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SP2 Trauma Trauma aberto: divididos penetrante ou perfurante. Normalmente são os ferimentos são causados por armas de fogo/ branca. Penetrante: Afetam o peritônio, comunicando a cavidade abdominal com o exterior. Ocorre solução de continuidade, ou seja, a penetração da parede abdominal por objetos, projéteis, armas brancas, ou a ruptura da parede abdominal provocada por esmagamentos. A penetração limita-se à parede do abdômen sem provocar lesões internas. As lesões penetrantes na parte inferior do tórax podem atravessar o diafragma e danificar estruturas abdominais. · Perfurante: Quando há envolvimento visceral, o objeto que penetra na cavidade abdominal atinge alguma víscera, lesando órgãos e estruturas. Trauma fechado: afeta bastante baço, fígado e vísceras ocas. Esse tipo de trauma está relacionado com uma contusão abdominal. Pode ser um golpe direto (p. ex., chute), impacto de algum objeto (p. ex., queda sobre o guidão da bicicleta) ou desaceleração repentina (p. ex., cair do alto, acidente de trânsito). CHOQUE: hipoperfusão Achados clínicos geral: -HIPOTENSÃO: Ocorre na maioria dos pacientes que chegam ao pronto socorro, podendo ser absoluta (PAS <90 mmHg) ou relativa (uma queda >40mmHg na PAS), entretanto não necessariamente está presente. -OLIGÚRIA: É um dos sinais mais precoces do choque e a melhora deste parâmetro ajuda a guiar a terapêutica (importância de SVD para contabilização da diurese). -ALTERAÇÕES DO ESTADO MENTAL: Geralmente cursam com agitação, podendo progredir para confusão ou delírio e finalmente em obnubilação e coma. -ACIDOSE METABÓLICA: Ocorre devido à redução da conversão do lactato pelo fígado, rins e músculo esquelético, além do aumento da produção do mesmo pelo metabolismo anaeróbio quando o choque progride para falência circulatória e hipóxia. -MÁ PERFUSÃO PERIFÉRICA: Avaliada por uma pele fria, pegajosa e com enchimento capilar lentificado (>3 segundos), este quadro clínico ocorre devido aos mecanismos de vasoconstrição periférica para redirecionar o fluxo aos órgãos vitais nos choques hipodinâmicos. a) TIPOS b) FISIOPATO ● Choque hipovolêmico: Perda de volume (sangue ou fluídos) ● Choque cardiogênico: O volume é normal, mas tem problema na bomba (ex: *CAUSA MAIS COMUM: IAM - há falência da bomba cardíaca ocasionada pela necrose de parede ventricular produzida pelo infarto ● Choque obstrutivo: Alguma obstrução/problema fora do coração (condições que cursam com diminuição do retorno venoso e consequentemente diminuição da pré-carga) ex de causas : Tromboembolismo pulmonar maciço; Tamponamento cardíaco; Pneumotórax hipertensivo; Hipertensão pulmonar; Coartação de aorta; ● Choque distributivo: alguma condição gerando aumento da permeabilidade vascular e vasodilatação periférica, que diminui o retorno venoso (choque séptico, choque anafilático, crise addsoniana, neurogênico) c) MECANISMOS COMPENSATÓRIOS ● as pequenas reduções na pressão sanguínea arterial e oferta de oxigênio sistêmico ativam o reflexo barorreceptor ● liberação de cortisol, aldosterona e epinefrina ● ativação do sistema renina-angiotensina ● liberação de arginina vasopressina (AVP) ● aumento da contratilidade miocárdica e frequência cardíaca ● constrição dos vasos de capacitância venosa e arterial, particularmente no leito esplâncnico, aumentando assim, o retorno venoso ● redistribuição do fluxo sanguíneo para longe dos leitos do músculo esquelético e das vísceras esplâncnicas ● criação de um ambiente tecidual local para aumentar a oferta de oxigênio para os tecidos e melhorar sua extração em razão da acidose, pirexia e do aumento do 2,3-difosfoglicerato das hemácias OBS: DC é o primeiro a alterar em caso de perda sanguínea RESPOSTA A COAGULOPATIA: Importantes alterações do sistema de coagulação podem se instalar em muitos pacientes traumatizados, associadas a diversas situações clínicas como a infecção, traumatismos extensos, hipotensão prolongada, hipóxia, acidose, transfusões com grandes volumes de sangue (transfusão maciça, definida como a utilização de 10 ou mais unidades de sangue em 24 horas) e hipotermia. A associação entre acidose, hipotermia e coagulopatia aumentou a mortalidade para 90% em doentes traumatizados. A hipotermia (temperatura corpórea inferior a 35 ºC) determina aumento do consumo de oxigênio, o que é prejudicial nos doentes com diátese hemorrágica, pois pode determinar disfunção plaquetária, ativação da cascata fibrinolítica e inibição na cinética das enzimas da coagulação quando associado ao resfriamento do sangue. O grau em que a hipotermia intensifica o sangramento no traumatizado geralmente é subestimado, pois testes do tipo tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA), tempo de protrombina (TP) e tempo de trombina (TT) são padronizados para uma temperatura de 37°C. Da mesma maneira, ainda não dispomos de um método clínico capaz de quantificar o estado da coagulação de um paciente hipotérmico. Em temperaturas inferiores a 35 ºC o tempo de coagulação e o TTPA ficam prolongados, sem caracterizar uma coagulopatia. A disfunção plaquetária determinada pelo frio pode resultar em sangramento coagulopático, embora com uma contagem de plaquetas normal. O reconhecimento de que o sangramento não-cirúrgico (na incisão cirúrgica, em cateteres venosos, catéter vesical, epistaxes) não se relaciona clinicamente com os testes laboratoriais da coagulação e com a contagem de plaquetas deve despertar a suspeita de um efeito hipotérmico e fazer com que o procedimento cirúrgico seja encerrado o mais rápido possível, possibilitando o reaquecimento do paciente. Associado a estes fatores, a coagulação e a fibrinólise estão aumentadas imediatamente após otrauma e persistem até o sexto dia pós-trauma e podem predispor a ocorrência de coagulação intravascular disseminada. O paciente traumatizado pode ou não apresentar coagulopatia preexistente, associada ou não a doença hepática, a uso de medicações anticoagulantes ou que alterem a coagulação. Vítimas de traumatismo, que necessitam de reposição volêmica em decorrência de uma hemorragia, apresentam o risco de desenvolver alterações da coagulação que podem aumentar a morbidade e a mortalidade. São dois os mecanismos que contribuem para a coagulopatia no traumatizado. O primeiro é relacionado à diluição das plaquetas e dos fatores de coagulação (coagulopatia dilucional). O segundo mecanismo é relacionado ao consumo de plaquetas e a ativação de fatores teciduais e do plasminogênio ativador tecidual, ambos naturais da isquemia e/ou dos tecidos traumatizados. Reposição volêmica com grandes volumes de líquidos e/ou sangue pode rapidamente diluir as plaquetas e os fatores de coagulação. Foram analisados 128 doentes que receberam grandes volumes de sangue, relacionando o volume recebido com a concentração de plaquetas e com os testes de coagulação, demonstrando que a contagem de plaquetas apresentou resultados extremamente variáveis, muito embora fosse menor nos doentes que receberam maior volume. A concentração de plaquetas inferior a 50.000 está frequentemente associada a aumentos de sangramentos espontâneos e a maior taxa de mortalidade, e 50% destes doentes apresentaram-se nesta categoria.Coagulopatia pós-transfuncional foi diagnosticada em 74% dos pacientes que morreram. Respostas não compensatórias -Acidose comumente acompanha o choque → os níveis de lactato são um reflexo da hipóxia tecidual, da depuração e das fontes alternativas de produção -3 fases de choque: inicial/reversível/choque compensado segundo estágio de choque associado à recuperação pulmonar aguda e necrose tubular aguda terceiro estágio/ irreversível/descompensado → progressão à falência múltipla de órgãos d) Dg: Clínico Sinais de hipoperfusão ● A hipotermia não entra como critério de choque, mas determina gravidade (FAST também serve para avaliar gravidade). ● O exame que precisa ser solicitado é exame de sangue. ○ tipagem sanguínea (para reposição sanguínea) Como ver quadros de gravidade? FAST, ecocardiograma, TIPAGEM SANGUÍNEA e) CHOQUE HEMORRÁGICO**Hipotermia → não entra na classificação mas entra como um critério de gravidade TRATAMENTO Depois de realizadas as manobras prioritárias de reanimação, o doente deve ser despido e examinado cuidadosamente "da cabeça aos pés" para pesquisa de lesões associadas. Ao despir o doente, a prevenção da hipotermia é essencial. O uso de líquidos aquecidos, bem como de técnicas de reaquecimento externo passivo e ativo, é essencial para evitar a hipotermia. MINIMIZAR PERDAS E CONSUMO DE O2. Dilatação Gástrica Descompressão A dilatação gástrica ocorre frequentemente no trauma, especialmente em crianças, e pode ser causa de hipotensão inexplicada ou de arritmias cardíacas, comumente bradicardia, em decorrência de estímulo vagal. No doente inconsciente, a dilatação gástrica aumenta o risco de aspiração de conteúdo gástrico, complicação potencialmente fatal. A descompressão do estômago é realizada pela introdução de um tubo naso ou orogástrico que deve ser conectado a um equipamento de aspiração para remover o conteúdo gástrico. Tal manobra, entretanto, não previne totalmente o risco de aspiração. Sondagem Vesical A sondagem vesical permite a avaliação da presença de hematúria (indicando que o retroperitônio possa ser o foco significativo da perda sanguínea) e a monitoração constante da perfusão renal por meio do débito urinário. ACESSO VASCULAR O acesso ao sistema vascular deve ser obtido rapidamente. A melhor forma de fazê-lo é a inserção de dois cateteres intravenosos periféricos (calibre mínimo 16 G no adulto) antes de considerar qualquer possibilidade de cateterismo venoso central. – cateteres curtos e calibrosos Os locais mais adequados para os acessos venosos periféricos no adulto são as veias do antebraço ou antecubitais. Se as circunstâncias não permitirem o uso de veias periféricas, de grosso calibre, estarão indicados a dissecção cirúrgica da veia safena ou o acesso venoso central (veia femoral, jugular ou subclávia), através da técnica de dependendo da qualificação e da experiência do médico. Assim que se conseguir o acesso venoso, são colhidas amostras de sangue para tipagem e prova cruzada, para exames laboratoriais adequados, estudos toxicológicos e teste de gravidez em todas as mulheres em idade fértil. Nesse momento, deve ser colhido sangue para gasometria arterial. Após a punção para inserção de cateter na subclávia ou jugular interna, deve ser solicitada uma radiografia de tórax para documentar a posição do cateter e avaliar a possível presença de pneumotórax ou de hemotórax. REPOSIÇÃO VOLÊMICA INICIAL Na reanimação inicial são utilizadas eletrolíticas isotônicas aquecidas, como Ringer lactato ou soro fisiológico. Esse tipo de líquido promove a expansão intravascular transitória e contribui para a estabilização do volume vascular por meio da reposição das perdas que ocorreram para o interstício e para o compartimento intracelular. Um volume de líquido aquecido inicial é administrado. A dose habitual é de um a dois litros no adulto e de 20 ml/kg em crianças. Volumes absolutos de fluidos para a reanimação devem ser baseados na resposta do doente. É importante lembrar que a quantidade inicial de fluidos inclui qualquer fluido administrado no pré-hospitalar. Durante a administração inicial de líquidos observa-se a resposta do doente e as decisões diagnósticas e terapêuticas ulteriores são baseadas nessa resposta. Colocar na balança a restauração da perfusão dos órgãos de um lado e os riscos inerentes de aumento de hemorragia do outro, aceitando-se uma pressão sanguínea abaixo dos níveis normais, denomina-se "reanimação controlada", "reanimação balanceada", "reanimação hipotensiva" e "hipotensão permissiva". O objetivo é o equilíbrio e não a hipotensão. Essa estra tégia de reanimação pode ser uma ponte, mas não um substituto para o controle de sangramento através do tratamento cirúrgico. FAZER MENOR VOLUME DIMINUI OS EFEITOS COLATERAIS EXPANSÃO Hemocomponentes X hemoderivados O sangue total, quando separado por centrifugação, produz os hemocomponentes (concentrado de hemácias e de plaquetas, plasma fresco e crioprecipitado). Os hemoderivados são obtidos a partir da manipulação industrial de hemocomponentes, como o concentrado de fator VII ou complexo protrombínico. Plasma Fresco Congelado (PFC) Indicações: As indicações para o uso do plasma fresco congelado são restritas e correlacionadas a sua propriedade de conter as proteínas da coagulação. O componente deve ser usado, portanto, no tratamento de pacientes com distúrbio da coagulação, particularmente naqueles em que há deficiência de múltiplos fatores e apenas quando não estiverem disponíveis produtos com concentrados estáveis de fatores da coagulação e menor risco de contaminação viral. Portanto, as indicações são: - Sangramento ou risco de sangramento causado por deficiência de múltiplos fatores da coagulação - Sangramento severo causado por uso de anticoagulantes orais (Warfarina) ou necessidade de reversão urgente da anticoagulação - Transfusão maciça com sangramento por coagulopatia - Sangramento ou profilaxia de sangramento causado por deficiência isolada de fator da coagulação para a qual não há produto com menor risco de contaminação viral (concentrado de fator da coagulação) disponível - PTT Contraindicações: -Como expansor volêmico e em pacientes com hipovolemias agudas (com ou sem hipoalbuminemia). -Em sangramentos sem coagulopatia. -Para correção de testes anormais da coagulação na ausência de sangramento. -Em estados de perda protéica e imunodeficiências. Crioprecipitado Indicações O crioprecipitado está indicado no tratamento de hipofibrinogenemia congênita ou adquirida (<100mg/dl), disfibrinogenemia ou deficiência de Fator XIII. A hipofibrinogenemia adquirida pode ser observada após tratamento trombolítico, transfusão maciça ou coagulação intravascular disseminada (CID). Somente 50% do total dos 200mg de fibrinogênio administrados/bolsa no paciente com complicações devido à transfusão maciça são recuperados por meio intravascular. Pode ser útil também no tratamento de sangramento ou no procedimento invasivo em pacientes urêmicos, com o intuito de diminuir o tempo de sangramento (TS) e diminuir o sangramento, mas esta opção tem sido substituída pelo tratamento com eritropoetina, acetato de desmopressina (DDAVP) ou estrógeno conjugado. Contraindicações: Devido às opções terapêuticas disponíveis como o Fator VIII recombinante e derivados de Fator VIII pós inativação viral, o crioprecipitado está contra-indicado para tratamento de pacientes com hemofilia A e o mesmo se aplica a pacientes portadores de doença de von Willebrand. Concentrado de hemácias A transfusão de concentrado de hemácias (CH) deve ser realizada para tratar, ou prevenir iminente e inadequada liberação de oxigênio (O2 ) aos tecidos, ou seja, em casos de anemia, porém nem todo estado de anemia exige a transfusão de hemácias. Em situações de anemia, o organismo lança mão de mecanismos compensatórios, tais como a elevação do débito cardíaco e a diminuição da afinidade da Hb pelo O2 , o que muitas vezes consegue reduzir o nível de hipóxia tecidual. Indicações: Em hemorragias agudas o paciente deve ser imediatamente transfundido quando apresentar sinais e sintomas clínicos, como os a seguir: • Freqüência cardíaca acima de 100bpm a 120bpm. • Hipotensão arterial. • Queda no débito urinário. 30 • Freqüência respiratória aumentada. • Enchimento capilar retardado (> 2 segundos). • Alteração no nível de consciência. Contraindicações: -Para promover aumento da sensação de bem estar -Para promover cicatrização de feridas -Profilática -Para expansão de volume quando a capacidade de oxigênio estiver adequada Concentrado de Plaquetas Indicações: -Plaquetopenia por falência medular -Distúrbios associados a alteração de função plaquetária -Plaquetopenia por diluição ou destruição periférica (transfusão maciça, CIVD, plaquetopenia imune, dengue hemorrágica) -Procedimentos cirúrgicos invasivos em pacientes plaquetopênicos Contraindicações: -PTTPlaquetopenia induzida por heparina Efeitos colaterais da reposição Tríade letal - hipotermia - hemodiluição - coagulopatias Aloimunizações Infecções Sobrecarga de ferro Transfusão maciça → sangue, plasma e plaqueta Plasma fresco congelado: Consiste na porção acelular, é constituído basicamente de água, proteínas (albumina, globulinas, fatores de coagulação e outras), carboidratos e lipídios. Plasma fresco de 24 horas: Forma de centrifugação diferente, mas com os componentes iguais do plasma fresco congelado: Água, proteínas, carboidratos e lipídios. Crioprecipitado: Fatores VIII e XIII, fibrinogênio e fator VW Indicação de plasma: Transfusão maciça (de grande volume) → SANGUE, PLASMA E PLAQUETA (tríade) Valor da hemoglobina: <7, MAS EM PACIENTES CARDIOPATAS É 8 Efeitos colaterais dos hemoderivados: Aloimunização, reações hemolíticas tardias ou agudas (febre, calafrio, hemoglobinúria, anemia..), sobrecarga de ferro, infecções das transfusões. VER OS EFEITOS COLATERAIS Perguntar ao paciente se já recebeu alguma transfusão ou se teve alguma reação alérgica. Tem que ser feito em no máximo 4 horas e deve ser em OUTRA VIA. Se tem febre não faz, pois se tem reação não dá para saber REAÇÕES TRANSFUSIONAIS Prova Cruzada A prova cruzada (Cross Match) é o exame realizado para detectar a presença de anticorpos pré-formados específicos contra antígenos do doador. Pode-se dizer que é uma simulação do transplante. O método de linfotoxidade consiste em incubar, em placas, o soro do paciente com células do possível doador. A prova cruzada positiva representa uma possível contra indicação à realização do transplante, pois indica que o receptor tem condições para atacar as células do doador e, consequentemente, o órgão ou tecido a ser transplantado. TESTE DA ANTIGLOBULINA ou COOMBS (Direto e indireto) Teste da antiglobulina humana A técnica de antiglobulina pode ser utilizada na detecção de hemácias sensibilizadas por aloanticorpos, autoanticorpos e/ou componentes do complemento. A sensibilização pode ocorrer in vivo ou in vitro. A detecção da sensibilização das hemácias in vitro é determinada pela técnica de antiglobulina indireta ou Coombs indireto, e pode ser aplicada para os testes de compatibilidade, triagem de anticorpos, identificação de anticorpos, fenotipagem de hemácias e estudos de titulação de anticorpos, ao passo que a sensibilização in vivo é realizada pela técnica de antiglobulina direta (TAD) ou Coombs direto. TESTE DA ANTIGLOBULINA INDIRETO (TAI) OU COOMBS INDIRETO O teste da antiglobulina indireto (TAI), também conhecido por Coombs indireto, pesquisa anticorpos irregulares e/ou proteínas do sistema complemento no soro ou plasma. São pesquisados anticorpos IgG que não aglutinam eritrócitos em suspensão salina (incompletos). O teste é realizado incubando-se o soro ou plasma do paciente com hemácias reagentes de triagem e, após incubação a 37 °C com potencializadores MINTI a presença de um exame FAST positivo denota sangramento intracavitário e, possivelmente, necessidade de laparotomia exploradora, caso o paciente se encontre instável hemodinamicamente, ou prosseguimento diagnóstico com tomografia computadorizada (TC), caso haja disponibilidade e o paciente esteja estável clinicamente (Figura 1). A presença isolada de líquido livre em cavidade, por si, não significa necessidade de intervenção cirúrgica imediata, pois devemos associá-la a outros fatores, como quantidade de líquido livre na cavidade, número de locais (recessos, goteiras) com presença de líquido e situação clínica do paciente. A determinação de pacientes de alto risco (trauma abdominal fechado e presença de hipotensão arterial) evidenciou a acurácia do exame em cerca de 95%, sensibilidade de 85% e especificidade de 96%, conforme dados de Lee et al. para laparotomia exploradora e consequente intervenção terapêutica.
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