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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXª VARA CRIMINAL DA COMARCA XXXX GILBERTO XXXX, brasileiro, casado, professor de educação física, portador da cédula de identidade nº xxxxx, inscrito no CPF sob o nº xxxx, residente e domiciliado na rua na comarca de xxx, por seu advogado(a) que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a concessão de LIBERDADE PROVISÓRIA, com base no artigo 5º, inciso LXVI, da Constituição Federal, bem como nos artigos 310, III e 321 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I - SÍNTESE DOS FATOS O acusado encontra-se recolhido junto à delegacia XX, à disposição da justiça, em virtude de prisão em flagrante pelos suposta pratica do delito previsto no artigo 215-A do Código Penal, por supostamente ter sido autor de prática de importunação sexual. Em síntese, no dia 28 de junho de 2019, o réu saiu com duas colegas para tomar um chopp após o trabalho e teria importunado sexualmente a colega Juliana ao fazer investidas de cunho sexual contra a vítima. Fato este que fora testemunhado por Maria, também colega do réu. Adotadas todas as formalidades legais, pela Autoridade Policial foi lavrado o auto de prisão em flagrante que foi convertido para Prisão Preventiva pelo juízo de plantão nos termos da decisão. Ocorre que o acusado que é primário, possui bons antecedentes, residência fixa e trabalho licito. Neste caso, não há o preenchimento dos requisitos para a manutenção da prisão preventiva. O acusado faz jus aos requisitos para a concessão da Liberdade Provisória, o que requer desde logo. II – DO DIREITO O acusado é pessoa de boa conduta social, sendo primário e trabalhador, o que leva a concluir que não é um indivíduo corriqueiro a atividades criminosas. O Acusado nunca teve a intensão de submeter a vítima ou constrange- la sexualmente, sendo que o fez em razão de alteração de seu estado em virtude do abuso de álcool no dia e por ter interpretado erroneamente a situação. De acordo com o fundamento da prisão, refere-se a Carta Magna Brasileira: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; Ainda, de acordo com o Código de Processo Penal: Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. Conforme o julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo no julgamento do HC 21565757020218260000: Habeas corpus. Importunação sexual. Liberdade provisória. Fiança. Pobreza. Positivada a situação de pobreza, defere-se a liberdade provisória independentemente do pagamento de fiança, assegurando-se o juízo com outras cláusulas cautelares. Ou seja, conforme fundamentado no art. 282 do CPP e no entendimento do Tribunal de Justiça, o acusado faz jus a concessão da liberdade provisória, pois não preenche os requisitos da medida cautelar. III - DO PEDIDO Ante o exposto, requer que seja deferida a liberdade provisória sem fiança ao Requerente, com a expedição do devido alvará de soltura. Caso assim não se entenda, desde já postula também a concessão da liberdade provisória cumulada com as medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal, uma vez que a prisão é a ultima ratio a ser seguida pelo julgador. Por tudo, requer a intimação do Ilustre representante do Ministério Público, nos termos da lei. Nesses termos, pede deferimento. Comarca X, data X; Advogado(a) XX OAB XX/UF XX
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