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Cefaleias Primárias

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Aula 8 - Saude Mental 
- Terceiro motivo mais frequente de consultas a nível ambulatorial e a 
quarta queixa mais frequente em unidades de urgência. 
- Em sua maioria primárias, chamadas assim quando a cefaleia é a própria 
doença 
- Grande pilar da investigação inicial da cefaleia é a construção minuciosa 
de uma anamnese completa. 
- Caracterização detalhada da dor 
- Questionar acerca da existência de comorbidades, medicações em uso, 
buscando entender a resposta da cefaleia a fármacos ou não. 
- O exame neurológico também pode revelar informações importantes 
para o adequado raciocínio diagnóstico, uma vez que alterações sugerem 
fortemente a presença de uma anormalidade estrutural como causa da 
cefaleia. 
 
CEFALEIA PRIMÁRIA 
- Designa-se cefaleia primária a condição na qual a cefaleia está associada 
a eventuais outros sinais e sintomas que constituem o próprio transtorno. 
- O diagnóstico de cefaleia primária é clínico e depende da exclusão de 
causas secundárias. 
- Cefaleia primária caracteriza-se por tendência para a cronicidade, diante 
da recorrência dos episódios álgicos. 
- Principais entidades que compõem o grupo das cefaleias primárias 
• Enxaqueca ou Migrânea; grupo 1 
• Cefaleia tensional; grupo 2 
• Cefaleias trigêmino-autonômicas grupo 3 
o Pontos de gatilho 
o VI, VII, VIII 
o Caráter de choque 
SINAIS DE ALARME 
Dor forte e súbita Déficit Neurológico: dificuldade de fala, 
hemiparesia, alteração de sensibilidade 
Crise Convulsiva Papiledema – sinal de HIC 
Dor com piora progressiva, sem 
resposta a analgésicos 
Dor nova ou com mudança no padrão 
prévio 
Imunodeficiência congênita Antecedente oncológico 
 
 ENXAQUECA OU MIGRÂNEA - GRUPO 1 
- Prevalência estimada em 16% mais frequente em mulheres 
- Pico entre 35 e 39 anos 
- Transtorno de alta prevalência e impacto na qualidade de vida 
- Potencialmente incapacitante, principal responsável por absenteísmo e 
queda de produtividade 
- Consiste em uma síndrome clínica, marcada pela cefaleia de padrão 
específico, como principal sintoma, acompanhada de sintomas 
neurológicos transitórios (visuais e sensitivos), precedidos de quadros 
álgicos, o que se configura a AURA. 
• Aura é um sintoma neurológico focal reversível 
• É um distúrbio na vascularização cerebral 
• Se desenvolve ao longo de 5-60 minutos e costuma preceder a 
crise de dor. 
• Tem por sintomas comuns: 
o Sintomas visuais (escotomas, cintilantes) 
o Sensitiva 
o Alteração da fala 
 
Critérios diagnósticos 
- Necessária a existente de pelo menos 5 crises, com características: 
• Duração de 4 a 72 horas (com falha terapêutica) 
• Dor de intensidade moderada a forte, com 2 das 4 
características 
o Unilateral 
o Pulsátil 
o Moderada ou grave (hemicrania) 
o Piora com atividades (acompanhada de náusea, 
vômitos, foto ou fonofobia) 
Complicações 
- Estado Migranoso: É a cefaleia no padrão de enxaqueca com duração 
superior a 72 horas. 
• Intervalos livres de dor de duração inferior a 12 horas. 
• Apresenta-se associada a náuseas e vômitos 
- Migrânea Crônica: Ocorre quando as crises estão presentes em mais de 
15 dias do mês por mais de 3 meses. Alguns fatores podem predispor 
• Estresse 
• Distúrbios Psiquiátricos 
• Questões emocionais 
• Abuso de analgésicos 
- Sua fisiopatologia consiste em: 
• Ativação e sensibilização do sistema trigeminovascular 
• Dilatação de vasos durais 
• Liberação de peptídeos vasoativos e resposta inflamatória local 
• Ativação de neurônios do tronco encefálico e tálamo que levam 
a transmissão do estímulo nociceptivo na área 
somatossensitiva. 
 
Tratamento 
CRISE FRACA • Durante a crise permanecer em repouso 
(ambiente calmo, silencioso e escuro) 
• Compressas geladas 
• Manobras de compressão de têmporas 
• Analgesia simples 
• Quando tiver náusea e vomito associado 
administrar antieméticos (domperidona) 
CRISE 
MODERADA 
• Analgesia Simples 
• AINES 
• Triptanos e agentes ergóticos (tartarato de 
ergotamina ou mesilato de di-
hidroergotamina) 
CRISE INTENSA • Tripatanos 
• Indometacina 
• Cloropromazina 
• Podem ser considerados: Dexametasona ou 
haloperidol 
 
Aula 8 - Saude Mental 
 
CEFALEIA DO TIPO TENSIONAL – GRUPO 2 
- Cefaleia primária mais comum em todo mundo 
- Dor localizada em região frontal, occipital 
- Atribuida a estresse fisico ou muscular 
- Palpação da musculatura pericraniana pode revelar eventual hipertonia e 
hiperestesia 
- Dor bilateral em aperto ou pressão 
 
Critérios Diagnósticos 
- Necessária existencia de 10 episodios de cefaleia que atendam os 
seguintes critérios 
• Duração de 30 minutos a 7 dias 
• 2 das 4 caracterisiticas a seguir: 
o Dor bilateral 
o Dor em aperto ou pressão 
o Dor leve a moderada 
o Dor não potencializada por atividade habitual 
o Não associada a vômitos e nauseas 
o Sem outra causa que justifique 
Tratamento 
- Na unidade de emergência a orientação a medidas comportamentais 
profiláticas como sono regular, controle de estresse, redução de consumo 
de bebidas alcólicas 
- Psicoterapia 
- Analgesia simples 
 
 
 
CEFALEIA TRIGÊMINO-AUTONÔMICAS 
- Dores excruciantes caracterizadas por sua lateralizadade 
- Associadas a sintomas parassimpaticos ipslaterais a cefaleia 
- Divididas em2 tipos principais: 
• Cefaleia em Salvas: Acomete mais o sexo masculino, idade 20-
40 anos, com caracteristicas: 
o Dor unilateral de grande intensidade 
o Localização periorbital 
o Sintomas Autonomicos: hiperemia conjutival, 
lacrimejamento, congestão nasal, sudorese facial, 
miose, ptose palpebral 
o Crises de dor frequentes variano de 1 a cada 2 dias 
por 8 dias. 
o Tratamento agudo de crises consiste em: O2 7-
10min; sumatriptano SC ou nasal 
• Cefaleia Hemicraniana Paroxística: Predominio no sexo 
feminino, ótima resposta a Indometacina em crises. Necessária 
existencia de pelo menos 20 crises com os critérios 
o Dor de forte intensidade 
o Dor unilateral 
o Dor localizada em região orbitária, supraorbitária 
o 2 a 30 minutos 
o Frequencia 5 ou mais por dia 
o Sem causa que justifique

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