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AV2- Pratica Constitucional- V

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AV2- PRATICA CONSTITUCIONAL – V 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, pessoa jurídica com CNPJ nº:xxxxxxxxxxx, com endereço na xxxxxxxxxxxxxxxxxx, endereço eletrônico: xxxxxx@xxxxxxxxxxxx, vem por seu advogado in fine assinado, ut instrumento de procuração em anexo (doc. n. 1), vem, respeitosamente, promover a presente 
AÇÃO DIRETA DECLARATÓRIA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE LIMINAR
Com fundamento no artigo 102, inciso I, alíneas “a” e “p”, alterado pela EC 45/2004 da Constituição Federal, cumulado com adoção do rito célere para imediato julgamento em virtude da magnitude da matéria (Lei n. 9.868/99, art. 12), contra ESTADO DO RIO DE JANEIRO, pessoa jurídica de direito público, CNPJ nº: xxxxxxxxxx, com endereço para citação na xxxxxxxxxxxxxxx, pelo que agora se expõe:
DA LEGITIMIDADE
O Conselho Federal da Ordem dos advogados do Brasil, é parte legítima para propor a presente Ação Direta de Incosntitucionalidade, conforme preconiza o artigo 103, VII da Constituição Federal:
“Art. 103. Podem propor a ação de inconstitucionalidade:
        ......;
        VII -  o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
        .....”
DA NARRATIVA FÁTICA
O Estado do Rio de Janeiro, após avaliações realizadas em seu quadro funcional, constatou que os advogados que prestavam serviços para o ente, mesmo na condição de concursados e aprovados no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, apresentavam defasagem de conhecimentos técnicos. 
No intuito de solucionar o problema que o Estado entendia enfrentar, um grupo de Deputados Estaduais apresentou proposta de emenda à Constituição Estadual que passou a disciplinar em seu art. 29:
“Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Art. 29. O Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições, deve proceder, anualmente, à avaliação específica dos advogados atuantes em seu território, submetendo-os a exame específico de qualificação. §1º. Os advogados já empossados em cargos públicos devem ser submetidos à exame estadual de qualificação, sendo exonerados os que não se revelarem aptos. §2º. Os advogados não aprovados no exame específico, ainda que aprovados no Exame Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, não poderão atuar nos limites do território do Rio de Janeiro.” 
Aprovada a posposta de emenda à Constituição do Estado, a Emenda Constitucional n.º 3/2019 foi sancionada pelo Governador do Estado, sendo isso comunicado, de forma imediata, às autoridades estaduais competentes para que exigissem seu cumprimento.
I – CONTRARIEDADE À NORMA CONSTITUCIONAL
Trata-se neste caso, de ação direta declaratória de inconstitucionalidade, proposta por esta Conselho Federal, considerando afronta ao artigo 41 da Constituição da República.
“Art. 41. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso público.
    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
    § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
    § 3º Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
Considerando o presente que lhe garante tais garantias o Estado do Rio de Janeiro, afronta diretamente a Constituição Federal, ao tentar criar norma para invalidar a estabilidade de seus servidores, fazendo-os passar por avaliações periódicas de desempenho ou qualificação.
II – CONCESSÃO LIMINAR PARA SUSPENDER DA NORMA COMBATIDA
 
Eminentes Ministros, é perfeitamente cabível por força constitucional prevista no art. 102, inciso I, alínea “p” da Constituição Federal, regulamentado pelos arts. 10 a 12 da Lei n. 9.868/99, dentro do sublime juízo de cautela, própria do Poder Judiciário, a concessão liminar de medida para suspender preventivamente as normas objeto de ações diretas com pedido declaratório de inconstitucionalidade como se afigura na hipótese vertente.
Destarte, diante da flagrante inconstitucionalidade agora descortinada, e seus efeitos danosos que hoje atingem significativa camada dos cidadãos, quais sejam, profissionais inscritos também nos quadros da OAB, sendo relevante a matéria e seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, REQUER EM CARÁTER URGENTÍSSIMO, INAUDITA ALTERA PARTE, com fulcro no § 3º do art. 10 da Lei n. 9.868/99 que seja magno pretório determine a suspensão imediata dos efeitos do ato guerreado, com eficácia retroativa, ex tunc (art. 11, § 1º, parte final da Lei n. 9.868/99), sob pena de se perpetuar danos irreparáveis à sociedade.
III-DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
Na forma do artigo 102, I, “a”, CRFB/88 é d e competência originária do STF o processamento e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade. 
“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
        I -  processar e julgar, originariamente:
            a)  a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;”
É certo que frente a ato comissivo do Estado do Rio de Janeiro, que se discute no caso em questão, a competência originária do Supremo Tribunal Federal resta evidenciada.
IV-DO CABIMENTO
 
A competência legislativa dos Órgãos Estatais é um poder-dever, porquanto o princípio fundamental do Estado de Direito Republicano exige que o poder político deve ser exercido para a realização não de interesses particulares, mas do bem comum do povo (res publica). 
Segue-se daí que toda competência dos órgãos públicos, em lugar de simples faculdade ou direito subjetivo, representa incontestavelmente um poder-dever.
Assim, ao dispor a Constituição da República que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário são “Poderes da União, independentes e harmônicos entre si” (artigo 2°), reforça o princípio que se acaba de lembrar, pois quando os órgãos estatais constitucionalmente dotados de competência exclusiva deixam de exercer seus pode res-deveres, o Estado de Direito desaparece. 
Sabe-se ser imprescindível, para o cabimento da ação direta de inconstitucionalidade a existência de um direito previsto na Constituição Federal que não possa ser maculado por ato de legislação inferior e, no caso em tela, tal direito, pode ser encontrado no artigo 41 da CRFB/1988. 
V- PROCEDÊNCIA DA AÇÃO
 Ex positis, o autor requer:
Liminarmente a suspensão dos efeitos do art. 29, seus incisos e parágrafos da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista o perigo de dano ao servidor concursado;
a) seja JULGADA PROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO DIRETA DECLARATÓRIA DE INCONSTITUCIONALIDADE, DECLARANDO-SE A INCONSTITUCIONALIDADE do art. 29, seus incisos e parágrafos da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, sendo, portanto, nula de pleno direito, produzindo efeitos retroativos, ex tunc e erga omnes (CF, art. 102, § 2º, e art. 28 da Lei n. 9.868/99);
b) seja solicitada informações a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que emanou a norma impugnada, para que preste informações no prazo de 30 (trinta) dias, contado do recebimento do ofício (Lei n. 9.868/99, art. 6º);
c) depois de prestadas as informações, sejam colhidas as manifestações, sucessivamente, do ilustre Advogado-Geral da União (CF, art. 103, § 3º) e do douto Procurador-Geral da República (CF, art. 103, § 1º), no prazo individual de 15 (quinze) dias;
d) Ex positis, requer a produção de provas documental, testemunhal, pericial, e, especialmente, o depoimento pessoal do representante legal do réu, sob pena de confissão.
Valor da causa: R$:XXXXXXXX
Pede-se o Deferimento
Local, Data
AssinaturaOAB XXX.XXX

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