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Disciplina de Pneumologia FACULDADE SANTA MARCELINA MAYARA SUZANO DOS SANTOS TURMA XIV A 7º Semestre – 2022.1 Assistência e Patologias Pneumológicas PNEUMOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 2 ASMA EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA FATORES DE RISCO FISIOPATOLOGIA1 Uma das doenças crônicas + comuns: ▪ Subdiagnosticada ▪ Uma das principais causas de absenteísmo ▪ ↑ custos com tto Brasil: 12-13% da população (25 milhões) → destes, apenas 12-15% tem dça compensada ▪ Cidades urbanas podem chegar a ter 25% de asmáticos ▪ 200.000 internações/ano ▪ 2.500 mortes/ano Imune e não imune Gatilhos: ▪ Exposição a alérgenos ▪ Infecções virais ▪ Mudanças climáticas ▪ Irritantes ▪ Fumaça ▪ Odores fortes ▪ Atividade física Gerais: ▪ História familiar ▪ Atopia Exacerbação2: ▪ Necessidade de IOT por asma ▪ Asma não controlada ▪ ≥ 1 exacerbações em 12 meses ▪ ↓ VEF1 ▪ Tabagismo ▪ Obesidade, gravidez, eosinofilia ▪ Uso incorreto do inalador Limitação fixa: Sem tto com CI, tabagismo, exposição ocupacional Contato com alérgeno → infiltração mucosa por mastócito, eosinófilo, linfócitos (TH2) → produção de IgE (alergia) → Inflamação → edema e hiperemia mucosa brônquica + produção de muco (resposta fisiológica) → ↓ calibre da via → ↑ resistência à passagem de ar QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO PREVENÇÃO Sinais e sintomas: variam de intensidade ao longo do tempo ▪ Sibilância ▪ Dispneia ▪ Aperto no peito ▪ Tosse ▪ Crise → exacerbação dos sintomas, alterações nas trocas gasosas (cianose, fadiga, prostração) Asma: Doença heterogênea caracterizada pela inflamação crônica das VAs. Clínico: ▪ Exame físico em geral é normal ▪ Maior probabilidade dos sintomas serem por asma → + de 1 sintoma; associados a piora noturna e ao despertar; variação da intensidade ao longo do tempo; são desencadeados por gatilhos3 ▪ Menor probabilidade dos sintomas serem por asma → tosse isolada s/ outros sintomas resp, produção crônica de escarro, dispneia associada a tontura/síncope/parestesia; dor no peito; dispneia; dor induzida por exercício com estridor ▪ AP → sibilos expiratórios inicialmente, mas pode ocorrer inspiratório → em exacerbações graves o MV pode estar ↓ ou abolido (“tórax silencioso”) Exames complementares: ▪ Espirometria4 → limitação variável do fluxo expiratório na primeira parte do exame (CVF é normal e VEF1 < 0,75 em adultos / < 0,9 em crianças), na sequência, realiza-se o teste com BD curta duração (Salbutamol → espera-se melhora do VEF1 > 8% e > 200 ml) ▪ Teste de broncoprovocação com Metacolina ou Carbacol → deve ser feito em ambiente hospitalar ▪ Gasometria arteria (somente em exacerbação grave) → alcalose respiratória, no início, evolui com acidose respiratória (grave) ▪ RX tórax → geralmente é normal Diagnóstico diferencial: infecções respiratórias, DPOC, discinesia de VAS, obstrução endobrônquica, aspiração de corpo estranho Crises: ▪ ▪ Uso adequado das medicações ▪ Evitar contato com alérgenos ▪ Evitar inspirar ar frio (Ex.: congelador) ▪ Cautela durante a prática de átividade física ▪ PNEUMOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 3 ASMA GERAL TRATAMENTO ASMA GRAVE O tratamento deve ser iniciado precocemente para obtenção dos melhores resultados e controle dos sintomas Considerar: ▪ Apresentação e duração dos sintomas → quanto ↑ sintomas, maior Step ▪ Condição socioeconômica, comorbidades, aderência e preferências do paciente ▪ Disponibilidade da medicação no SUS Medicações básicas: ▪ Corticóide inalatório (CI) = Budesonida, Dipropionato de Beclometasona (SUS – alto custo), Propionato de Fluticasona ▪ BD de longa duração (LABA) = Formoterol ▪ BD de curta duração (SABA) = Salbutamol (SUS) Step 1: crises esporádicas (< 2x/mês) ▪ CI baixa dose + LABA, se necessário OU CI contínuo + SABA, na crise Step 2: crises/sintomas > 2x/mês ▪ CI baixa dose + LABA, se necessário OU CI baixa dose + SABA, se necessário Step 3: sintomas na maioria dos dias ou acorda a noite 1x ou +/semana ▪ CI baixa dose + LABA uso contínuo OU CI baixa dose + LABA + SABA, se necessário ▪ LAMA (Tiotrópio) → anticolinérgico utilizado em associação para broncodilatação Step 4: sintomas diários, acorda a noite 1x ou +/semana e ↓ função pulmonar ▪ CI dose média + LABA uso contínuo OU CI dose média a alta + LABA + SABA, se necessário ▪ Pode-se utilizar o LAMA em associação com o Formoterol, antes de evoluir tratamento para Step 5 ▪ Inibidores de leucotrienos (Montelucaste) → mais efetivo em crianças ▪ Corticoesteróides VO, se não houver resposta Step 5: sintomas diários, acorda a noite 1x ou +/semana e ↓ função pulmonar + falha do step 4 ▪ CI dose alta + LABA + Corticóide VO ▪ Verificar técnica e adesão ao tratamento ▪ Encaminhamento para centro de referência → associação de terapia monoclonal Avaliação da resposta2: deve ser feita em 1 a 3 meses após início do tratamento ou após exacerbação em até 1 semana ▪ Gestação → não muda o tratamento e retorno a cada 4 a 6 semanas - Mudar CI para Budesonida (Evidência B) ▪ Avaliar controle dos sintomas Tratamento dos fatores de risco modificáveis: ▪ Estimular o paciente a evitar exposição à fumaça do cigarro ▪ Evitar exposição à alérgenos e ocupacional ▪ Eliminar umidade e mofo da residência; Investigar exposição ambiental persistente ▪ Atividade física → aconselhamento sobre broncoconstrição induzida pelo exercício ▪ Medicações que agravam asma → β-bloqueadores e AINEs devem ser substituídos ▪ Técnicas respiratórias Ponfirmar diagnóstico e pesquisar comorbidades: ▪ Sinusite crônica ▪ Obesidade, ▪ DRGE ▪ Apneio obstrutiva do sono ▪ Transtornos psicológicos ▪ DPOC ▪ Infecções respiratórias recorrentes Tratamento: ▪ Otimizar doses de CI/LABA → considerar teste terapêutico com doses mais altas ▪ Considerar dose baixa de corticoterapia VO para manutenção ▪ Adjuvante → LAMA, Teofilina, antileucotrieno ▪ Asma alérgica grave → anti-IgE ▪ Asma grave eosinofilica → anti-L5 PNEUMOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 4 ASMA PNEUMOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 5 ASMA DETALHES IMPORTANTES: FIGURA 1. Fisiopatologia da asma FIGURA 4. Traçados espirométricos típicos FIGURA 2. Fatores de risco e controle de sintomas QUADRO 3. Sintomas desencadeantes Infecções virais, Exercícios Exposição alérgenos(pó, mofo, produtos de limpeza, pelo de animais, lã, etc) Mudanças climáticas Riso Substâncias irritantes como gases de escapamento de veículos, Fumaça ou odores fortes Ansiedade, nervosismo e TPM. PNEUMOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 6 REFERÊNCIAS: Goldman, Lee. Goldman-Cecil Medicina. Disponível em: Minha Biblioteca, (25th edição). Grupo GEN, 2018. PNEUMOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 7
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