular, é um conhecimento antidogmático por princípio. Neste momento, os 
discentes têm a oportunidade de dialogar com o fragmento de texto de apoio, que trata 
sobre a produção e divulgação de conhecimentos científicos em tempos de pandemia, 
sobretudo na seguinte parte do texto: “O conhecimento é um fenômeno que deve ser 
disponibilizado às pessoas. Essa é a principal tarefa de todo cientista. E, em períodos em 
que se necessita acentuadamente de produtores e divulgadores da ciência para enfrentar 
os problemas e desafios sanitários e socioeconômicas, como é o caso da pandemia da 
COVID-19, publicações científicas de acesso aberto podem contribuir para a 
disponibilização de um dos maiores bens públicos: o conhecimento.”. Espera-se, com isso, 
que os discentes possam realmente compreender a responsabilidade da informação e 
conhecimento corretos e da importância do conhecimento científico para o tratamento de 
questões diversas relacionadas à humanidade. 
 
TEXTO I 
Revista Psicologia Organizações e Trabalho 
Produção e divulgação de conhecimentos científicos em tempos de pandemia da COVID-19 
Promover a difusão de pesquisas relacionadas ao mundo do trabalho é a missão precípua da Revista Psicologia: 
Organizações e Trabalho (rPOT). Nessa direção, a expectativa é de contribuir para o processo de construção, 
aperfeiçoamento e transmissão de conhecimentos científicos e recursos técnicos úteis à comunidade. 
AULA ATIVIDADE TUTOR 
 
 
A rPOT tem reconhecimento científico e social, entre pesquisadores, estudantes e profissionais da Psicologia 
das Organizações e do Trabalho, e áreas afins. Reflete o esforço empreendido por seu corpo de editores e 
pareceristas em divulgar achados científicos, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de teorias, métodos e 
tecnologias, assim como promover a reflexão crítica na formação e atualização profissionais. 
É relevante pensar que as repercussões psicossociais, políticas e midiáticas da atual pandemia da COVID-19 
acentuaram, ao mesmo tempo, crenças sobre o valor e o mérito da produção e comunicação científicas, assim 
como o contrário, o sentimento de desconfiança sobre o papel da ciência, em geral.Compreender essa 
dicotomia é parte das tensões políticas, científicas e sociais que vivemos nessa crise. 
A busca por compreender o que é o vírus Sars-CoV-2 e suas repercussões na saúde física e mental das 
populações provocou, desde o início da pandemia, uma procura incessante por evidências científicas sobre o 
processo infeccioso e seus efeitos. A expectativa é que essas evidências possam auxiliar não somente no 
entendimento epidemiológico-clínico da pandemia, mas especialmente nas decisões sobre políticas públicas 
e no gerenciamento da crise sanitária e econômico-social. 
De fato, não há respostas definitivas ou certezas absolutas na ciência. Isso pode ser percebido, 
concomitantemente, como uma fraqueza ou atitude ética diante da “incomensurabilidade dos fatos”, nas 
palavras de Kuhn (2011). Nesse sentido, a ciência é concebida como um empreendimento humano, com seus 
limites de observação e mensuração sobre aspectos da realidade. 
Em função disso, a produção de conhecimentos científicos é dinâmica e, muitas vezes, difusa, pois contém 
várias perspectivas e possibilidades de interpretação. A busca de evidências, por sua vez, assinala um percurso 
racional, típico do empreendimento científico, baseado no compromisso de melhor se ater aos fatos e às suas 
consequências, revisando constantemente argumentos que possam aperfeiçoar a compreensão do que se 
pretende conhecer ou demonstrar. 
Em tempos de incertezas, tal como a pandemia da COVID-19 revelou, a ciência se orienta como uma vela no 
escuro “em um mundo assombrado pelos demônios”, utilizando uma metáfora de Sagan (2006), astrônomo 
conhecido por popularizar a ciência na mídia. Ou seja, o empreendimento científico tem por finalidade ampliar 
o conhecimento sobre a realidade, ainda que não se possa conhecê-la totalmente, valorizando o pensamento 
crítico em detrimento de dogmas ou superstições. E, divulgá-lo, é parte relevante do processo de validação de 
quais conhecimentos podem ser necessários e relevantes à sociedade. 
AULA ATIVIDADE TUTOR 
 
 
O conhecimento é um fenômeno que deve ser disponibilizado às pessoas. Essa é a principal tarefa de todo 
cientista. E, em períodos em que se necessita acentuadamente de produtores e divulgadores da ciência para 
enfrentar os problemas e desafios sanitários e socioeconômicas, como é o caso da pandemia da COVID-19, 
publicações científicas de acesso aberto podem contribuir para a disponibilização de um dos maiores bens 
públicos: o conhecimento. 
[...] 
CRUZ, R. M. et. al. Produção e divulgação de conhecimentos científicos em tempos de pandemia da 
COVID-19. Revista Psicologia Organizações e Trabalho. Brasília: vol. 21, no. 1, jan./mar. 2021. 
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-
66572021000100001. Acesso: mar. 2022. 
 
 
Se necessário, durante a atividade, as dúvidas podem ser encaminhadas pelo Chat Atividade ao 
professor para esclarecimentos. 
 
 
Bons estudos! 
Prof. Leonardo Antonio Silvano Ferreira

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